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Sherlock By Paulo





Episodio 1x1 - Nota 10 2015-10-10 01:05:50

Qual a verdade que eu conclui sobre Sherlock nesse piloto ? Tamanha genialidade de seus pensamentos que não dá pra serem acompanhados.

De todos os pilotos que tive a oportunidade de assistir esse ano (maratonas + novas séries), Homeland (menção honrosa a Mr. Robot) foi a única que demonstrou alto de nível de qualidade em seu piloto. E em decisão de entrar uma nova série na grade, acabei escolhendo "Sherlock", já que séries como ela, Breaking Bad e Sons of Anarchy são produções que sempre tive vontade de assistir mas nunca separei tempo pra vê-las, privilegiando outras.

Conclusão: "A Study in Pink" superou qualquer piloto que eu tenha assistido esse ano, inclusive Homeland. E velho, eu tô extasiado com a produção, direção e o roteiro de "Sherlock". No elenco já conta com o audacioso Martin Freeman, fazendo com que gostasse ainda mais da série, o capítulo foi extremamente dinâmico, ágil, frenético e acima de tudo, inteligente, e numa avalanche e turbilhão de acontecimentos que ocorreram, é claro que não dá pra ficar calado diante de 88min de pura genialidade.

"Sherlock" é uma produção séria, mas a pitada de humor leve inserido na trama, a deixou mais divertida do que já é. O elenco foi bem escolhido e Sherlock caiu perfeitamente pra Benedict Cumberbatch. Já audacioso Martin F., não precisa nem frisar dado ao poder de atuação do ator, e pra quem viu ele interpretar Lester Nygaard (Fargo) sabe bem do que eu tô falando.

Nos primeiros minutos, Sherlock já escancara o poder de sua personalidade, sua mente dedutiva e brilhante, e acima de tudo, sua astúcia. E ao passo disso, o interessante é sua carisma arrebatadora fazendo com que o telespectador além de ter uma maior simpatia pelo personagem, tenha tempo de se perder numa forma estupidamente boa com seu jogo de deduções. E não é só isso, ele gosta de caçar mentes brilhantes, aprecia um bom jogo de puzzles e suas resoluções, fazendo com toda a situação se torne mais foderosa ainda.

Ainda não acredito como eu não vi essa série antes. Não tem adjetivo suficiente pra descrevê-la, a direção e produção dessa série extrapola os níveis de perfeição, os diálogos são meramente precisos e a fotografia não fica de fora, é simplista mas belíssima. "A Study in Pink" entra definitivamente no roll de um dos melhores pilotos que já vi. E com certeza absoluta irei mastigar intensamente toda a série. E no mais, já apreciei a dinâmica entre Sherlock e John. Já vejo eles resolvendo uma gama de puzzles e enigmas mirabolantes daqui pra frente.

Menções honrosas + Suicide case (Maleta rosa):

1. A gama de informações da forma mais crua acerca do anel da mulher, a maleta, e o histórico mais que superficial sobre ela. Incluindo a trajetória dela até a cena do crime.
2. Sherlock traçando foderosamente uma análise de John, até os minuciosos detalhes do celular dele.
3. O sarcarmo e o humor negro de Sherlock fazendo piada sobre o lucro que ele e John poderiam obter caso Watson aceitasse fazer troca de informações com Mycroft.
4. O brilhante e extraordinário presságio SMS. Sherlock sabia que John iria deixar o amparo no restaurante, muito antes de enviar a mensagem. Incluindo a ousadia dele chamar o próprio John que estava a milhares de distância pra realizar a mensagem.
5. Sherlock falando pra o cara olhar pra o outro lado porque tirava a concentração dele, sem deixar de frisar no momento que ele faz a piada sobre QI.
6. Escaneamento extraordinário das rotas das ruas.
7. Mapeamento do perfil do serial killer e o mindgame entre eles dois, sem deixar de mencionar na resolução do jogo das pílulas e da arma.
8. O "arqui-inimigo" de Sherlock ser o próprio irmão dele, Mycroft ahshaushau!
9. Moriarty. Quem será, hein ?

Vem Sherlock, vem humilhar minha mísera inteligência!

Episodio 1x2 - Nota 9.5 2015-10-10 03:07:47

Sem querer julgar os comentários de algumas pessoas aqui, mas vocês tem noção do quão foi a qualidade desse episódio ? Certamente eu lhes digo, não foi equiparável ao perfeito e brilhante "A Study in Pink" (1x01), mas manteve a autenticidade e o alto nível qualitativo que essa série riquíssima tem. E se você pegar um episódio aleatório de qualquer uma outra série, nenhum chegará ao calibre e aos pés do roteiro e da produção de "The Blind Banker".

E nem só de cenas de ação, tiroteio e bomba faz um bom capítulo. O teor lento e a junção de bons textos também se configuram como elementos de um bom episódio. E "The Blind Banker" entra nesse roll.

Quanto ao episódio em si, posso dizer que gostei bastante. Sherlock teve que correr contra o tempo pra salvar John num mix de tensão e aflição. Toda a reviravolta dos contrabandistas da Black Lotus certamente foi mais um dos casos mirabolantes que só ele teve o calibre de resolver. O interessante disso tudo é ver que quaisquer informação ou objeto tem valor pra a mente de Sherlock, por exemplo, como quando ele achou o livro vermelho que foi essencial pra descobrir a localização da outra pichação amarela.

