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The Path By





Episodio 1x1 - Nota 9 2018-01-22 21:52:40

Ótimo piloto, com o milagre de me ter feito gostar do trabalho de Hugh Dancy. As atuações dele, de Aaron Paul e de Michelle Monaghan estão bem alinhadas, podemos dizer, o que é sim um incentivo pra seguir a história, por si mesma convidativa e instigante. Construíram muito bem essa atmosfera que mistura fanatismo religioso, o desejo de acreditar em uma verdade absoluta e reveladora, fora essa desconfiança latente de que a liderança da seita é mais vaidosa do que deixa transparecer. Além disso, essas amostras de como as pessoas adeptas de uma prática religiosa mais fechada lidam com o “mundo”, misturando-se a ele literalmente como uma bolha de privilegiados para quem a “luz” são bem interessantes porque sugerem que, cedo ou tarde, uma aproximação vai acontecer entre um indivíduo crente e um descrente, possibilitando a margem de dúvida ou de conversão.

Há uma hierarquia entre os adeptos desse tipo de crença, por mais que seja pregada a humildade e a igualdade entre os membros. E eu não duvido que se tente seguir o que se prega até certo ponto. Mas chega um momento em que, até mesmo para a conservação de uma referência no grupo, algumas sublideranças precisam se levantar. É o caso de Cal, o tão ilustre e inspirador pregador (aliás, penso que todo pregador ou quem pretende se tornar um, deve ler “o mito da caverna” porque olha...), aquele que toca o coração da assembleia carente de conforto e justificação diante de suas escolhas tão avessas às práticas mundanas. Pra uma pessoa que nasceu na religião, é natural que Sarah passe a idealizar a figura de um homem a partir do comportamento dele, desconfiando prematuramente da infidelidade de quem simplesmente foi convertido depois, muito por causa de uma tragédia familiar e da carência/vazio que se seguiu a isso. Para algumas dessas pessoas, os que são mais “iluminados” passam a ser mais “dignos”, inevitavelmente.

Quem já tomou ayahuasca em forma ritual conta sobre revelações absolutamente perturbadoras ou, em oposição, a um relaxamento profundo da consciência. É irônico pensar que uma experiência na alçada da religião fez Eddie questionar tão profundamente a doutrina que segue. Só posso desejar boa sorte na batalha porque certamente será bem difícil, principalmente porque está em jogo o amor de sua família.

Episodio 1x2 - Nota 9 2018-01-23 16:16:36

Há um radicalismo perigoso que pode ser suscitado entre os jovens. Espantoso na medida em que se manifesta com o furor, com o fanatismo na defesa das ideias que entendem como corretas, verdadeiras, o caminho possível entre uma miscelânea de erros. Isso acontece na política, na religião, nas ideologias. O problema maior é geralmente esse conjunto de aspectos vir acompanhado não da ausência de diálogo, mas de repúdio à opinião diferente, a total falta de consideração pelo contraditório. Crianças nascerem e crescerem em um ambiente fanático chega a ser cruel muitas vezes, por mais que se acredite nas intenções. Não porque são direcionadas por um código de conduta, mas porque o contato com outras formas de pensar já é visto como uma fraqueza (quem já participou de um movimento parecido sabe bem disso). Não é cruel que o filho de Eddie e Sarah tenha sido criado sem comer carne ou sem poder conversar em um ambiente fechado com uma menina, pelo contrário. A crueldade está em fazê-lo pensar que isso não pode ser uma escolha autônoma, que isso o conduz ao inferno, ou o torna indigno.

Cal é um desses jovens cheios de furor, que “não quer dinheiro [até certo ponto, convenhamos... o mais correto seria dizer que dinheiro não é a prioridade], quer a fé”. Porque o poder, a hegemonia sobre a mentalidade das pessoas, o domínio que ele tanto deseja importa mais que o acúmulo de dinheiro. Seria o império da fé, sim, mas a partir de suas mãos, daquele que vence as tentações do mundo: a gloriosa liderança demanda sacrifícios pessoais muito amargos. E é muito fácil entender como esse discurso é sedutor, como essa sede por um ideal é cativante e arregimenta seguidores com tanta facilidade, que vão da quase zombaria à conversão, como a apresentadora. Também é muito fácil entender como a fronteira entre o desejo de guiar e a vaidade é litigiosa quando se cumpre esse papel especificamente.

A lavagem cerebral que se faz em Eddie choca e entristece. Eu não sei o quanto isso ilustra a realidade de alguns movimentos como esse, mas de todo modo funciona como uma caricatura muito bem feita, às vezes realizada pelo inconsciente a partir da culpabilização que lhe foi impregnada pela vida inteira. Quem se interessa pelo tema devia ver um documentário chamado “Jesus Camp”. Está disponível na Netflix e definitivamente é bem mais triste que essa ilustração que promete ser muito bem executada em The Path. Sobre as escolhas que as crianças são ensinadas a anular quase automaticamente no interior de uma crença radical, sofrendo as consequências mais tarde, tem um ótimo e sensível episódio de Room 104, o sétimo, “The Missionaries”.

