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We Are Who We Are By Jonathan Ferreira





Episodio 1x1 - Nota 9 2020-09-22 09:40:41

O Luca tem um jeito de contar história que é pra poucos né. A galera fica esperando a história acontecer e acaba perdendo ela haha

Episodio 1x3 - Nota 9.5 2020-09-29 09:17:48

Essa série é um estudo de personagem incrível. O Guadagnino é um mestre quando se trata da ambivalência humana, da psicologia da identidade e do desejo. Tudo tem um significado e nada é posto em tela em vão. Dá pra sentir vários filmes dele aqui, especialmente CMBYN.
O ambiente militar americano dentro da Itália foi uma escolha muito perspicaz pra enfiar esses personagens tão diversos. A chegada do Fraser desequilibra a fachada mecânica e rotineira que todos tentam manter. Lindo demais de ver.
Acho que o Fraser tem síndrome de Asperger ou algo do tipo, explicaria algumas coisas do comportamento dele. Não acho que se trata simplesmente de alguém "insuportável" como vocês estão descrevendo ele, tem mais coisa aí. É bom dar uma pesquisada nessas coisas também, porque por mais que, nesse caso, estejamos falando de uma série, saber esse tipo de coisa evita algumas situações inconvenientes/constrangedoras quando nos deparamos com esse tipo de síndrome na vida real.
Caitlin/Harper, nossa que personagem incrível da porra! Quero muito ver o desenrolar dessa trama dela envolvendo o corpo, gênero, sexualidade.
Alice Braga tá sensacional, que orgulho. Toda a sequência da Maggie com a Jenny foi sensacional. Lindo demais a Maggie ajudar a Jenny a começar a se ver fora do casamento e da órbita do Richard. O final com as duas comendo a torta que ela fez pro Richard, mano, simbólico demais.
Mas claro que quem não sabe ver o sentido implícito das coisas não vai gostar. Eu sei que eu tô amando essa era onde a TV tá ficando mais próxima ao cinema, mas ao mesmo tempo construindo uma identidade própria que nem mesmo o cinema consegue fazer. Não tem jeito. Não tem canal melhor que a HBO. Sou cadelinha mesmo.

Episodio 1x3 - Nota 9.5 2020-09-29 09:32:04

Efeito Netflix que chama

Episodio 1x3 - Nota 9.5 2020-09-29 10:22:52

Miga acho que ele tem Asperger ou algo assim, explicaria tanto o comportamento dele quanto a reação delas.

Episodio 1x3 - Nota 9.5 2020-09-29 10:35:11

Eu acho que ele tem síndrome de Asperger ou algo do tipo, explicaria muito o comportamento dele e a reação delas

Episodio 1x3 - Nota 9.5 2020-09-30 10:22:57

Pode até ser que o próprio Guadagnino não tenha sacado isso, mas eu consegui identificar vários sinais de Asperger nele (ele é bem excêntrico, as mães falam sobre ser difícil pra ele se adaptar a novas rotinas, ele é bem noiado com organização das coisas dele, é extremamente inteligente e foca em coisas que outros adolescentes não ligam, os movimentos do corpo e o olhar, tem essas crises agressivas, etc), se não for vai ser muito estranho haha Mas mesmo que não seja, tenho quase certeza de que ele foi inspirado em alguém com Asperger (mesmo que o Guadagnino ou outros roteiristas não tenham identificado a pessoa como tal). Seria uma pena se não fosse, porque além de bater direitinho até agora o perfil, esse tipo de comportamento é muito exagerado no caso de crise adolescente mesmo.

Episodio 1x4 - Nota 9 2020-10-06 00:51:20

Galera não sabe ver subtexto. Guadagnino é subtexto puro.