Outra coisa que tô achando bem bacana também é a interação entre John e Sherlock. Eles se conheceram praticamente "ontem" mas é como se fosse amigos a longa data. E a dinâmica deles é explosiva. Toda essa resolução do criptograma é um fragmento do que eu falo. A série não perde minutos em mostrar um pouco do lado humor e certamente quem viu John falando alto pra Sherlock que queria transar com Sarah, pode concordar comigo.

No mais, o episódio escancarou outra riqueza do roteiro da série: a continuidade. Shan não foi pega pelas mãos de Sherlock mas já sabemos o fim que ela teve. E há um big boss. E certamente Holmes não estará em conforto até encontrá-lo.

Episodio 1x3 - Nota 10 2015-10-10 12:57:32

Definitivamente uma das melhores SF que já vi. É incrível como quase 89min de tela se passam tão rápidos quando se trata de "Sherlock". A estrutura dessa série é de outro mundo, e o charme que ela transmite é ímpar.

E uma coisa interessante dessa série são os diálogos precisos. Os de Sherlock são meramente calculados pra uma mente brilhante e você percebe pela estrutura, junção e calibre de palavras que ele usa. Já o do vilão, Moriarty, é exatamente como um psicopata faria. Com textos enigmáticos, curtos e recheados de ambiguidades.

O que ainda me surpreende é a intensidade de Sherlock. Ele é sério, engenhoso, dinâmico e enigmático mas a pegada descolada que ele tem em certos momentos reservam boas situações. E ele tava frenético em todo o episódio. Ele possui destreza e inteligencia ao fazer a análise de uma carta enviada pra ele, mas ao passo disso, ousadia de brincar com uma arma, como por exemplo.

Mycroft deu uma boa presença do pouco que apareceu. E é claro que ele não é "arqui-inimigo" de Sherlock. No primeiro episódio os dois brincam de um jogo de farpas, mas nada de tão sério. E eu gostei bastante da situação dele, solicitando a ajuda do irmão, e enchendo o saco de John com as mensagens acerca do roubo do pendrive referente ao programa de mísseis. E particularmente, achei o momento bem hilário.

Todos os enigmas eu já tinha presumido que eram do Moriarty, mas não tinha noção de que era ele na primeira cena no laboratório de Sherlock. Pra um vilão, ele tem cara de um fedelho qualquer, mas Andrew Scott captou bem a essência de um bom antagonista em potencial. E nesse grande jogo, foi sensacional como Sherlock "brincou" no jogo de enigmas, e ele correndo contra o tempo e completando o quebra-cabeça na junção de peças. No final todas as sequências foram eletrizantes deixando um extraordinário cliffhanger.

Temporada ? Perfeita! E não importa se ela teve 3 capítulos ou se o tempo de duração é grande. Um compensa o outro. A qualidade é constante, os textos são riquíssimos, o roteiro e a direção são espetaculares. Tô maravilhado com o poder dessa série.

Menções honrosas:

1. John fazendo piada com Sherlock ao fato de que ele deveria ter mais conhecimento astronômico.
2. Sherlock todo explosivo na estação planetária tentando descobrir o porquê o quadro era falso.
3. John caindo pelas tabelas quando Sherlock tirou a bomba do corpo dele.

Episodio 2x1 - Nota 10 2015-10-11 17:29:54

Simplesmente perfeito. Melhor retorno impossível! Sherlock não para de humilhar minha mísera inteligência.

E Holmes já retorna com aquela boa pitada de humor no seu roteiro. Os 20 primeiros minutos foram hilários com as situações entre ele e Mycroft no palácio e posteriormente, com ele fazendo cena dizendo que foi roubado pra entrar na mansão de Irene Adler. E mais tarde, sem deixar de frisar no toque de SMS dele. E particularmente isso uma das coisas que eu mais gosto em "Sherlock", quando os produtores e diretores da série investem nessa nuance cômica, que de quebra, dá uma boa atmosfera deixando mais leve o teor complexo dos casos.

Pra uma antagonista com um belo jogo de cintura, Irene Adler cumpriu bem o seu papel mais perigoso de Dominatrix. É interessante ver Holmes enfrentar vilões que se equiparem ao seu nível de mente brilhante e dedutiva, e faça com que ele se esforce cada vez mais para desvendar os puzzles e enigmas. Não acho que a série tenha a intenção proposital de criar um texto de roteiro complexo pra parecer inteligente, não. A série simplesmente tem como volante uma linha de raciocínio rápido mas ao passo disso complexo, baseadas em definições de criptogramas e criptografias, como por exemplo, que reforce cada vez mais a ideia de que o protagonista, Sherlock, é uma mente ímpar diante de tantas outras comuns. E que somente ele tem o calibre para desvendá-las. Portanto, não vejo a série exagerando nesse contexto, pelo contrário, ela dosa perfeitamente seus limites, até onde ela quer ir.

Na minha opinião, o caso mais complexo até agora foi o do 1x01, mas esse do enigma do Coventry foi um dos mais foderosos de "Sherlock". E quando eu penso que essa série não poderia impressionar mais, ela impressiona. E "I AM S.H.E.R. LOCKED" foi sensacional! Wow, tava tão na nossa cara.

No mais, como lidar com o fato de que 10 nunca será o suficiente pra essa série ?

Episodio 2x2 - Nota 9.5 2015-10-11 18:10:24

Gosto de lidar com o fato de que a série coloca a prova o sentimentalismo de Sherlock. Na maioria das situações, percebe-se que ele é arrogante, egocêntrico e desafiador, mas se torna interessante trabalhar com a situação de que Holmes também tem seu lado emocional, mesmo que ele iniba suas cargas emotivas.

