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The Man In The High Castle By





Episodio 1x1 - Nota 8.5 2017-02-23 17:05:47

Muitas coincidências sobre como Juliana acaba tomando o lugar de Trudy e sendo responsável por uma missão que parece tão séria. Foi um pouco apressado demais como tudo aconteceu, como as missões foram dadas, principalmente na aceitação do rapaz espião para entregar a carga, que provavelmente se completa com a de Jules. Também não gosto dos estereótipos sobre os chineses e japoneses que quiseram apontar como dois povos de culturas muito semelhantes. Talvez isso vá se desfazendo depois, mas causa certo incômodo.

Afora isso, a premissa é realmente muito boa. Imaginar o mundo tomado pelos nazistas, inserir a crise sucessória que haveria (como houve na União Soviética, claro, em proporções, razões, ideologias e condutas bem distintas) inevitavelmente, fazer dos sucessores ainda piores que Hitler, é curioso.

Gosto muito dessa rede montada pela Resistência (saudades, Fringe < 3)e como ela atua contra o regime. Apesar de terem mostrado uma face quase inofensiva dela nesse primeiro episódio, imagino que ganhe camadas com o decorrer da temporada, em ações melhor montadas, de modo a fazê-la realmente se colocar como uma ameaça ao aparato da ditadura ali. Mais interessante é a escolha do que seria a carga dessa missão de estreia, o filme, aquilo que desmentiria um dos pilares do regime nazista, que era a propaganda. Insinua a fragilização do sistema com uma arma que ele usou para se fortalecer.

Boas expectativas para a maratona :3

Episodio 1x2 - Nota 9 2017-02-23 18:23:52

Realmente muito pesado, principalmente o que aconteceu a Frank e sua família. Todos os sentidos da eugenia são absolutamente cruéis, inclusive porque aliados ao poder opressor dos que sustentam a sede da dominação. Espero que ele vá entendendo como a luta contra um sistema tão impiedoso, que pode fazer algo assim e não sofrer punições imediatas, passa, como Randall falou, pela desobediência dos sujeitos, mesmo individualmente.

Joe é muito jovem e me parece que seu vínculo ao nazismo foi uma decorrência, muito mais do que uma escolha. É bem provável que ao conhecer melhor a Resistência, ele passe a transgredir seu lugar. Não imaginei mesmo que o senhor fosse um exterminador. Ele tinha informações demais, não só de estratégia, mas também de toda a simbologia e comunicação da Resistência. Cheguei a pensar que ele fosse The Man in the High Castle e realmente seria um personagem que, pela complexidade, desenvolveria tramas mais profundas.

Esses jogos de poder entre os nazistas e os japoneses prometem plots muito bons, principalmente a partir dessa emboscada a um dos líderes hitleristas, que pode ter partido daí ou da própria Resistência. Se foi dessa última, é bom ver que não se trata de meia dúzia de revoltados, como Frank pensa.

Episodio 1x3 - Nota 9 2017-02-23 19:55:00

Já tenho nervoso de quando Frank for tentar matar o príncipe :O Mas será, se der certo, um desfecho excelente pra um personagem que nem queria se envolver na Resistência e causará um impacto desse tamanho, seja pela concretização do assassinato ou pelo escândalo da tentativa. Sem falar do ministro do comércio que paralelamente monta seu próprio plano. É muito provável, também, do incidente causar ainda mais desconfianças entre nazistas e japoneses (como não lembrar de Francisco Ferdinando?). Sem falar nessas suspeitas levantadas de que a Resistência tenha infiltrado agentes no alto escalão do regime :3

Mais um personagem se vai quando eu imaginava que iam aproveitá-lo bastante, Carl/David. Achei que ele era uma base ali. Mas a revelação sobre Lemuel me deixou ainda mais entusiasmada. Espero que ele não seja o próximo a morrer, rs. Da lista, só falta ele, afinal.

No mais, ansiosa pelo modo como vão fazer Jules conhecer a verdade sobre Joe.

Episodio 1x4 - Nota 8.5 2017-02-24 02:13:20

Não esperava que Frank fosse sobreviver a esse episódio, nem que se reencontrasse com Jules. Mas o personagem acabou se desenvolvendo melhor do que eu esperava e ainda pode ser uma peça importante na Resistência, pelo idealismo que tende a ser plantado nele a partir de agora, junto com a vontade de vingança. Ele ter visto o menininho japonês e desistido de atirar por causa dele demonstra como Frank ainda tenta ver esperança naquele mundo que parece tomado pelo ódio e pelo fanatismo.

Episodio 1x5 - Nota 8.5 2017-02-24 10:00:40

Trudy amava Twin Peaks. Como não amá-la?