Episodio 1x6 - Nota 9.5 2020-10-21 10:20:47

Sensacional esse episódio. Tivemos a eleição iminente do Trump em 2016 zanzando no background de todos os episódios anteriores. Desde o começo dava pra sacar que isso não era em vão, mas nesse episódio fica ainda mais claro. Esse final pontua We Are Who We Are como um manifesto político, um lembrete do passado recente que pesou na história não só dos Estados Unidos, mas do mundo inteiro. A mensagem acaba servindo assustadora e perfeitamente pro Brasil também. É um wake-up call pros jovens e também pros políticos que negligenciam essa juventude. Se queremos ser quem somos, temos que acordar politicamente e lutar por isso. Lembrar o passado é a chave pra não cometer os mesmos erros no futuro. O mundo velho está morrendo, mesmo estando em seus últimos poderosos suspiros, e somos nós os herdeiros do mundo novo e quem vai botá-lo em prática, contanto que nos lembremos e não deixemos os mesmos erros serem cometidos. Os USA precisam entender essa mensagem urgentemente. Nós aqui no Brasil também, com as eleições municipais, e ainda temos dois anos pra lembrar e aprender a como evitar uma cagada maior de novo.
O episódio melhora absurdamente quando isso tudo acontece como pano de fundo de uma história tão pessoal como a de Fraser e Cate/Harper. Não vou entrar no mérito da problemática da relação entre Fraser e Jonathan. Não acho que a série vá por esse caminho e, se for, é pra nos fazer refletir sobre a questão. CMBYN já ensinou que muita gente fica extremamente desconfortável em discurtir a sexualidade de jovens LGBTTI+. Mas pra quem é/foi um desses jovens, é impossível não se identificar com o Fraser. Tudo real demais, bonito demais. Se vai se concretizar ou não nem importa tanto, como não importava em CMBYN. O importante é o sentimento, o fenômeno da primeira paixão que floresce em nós inevitavelmente. Nem toda subjetividade acontece como em Love, Victor e outras obras do tipo. Ser jovem, ser humano é tão mais complicado que isso. Alguns de nós quer ver a rola do outro sim, tocar, sentir... Nem sempre chega na forma de um amorzinho fofinho. Mutas vezes é problemático e questionável também. Não tem outro jeito, não recebemos um manual e nenhum momento; ao contrário, a sexualidade é tabu e o adolescente é sempre "rebelde", "hormonal", inconsequente... Inclusive é justamente esse tabu que torna os jovens tão suscetíveis a efebofilia - sobre ser pedofilia é questionável, uma vez que a idade de consentimento na Itália é 14 anos, mas é uma base americana; pode ser que seja um dos questionamentos que o Guadagnino quer levantar? É preciso entender o fenômeno como um todo, incluindo os aspectos emocionais e políticos, mesmo que seja pra condenar. Em explorar esse tipo de subjetividade o Guadagnino já se mostrou um mestre, apesar de que muito do que vimos em We Are Who We Are e no filme CMBYN é influência direta do desejo e sexualidade representados pelo André Aciman no livro original. Claramente o Guadagnino pegou essa influência que ele teve para o filme e arrastou pra essa obra nova dele. Obviamente estou amando.

Episodio 1x8 - Nota 9.5 2020-11-03 20:49:09

A sutileza do subtexto, o poder do não-dito, das intenções subconscientes, o simbolismo gestual, comportamental, não é pra todos mesmo. Pra quem gosta de obras contemplativas e introspectivas, de psicologia comportamental, filosofia da ambiguidade existencial, We Are Who We Are é um deleite. Brit e Cate, Fraser e Cate, estava lá o tempo todo. O desejo sempre começa com uma identificação com o outro, que é o que eu sou, mas também o que eu não sou.
Uma das primeiras coisas que o Fraser observa logo no piloto é que "todos são obcecados com identidade por aqui". "Definir" significa literalmente "por limites em". Se você acredita em por limites na sua identidade, se define, se coloca em caixinhas categóricas, como uma maneira de organizar sua vida e não se perder no fluxo absurdo e paradoxal que é a existência, bom pra você. O sofrimento de todos na série se dá justamente por querer por limites num para-si, numa subjetividade complexa e polivalente que anseia por liberdade, mas é restringida por todos os lados, até pelo próprio sujeito.
Identidade é um rio, com paradas momentâneas, mas está em fluxo constante. E então você morre. Você viveu como queria ou se deixou restringir pelo vontade dos outros ou pelo próprio medo? Acho que Fraser e Cate se fizeram essa pergunta em diversos momentos e finalmente entenderam. Não é tanto sobre ser gay, bi, trans, não-binário, soldado, marido, mulher... Isso é secundário. É sobre ser.

Episodio 1x8 - Nota 9.5 2020-11-07 09:41:21

Valeu, gente! O apoio de vocês diz mais que os amiguinhos que nos acusam de cinéfilos chatos haha
A graça da arte é você ter a liberdade de colocar um pouco de si na interpretação, e tá tudo bem. O artista não tem mais controle sobre como a arte é recebida uma vez que ela é lancada. As coisas só são desprovidas de significado quando VOCÊ não sabe enxergar o significado (mesmo que ele venha totalmente de você e não do artista). Guadagnino sabe disso, Gaga sabe disso, todo artista que se preze sabe disso. O problema da galera é confundir arte com mero entretenimento (e a era da peak tv tem grande responsabilidade sobre isso), que é uma possibilidade sim, mas nem de longe o objetivo mais interessante da arte. Deve ser bem triste não enxergar significado nas coisas.


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Jonathan Ferreira

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