IMPORTANTE: O Banco de Séries não serve para assistir séries! Somos uma rede social onde os fãs de séries podem controlar os episódios que assistiram, dar notas, comentar, criar sua agenda, saber quando passa o próximo episódio. Somos totalmente contra a pirataria e não disponibilizamos conteúdo que fere direitos autorais.

Shameless (US) By Jô





Episodio 1x1 - Nota 9.5 2015-12-19 16:31:40

Me sinto grato a mim mesmo por não ter começado antes, pois considerando meu nível de interpretação há poucos anos atrás, não seria capaz de enxergar toda a beleza que existe nesta série.
O ritmo frenético é brilhantemente trabalhado com o desenvolvimento das histórias individuais, que no final das contas, culimam em uma conclusão satisfatória e reflexiva.
Já sei que vou amar ver o Cameron crescer, me apaixonei por ele vendo editoriais e ao descobrir que é ator, não aguentei. Confesso que só comecei por causa dele, mas Shameless vai me trazer muitos frutos bons, digo, maravilhosos.

Episodio 1x2 - Nota 8.5 2015-12-19 16:32:52

Gente, não tem como gostar do Frank, sinto que ele será o tipo de personagem pelo qual a gente sempre torce contra.
Veronica, querida, arrasando no trabalho kkkkkk

Episodio 1x3 - Nota 9.5 2015-12-19 16:37:17

Gostei muito deles terem colocado a casa em foco logo no terceiro episódio, além de não deixar de adicionar os pequenos desfalques que existem nela, e quando digo desfalque, quero dizer super defeitos.
Gente, que orgulho e tédio com o Ian. Já passei por essa fase e digo que só vai trazer mais sofrimento, além do mais, achei essa amizade muito repentina, mas ok.
Fui ver no IMDb e o ator que faz o Steve... Só sigo que a Fiona me decepcionou ao não dar atenção ao cara, mas entendo que ela tava super preocupada e ocupada COMO SEMPRE. Enfim, tudo é muito complicado nessa série, principalmente quando se trata das relações entre as pessoas e o que as rodeiam, essencialmente questões emocionais e financeiras.

Episodio 1x4 - Nota 9 2015-12-19 17:36:23

A gente ri durante o episódio, mas ao fim, vai assimilar as causas dos acontecimentos e acabada ficando bem pensativo sobre como a Debbie é solitária e mesmo com a casa cheia, não tem a atenção que precisa.
Também adorei o plot da pedido de casamento, mostrando que na vida, muitas vezes, algumas coisas acontecem e a gente não tem como controlar. Há vezes em que elas são boas, mas há vezes...

Episodio 1x5 - Nota 8.5 2015-12-19 20:37:57

As estampas kkkkkkkk
Dó da costureira toda vez que ela tenta sair de casa, gente, deve ser sufocante.
Não tem como parar de achar o Ian fofo.
Lip sempre joga umas verdades bem sutis na cara do pai dele.

Episodio 1x6 - Nota 9 2015-12-20 19:55:43

Sinto que mesmo se em um episódio muito louco, aonde o Frank venha a se tornar ligeiramente legal, eu não vou conseguir sentir simpatia por ele. Já passei por isso de ter uma mãe que nem ligava para mim, e nunca foi à minha escola saber o quão bem ou mal eu estava indo. Sofro ao ver que a série retrata tão bem, em camadas bem situadas, a ausência de uma presença paterna e materna, que não só faz falta no eixo financeiro, mas como no caso deste capítulo, também torna a criança menos capaz de confiar em si mesma, chegando a ter que causar dor nos outros para esquecer a sua.
OFF: Fiona, querida, o Steve falou toda a verdade sobre você dizer que não precisa da ajuda dele, só que sempre ver, no final, que a interferência do rapaz é mais que formidável. Entretanto, essas ações do namorado fazem com quem, aos poucos, a família perca o senso de sobrevivência ao qual eles estavam tão acostumados. Se ele vier a sumir, com certeza deixará uma imensa lacuna no processo de resolução dos inúmeros problemas que acontecem em seu cotidiano.