Episodio 1x6 - Nota 9 2017-02-24 12:51:19

Impressionante como essa série vem problematizando as noções de pertencimento e identificação individual a um grupo a partir da confiança e dos valores compartilhados. Frank e Joe ilustraram muito bem isso. Os dois pertencentes a grupos muito fiéis a seus princípios, mas vivendo em situações tão distintas, os dois encontrando acolhimento no seu meio, mas enquanto um abraça seu grupo, o outro vai se tornando uma ameaça, um desviado. Depois de tudo que passou, é entre os judeus perseguidos, mas que não abandonaram sua fé e sua noção de solidariedade comunitária, que Frank encontra o conforto angustiado, como um membro desgarrado e incrédulo que começa o caminho de volta, ansioso por arranjar um sentido pro mundo depois de se desencantar completamente com ele. Ao contrário, Joe é testado nesse acolhimento, passando a se adequar à nova forma de encarar o sistema desde que conheceu um pouco mais da Resistência a partir de Juliana. Enquanto um encontra verdade, o outro encontra desconfiança e mentira.

Juliana trabalhando para o governo japonês é mais um plano do ministro do Comércio do que dela. Apesar de tudo isso vir de uma das coincidências extremas das quais eu não gosto, como o ministro encontrando seu colar e depois os dois se esbarrando no corredor, a própria inserção dela ali aponta como os valores de uma identidade cultural penetram em outra, em outros indivíduos, como quando cita o que aprendeu no dojo a um japonês cada vez mais intrigado sobre quem é ela.

Sobre Smith, sua capacidade de identificar traições é realmente impressionante. Todo o tempo testou Joe, que cada vez mais apostava no seu bom desempenho pra ganhar a confiança dele, mas era ingenuamente emaranhado pelas palavras que pareciam falar apenas de Rudolph. A mesma estratégia, o mesmo modo. Talvez Smith dê mais corda, atento ao que a Resistência pode ter provocado no pupilo.

Episodio 1x7 - Nota 9 2017-02-24 14:11:37

“on the other side”

Como isso desperta as questões sobre a dimensão paralela, cada uma delas com a verdade que permitiram ser contada. Não sei até onde isso pode ser levado, inclusive com Jules vendo Trudy no mercado, mas a possibilidade de abordarem isso é instigante por si só. A existência dos filmes, de como eles podem retratar a realidade e não a obra de um artista, somada agora ao debate sobre falsificações, de como elas podem parecer verdadeiras quando servem apenas pra alimentar o ego e o poder de quem controla a força, nesse caso, militar e de inteligência, é outro elemento que levanta ao menos a utopia de um outro mundo, que pode já existir ou não.

Esse episódio também trouxe considerações muito bonitas sobre a fé para aquilo que não vemos. Como se a existência de algo dependesse primeiro desse algo ser sonhado. O Ministro ilustra bem isso ao conservar memórias sobre o amor que um dia nutriu e que espera reviver através de elementos físicos das experiências que amou, como as flores que cultivava no jardim de sua juventude.

A singeleza das flores em um contraste com as valas coletivas, dos piores horrores da humanidade.

Esse episódio definitivamente me convenceu a buscar o livro.

Episodio 1x10 - Nota 10 2017-02-25 21:34:01

K: Ministro do Comércio. Sua reunião, Ministro do Comércio.
T: A única maneira de ver a verdade da vida, Kotomichi, é distanciar-se para ver as consequências de cada pensamento, de cada ação. Mas estamos ligados por tempo e espaço, incapazes de guiarmos o nosso destino.
K: Por isso consulta o I Ching. Para vislumbrar o futuro.
T: Não sou nada além de um tolo equivocado, Kotomichi.
K: Não. Você é um bom homem. Talvez bom demais para este mundo. Não perca sua fé, Ministro do Comércio. Não desista da meditação ou da busca por respostas. Você não deve...
T: Kotomichi, qual o problema?
K: Os donos das minas e o general Hata lhe aguardam na Bara.
T: Cancele a reunião, terminei por hoje.

E lá vai o querido Tagomi conhecer outro mundo < 3

Episodio 2x9 - Nota 10 2017-02-26 03:35:37

Esses últimos episódios da temporada conseguiram reunir uma tensão impressionante que serve pra destacar ainda mais esse caráter desenganado de um mundo que, por onde vai, encontra guerra. A realidade alternativa, o mundo onde o Eixo ganhou a guerra consegue ser muito pior do que esse que temos hoje (por motivos óbvios, nem é possível dizer o quão cruel e abominável é o nazismo), mas os sentidos são tão parecidos que chega dói. As grandes potências usando uma paz falaciosa pra saciar sua sede de poder e de dinheiro, nada de muito novo no front. Aliás, a fala de Kotomichi ilustrou muito bem isso, como a guerra haveria de prevalecer, de um modo ou de outro, quando diz que conseguiu sair de Nagasaki, onde os seus tinham morrido com o lançamento da bomba, onde as dores no corpo e no espírito eram insuportáveis. Na fuga, ele se deparou com o que lhe era menos triste, até que novamente encara a realidade da qual fugiu. Os grandes são impiedosos porque sua grandeza vem disso, enquanto o destino de pessoas como Kotomichi parece ser determinado por eles. Só podemos esperar que a obstinação das pessoas boas, e boas apesar das circunstâncias, como Tagomi, consiga amenizar os efeitos de tudo isso.