No episódio passado, criou se o clima da relação entre ele e John, com um possível sentimento de ciúme da parte de Watson. Não acho que isso os tornam automaticamente um casal, ao contrário disso, reforça ainda mais a ideia de que a aliança e a cumplicidade que ambos nutrem são fortes, ao ponto de um se preocupar com o outro. São amigos e amigos fazem isso. Se preocupam uns com o outros. E nesse episódio mesmo, foi trabalhada essa filosofia, com a cumplicidade de parceiros deles e Sherlock tendo que admitir que John era seu único amigo.

No mais, o episódio deu caso muito interessante colocando uma mistura de mistério com teorias conspirativas. O caso Henry pode não ter sido um dos mais complexos de Sherlock, mas provou de um boa dose de terror psicológico entre os personagens. Aliás, o mapeamento da mente de Holmes é incrível e foi sensacional ver como ele desvendou todo o histórico de envolvimento do Projeto Hound por trás dos tremores e mistérios de Dewer's Hallow.

Episodio 2x3 - Nota 10 2015-10-12 02:57:17

Definitivamente, melhor episódio de Sherlock! Sério, eu fico em transe como essa série tem o poder de brincar com o telespectador de uma forma como nenhuma outra já fez, exceto e por menção honrosa a Mr. Robot, que de certo foi a melhor descoberta esse ano, de produção, roteiro e textos impecáveis. "The Reichenbach Fall" honrou o termo "SF", num mix de tensão e adrenalina, e foi muito bem dosado por mirabolantes e espetaculares reviravoltas. Não há melhor outro nome que descreveria o que ocorreu nesse capítulo!

Moriarty é um dos maiores antagonistas de todos os tempos. Se percebermos pela superfície do contexto dos eventos, podemos imaginar que por um momento Sherlock subestimou a mente perversa de Jim, então a pessoa que mais se equiparou a Holmes foi Moriarty. Ele fez todo um cenário, todo um mindgame e Sherlock caiu como uma mosca na teia de aranha, e tudo foi muito bem planejado. Jim invadiu a torre, o banco e a prisão, foi inocentado do julgamento e criou a história do alter-ego de Sherlock, inclusive o cenário das crianças desaparecidas pra gerar suspeita sobre Holmes. Tudo isso bem arquitetado, pra conseguir atrair a atenção dele e fazer ele admitir que era uma fraude. E que aliás, essa rivalidade gerou um belo de um confronto.

Apesar de toda a reviravolta com a inesperada morte de Jim, há um grande porém nisso tudo, e Sherlock não seria tão tolo assim de se entregar nesse jogo, pois conhecendo a destreza de Holmes, tudo isso se torna realmente algo inverossímil. Da pra deduzir e quando se trata dele, há sempre um plano maior e novas facetas de acontecimentos são possíveis. Por isso em nenhum momento acreditei que ele tinha se matado.

Últimos minutos com John foram magníficos com ele no "túmulo" de Sherlock pedindo para ele parar de fingir de morto. E daí veio a cena esperada/inesperada de que tudo tinha sido uma armação do próprio Sherlock. Tudo foi convincente mas Sherlock é Sherlock.

2T foi perfeita! Se equiparou a sua antecessora, ou até mais. Foi brilhante, magnífica, sensacional, de ritmo e qualidade constantes. É raro encontrar um série que te tire o fôlego a cada episódio, e "Sherlock" faz isso. Pode parecer muita bajulação de minha parte, mas sério, que perfeição, velho!

Na 3T já quero Sherlock explicando a resolução da queda. Vem 3T, vem pra me chamar mais uma temporada de perfeita!

Episodio 3x1 - Nota 10 2015-10-14 02:16:18

Premiere fantástica! Sensacional como "Sherlock" nunca perde sua eferverscência e a cada episódio é uma nova descoberta.

Preciso dizer que retorno foi esse ? Mano, quase perdi o fôlego. Quando o episódio é divertido é tiro e queda, quando não é, também exerce o mesmo efeito. Não há diferença. "The Empty Hearse" foi marcado pelo retorno de Sherlock, e dado a SF da temporada passada, a resolução da queda era algo que merecia ter explicação e a série, é claro, não poderia deixar esse furo. Com essa volta, não houve nada mais sensacional que ver Holmes explicando como havia ocorrido todo o plano, todo o cenário que ele havia arquitetado. Foi espetacular, e é incrível como cada mínimo detalhe, cada movimento, cada jogada que ele faz sempre faz parte de um plano maior. Nada é tão simples, e nunca imaginei que Molly e Mycroft estariam envolvidos nisso.

Outro ponto interessante e não menos importante, é como esse retorno trabalhou com o salto de temporal de 2 anos. Por exemplo, nas materialidades de Sherlock que a Sra. Hudson não se livrou, ou como o John adquiriu a barba e nutriu um novo relacionamento, uma companheira. Achei bem bacana esse aspecto porque explorou o tempo e mostrou como a ausência de Holmes era sentida e afetada por eles. Não acho que John teria barba se Sherlock não tivesse morrido, quem concorda ? Até Lestrade ficou surpreso com essa inesperada volta dele.

O episódio mais uma vez reconfirmou o lado sentimental de Sherlock na cena em que ele admite que Molly é importante pra ele e a chama pra trabalhar em seu time. O lado cômico da série me rendeu várias gargalhadas e em uma das cenas, foi hilário ver quando Holmes entrou no restaurante, jogou várias pistas sobre ele e nada de John se ligar, ao passo também de todas as boas as cenas de John explodindo, discutindo e dando uma surra ele, na espera de uma resposta que explicasse o porquê de ter fingido sua morte. E mais tarde, sem contar como Sherlock usou o caso da rede terrorista subterrânea pra brincar com ele. Devo dizer, ali rendeu bons diálogos.