Episodio 1x3 - Nota 8.5 2018-01-23 23:13:30

É uma pena que o investigador esteja agindo sem saber o que o pai fazia com a filha e é bem improvável que ele consiga alguma coisa pra prender Cal. Possivelmente ele acha que está lidando com uma dessas denominações que se envolvem com falcatruas financeiras (e se esse for o caso não houve indício significativo até agora). De toda forma, é importante destacar como um dos esforços de Cal é resistir a impulsos violentos. Esse episódio evidencia como foi sua entrada no movimento, como vem de uma família marginalizada e deve ter visto no meyerismo uma forma de superar tudo o que o destino aparentava lhe reservar. Isso traça um paralelo com o que Eddie disse: “eu mato você, isso não é uma ameaça. Você não sabe de onde eu venho”. O que um declara, o outro faz questão de esconder. Além de tudo, Cal usa esses problemas pra sedimentar a confiança que Sarah tem nele, seguindo aquela máxima de “sê fiel no mínimo e serás fiel no máximo”. O compartilhamento de segredos menores a faz acreditar no compartilhamento de um superior, o de que ele seria o sucessor do Líder. Na outra via, a desconfiança para com Eddie só aumenta. Por falar nele, a morte (ou tentativa) de Miranda deve chamá-lo novamente a atentar para a possibilidade dos assassinatos dos “transgressores”.

Episodio 1x4 - Nota 8.5 2018-01-24 23:28:14

Ouço muito o argumento de que é melhor um adolescente abraçar uma crença fanática do que se entregar às drogas. E é algo difícil de discutir em um tempo de extremos, de 8 ou 80. As pessoas parecem não entender que há mais que dois caminhos. É uma descoberta que talvez tenha chegado para Hawk quando ele percebe que nem todo sabor desse novo mundo encaminha às trevas.

É possível que Sam se deixe seduzir pelo movimento (ou ao menos buscar outras vias pra derrubá-lo) agora que sabe sobre a história traumática de Mary e como ela foi abraçada por aquele grupo, recebendo o acolhimento que nunca teve (de novo a insistência nos extremos). E, como Cal (por favor, Dancy, continua controlando os trejeitos irritantes) disse, ele tem o dom de arregimentar adeptos, leia-se, manipular a fraqueza alheia. Foi assim com Miranda e espera ser assim com Eddie, guiando-o ao sétimo degrau. Espero que Felicia e Bill não tenham sido convencidos tão facilmente. Essas disputas internas podem render muito à narrativa.

Episodio 1x5 - Nota 8 2018-01-30 06:56:52

A constante vigilância ao próprio pensamento e aos atos alheios é a premissa de qualquer sistema de controle radical, político ou religioso. A menina que denunciou Hawk busca seu próprio espaço, seu destaque. Não por vaidade apenas e talvez isso nem esteja relacionado à denúncia dela, acredito que seja mais por garantir uma aprovação coletiva, a adolescente que não sucumbe. Eu sei que esse romance parece gratuito, mas não é. Ele levanta problematizações muito boas sobre o comportamento e o compromisso dos nascidos na doutrina ou dos jovens convertidos. Agora me pergunto quem é Tessa.

A surra que Cal levou só servirá pra elevá-lo como mártir diante de Sarah e da família do menino depois que ele chegar curado. Por isso mesmo ele não reage e deixa escapar um pequeno riso oportunista. Entre todos esses eventos, fico curiosa sobre a aproximação de Sam ao movimento, justamente perto de Eddie e seguindo as pistas que podem revelar um assassinato. O problema é se o crime estiver ligado aos outros líderes e não a Cal, aquele que tem medo de ser ninguém. Ele se fortalecerá ainda mais se for o caso.

Episodio 1x7 - Nota 9 2018-01-31 21:54:06

Esse episódio aproxima dois personagens daquele princípio de muitas conversões se dão pela carência. Mary é o principal exemplo disso, além de se sentir protegida do pai no acampamento. É a necessidade que a faz permanecer, a escolha do menor dos males. Hawk quer voltar ao seio da crença devido à desilusão, embora sua fé nunca mais vá ser a mesma... o perigo, no caso dele, é que escolha uma prática mais radical/fanática pra tentar provar a si mesmo que consegue voltar. De qualquer forma, o caso que não deu certo e trouxe dores no fim, servirá de exemplo para manter os demais jovens sem abertura à aproximação com as pessoas de fora.

