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13 Reasons Why By Paulo





Episodio 1x1 - Nota 9 2017-04-06 01:08:09

Gente que ainda não sabe mesmo a definição de spoiler.

Episodio 1x5 - Nota 9 2017-04-06 21:12:47

Sei que isso é bem longo, mas deixa eu dizer o que sinto, certo?

Relações começam, relações terminam. No mundo real fazemos amigos e criamos laços eternos. Há pessoas nas quais nos separamos mas que sempre mantemos o contato, seja por um olhar ou um "oi" no final de um corredor. Há relações de todos os tipos e há relações que machucam também. 13RW tende a mexer nesse perspectiva que acredito que muitos daqui já passaram. Quantos de muitos já tiveram amigos ou conhecidos que por crédito da intimidade ou pela falta dela, fizeram zueira de você ou te machucou? Às vezes, é no sentido da brincadeira que surgem as feridas internas, a agressão física, a perseguição indesejada. O ser humano não é perfeito e nunca foi, mas porque sentimos essa necessidade de machucar alguém? Me sinto um lixo depois do que essa série me mostra. Me faz ter uma crise existencial.

O suicídio de Hannah me diz muito sobre isso. Na teoria ela parecia ter muitos amigos, mas na prática, o conceito era outro. É sob esse olhar questionável que a série é bem realista. Ela crava a dor de uma jovem garota que muito sofreu por essa falsa impressão de companheirismo. E Hannah atingiu um grau tão grande de depressão que sua única maneira de cessar isso foi tomando a saída mais triste e dolorosa. Suicídio não é escape, opção e nunca foi. Mas a dor para ela era maior que tudo e por isso ela tirou sua vida. Ninguém nos conhece tão bem além de nós mesmos. Todos também somos falhos, erramos, julgamos, às vezes tentamos fazer um passo certo, mas somente nós conhecemos nosso coração e a dor que nele reside. Então isso é um alerta. Tiro por mim mesmo. Por ser recatado, calmo, muito mais na minha, já passei por poucas e boas. Sofri muito com meu título de nerd, mas superei. Não é fácil passar por essas coisas e acredito que cada um aqui sabe disso. Para Hannah, nada do que ela passou foi fácil.

O limiar é esse, há o efeito borboleta das consequências. Não tente bancar uma de engraçadinho sabendo que pode ferir outra pessoa. Há sim aqueles momentos em que todos nós concordamos que existe brincadeiras dentro dos parâmetros do saudável, mas às vezes, não há. Cada parcela de ação que fazemos cria-se fragmentações e atingem não só uma pessoa, mas diversas delas. É extremamente compreensível e até mais que isso, compartilhar do sofrimento da Hannah. Uma pessoa tão meiga, leal, amiga, um raiar do sol, sofrer tantas frentes de abuso físico e verbal, assédio e perseguições. Não é nada legal isso. Então, antes de escrever aquela jogada ousada do papel, divulgar fotos nas quais você não possui autorizações, ou soltar aquela piada acida que está na ponta da língua, saiba que isso em parte é desumano, porque em suma revela não a vergonha da vítima, mas desnuda totalmente os defeitos daquele que é opressor e carrasco com o próximo.

O intuito da série não é culpabilizar a vítima e sim mostrar os motivos que a levaram ao suicídio. Hannah também era falha e não possuía nenhum tipo de aureola. Se você acha que pode mexer com uma pessoa dessa forma, saiba que você também é uma Hannah e a vida é constantemente um acerto de contas, onde mais tarde ou cedo pagamos pelo o que fazemos. Se vale ressaltar que, antes de qualquer outra temática subjacente, o conceito de amizade é uma das primeiras coisas entrelaçadas na série. Ela questiona, a princípio, os valores reais de uma relação sincera. Ela questiona em tão pouco mostrado o quão você pode ser o "porquê" de alguém próximo. Por favor, não seja. Não infinja o sofrimento que você não queria em você mesmo. Saiba valorizar o que a vida lhe tem dado de mais preciso. Saiba respeitar e reconhecer limites. Ter muito amigos é o mesmo que ter nenhum. É isso o que eu termino dizendo.