Sem perder a adrenalina que a série mantêm, foi bacana ver como Sherlock correu contra o tempo pra salvar John. Acho curioso esse fato, porque é sempre Holmes que tem que socorrer ele. E no mais, é quase certo de que esse ataque a John foi planejado por aquele misterioso homem no final. Será ele o novo antagonista da temporada ? Respostas nos próximos capítulos.

Episodio 3x2 - Nota 10 2015-10-15 01:02:03

Mano, sabe aquele episódio que te deixa com um sorriso no canto da boca? Exatamente esse! "The Sign of Three" foi dinâmico inteligente e além de tudo, divertido. Se existem dois personagens que definiriam esse capítulo, esses dois são o Sherlock e o John. Mas o grande diferencial é que de toda a série, esse teve um charme a mais e fez com que me entregasse a bastante risadas.

O fato dos produtores terem utilizado o casamento de John e Mary pra gerar um núcleo bem cômico foi uma boa sacada. É um momento jovial e alegre, então teve o efeito humorístico desejado na maior parte do capítulo, graças ao audacioso Benedict Cumberbatch. Achei hilária a cena onde John propõe pra Holmes ser o padrinho dele e ele em transe com o pedido. Com certeza, foi uma inesperada notícia pra ele, mas foi sensacional ver as micro-expressões faciais dele. O interessante é que nessa situação ele se esquiva e não expressa suas cargas emotivas. É típica coisa de Sherlock!

A melhor parte do episódio certamente foi a do casamento. E é espetacular como até nessas ocasiões Sherlock é o próprio Sherlock, mas não foi absolutamente nada que tenha deixado a parte monótona. Muito pelo o contrário, essa serialidade e a excentricidade que ele mantem foi o que deixou tudo mais pitoresco. E os diálogos contribuíram. Portanto, adorei o discurso que ele fez no casamento, e como ele foi deslizando pelo seu arsenal de palavras didáticas à palavras melosas. E nesse mix, juntou casos engraçados que ele e John tiveram, e nesse cenário propões um quiz, e o pessoal não entendendo nada, mas mais tarde veio as doces palavras e acabou que todo mundo ficou emocionado. Foi maravilhoso! E é claro, sem deixar de ter o lado detetive dele, acabou que no meio disso tudo ele desvendou quem era The Mayfly Man.

Esse episódio foi um dos mais lindos que eu já vi e todo o script dele foi perfeito. Já tô até achando repetitivo elogiar essa série, mas velho, Sherlock merece. Finale já é no próximo capítulo e não sei se tô preparado pra bomba que está por vir. Que série fantástica, maravilhosa, divina!

Menções honrosas:

1. Sherlock e John bêbados e chapados, ompagáveis! Em especial, na cena que ele usa os tubos de ensaios, haha.
2. Os diálogos que Holmes tem com a Sra. Hudson. Pode parece bem off-topic, mas eu acho uns primores.
3. John jogando Celebrity Mind com Holmes. O hilário é que o próprio Sherlock não deduziu que era ele, haha!

Episodio 3x3 - Nota 10 2015-10-15 03:06:53

A imprevisibilidade é um dos volantes de roteiro dessa série, então os telespectadores estão vulneráveis a qualquer reviravolta. O simples fato do retorno de Moriarty não significa a falta de criatividade da parte dos produtores, porque antes de mais nada, estaremos subestimando o poder que a série tem e como ela se pavimentará diante da 4th temporada com a verdadeira resposta. Também não acredito que o personagem de Sherlock se corrompeu ao matar Magnussen, porque a filosofia retratada na cena em que ocorre isso, é como somos guiados por pressões externas e explosões momentâneas, que nos levam a agir drasticamente. John é amigo dele então ele ágil. Não pela razão mas pela emoção, psicologicamente falando. E já vimos como a cumplicidade deles ocorre em episódios anteriores, e é forte. Quando John está em perigo, qual a primeira coisa que Sherlock fez ? Socorrer ele.

Também não podemos prejulgar o fato de Sherlock não ter percebido a armada de Magnussen. Certamente, Sherlock é uma mente irrefreável, mas a verossimilidade está posta no plano de como até a mente mais precisa, possui pontos cegos. Isso é basicamente implausível quando se trata dele, mas não se torna um fato isolado.

Possíveis teorias sobre Moriarty:

1. O jogo de câmera. A série pode muito bem ter omitido boa parte das cenas entre Sherlock e Jim, e não ter exposta todas elas. Levando a crer que há ainda muitos detalhes desse suicídio de Moriarty. E Sherlock e Moriarty são grandes jogadores intelectuais e apreciam um bom jogo de xadrez. O que eles poderiam ter feito ?
2. Mark Gatiss, no novo livro oficial da série "Sherlock: Chronicles", afirma que "fantasmas" é a keyword para a 4th temporada, nos levando a teorizar a ideia de que Holmes vai lidar com seus próprios demônios, perseguido por essa assombração de Moriarty.
3. Moriarty tem algum irmão gêmeo. Será Rich Brooks ele ? Levando a crer na ideia de que Brook tenha se matado para que o real Moriarty pudesse viver.
4. Mycroft ou até o próprio Sherlock plantou o gif para que ele não fosse exilado.
5. Um novo antagonista que supostamente usou a imagem de Moriarty para que impedisse Sherlock sair de Londres. Ou até mesmo a própria rede de Moriarty está agindo por ele. Sem descartar o fato de que ele pode ter um big boss.
6. Conhecemos o Moriarty por ser Moriarty. Mas e se ele não for o verdadeiro Moriarty?
7. Moriarty pode estar vivo ou não: caso ele tenha engenhosamente forjado sua morte de alguma forma, com ele próprio colocando seu possível plano seu em ação ou alguém está vingando sua morte.