Silas representava a face mais genuína do movimento, não porque fazia parte do grupo dos fundadores, mas porque demonstrou verdadeiramente acreditar em algo que não escolhia meios duvidosos para garantir um fim agradável. E isso diz muito sobre a formação de Sarah, de quem ele foi o guia. Não é exagero falar que há boas intenções em muitos dos adeptos de crenças radicais, pelo contrário... o problema está no método. As pessoas têm o direito de acreditar no que quiserem desde que isso não fira ninguém (crime) nem use a boa-fé dos outros em prol da vaidade e da ambição (erro que pode evoluir a crime). Nesse sentido é que vem a necessidade de distinguir líderes, de pequenos ou grandes grupos. Cal e Sarah tomam o mesmo partido na questão dos imigrantes, mas enquanto o primeiro acolhe visando o bem da própria imagem, a segunda promove um dos pilares de sua crença, a solidariedade. Somando, claro, o bem do movimento e seu desejo de também liderar, que lhe cabe controlar para a vaidade não se sobrepor ao ideal. Mesmo com outro tipo de líder, ainda sobra o radicalismo e o menosprezo a quem não faz parte de sua bolha. Pra isso, só o diálogo. E Eddie, talvez junto a Hawk, pode ser o responsável por equilibrar a balança.

Não acredito que o assassinato de Silas perturbará Cal por muito tempo. Pelo contrário, talvez ele se coloque como líder direto imediatamente, livre da inconveniência de algum idealista de mais alto grau. É possível até que diga que a ausência na reunião foi proposital, pra fazer Sarah se elevar como liderança. O homem é a personificação do oportunismo.

Episodio 1x8 - Nota 9 2018-02-03 01:26:42

Senhor, fazei de mim um instrumento da Vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.

A oração de São Francisco é mesmo inspiradora, embora praticar o amor ao próximo seja bem difícil às vezes (principalmente se o próximo for Cal). Na caminhada, é bom ver Eddie se despedindo de seus fantasmas, ensinando o caminho do amor ao filho, muito além de dogmas e doutrinas.

Episodio 1x9 - Nota 9 2018-02-04 14:11:12

É fato que o movimento guarda muitas hipocrisias (convenhamos que hipocrisia é algo muito difícil de não se resvalar pra quem segue algum princípio, não apenas religioso) e que Sarah tem se portado assim há muito tempo, desde quando aceitava os flertes de Cal. Era evidente a inimizade entre Cal e Eddie e que isso se dava por causa de Sarah, de modo que aqueles flertes eram uma deslealdade da parte dela. Mas também é fato que o movimento é sua vida, que viu seus pais expulsarem sua irmã e abrirem mão de qualquer contato com ela, que sente algo especial em si mesma, o que é compartilhado com aqueles que estão ao seu redor. De modo que a desconfiança no decorrer de meses para com o marido, culminando com a revelação de que ele não acredita mais, além do filho agora estar nesse mesmo caminho, é muito pra lidar. Está inserida nesse sistema desde que nasceu... demora mesmo pra questionar. Calma na condenação da cegueira dos outros. Por outro lado, Cal é, pra ela, o reduto da crença, também atormentado por males do mundo, mas conseguindo, até onde vê, vencê-los. É o exemplo de liderança e fé. Sim, ela é cega por ele e convenientemente não enxerga como a conduz à transgressão pela qual tanto condenou Eddie. É justamente aí onde reside a hipocrisia.

Não é justo com Ashley dizer que ela foi subornada ou algo nesse sentido. A menina é uma adolescente que perdeu tragicamente o pai, ouviu a mãe dizer que ele provavelmente era um suicida, perdeu a casa, vê-se separada do irmão e de repente, além de ser responsabilizada por proporcionar um lar à família, o é também por fazer Hawk perder o que ela já tomava como o mais importante pra ele: os pais, a irmã, a comunidade. É tanta pressão e tanta culpa que Cal coloca sobre ela... muito difícil simplesmente não aceitar que aquilo parecia o caminho mais maduro.

No mais, é triste ver o retorno de Alison e espero que seja uma recaída momentânea. Tudo conflui para que ela, Eddie e Sam se unam. Aguardo ansiosa o momento em que Cal será desmascarado.

Episodio 1x10 - Nota 8.5 2018-02-04 14:12:18

Pode ser um caminho perigoso para a narrativa a aposta em um mistério religioso que estaria se revelando em verdade a Eddie e Sarah, fazendo de Cal uma espécie de anticristo do meyerismo. É uma forma de edificar um herói que derrotará o vilão, transformando a série em uma antiga saga maniqueísta, onde está em jogo a moral da história e o amor da protagonista. Mesmo assim, não dá pra negar que o modo de contar está instigante até agora. As visões de Eddie não estão sozinhas. Sarah o acompanha nisso, nessa inspiração, embora ele pareça o escolhido de Steve. Também pequenos milagres coincidem neles: Sarah conseguiu salvar a sobrinha e Eddie orou com Sam pela saúde da filha desse último, para em seguida ela não precisar mais da cirurgia. Não é mera impressão dizer que Sam ficou tocado. Quando ele viu Mary contar a história sobre o pai, entendeu como o movimento se aproveitava da vulnerabilidade das pessoas. Mas desconfio que, como Eddie, ele passe a ver sentido no serviço prestado aos necessitados quando isso não implicar culpabilização ou pressão para conversão. Espero muito dos dois, assim como de Alison.