Episodio 1x5 - Nota 9 2017-04-06 21:14:01

Extremamente intimo como a narrativa da história percorre no limiar da memória da personagem póstuma. Na verdade, as fitas são responsáveis por transmitir as razões que levaram o suicídio da Hannah. O recurso voice-over, que não sei se é uma ferramente utilizada no livro, ajuda bastante a criar um tipo de conversa mais pessoal e próxima dela. Hannah morreu, mas a memória da perda é recente e tanto "amigos" quanto pessoas conhecidas e até não próximas, expressam o pesar pelo trágico ocorrido. Isso fico esboçado notavelmente até no tipo de cor e roupa que elas usam, como por exemplo, a Jessica que começou a vestir roupas menos requintadas e mais desleixadas em contraste com as que ela usava antes. Isso também fica bem notável na expressão facial da mãe da própria protagonista.

Também é muito interessante acompanhar o Clay revisitando os lugares que antecederam os acontecimentos e sentimentos relatados pela Hannah. Junto com as fitas que recriam/idealizam as experiências, sua jornada por esses ambientes amplifica mais ainda o emergir dele dentro da história, nos fazendo ficar mais próximo, tanto quanto ele, das confissões dela, dos seus relatos. Isso me diz que com mais espaço e mais ambientes visuais fica tudo mais costurado no real. E o resultado é real. Toda a problemática é tratada com bastante veemência. É crível.

Episodio 1x7 - Nota 9 2017-04-16 12:57:47

O que me faz completamente entender a inabilidade do Clay perceber a extensão do sofrimento da Hannah, me dizendo que ele não é culpado diretamente. É como o Zach por exemplo. Quem diria que ele era amargurado pela solidão e que por causa disso era mal compreendido? Isso fazia com que ele acabasse fazendo coisas estúpidas só porque estava no círculo de amigos, mas que a princípio, não era a intenção dele realmente machucar. Não sei se minha visão está certa, mas eu percebi isso. É por isso que me identifico de forma imensurável com o Clay, pela sua personalidade, pelo seu modo recatado e sua antissocialidade. Todos nós certamente estamos devastados pela perda da Hannah, mas isso não anula de forma alguma a batalha pessoal interna do Jensen em diferentes aspectos de sua vida. Todos nós sofremos de diferentes formas, e somente nós sabemos a dor disso, os demônios que nos assolam e os grilhões pesados que nos acorrentam nos vales depressão.

Episodio 1x8 - Nota 9 2017-04-16 17:12:09

Realmente incompreensível ver como as pessoas podem ser fúteis e se relevarem seres humanos maldosos e que não despertam nenhuma sensibilidade de empatia pelo sofrimento do próximo. É inexorável a atitude destes que se mostram como seres estúpidos e que agem de imediato sem consciência das consequências dos seus próprios atos e comportamentos intransigentes, e ainda pior, pela inabilidade de perceber o erro, continuar no erro e nada fazer para corrigi-lo ou remediá-lo. Estamos vivendo num mundo em que somos constantemente espectadores da tragédia e do sofrimento alheio. Não temos mais o reflexo de realmente ajudar nossos semelhantes porque a desgraça é um prato que merece ser devorado com uma audiência repleta de entusiamo e euforia. Estamos mais preocupados em viver nossas vidas vazias, cheia de mascaras e disfarces. Estar reocupado em esconder o vulnerável e mostrar somente aquilo que lhe é conveniente é a tarefa mais essencial a ser feita, até porque a capa do livro sempre é o primeiro a ser valorizado. Quem iria parar sua vida para ajudar na dor do próximo? Essa é uma pergunta bastante pertinente na série.

