IMPORTANTE: O Banco de Séries não serve para assistir séries! Somos uma rede social onde os fãs de séries podem controlar os episódios que assistiram, dar notas, comentar, criar sua agenda, saber quando passa o próximo episódio. Somos totalmente contra a pirataria e não disponibilizamos conteúdo que fere direitos autorais.

Top of the Lake By





Episodio 1x1 - Nota 9 2016-09-05 20:19:09

Essa é daquelas que eu não sei porque demorei tanto pra ver.
Particularmente, gosto muito desse ritmo porque ele nos deixa saborear a investigação e, muito além disso, nos deixa entender o envolvimento pessoal, as motivações de Robin. Pra temperar mais, esse toque místico. Boas expectativas :3

Episodio 1x1 - Nota 9 2016-09-07 04:42:44

Muito bom piloto e é ótimo ver Elizabeth Moss com um protagonismo assim.

Até aqui, os núcleos podem parecer pontas soltas, mas não tardarão, tudo indica, a serem amarrados em um ponto, muito provavelmente os interesses de Matt, que visivelmente tem um poder de controlar muito do que acontece no Lago, como uma autoridade local não instituída que joga com armas próprias e, possivelmente, nada corretas.

Quando uma série policial apresenta um piloto assim, eu fico esperando que nos próximos episódios seja apresentado um personagem que nos fará reajustar as análises sobre o que foi mostrado.

Evidentemente, assim como as mulheres que firmaram acampamento em Paradise, Robin tem um trauma, algo que lhe inquieta, que a fez escolher sua especialidade na polícia e que a faz tratar os homens com toda a desconfiança possível. Por falar nisso, essa teia de acolhimento das mulheres é bonita, mas algo ali está por dizer.

Gosto muito desse ritmo de investigação e as informações devem ir aparecendo gradualmente. Ansiosa pelos próximos.

Episodio 1x2 - Nota 8.5 2016-09-07 04:46:47

Que lugar lindo! O Paraíso, afinal, merece o nome que tem, com seus ares de mística e protegido pelos mistérios que rondam as montanhas e a gente que a habita. O coração do demônio, que faz a água subir quando pulsa, contaminou o Paraíso com a mancha do desejo humano (como o do homem que o matou pela princesa, segundo o conto sobre o lugar), desejos às vezes inconfessáveis, às vezes desprezíveis.

Robin abraçou esse caso diante de um momento de decisões na sua vida pessoal, momento também de angústia, já que está para perder a mãe enquanto ainda chora as lembranças sobre seu pai. As tensões que a marcam dirão muito sobre sua atuação na investigação do desaparecimento de Tui.

Episodio 1x3 - Nota 8.5 2016-09-07 04:47:33

Top of the Lake é a história do reencontro de Robin consigo enquanto vê em Tui um pouco de si e um pouco de sua filha, daquela que ela não se permitiu criar, dar o amor que lhe é tão caro, nascida que foi de um pecado tão asqueroso, tão vil, que atingiu de forma tão abrupta, irreversível, a mãe que lhe teria devotado tanto afeto.

A série se firma nesse episódio tão contemplativo, tão bonito e profundo, sobre como Robin pode se perder de si, nas pressões que estão a atormentá-la.

Ela entende que é necessário voltar ao passado tão doloroso, perdoar aquele lugar que emana de si algo tão poderoso, como a fatalidade que se abate a cada um, inevitavelmente dolorida. Por agora, só deseja superar o sentimento de impotência e injustiça. Injustiça que a vida e o caráter de homens sórdidos lhe impuseram.

Episodio 1x4 - Nota 9 2016-09-07 13:06:37

Essa sensação de que não dá pra confiar em ninguém nos situa bem acerca da situação de Robin diante desses mistérios que certamente ligam todos os casos. As revelações sobre o que aconteceu no passado já eram insinuadas desde sua imediata identificação com o que aconteceu a Tui, com sua sensibilização contida.

Algo não bate sobre Matt ser o pai do filho de Tui porque a história que ele contou à mulher do acampamento provavelmente é verdadeira. Ele poderia estar tentando criar os laços com a filha, já que admitiu necessitar deles para conseguir se satisfazer. Desde o começo parece que muitas coisas estão pra ser reveladas ainda, que desafiarão o que é aparente.

Muito curiosa sobre o porquê a mãe de Robin abomina Johnno. A aparência dele escapa ao padrão dos seus irmãos e ele falou com bastante ênfase sobre desprezar o que acontecia na sua família: "transam com crianças", quando Robin foi falar com a mãe de Tui. A mãe de Robin pode vê-lo como fruto de um pecado que ainda não se revelou, tão católica como era. Enfim, muitas interrogações, que vão melhorando muito a série.

