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Só eu que tive uma impressão totalmente diferente da cena final? Acho que vem uma traição da parte da Claire por aí (e não no sentido conjugal). Mas sei lá, quem sabe estou errada.
Perfeita análise. Também considero que um dos motivos foi que Frank está em um posto que conquistou tudo o que pretendia, logo a necessidade de compartilhar seus planos com os telespectadores em geral diminuíram.
É oficial, a 4 temporada se tornou a minha favorita até agora. House of Cards trabalhou com maestria todos os elementos que tornam essa série espetacular: manipulação, conflitos e muita politicagem. Todos os episódios mostraram um desenvolvimento cuidadoso e emocionante para a trama, finalizada com uma das melhores cenas de toda a série. Foi tão perturbadora que o resto do meu comentário será totalmente dedicado a ela. Tudo foi perfeito: a direção e a jogada de câmera enfocando a sociopatia dos Underwood paulatinamente em contraste com todos os outros personagens presentes; o roteiro, por uma frase de efeito brilhantemente utilizada em conjunto com a primeira quebra da quarta parede da Claire, que por si só foi uma das coisas mais sensacionais da série mas, acima de tudo, pela atuação. E que atuação do Kevin e da Robin. Sem elas, tudo poderia sair pela culatra, se tornar cômico inclusive. O que eles conseguem criar é uma sensação de puro terror (muito conveniente né? rs). Por um momento, o telespectador esquece que o que está sendo mostrado é uma série. Por um momento, os Underwood TEM controle sobre a nação mais poderosa do mundo e eles estão olhando diretamente pra você e dizendo: Vocês sabem do que nós somos capazes, nós fomos seus amigos até agora, mas não mais. Isso vai afetar VOCÊ também e não há ninguém a salvo. Por um momento, o telespectador fica realmente assustado com essa possibilidade. Até que a quinta (?) parede dentro da nossa mente é quebrada e voltamos a realidade. Isso foi o que eu senti pelo menos, por um breve momento. E é por isso que eu estou perdidamente apaixonada por House of Cards, — mais do que sempre fui. "That's right. We don't submit to terror. WE MAKE THE TERROR!"
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