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Feud By





Episodio 1x1 - Nota 8.5 2017-04-12 23:45:50

A indústria cinematográfica (não confundir com o cinema) segue o princípio de suas irmãs, de rejeitar tudo que considera atrasado, ultrapassado, caquético, investir na novidade e, principalmente, na propaganda que pode fazer para essa novidade. Tem um tanto de tristeza em Feud, a de fazer ver como é comum descartar pessoas quando não apresentam a mesma margem de lucro de antes. Reproduz a ideia de que, diante da competitividade de um mundo impiedoso, o cenário se transforma em selva e os indivíduos se enfrentam como feras, como se estivessem brigando por uma posição mais alta na cadeia alimentar, mesmo que isso signifique subjugar outras pessoas.

No mais, o prazer de ver essas duas grandes atuações, inclusive como resistência a essa cultura machista no mundo da televisão e do cinema é um presente. Lange e, principalmente, Sarandon estão distribuindo excelência ao retratar a rivalidade entre Davis e Crawford. Vi o filme algumas semanas atrás e não fazia ideia de como toda essa disputa tinha apimentado e sido usada nos bastidores.

Episodio 1x2 - Nota 8.5 2017-04-13 14:34:40

Catando tudo que Sarandon tiver feito pra assistir? Mas é claro < 3
Impressionante como ela conseguiu estabelecer uma relação madura entre a autonomia de sua própria atuação e a reprodução das semelhanças com Davis, seus gestos.

Episodio 1x3 - Nota 9 2017-04-23 00:44:31

Eu não canso de admirar essas atuações, principalmente nas cenas que as duas dividem a tela, nos diálogos, quando se observam, tentam traçar uma aliança constantemente atrapalhada pelos interesses escusos que se aproveitam da rivalidade, sabendo que, pra reacendê-la, basta uma faísca. A cena do restaurante foi absolutamente cativante, cada uma em exposição às suas fragilidades e inseguranças. A fala do filme, no final, reflete bem o que poderia ter acontecido entre elas: “então nós poderíamos ter sido amigas por todo esse tempo?”. É algo que comunica muito o lamento pela rivalidade, a possibilidade de maiores alegrias se, unidas, elas se fortalecessem, o que só é atiçado quando sabemos que a vida pessoal/familiar das duas anda pincelada pela solidão.

Lendo um pouco sobre o que aconteceu quanto ao Oscar e Baby Jane, dá pra entender melhor o que tudo aquilo significou para as duas, como a Academia desde ali era também influenciada por motivos externos às atuações. Não tem como deixar de torcer, na série, pela personagem de Bette Davis e tudo que ela encara, apesar de suas vaidades, diferente de Joan, que se escora nas aparências, cedo ou tarde, insustentáveis.

Episodio 1x4 - Nota 8.5 2017-04-23 00:45:14

Que bom ver essa amizade se construindo entre Pauline e Mamacita, ao contrário da rivalidade entre Bette e Joan. A união das duas vem exatamente da consciência de que aquele ambiente onde querem se emancipar colabora pra prendê-las em lugares desprestigiados para o padrão hollywoodiano. Suas agências estão contra a maré que impõe ordens, abusos e papéis determinados às mulheres: de estrelas (até determinada idade) e de subalternas. Já torço muito para que o trabalho das duas vingue, que Pauline consiga romper com tudo aquilo, inclusive desafiando sua própria noção de lealdade a Bob, já que há limites entre lealdade e aceitação do lugar de comandada.

Episodio 1x5 - Nota 8.5 2017-04-23 00:46:02

No cenário de efemeridades, a lição maior está na última cena: Crawford derrotada diante de um oscar próprio e outro abertamente manipulado. E, pelo que acompanhamos, é o rancor que lhe marcará, não a breve e falseada sensação de vitória ao apagar o cigarro e caminhar para receber o prêmio que não era dela. Paradoxalmente a tanto brilho emanado da cerimônia, a imagem que prevalece é de apagamento, como se tudo fosse ofuscado pela inveja e pelo desejo de superioridade. Não vi os outros filmes, mas imaginar que a influência de Joan pode realmente ter tirado o prêmio de Bette, ainda mais naquele momento onde esta realmente tinha a chance de ser uma pioneira, tem um gosto amargo demais.