Episodio 2x1 - Nota 8.5 2018-02-04 14:14:26

Estranho é a definição pra essa marca em Eddie. A luz do trovão o marcou quando Steve caiu, mas ninguém acreditaria que foi simplesmente uma queda, então manteve o segredo? Não é novidade que ele seria o sucessor de Steve, mas essa transição promete ser cheia de dores e desconfianças. Por falar em dores e desconfianças, não será tolerável Sarah simplesmente deixar passar só com cara feia a confissão de Cal. Uma coisa assim não dá pra convencer, mais ainda diante de toda a vaidade dele que fica cada vez mais evidente. Nesse ponto, a revelação me surpreendeu mesmo. Gosto desse retorno e da perspectiva de dubiedade em tudo, até mesmo em relação à Luz.

(Tentando tolerar os trejeitos de Dancy... mas se eu passei pela atuação no papel de Will, conseguirei passar por Cal. Ele começou tão bem até... aí bastam correr os episódios e já se sente no direito de morder tomate daquele jeito... tsc.)

Episodio 2x9 - Nota 8 2018-02-07 04:02:48

Por muitos episódios, eu tentei arranjar maneiras de te defender, Sarah. Não é mais possível.

Episodio 3x13 - Nota 9 2018-04-23 15:18:44

Depois da frustrante segunda temporada e desse desenvolvimento preguiçoso na terceira, eu não esperava gostar tanto desse final e admitir que, se há furos na história desde que Eddie saiu e a comunidade passou por toda essa transição, há também uma triste coerência em como essa nova liderança é formada, assim como, pessoalmente, em seu caráter. Os indivíduos da trindade que agora exige o status de religião ao culto (sim, é um culto, ainda que não com todas as características evidentes... aliás, é bastante didática a curtíssima distância entre a exposição de Hawk e a perseguição ao parceiro de Lilith no final, assim como se fazia antes, como se fez a Alison, por exemplo) têm em comum o fato de terem saído e retornado, experimentado essa “ida além da caverna” e escolhido manipular a verdade que conheceram para, ao invés de serem assassinados pelos que permaneceram na escuridão, assegurarem o controle em suas mãos, disfarçados de defensores da liberdade, enquanto discretamente podam as dissidências.

No fim das contas, o representante do Estado, o da religião dominante e, agora, da quase-religião, são líderes cheios de fraquezas que se erguem a partir da carência de outros como eles. No mundo que é dos espertos, Eddie finalmente cede à vaidade, usando a imagem da inocente Vera, deserdando as heranças dos primeiros líderes e fazendo isso com base nas meias-verdades que identificou tão bem no discurso do pesquisador (um sujo falando do outro). Expurgar Steve era necessário (até mesmo para manter a lealdade de Cal), mas foi sórdido o modo como deserdaram Felicia e até mesmo Lilith, esta tão abusada quanto Cal, e tendo sua herança usurpada duas vezes: por Steve e por Eddie. Nessa linha, acompanhamos uma Sarah radiante dizendo a uma mãe arrasada sobre como enterraram sua única filha. Tiraram tudo de Lilith e agora não é mais tão surpreendente o fato do assassinato de Silas ter sido tão facilmente perdoado. Sarah é mais vaidosa e sedenta por poder que Eddie... só não consegue ser tão carismática na liderança quanto ele. No meio de tudo isso, Cal é a imagem e a expectativa de redenção, por mais improvável que parecesse na temporada passada. É irônico que o único a ter realmente procurado encontrar a si mesmo nessa fase da história seja aquele que está mais comprometido no futuro, com a descoberta do cadáver de Silas. Parece que o destino pune os redimidos, inclusive com uma nova idolatria cega, enquanto exalta os vaidosos.

Por fim, cabe destacar como a personagem de Mary cresceu. É a única por quem realmente torço na série, por tudo que venceu, que amadureceu e superou, por essa emancipação em relação a Cal e essa decisão de sair do meyerismo, tendo enxergado desde cedo como tudo aquilo era mais sobre poder do que sobre fé (como nunca deixou de ser). Mas como a série bem mostrou, não dá pra botar a mão no fogo por ninguém, não dá pra romantizar lideranças nem confiar na boa-fé de quem ascende. Aguardemos.


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