Nesse capítulo, a mensagem de que "pequenas coisas importam mais para uma pessoa do que para outra" se torna extremamente evidente no poema da Hannah. No seus versos poéticos cheios de regurgitação e sofrimento, ela desnuda as partes mais profundas de sua alma. Como um bálsamo de alívio, pôr as palavras naquele tipo de diário é uma forma de despejar e confidenciar tudo aquilo lhe deixava cabisbaixa, triste, solitária, somente ela testemunha daquilo que lhe fazia derramar em lágrimas. Escrever aqueles versos foi um refúgio silencioso, mas que transbordava em gritos de socorro. Tecê-lo transbordava um sentimento de calmaria que somente ela provavelmente sentia. Para ela, aquilo era muito. Para algumas pessoas, apenas palavras bobas de uma adolescente problemática qualquer. Ninguém no final se importou se aquilo eram sentimentos ou não, apenas feriram de qualquer maneira. Ninguém a compreendia naquelas palavras, mas ela buscava ajuda. Essa é a limiar da questão e por mais que isso soa cruel, enquanto eu digito isso, há alguém cometendo suicídio agora. Suicídio não é resposta nem solução. Sejamos sensatos e compreensíveis na dor do próximo. Em suma, empáticos na consciência de que nossos atos e comentários ferem mais que o raspão de uma navalha. São nessas releituras, que aos poucos compreendemos como o fôlego de vida foi drenado da Hannah. Sejamos humanos e menos lobos de nós mesmos.

Episodio 1x11 - Nota 9.5 2017-04-21 23:52:15

Isso foi intencional da parte do roteiro, o que inclusive, foi muito inteligente da parte deles. Nas produções audiovisuais e filmes, leite representa inocência e pureza, e Clay, como vemos, tem essa alma de garoto genuíno e bobo. Leite é branco e a cor branca representa paz. Clay passou por poucas e boas, essa trajetória de ouvir as fitas não foi fácil pra ele, porém, apesar disso, Clay ainda continua sendo aquela pessoa que cultiva boas intenções.

Episodio 1x11 - Nota 9.5 2017-04-22 01:02:00

É muito arrasante chegar nesta parte das confissões da Hannah. Saber os motivos que levaram ela a dedicar uma das fitas no nome do Clay é um momento um tanto quanto esperado por todos nós. Por todas as intermináveis e ​​traumatizantes experiências que Hannah teve com os caras, desde a foto do Justin manchando a imagem dela, até o horrível momento em que ela testemunha o estupro sofrido pela Jessica, chegou a ser curioso desde o começo, levando em conta o inquérito de boa índole do Clay, saber quais seriam as razões pelas quais ele seria um dos motivos dela ter tirado sua vida. Fico inclinado a dizer que talvez todos nós concordemos a pensar que é um alívio ver que Clay, dentre tantas pessoas que desapontaram e machucaram Hannah, foi uma das únicas que sempre foi humano, agiu com delicadeza, respeito e igualdade perto dela.

Quase no fim, e ao longo da temporada, ficamos atados ao pensamento do que Clay poderia ter feito de tão horrível para Hannah, até este capítulo chegar e dizer tudo aquilo ao contrário. Entras tantas inabilidades que muitos de nós poderíamos associar ele, pelo fato de que Clay poderia ter feito algo de diferente para ajudá-la, o que é até injusto julgá-lo dessa maneira já que ele lida consigo com seus próprios problemas, a própria Hannah retira essa dúvida que vinha aos poucos martirizando a consciência do Jensen. No fim, Clay não é um "verdadeiro por que" que levou ela a tirar a própria vida. Em vez disso, ficamos cientes de que Clay era uma parte tão grande em sua vida, que ela precisava incluí-lo numa maneira de explicar o que realmente acontecia que a deixava sem forças de viver.