Menção honrosa: o momento do "Mind Palace". Sensacional como Sherlock calculou a válvula de escape pra que não pudesse morrer. As sequências foram espetaculares. Certamente é uma das melhores cenas já criadas em toda a série!

Vem logo 2017!

Episodio 4x1 - Nota 9.5 2017-01-01 14:06:07

Se começar o ano com a quarta temporada de Sherlock não é algo maravilhoso, o que é então maravilhoso?

Episodio 4x1 - Nota 9.5 2017-01-04 00:22:16

O que eu acho:

Sou suspeito pra falar que concordo com a teoria da Mary, até porque não tenho provas contundentes desse pensamento, mas pensando bem, é uma linha de raciocínio dedutiva que pode ser bastante lógica. Mary morrer é um detalhe pra gente suspeitar, e depois então que tudo parecia estar dando bem para ela e o John - depois que houve perdão e reconciliação entre eles -, ela morrer como forma de sacrifício desencadeando um ódio do John para Sherlock parece ser mesmo algo arquitetado pelo Moriarty. Não é algo aleatório, isso tem aquela perfeita neblina de dúvida. Não há provas mais claras, mas será que Mary trabalhava secretamente para o Moriaty? Ela amou verdadeiramente o John? Eis pertinentes questões.

Se gente pensar dessa forma, Mary tinha mais segredos por debaixo do tapete que John e Sherlock não sabiam, e só esse capítulo comprova isso. John conheceu aquela mulher no ônibus, e o que isso significa? Ou é uma releitura de que o John não é perfeito e esconde segredos como Mary e Sherlock, ou pode ser algo, como sugeriram abaixo, planejado pelo o maior inimigo dele: Moriarty. Não acham suspeito o "Miss Me" no disco? Não é algo que o Moriaty faria só pra irritar o Sherlock e deixá-lo ainda mais louco e obcecado? E outro detalhe, Norbury cita uma frase bem peculiar dita por um dos homens de um dos primeiros casos do Moriarty, frisando "Why does anyone do anything?". Esta frase está em The Great Game.

Norbury ainda diz surpreender com convicção Sherlock quase atirando nele no final se não fosse pela Mary, o que me faz mais ainda a crer que tudo foi algo planejado. Todos estavam alí, e essa tragédia fez quebrar o que Sherlock e John tinham de mais precioso entre eles que era a amizade e uma cumplicidade verdadeiras. Tudo o que o Moriarty sempre quis não foi fazer um simples jogo de quebra cabeça com o Holmes, tudo bem que sempre uma jogada esteve envolvida, mas quebra-lo, deixá-lo em dúvida, desorientado, ferir seu ego ou suas emoções mais ocultas, sempre uma jogada ardilosa do Moriaty para desestabiliza-lo em seu melhor. Quem melhor para afetar o Sherlock se não por meio do John? John foi o único companheiro que revelou esse lado mais humano e gentil do Holmes.

Sobre a possível traição do John, eu acho que é um termo a ser colocado bastante rude com a construção de personagem que ele teve no decorrer das temporadas. Mensagens foram trocadas com a mulher desconhecida, olhares foram compartilhados, tentou resistir a tentação e quase não conseguiu por um momento, mas a essência de homem nobre dele que amou e que amava aquela mulher, agora, mãe de seu filho, permitiu, acredito eu, perceber que ele não precisava daquilo. E olha, mediante a todas as turbulências envolvendo a Mary, seria perfeitamente compreensível John ter cedido. Ele não traiu de fato, e não houve descaracterização, nada disso. Em resumo da tragédia, John está magoado por acreditar que Sherlock não cumpriu sua promessa e assim Holmes se martiriza. Mary no final pede para que Sherlock salve o John. Ganhar a confiança, a cumplicidade de volta do John, será o maior caso da vida dele. Será este o jogo que Moriarty está jogando? Será este o foco da temporada?

Episodio 4x2 - Nota 10 2017-01-13 03:04:42

Sherlock estava chapado? Estou chapado? Steven Moffat estava chapado? Tem alguém aí chapado? Esse capítulo foi tão magnífico, cheio de cargas dramáticas, puzzles, piadas, enigmas insolúveis sendo resolvidos, reencontros, resoluções, e o maior de tudo, reconciliações, que estou inclinado a dizer que ele foi o melhor até então da temporada ou até mesmo da série. É o mais incrível é que, descobrimos que a Mary realmente amava o John, seu amor por ele era tão real quanto o cuidado e apreço que ela tinha pelo o Holmes. Com isso descartou-se a hipótese da morte dela ter sido um plano maior do Moriarty e revelou-se algo bem mais além do que poderíamos imaginar. Solidificar esse laço de cumplicidade entre Sherlock e John era isso que ela queria. Ela sabia tão bem quanto nós o que um significa pro outro, essa relação intransponível entre duas forças de mentes que se completam. Ela foi fiel até o fim, e me sinto um tolo por ter presumido traição pior.