Episodio 1x4 - Nota 9 2017-05-01 02:30:53

por toda a construção do personagem e da história, inclusive considerando, quando vi, as mesmas coisas que tu disse, duvidei... quando tu terminar, diz se gostou do final

não vou me estender por causa de spoiler :D

que saudade dessa série :3

Episodio 1x6 - Nota 10 2016-09-07 15:59:32

Episódios marcados pelas cenas comoventes, realmente tocantes, a começar pelo choro de Robin ao receber o recado da mãe, os adolescentes em identificação e solidariedade a Tui e Jamie, o luto de Tui pelo companheiro tão leal, o velório dele, a dor de sua mãe. As atuações fantásticas colaboram grandemente, ao lado da trilha e da fotografia, para a tessitura desse clima melancólico, que antecipa nosso pesar por algo que ainda não sabemos o que é, mas que temos consciência de que vai merecê-lo. Constantemente, a sensação de nó na garganta nos acompanha enquanto contemplamos essa agonia, esse clima mórbido.

As montanhas e o lago guardam segredos inconfessáveis e eu temo que Johnno tenha sido mais que espectador do estupro de Robin. A desconfiança está sobre todos os homens, meio que contradizendo o mito de Adão e Eva, quando ela escorregou em pecado. Literalmente, nenhum deles é confiável, com exceção de Jamie, que acabou por ser sacrificado. Ao mesmo tempo, são as montanhas que despertam a cumplicidade entre as mulheres e as crianças, elas protegeram Tui e, enquanto conduzem Jamie à morte, deixam que o lago o sepulte, como um sacramento de que, como GJ sabe, a morte é só um novo arranjo que a natureza faz de seus elementos.

Episodio 2x1 - Nota 8.5 2017-07-31 00:02:55

“Olá, querida. Quer dizer o que viu?”
Robin não poderia abordar sem esse afeto imediato o corpo da menina de quem pode imaginar o sofrimento na morte e os abusos em vida. Depois de tudo o que vimos em sua trajetória e a experiência de ter um homem que julgava plenamente confiável envolvido em todo o caso de violência com as crianças na temporada passada, sua investigação de reapresentação à polícia é uma história semelhante, talvez ainda mais trágica e que continuará lhe envolvendo pessoalmente, para além da vontade de punir quem trancou o corpo dentro da mala, já que provavelmente reencontrará a filha no meio de tudo. Além do mais, ela é guiada pela ânsia de livrar outras meninas dos riscos de serem pra sempre afundadas no mar que um dia cruzaram com esperança de felicidade (sabendo como é amargo vislumbrar uma vida feliz e ver o sonho desfeito no ar). Provavelmente nem todos os corpos emergem. Ela sabe disso e se sente na missão de honrar aquela que não permaneceu no fundo.

Não é raro ver adolescentes recriminarem o feminismo a partir de estereótipos que se espalham com a superficialidade de muitos discursos e de uma imagem de intolerância à mulher que decide abraçar um papel mais tradicional. E é absolutamente irônico, mas também triste, que Mary renuncie ao movimento diante da mãe adotiva, que levanta prática e intelectualmente a bandeira, mas principalmente após vermos Robin lendo sua carta de gratidão. Por todo o episódio (além do que a primeira temporada fez e contribuiu pra pensarmos como é necessária nossa autovalorização e a empatia/solidariedade umas com as outras), Robin é imersa num ambiente machista e recriminada, mesmo depois de ter sido alvo de chacota por parte dos policiais que terá que comandar em algum caso ou outro; é questionada sobre a realidade das acusações que fez a Al Parker mesmo tendo provas disso; é alvo de dúvida sobre ter sido violentada. Ela experimentou a vida toda uma desigualdade ferina e sente na própria pele a necessidade de condená-la. Nesse passo, as tramas estarem em confluência (com o tal Puss ciente do assassinato da moça e sabe-se lá do que mais, ao mesmo tempo em que seduz uma adolescente facilmente impressionável) é instigante, apesar de que certamente renderá dores.

Top of the Lake volta encaminhando esses conflitos muito latejantes, mas costuma presentear com a esperança da empatia, nesse caso personificada em Miranda. Espero que Robin saiba ver o mais depressa, sua boa disposição, apesar de ser bem compreensível estar desconfiada de tudo por agora.

Episodio 2x1 - Nota 8.5 2017-07-31 00:04:21

achei legenda no opensubtitles em português de Portugal, mas dá pra ver tranquilo, apesar de uma variação ou outra =)

Episodio 2x1 - Nota 8.5 2017-07-31 00:08:14

deusa < 3

Episodio 2x2 - Nota 9 2017-08-11 17:02:32

Um dos elementos mais fascinantes em Top of the Lake é como os fatores entram em uma confluência quase mística, o que ficava mais evidente na temporada passada, talvez por causa de um cenário menos artificializado e toda a rede de mulheres que recusavam os homens. Aqui, o foco na prostituição expõe como esse padrão de masculinidade que a maioria dos homens abraça (proporcionalizado na série, inclusive, já que a maioria dos homens apresentados até agora segue certo perfil entre a fraqueza, a vaidade e a crueldade) é previsível, enquanto vai sendo impregnado em nós certo reconforto diante do fato que podemos nos proteger, em teia, em irmandade.