Talvez essa não seja uma história sobre amor, mas quem sabe, há parcela disso. Chegou um ponto em que Hannah via nela o que os outros viam nela, e isso cada vez mais drenava seu fôlego de viver a vida. Seu amor, sua cumplicidade e seu aprecio era tão forte pelo Clay, que ela se viu incapaz de ser merecedora dele, um cara que como ela mesma descreveu, era gentil, decente e que não era como os outros. Embora tenha sido arrasador pra ele passar por todo esse processo, ele teria que entender as razões que levaram ela a fazer o que fez. Ela, no fim, acaba dizendo que ela iria arruiná-lo, que iria quebrá-lo, o que é devastador pois sabemos que se ela tivesse sido mais aberta com ele, não seria duvidável de que Clay a ajudaria. Uma das coisas que mais ratifica esse lado de empatia é seu amor por ela e, acima de tudo, sua constante consciência de culpa de que ele foi um dos responsáveis pela sua morte. Clay não é essa pessoa condenável que muitos julgam.

Episodio 1x13 - Nota 9.5 2017-04-22 02:27:44

Eu queria encontrar forças pra digitar algo grande aqui, mas...simplesmente..não consigo. Realmente, é um trajetória enorme de dolorosa ver o sofrimento infligido na Hannah sendo ela escopo de tantas frentes de sofrimentos e batalhas internas de sua vida, sendo alvo de violação, perseguição, e objetificação. Hannah é real perspectiva de jovens que temos no mundo aí afora que encontram no suicido a válvula de escape para seus sofrimentos. Mas suicídio não é nenhuma forma de cessar isso, não é alternativa. Como bem é notável na série, só quem sabe a extensão da dor é quem realmente passa por ela. Não há forma e justificativa de amenizar o sofrimento do outro sendo que passamos pelas experiências de diferentes formas, reagimos de diferentes níveis, e o que pode não significar nada pra mim não quer dizer que seja o mesmo para você.

É essencial notar os sinais e 13 Reasons Why é uma grande lupa da realidade. Não é um canal de ajuda, mas um grande auxílio de alerta, uma grande janela que para mim, me permitiu ver que a humanidade precisa de ajuda, que de uma forma sucinta, devemos ser empáticos com o sofrimento do outro, que acima de tudo, não devemos ser lobos de nós mesmos, mas que devemos preservar e ajudar aqueles que mais precisam, que passam pelas fases mais difíceis de suas vidas, que independentemente do nível de sofrimento, se vale necessário colocar na pele do outro porque há o efeito borboleta da vida, e o que você não quer pra sua vida, não se fez necessário desejar ou fazer na do outro. Cada nossa ação tem parcela de interferência da vida das pessoas que fazem o nosso redor.

Hannah era uma bela e jovem garota que estava tentando buscar ajuda. Talvez, é claro, poderíamos pensar porque ela não recorreu aos seus parentes e amigos e se abriu mais com eles, e compartilhou do seu sofrimento. Mas há pessoas desse tipo, que preferem passar pelas dificuldades de forma isolada, sozinha. Infelizmente, todos ao redor da Hannah não tinham os recursos ou conhecimentos para ajudá-la. Era sua própria vida, era seu próprio sofrimento, e ela fez uma escolha. Essa escolha afetava os outros, mas não antes de sofrer durante anos em silêncio. Se essas pessoas fossem diferentes, Hannah, quem sabe, estaria viva. Ninguém é perfeito, nada é perfeito, mas não sejamos a razão que leva alguém a tirar a própria vida.

É dilacerante então o momento em que Hannah entra na banheira e drena sua vida. Triste ver que sua dor era maior que tudo. É devastador ver a reação dos pais em choque, incrédulos, sem saber inclusive em todo esse tempo, o que fizeram a perder a filha de forma tão dolorosa de ver. E como já foi debatido inúmeras vezes, isso é uma realidade que devemos evitar. Devemos é uma palavra que constantemente citei aqui, e talvez devemos mesmo estar cientes da colocação do verbo, pois estar ciente das pessoas que precisam de ajuda e não fingir que elas não existem é o que devemos fazer. Se atentar que, se machucamos, devemos encarar as consequências. Melhor, que evitemos para que isso não aconteça. 13 Reasons Why nos ensina cada uma dessas lições que vale a pena refletir. Reflita sobre isso.

Episodio 2x1 2018-05-18 22:38:33

13 Chorumes Why is back!


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Paulo

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