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Quando eu revivo as memórias mais antigas da minha infância, com elas já vem aquela sensação de ser diferente de todos os garotos com os quais eu convivia, seja na escola ou na minha vizinhança, mesmo sem entender o porquê. Somente quando comecei a entrar na adolescência, é que a ficha começou a cair. Inicialmente, ainda que, no fundo, eu já desconfiasse, havia um fator que me fazia duvidar: eu nunca senti o menor dos interesses pelos garotos da minha idade. Pelo contrário, comecei a sentir atração por homens mais velhos, maduros. A partir de então, iniciei a maior batalha que eu poderia enfrentar, que era eu versus eu. Naquele momento, se eu tivesse a poder de escolha, teria escolhido ser o cara mais hetero do mundo, pois eu não conseguiria imaginar como seria minha vida - se aquilo fosse mesmo verdade - com a minha família. Eu inventava milhares de razões para convencer a mim mesmo e explicar, através de uma alguma maneira, a qual eu tentava dar alguma coerência, o motivo de eu sentir as coisas que sentia.
Conforme o tempo foi passando, fui me tornando cada vez mais solitário e afastado da minha família e amigos, por medo de que, se eu desse alguma abertura, eles pudessem enxergar aquele meu eu que eu tentava a todo custo sufocar. Com isso, desenvolvi uma relação fria e distante com minha família, que dura até hoje e me dói bastante. Os anos finais do Ensino Fundamental e todo o Ensino Médio foram terríveis para mim, pois vivi atrás de um personagem para não ser descoberto e ridicularizado por ser o único gay da turma. Cheguei a ter depressão e quase abandonei a escola. só não o fiz porque minha mãe me obrigou a continuar. O pior mesmo foi ter passado por essa depressão e curá-la sozinho pelo fato de não poder me abrir e revelar o motivo de tanta tristeza.
Somente após finalmente me render e começar a namorar, é que pude me aceitar e ver como ser homossexual era tão normal quanto ser hetero, que não havia nada de errado e que, mais importante, toda aquela negatividade que ouvi em relação à homossexualidade, desde a infância, não fazia o menor sentido e eu não era a aberração que eu achava que era.
Hoje, se eu pudesse escolher, escolheria ser homossexual, pois não consigo me imaginar de outra maneira e sou muito feliz e resolvido com minha sexualidade, apesar do meu distanciamento com meus familiares. O que os homofóbicos precisam entender é que nós somos tão felizes sendo gays quanto eles são sendo heteros, e que nossa sexualidade não influencia ninguém a "virar gay", pois isso é algo que afirmo, com toda certeza, não existe.
Acho que esse ainda foi o mais "leve" em relação a situação dos gays até agora.
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