Episodio 1x7 - Nota 9.5 2015-12-20 20:03:06

-Obrigado por não colocarem apenas o chato do Frank como o questionador sobre porque nós, espectadores, supostamente perdemos o episódio passado.
-Só agora que percebi, nossa estou lento: Essa série, tanto a fotografia, quanto a atmosfera em si, parecem coisas antigas, ou inexistentes. É um ótima forma de representar a pobreza, e como ela é ignorada por aqueles que não tem que enfrentá-la diariamente. Isso também se aplica a nós, enquanto consumidores de arte televisiva, percebermos o quão polidos e perfeitos são os mundos retratados na maioria das séries. Confesso que quando essa beleza exacerbada não auxilia na construção do plot, raramente a aprecio.

Episodio 1x7 - Nota 9.5 2015-12-20 20:36:03

Acho linda a forma como o Ian se importar em fazer o bem não é colocado como uma ação originada simplesmente de um amor cego pelo Kash.

Episodio 1x7 - Nota 9.5 2015-12-20 20:52:14

Orgulho da Sheila, próximo passo: Se livrar do Frank.

Episodio 1x8 - Nota 9 2015-12-21 17:07:20

Nas coisas boas da vida, eu sou o Lip em relação ao Frank, nunca me sinto totalmente convencido de que aquilo é real, e conto, desde o começo, com o encerramento de tal raridade.
Algumas oportunidades da vida não dependem só da gente, muitas vezes tudo o que temos é interesse e disposição, mas o mundo não abre os braços e fica difícil acreditar na gente. Na cena em que a Fiona sai da aula de PowerPoint me senti meio triste, e dessa vez o exemplo não vem diretamente de minhas experiências, mas da minha tia. Ela teve filho muito cedo e foi abandonada pelo marido, hoje em dia eu a ajudo com algumas coisas de informática porque ela não pode pagar as aulas, já que tem o filho para criar e recentemente começou a construir sua casa própria.
OFF: Para mim as cenas do Ian são tão sutis e representativas, aposto que para muitos elas são dispensáveis, pois o fato dele viver nesse sub-submundo pode parecer distante para a maioria das pessoas.

Episodio 1x9 - Nota 9.5 2015-12-21 20:32:29

-Até agora achava essas ficadinhas do Ian super divertidas, mas percebi que são fugas da realidade, essa última foi apenas mais nítida que o resto.
-Achei a volta da mãe bem menos impactante do que eu esperava. Entretanto, não há como negar que, o maior impacto veio dos olhares e reações das “crianças”, é impressionante como a força deles não simplesmente caiu por terra, e a união, de nenhuma forma, foi abalada. É bom ver que nada é preto no branco.
-Kash tentando defender a única coisa pela qual ainda vale a pena se arriscar na vida dele.
-Pena da Fiona eu não tenho, mas sim orgulho. Ela continuou fazendo o papel de mãe que sempre fez desde que sua mãe foi embora.

Episodio 1x10 - Nota 9.5 2015-12-23 16:54:33

Não sei porque ainda me surpreendo com o Frank, ele é a pura representação de tudo que cogitamos fazer diariamente, mas somos limitados pelo nosso senso de ética e responsabilidade para com a humanidade. Imaginem se todos nós agíssemos dessa forma...
Karen fazendo um sacrificiozinho para ganhar o nem tão sonhado carro. Isso serve para mostrar o quão dependentes dos nossos desejos a gente é; chegamos até a retrair parte de nossa essência em prol das recompensas que a sociedade, no caso o pai dela, dá para as pessoas que ficam na linha das expectativas.
Sinto pena do Mickey, espero que no futuro eles mostrem porque, além de tudo que podemos imaginar, contribuiu para ele repudiar tanto a natureza dele. Chega a ser cômica a forma como ele se comporta diante dos pequenos gracejos do Ian. É tão lamentável ver que pessoas preferem parecer fortes para o mundo, porque já têm pesos demais para carregar; e no fim, a coisa mais importante de todas, o amor próprio, fica de lado.
A série está diminuindo a velocidade do ritmo nessa reta final da temporada, gostei dessa lógica invertida, entre todas as usadas na TV, essa e a usada em Mad Men, onde todos os episódios possuem mais ou menos o mesmo nível de intensidade, são minhas favoritas.