E são muitos os detalhes que trazem de volta o laço. Não sei o que seria se o John não tivesse visto o vídeo da Mary, mas Sherlock em seu plano suicida entendeu o pedido da Mary e respeitou, e fazendo isso, ele sabia que dessa forma era a única maneira de restabelecer novamente a ligação entre eles após a morte dela. Sherlock prometeu ao John cuidá-la, mas a mais brilhante das mentes não pode prever desta vez o infortúnio. O valor creditado que há entre Sherlock e John é forte e mediante a três temporadas, vemos isso acontecer em vários acontecimentos, e esse capítulo trás tudo isso em forma de recordações que podem ser acessadas por sutilidades, seja pelo abraço compartilhado, pelo o simbolismo do chapéu, pela sensibilidade e pelo quebrantar do Sherlock que, como ser humano, se diz ser sociopata e tem uma forte relação de companheirismo e cuidado pelo o John, e este que, também aprendeu muito com ele desde que o conheceu. Há um balanceamento incrível entre eles dois baseada na amizade e Mary situada no subconsciente de John queria religar e restaurar isso.

Eu considero este um bottle episódio que tem mega sentido. Bem mais além de casos mirabolantes e desafiadores que Holmes e Watson resolvem, o propósito dele é recriar mesmo essa conexão interpessoal entre os protagonistas. Nós já vimos o valor disso no decorrer de eventos nas primeiras temporadas quando John salva o Sherlock, e desta vez, vemos o oposto. E digo, não é nada cansativo, só reforça o quão estupenda é a relação deles e ela é cheia de descobertas. O tesouro está aí. Bem que devemos agradecer a parcela de contribuição que a Sra. Hudson teve em trazê-los de volta. Daqui em diante, vou dar graças a Deus por ela viver com o Sherlock e gravar a rotina dele em mente. Não bastava aquela mulher aparecer com aquele luxuoso Porsche em alta velocidade - eu gargalhei demais nesta cena -, ela teve que ser essencial nisso. Em suma parte, sempre bom mencionar o quão excelente ator é o Benedict e o Martin, eles sempre se mantém foderosos no que fazem. Mega ansioso pra ver como vai ser o desenrolar dessa aparição da irmã do Sherlock que ele nunca conheceu e sem entender o porquê deste capítulo ser tão criticado pela mídia especializada.

Episodio 4x3 - Nota 10 2017-01-17 17:25:50

Luis, o mais lindo é essa coerência que as pessoas acham. O grotesco é elas acharem que duas mulheres podem ser duas amigas, mas se for homem envolvido, é claro, são gays. Que eu saiba, Sherlock nunca se revelou gay, ele esteve mais para assexual, pois essa foi sempre a leitura que fiz dele. De acordo com elas, ser gay é melhor que ser assexual. Né ridículo isso?

Episodio 4x3 - Nota 10 2017-01-17 17:38:41

E tipo, a Molly nunca foi um personagem que compõe a dorsal da série, entende? Então a razão dessa lástima que alguns estão sentindo parece meio vaga e inexplicável. Será que não viram o jogo emocional e psicológico que a Eurus estava fazendo? Será que em quatro temporadas nunca aprenderam que Sherlock se tornou maleável a sentimentos? John é a maior prova disso, e todos aqueles que estiveram ao lado dele.

Episodio 4x3 - Nota 10 2017-01-17 17:59:27

Shippar é a pior merda. O episódio tá aí pra a gente deleitar de todas as formas, mas não, as pessoas procuram se alimentar de casais. Houve queerbaiting entre Sherlock e John, houve tensão sexual latente durante anos, mas pelo amor de Deus gente, isso não existe, nunca existiu esse tipo de relação entre eles na série, não foi desenvolvida aqui, e não vai ser agora, só vocês que fantasiam demais e querem forçar a barra, querem forçar coisa que não existe. Se superem que Sherlock é uma série magnífica de todas as formas, dificilmente decepciona, e o que Moffat fez ao longo desses sete anos foi um trabalho feito de forma brilhante, divertida, desafiante e emocionante. Então, por favor, a série é bem mais que ficar saboreando casal como um prato a ser devorado. Se poupem um pouco, porque o fandom está passando dos limites. Por que será que existe uma necessidade das pessoas sexualizarem e romantizar tudo e se aproveitar disso? É claro, sexo vende, a TV faz isso, mas porque tais pessoas parecem tão chateadas e desapontadas por verem suas expectativas indo por água a baixo? Porque é exatamente como eu disse, aparentemente, estamos numa era onde as pessoas preferem tecer suas fantasias em casais, até em casais que não existem.

Toda a história está aí para ser contada, história essa recheada de aventuras, mas elas preferem o que não podem. Tá ridículo já isso, essa mal interpretação de dois homens que não podem ser amigos, mas muito amigos, talvez as pessoas mais importantes da vida um do outro, que automaticamente elas são interpretadas como objetos sexuais, peças que são moldadas para algo que elas não são. Que eu lembre, já faz muito tempo que os criadores da série garantiram que Johnlock não iria acontecer. Tem tanta gente que cria e recria fanfics e acha que é real as coisas que elas ditam, que eu fico perplexo com tamanha audácia em recontar as histórias. Isso existe em toda série, mas aqui o lance tá sério a ponto das pessoas acharem que está errado o que Moffat e o Gaitss estão fazendo. Elas não são showrunners, roteiristas, e mesmo assim, a visão delas e o gosto delas é o que estão certos. E o pior não para por aí. Eu nem apoio Johnlock, olha só, mas se eu disser isso irão me chamar de homofóbico ou coisa pior. É de praxe acusar de homofobia quem não shippa Johnlock, isso, com todo tipo de casal.