Sobre a Resistência, não poderia ter escolhido uma hora pior pra atacar. Além de tudo, favorecendo os nazistas e seu novo objetivo de eliminar os japoneses. A coordenação dos eventos nunca foi tão organizada depois da guerra, dizia o coronel, mas não me espantaria que algumas de suas lideranças tenham sido cooptadas pra agirem em favor dos interesses da Alemanha. O pai de Joe é realmente muito mais esperto do que todos esperavam e sempre parece estar passos à frente. O atentado e o sequestro do encarregado pelas comunicações lhe foram muito convenientes e talvez tudo isso não seja coincidência.

Não vimos o corpo de Frank depois da explosão e eu torço muito pra que, assim como Kido, ele tenha conseguido escapar (e que nervosa essa sequência da reunião de Onoda, eles deixando a bomba, Tagomi chegando pra reunião com Kido :O). Mesmo torcendo para que os planos de Tagomi e Kido deem certo, já que uma guerra agora só iria beneficiar os nazistas, é absolutamente compreensível a sede de vingança de Frank, mais ainda amparado por um ideal no qual acredita, por pessoas que aprendeu a admirar e por quem se sentiu acolhido depois de se ver só. Esse sentimento suicida coincide com a fala de Juliana sobre o acidente, quando também quis morrer. Cenas muito bem montadas, muito bem articuladas, com uma poética tão triste de uma nostalgia que não se sabe bem do quê.

Episodio 2x10 - Nota 10 2017-02-26 05:32:46

Tagomi: "Todos devemos ter fé em algo, srta. Crain. Não podemos olhar à frente sozinhos."

Tagomi sabe, como o Homem do Castelo Alto, que uma força desconhecida estará sempre disposta a manter cada sujeito no seu papel para que o mal do mundo seja vencido. Também sabem como esses sujeitos precisam abraçar essa força. Daí vem a fé, a que Kotomichi pede para que Tagomi não abandone. No final, dependeram dele as vidas dos milhões que os nazistas queriam matar, além do que tinham matado.

Episódio muito contrastante, o tempo inteiro, entre as noções do que é o bem e do que é o mal do mundo. Numa zona de flutuação estão os sobreviventes. Como Smith. O começo dessa finale serviu pra mostrar como ele não era um nazista, mas se tornou um, pela sobrevivência própria e dos seus: pra não morrer, entregou-se a um mal que exigiu, quando tudo lhe parecia ser felicitação, o sacrifício do filho que tanto queria e por quem se dispôs a desafiar a sordidez daquele ideal de pureza. Aqui, essa contextualização que a série faz sobre a formação nazista merece ser destacada, quando o filho pensa que sua maior transgressão foi não entregar os pais que esconderam sua doença pra evitar sua morte e seu maior exemplo foi se entregar a um regime genocida.

Foram tantas emoções e tensões nesse episódio, com o destino se cumprindo em tantos momentos, que até dá pra anular a aleatoriedade de Joe nessa temporada, tão ingênuo, imaturo e mimado que chega deu mais abuso ainda.

E a pergunta que persiste é de quantos universos paralelos estamos falando, se muitos dos filmes falam da realidade no mundo retratado, como profecias, prenúncios. Eles não mostram apelas o outro lado, o lado oposto. Esperemos que aquele encontro absolutamente querido, de Lemuel e Tagomi, faça compreender alguma coisa :3

Episodio 2x10 - Nota 10 2017-02-26 05:43:46

Sobre o que Juliana fez, era necessário. Porque se a informação vazasse dali e o regime matasse Thomas, Smith possivelmente conseguiria deixar passar, apesar da revolta. Mas o sistema formou a cabeça do próprio filho a se entregar, mais ainda depois dele ter sido reconhecido diante do mundo como um herói do Reich. A crueldade disso deve fazer com que Smith se revolte contra todo o regime, finalmente, assim espero.

Episodio 2x10 - Nota 10 2017-02-26 05:50:36

"Na cena entre o John e o Joe a atuação do Luke Kleintank comparada com a do Rufus Sewell foi constrangedora." MUITO constrangedora, ahahahahaha. Sem falar no abismo de importância que um tem em relação ao outro. Joe foi o ponto fraco da temporada.


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