Apesar de Robin recusar maiores aproximações com Miranda, a ligação das duas fica evidente, quase inevitável. E a dor ao ver a menina morta é como se tirassem algo que a compõe, como se a ferissem, o que representa bem a ideia de unidade, apesar de tantas individualidade e personalidades que se chocam, como não poderia deixar de ser. Diante de tudo, a queima do vestido de noiva, representando a negação a um casamento que seria fundado em deslealdade, enquanto as mulheres se apoiam é um retrato bonito e didático de tudo isso, complementado com a presença de Tui < 3

O encontro entre Mary e Robin foi mais um ponto positivo, por não explorar enjoativamente o “antes”, por não encenar predestinações dramáticas. Tudo é feito de forma bastante plausível, sem efeitos melodramáticos: desde a comunicação entre elas, passando à conversa em parte conflituosa entre os pais. Aqui, quando os núcleos se ligam é mais uma confluência que não se força, que seria provável... Robin investigando o crime em que Pussy está envolvido anuncia um conflito com Mary, mas é o que deve selar entre as duas uma relação próxima, colaborando para esse princípio de sororidade do qual Top of the Lake vem se fazendo uma ode. Reconhecer isso pode ser o principal ensinamento de Robin a Mary, diante da resistência anunciada pela menina no episódio passado, quando suportou o machismo do namorado.

Episodio 2x3 - Nota 9 2017-08-19 01:40:50

Quando Al se aproxima de Robin e desabotoa a fivela, ela interpreta como se ele fosse tirar a calça, expor o pênis, o órgão que o faz sentir tão poderoso diante da figura feminina, esse que muitos homens acham que basta sustentar para exercer uma dominação da qual tanto se orgulham. E ele usou dessa previsibilidade pra surpreender com o estrangulamento, com o cinto, outro elemento que simboliza essa opressão. Sempre achei o cinto um objeto de deboche quando levantado por um homem na intenção de espancar uma mulher. Mais que a raiva, que a covardia, esse ato sempre me fez pensar no deboche do macho que está a tratar a mulher como uma criança a receber um castigo, como alguém a quem não atribui o mínimo respeito ou maturidade. Daí tanto nojo de Al (que acaba, inevitavelmente, se estendendo a Alexsander), daí entender completamente como Robin arrisca lhe ser imputada mais culpa diante da encenação que ele tenta fabricar, de um pai e marido amoroso, fragilizado, que teria sido atacado pela policial descontrolada. Afinal, que imagem comumente associada às mulheres. Quando são mais fortes fisicamente, quando galgam um poder institucional maior ou, em muitos casos, quando simplesmente emitem discordância, o caminho para a desqualificação é atribuir descontrole, loucura, incapacidade de julgamento justo. Mas o pior é Al saber que esse jogo funcionaria perfeitamente.

No mais, parece muito evidente a ligação entre o chefe de Robin e o homem interrogado sobre ter contratado uma mulher para ser “barriga de aluguel”. Muita coincidência o interrogatório ser atrapalhado a cada passo frutífero de Robin. No mesmo passo, Miranda sempre aparenta saber mais do que fala e essa personalidade entre carente e traumatizada pode se relacionar diretamente a algum abuso que tenha sofrido.

Episodio 2x3 - Nota 9 2017-08-25 21:02:02

obrigada, Layla :3
esses episódios têm reforçado muito a necessidade de combatermos esse deboche cotidiano que se apresenta de tantas formas

Episodio 2x4 - Nota 8.5 2017-08-20 00:24:12

Diante de histórias assim, tem-se uma noção de como deve ser difícil ser pai e mãe em alguns momentos. Ver a filha totalmente dependente de um ser em absoluto vil como é Puss; saber das cargas que ela sustenta, ciente de que foi fruto de uma violência tão asquerosa e que Robin provavelmente não poderia sustentar sua própria sanidade se a mantivesse perto; ver em progresso todo o jogo emocional construído com o único fim de maltratar e humilhar; sentir os impactos psicológicos e físicos de tudo isso... essa sensação de impotência e o medo de causar sofrimento a quem tanto já sustentou angústias sobre sua própria geração comove por um lado e, por outro, faz aumentar a cada episódio a repulsa por homens como esse e pelos abusos, em menor ou maior grau dos quais já fomos testemunhas ou vítimas.

Cada fração desse episódio foi dolorosa. É terrivelmente frustrante ver uma adolescente emaranhada nesse mundo de machismo e tomada por esse sentimento de desespero diante da dependência emocional de quem a convenceu a se prostituir, de quem lhe bate, humilha em público, agride sua mãe, constrange de forma completamente injustificada seus pais... Sobre a menina não deveria recair nem um milésimo de nossa raiva e nossa repulsa. Esses sentimentos de revolta devem ser todos voltados a Puss e tudo que ele representa. Ela também sente todas as dores. Daí ser tão reconfortante ver os braços solidários de Robin a erguê-la, abraçá-la e abrigá-la.


Obs:Precisa de mais de 5 comentarios para aparecer o icone de livro no seu perfil. Colaboradores tem infinitos icones de livrinhos, nao colaboradores tem 5 icones de livrinho do perfil



Copyright© 2023 Banco de Séries - Todos os direitos reservados
Índice de Séries A-Z | Contatos: | DMCA | Privacy Policy
Pedidos de Novas Séries