Estamos numa era em que duas mulheres podem ser amigas do peito, mas se for homem, aí já são gays. Tá errado isso caramba, essa visão turva. E se tratando de Sherlock, que nunca se revelou gay, mas na minha opinião, sempre teve latência em ser assexual, as pessoas já estão erradas em fazer juízo de valor com orientação sexual, porque de acordo com elas, ser gay é melhor que ser assexual ou hétero. Quem destrói a série na verdade são os próprios fãs, a temporada terminou aí jorrando em qualidade, no mesmo nível excelente que todas as outras três anteriores terminaram, porém, acompanhada com essa discussão sem sentido, sem causa, com uma problemática inexistente. Sherlock, como série, é independente da obra original, independente da margem de romance "existente" nas obras do Conan Doyle.

Eu acho que como muitos outros, eu me divirto bastante com Sherlock só por ela ser uma série de investigação e que desafia a lógica, o pensamento humano. Um universo tão riquíssimo, sendo tratado dessa forma? E essa nota? Que triste, sério, tantas críticas desnecessárias. Moffat fez a coisa que ele acreditou ser a coisa mais brilhante que ele fez, mas baseada na experiência pessoal dele. Criar expectativas é normal, mas poxa, um capítulo desse estabelece um calibre de qualidade que capítulos normais de outras séries atuais não fazem. Sherlock, nunca, mas nunca foi uma série imediatista, sempre funcionou em forma de engrenagens. Estão surpresos e desapontados pela trama da Eurus? Uma série que sempre se prezou por ser um quebra cabeça, a gente não pode dizer que nada disso não fez sentido. Ficaram dúvidas? Talvez algumas, mas tudo que foi construído aqui não foi feito do nada e foi respondido aos poucos. Se terminou assim, estarei não menos que satisfeito. Se tiver uma outra temporada, ficarei satisfeito mais ainda.

Episodio 4x3 - Nota 10 2017-01-18 01:42:38

Desculpa o textão novamente, mas lá vai.

Paula, esse lance de shipp é um problema que vem sendo pertinente há anos, inclusive, é por causa de shipp que houve posicionamento de misoginia e machismo em cima da Amanda Abbington, que era casada com o Martin. Na própria vida real, já chegaram a shippar Freebatch (Martin + Benedict) porque achavam um cúmulo ela ter sido casada com ele. Digo, o quão ridículo é isso? Eu não pensei que fosse falar sobre isso novamente, mas boa parte do pessoal aqui se entrega a esse tipo de coisa e tava na esperança de que Johnlock fosse canon. Então foi necessário trazer infelizmente essa discussão a tona.

E quanto a trama da Eurus, não entendi até agora onde ela foi mal desenvolvida. Tivemos uma temporada com três capítulos, tudo foi desenvolvido de forma lenta cheio de sutilezas e perguntas, mas sem perder o compasso da intenção que é impressionar e resgatar aspectos importantes da série. Então, chega esse capítulo que o intuito dele é dar uma resolução, dar uma resposta - que foi isso que eles fizeram -, aí o pessoal começa a questionar a integridade da trama como se tudo tivesse sido jogado de uma hora pra outra. Não sei se é porque não gostaram do fato concretizado do Sherlock ter tido uma irmã por ser muito tedioso, pelo o fato do Moriarty ter sido um lacaio para um plano maligno dela, ou se foi por causa de Johnlock mesmo.

Quem iria presumir que Sherrinford fosse um lugar, que Redbeard fosse um cachorro, ou que Mycroft não fosse a pessoa mais inteligente da sala? Eu vejo o grande quadro, o equilíbrio emocional que essa temporada causou e o personagem de Sherlock carrega essa grande parcela de desenvolvimento que acabou de culminar nesse 'problema final'. Essa é a cereja do bolo, e as pessoas estão se perdendo em detalhes mínimos enquanto isso representa a magnitude do personagem, a transição de Sherlock como ser humano compatível a emoções que é tão importante para a série - o John foi essencial nisso.

Se o capítulo anterior teve o propósito de reintegrar a cumplicidade de John e Sherlock, esse vem pôr em pauta o quão ele sempre foi emocional, afinal, Sherlock preferiu levar o tiro a ter que perder o irmão ou o amigo, expressou total compreensão dos riscos pela vida da Molly, entendeu quando John não quis usar a arma, entendeu os erros do Mycroft, até demonstrou empatia pela Eurus que foi a causadora disso tudo. Então, essa temporada não tem o propósito só de impressionar - ou de tentar, como alguns alegam - mas de sintetizar tudo isso. Pra mim, ela tem muito mais recompensas do que frustrações, que na altura do campeonato, não são tão significativas e não tiram o brilho dela. Sherlock terminou de forma bem especial mas aparentemente só vê quem não quer.

Episodio 4x3 - Nota 10 2017-01-20 03:36:44

Nicolle, eu te entendo perfeitamente, aliás, não quero estabelecer nenhum tipo de verdade aqui, como eu, todo mundo sabe expressar opinião e deve na verdade. Só gostei muito da sua opinião não convencional, diferente daqueles que encontramos no Twitter. Mas enfim, falando alguém que nunca se aprofundou nas obras do Conan Doyle, mais do ponto de vista do espectador mesmo, pegando essa primeira pauta sua, começo dizendo que o processo de humanização de Sherlock entrou em cadeia desde o momento que John entrou na vida dele. Então, eu acho pra gente mexer com esse assunto, nós teremos que trabalhar toda as quatro séries, mesmo que essa humanização seja trazida na trama de forma pincelada, em contraste com essa última temporada que maximiza isso de forma mais intensa.

