Definitivamente, as histórias contadas me impressionam bastante, inclusive pelos discursos vitimistas dos culpados: na tentativa de comover não poupam usar as filhas, embora o discurso seja de que se horrorizaram ao vê-las expostas à realidade de que os pais que pareciam tão heroicos foram devidamente descobertos, processados e condenados.

Quando Scott Tucker fala, com exceção da referência à morte do irmão (não tem como dizer que seus crimes tenham anulado sua sensibilidade para um evento tão triste, no fim das contas), tudo soa como montado para que pareça injustiçado de algum modo. Quando refere ao confisco do patrimônio ou quando a esposa relata a situação de perda na qual se encontra, será possível não entenderem como provocaram sentimentos ainda piores em tantas pessoas pobres e desesperadas para pagar contas básicas e que caíram nos golpes por anos e anos? Será possível que lá no fundo da consciência não pensem em quantos suicídios podem ter causado, de quantas famílias em ruínas se aproveitaram? Vendo esse episódio e comparando com o que vem acontecendo no Brasil, fico me perguntando qual é o problema dessa gente... não pode ser só cinismo... é realmente difícil entender como podem.

Duas coisas me incomodam um pouco desde o episódio passado, mas aqui de forma mais acentuada. A primeira é que algumas situações são muito encenadas, como as conversas entre os retratados, os momentos em que aparecem divagando... sem contar que aqui, o suicídio o irmão é usado de forma muito semelhante à ficção e não é um recurso que me agrade em documentários. A segunda é que os acusadores (não sei bem se são advogados, promotores ou os dois) parecem anjos, espectros de altruísmo. Convenhamos...

tem que ter muita cara de pau pra destruir milhares de vidas e ainda pagar de vítima no final

o cara rouba milhões e no fim, o filho da puta dá uma de Lula inocente, o santo. É pra mofar na cadeia mesmo

gostei mais do primeiro