Episodio 1x6 - Nota 8.5 2017-04-23 00:46:45

As duas voltando ao trabalho juntas foi algo que eu realmente não esperava ver depois de tudo. Não acreditei que o profissionalismo e a necessidade de estarem em tela seriam maiores que o ódio e o ressentimento mútuos. As rusgas parecem prevalecer sempre e a mágoa de Bette é inclusive muito compreensível.

Episodio 1x8 - Nota 10 2017-04-27 14:48:28

Acompanhando o drama tão pesado que envolveu Bette e Joan, talvez mais pesado do que o que vimos em tela, sendo constantemente exposta uma tristeza por aquilo que não foi, a amizade entre as duas, como de forma tão propícia anuncia o título, vamos entendendo como não é a velhice que atormenta e faz sofrer, é o abandono daqueles que um dia fingiram ser próximos e estavam ali pela conveniência, pelo interesse. Nesse ponto, Feud demonstra sua honestidade: a culpa não é só dos outros. Ela é dividida junto às personalidades vaidosas que ansiavam pela adoração, mas foram se frustrando mesmo com o reconhecimento, o que só piorou quando a cruel realidade do menosprezo ao corpo velho as atingiu. As duas, frustradas e abandonadas, poderiam ter tido uma à outra e, provavelmente, as duas se arrependeram do que não fizeram, daquilo que não ousaram, daquilo que não recusaram, o machismo que lucra com a briga entre as mulheres, a selvageria da indústria cinematográfica que aproveita rivalidades pra lucrar.

Mais do que profissionalmente, a vida pessoal tão conturbada, cheia de vícios e decepções também era marcada pelo egoísmo: como a mãe descreveu Bette, tudo era sobre ela. Tudo em torno dela, a personalidade que pretendia dominar todo ambiente em que se encontrasse, inclusive quando está com a filha internada e não se incomoda em saber nada sobre sua vida. Ela e Joan combinavam inclusive nisso e na carência, sendo Joan aparentemente mais maleável, por ser mais frágil, por tudo atingi-la profundamente, inclusive a ideia de sobreviver. Seu emocionante devaneio, uma semana antes de morrer, ilustra como a carência de companhia a afetava, de como desejaria apenas sentar com seus velhos parceiros, falsos ou não, e assumir seu apego a eles. Diante de defeitos e virtudes, Joan e Bette são "demasiadamente humanas", absolutamente cativantes. E despertam, nessa relação de mútua admiração, mas orgulhos mantidos como troféus, os sentimentos de revolta e embelezamento. A primeira diante de tanta crueldade nesse sistema que não consegue respeitar a sensibilidade e a fragilidade de ninguém, a não ser em cena, em fabricação de imagem; o segundo porque a homenagem às duas despertou por elas o respeito, propagou seus legados e nos chamou a recusar as intrigas que alimentam entre aquelas que devem se unir. E que bom que tudo isso foi tão bem executado em Feud, com destaque a essas atuações que se complementaram magistralmente < 3

- É isso?
- 50 anos no show business e eles lhes dão dois segundos?
- É o que darão a todos nós.
- À Joan!
- À Joan!

Bette ao documentarista: Oi! Eu te disse por carta, eu te disse ao telefone e agora vou dizer na sua cara. Não participarei do seu documentário. Quer que eu diga coisas cretinas e engraçadas sobre Crawford. Não farei isso. Ela era uma profissional. Fizemos um filme juntas. Nossas vidas se cruzaram. Só isso. Não tenho mais nada a dizer.

Episodio 1x8 - Nota 10 2017-12-28 21:49:32

é triste como colaboram pra fazê-las inimigas, né?
próxima temporada de feud vemos juntos < 3


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