Eu vejo que como série, não há nada de descaracterizador nessa humanização a ponto de ser crítica. Eu até acho que se torna necessário essa modificação por causa do público. É necessário trabalhar de certa forma Sherlock mais suscetível a emoções não só por conta do John, mas porque o espectador tem essa necessidade de se conectar e criar simpatia por personagem. Basicamente, qualquer produção audiovisual baseada em obras originais sofre aspectos desse tipo, e o mais característico deles é moldar e modificar o personagem para que ele seja receptivo ao público. Basta pegar Elementary por exemplo. Eu já tive a oportunidade de ver alguns capítulos aleatórios e pude perceber de longe que a personalidade dele é totalmente diferente do Sherlock original. Ele é mais educado, tem muito mais sociabilidade, e sua maneira de vestir, pensar e agir é completamente diferente desse Sherlock que conhecemos por ter mais fidelidade. Mesmo assim, eu acredito, embora de forma suspeita, que a série e a caracterização dele não perde de nenhuma forma o seu valor e sabe porque? Te direi logo abaixo.

O fato dele encontrar uma amizade no John estabelece um tipo de mecanismo interpessoal de comunicação e sociabilidade jamais visto nele antes, alias, Sherlock é conhecido por sua sociopatia, mas a série a todo momento lida com a ligação deles, então não se torna justo o Sherlock não sofrer mudanças enquanto o John exerce influência sobre ele. John é aventureiro, romântico, leal, eficiente, e boa pinta. Sherlock, como já debatemos, é sociopata, não imprime emoções, é grosseiro e dotado de uma mente que jorra em afirmações diretas e contundentes. O que eu quero dizer é que o personagem do John é primordial para reforçar o que cada Sherlock é, me entende? Essa é a linha de pensamento que quero abordar. Toda a dinamicidade entre eles gera experiências e uma cumplicidade única. Em Sherlock, o John que tem um currículo militar procura nele se aventurar com os casos. Já em John, o Sherlock procura nele ser enaltecido, ser maravilhado como um Deus.

Então, mesmo com as personalidades deles que os definem, é impossível dizer que essas mudanças de forma mútua nãopossam ocorrer, nem muito menos que são trágicas. É natural, é normal e pessoalmente, a jornada de amizade deles, que é baseada nisso, é uma das coisas mais belas durante a série. Resumindo, o John reforça e modula a personalidade que o Sherlock Holmes é pelo o que ele é. Devo mencionar em último que, Sherlock não deixa de ser sociopata por isso, acho que devemos se importar como o fato dele poder apresentar leques emocionais e não necessariamente que ele seja incapaz de sentir algo por alguém além dele mesmo. John é um exemplo e até na vida real podemos fazer associações disso.

Episodio 4x3 - Nota 10 2017-01-20 04:13:40

Sobre a Eurus, eu não tenho muito a comentar, eu particularmente gostei muito de como ela foi uma personagem chave na trama porque ela representa um passado distante e desconhecido para Sherlock, e é a partir dela que dá pra entender a complexidade do personagem, talvez razão até da sua sociopatia, e como bem mencionaram em um dos comentários abaixo, explicar a superproteção que o Mycroft tem sobre ele. É uma forma de entender como a perda pessoal dele tem parcela de contribuição pelo o que ele é hoje, aliás, ele perdeu o melhor amigo, dá pra entender o que é isso, perder o seu melhor amigo?

Eu nunca imaginei que o Sherlock pudesse ter um grande amigo antes além do John. Então, eu acho mega coerente a temporada lidar com uma temática mais pessoal, psicológica e emocional e que dá uma explicação ao personagem central de sua trama. É por essa razão que vejo que é crível a Eurus jogar emocionalmente com ele já que ela também sofreu por "desprezo" de certa forma quando ela era criança. Ela quis jogar na mesma moeda, ela quis que o Sherlock também sofresse pelo o que ela sofreu ficando sem ninguém, por isso ela colocou a vida do John em jogo, por isso o Sherlock sentiu necessidade de salvá-lo, porque dessa vez ele podia e John tinha valor para ele.

Não teria tanto sentido ela ter se baseado nos enigmas do Moriarty para afetá-lo, porque isso era bem mais que resolver quebra-cabeças e jogos mirabolantes, era pessoal mesmo e ela queria quebrá-lo emocionalmente. É por isso que tanto quanto John, o Mycroft e a Molly estão como vítimas no plano de vingança dela. Já quanto a possibilidade do Moriaty ter sido um peão para ela, sinceramente como você, não vejo como isso tirou a grandiosidade do personagem como gênio do crime. Independentemente dele ter sido usada por ela, Moriarty é o antagonista mais foderoso da série. Então, terminando e falando de forma bem rude aqui - não direcionado a você -, foda-se se essa temporada apresentou erros. Eu tô pouco me lixando pra isso enquanto o propósito da temporada é bem maior que os aparentes tombos. Sherlock terminou de forma magnífica, ela ainda permanecerá como uma das séries mais fodas já feitas. Não tô aqui pra obrigar ninguém a gostar, mas é uma pena ver tanta negatividade quando tem muitos detalhes positivos a considerar também.

Episodio 4x3 - Nota 10 2017-01-21 13:12:37

Concordamos em discordar. Mas é sempre bom ter uma conversa saudável.


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Paulo

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