Episodio 1x11 - Nota 8.5 2015-12-23 18:20:00



-Eu, hein, a Karen é doidinha mesmo. Ou será que ela realmente liga para o que o pai dela pensa sobre a sua pessoa? A verdade é que não sei, e a sinto que a série não nos deu conteúdo suficiente para responder a essa pergunta. Pode ser apenas mais uma birra, por causa do carro, ou pode ser realmente a merda psicológica na qual todos estão envolvidos nessa trama. Enfim, fiquei meio confuso nas cenas dela, e achei um tanto exageradas. A parte do choro esclareceu algumas coisas e foi bem legal para fechar o arco, a continuação dela foi nojenta e serviu para reafirmar a loucura dessa menina e relevância que a família dela tem na história geral.
-O plot do Frank procurando emprego só não foi clichê (em relação a falta de vergonha na cara dele) porque os filhos participaram e o acompanharam durante as buscas. Fora isso, seria apenas mais uma demonstração da conduta deplorável que vemos desde o 1x1. PS: Gostei mais ainda do plano GENIAL dele não ter dado certo.
-Entendo o Ian, ele não quer perder a única coisa que é, digamos assim, segura em sua vida. Descobrir um novo pai seria um recomeço que tiraria seu maior alicerce.
OFF: Debbie told you so. Achei foi pouco. Tony é bem irritante, mas o karma do Steve foi mais forte.
PS: Senti falta da Sheila, ela saiu de casa e da série também? Quero ver outros lados da nossa diva.

Episodio 1x12 - Nota 9.5 2015-12-23 20:23:24

-Nada mais justo que o Tony consertar a merda que fez ao agir sob o impulso desse amor não correspondido. Sinto que ele ainda vai se dar muito mal, e ainda por cima, envolver a família em mais roubadas, como se eles já não tivesse suficiente.
-Frank e seu discurso lindo, pensativo, honesto, carinhoso... E a Karen bem de boas...
-Não estava pronto para o tiro que o Ian soltou logo quando a Fiona estava esperando outro. E ela vem e solta um “I KNOW”.
-Ainda fico de cara com as filosofadas que o Frank dá. Impressionante como gente estupida tem o dom da inteligência descartável. PS: Sim, algumas das coisas que ele diz, no fundo, tem alguma mensagem que vale a pena repensar.
-Jasmin venenosa da forma mais sutil possível. Acho que vai ter vários rolos na próxima temporada, já quero inúmeros probleminhas que se tornam problemões.
Frase do episódio: Fuck FUCK FUCK FUCK FUCK!!!



Episodio 1x12 - Nota 9.5 2015-12-23 20:33:26

Minha mãe sabe kkkkkkkkkk eu sei que ela sabe

Episodio 1x12 - Nota 9.5 2015-12-23 20:40:16

Cena mais digna para mim: Frank todo mijado.

Episodio 2x1 - Nota 9 2015-12-24 14:06:30

-Que iluminação e fotografia mágicas! Que energia boa! Que recomeço lindo! Parece realmente uma nova camada da série, acho que essa temporada vai ser assim, mais ativa, de várias formas diferentes.
-Gente, o Ian cresceu muito ou foi só o corte de cabelo mesmo?
-Coisa boa é ver o Frank encontrar alguém que não leve as coisas tão na brincadeira, afinal, tava achando todo mundo muito complacente com as traquitanas deles.
-Debbs super responsável e soltando umas farpinhas para o Frank (não que ele ligue, né? Mas...)
-Nem vou julgar o Kash, se fosse eu já tinha feito isso há muito tempo. Não digo que é certo, mas a mulher dele o explora muito. Considerando tudo que aconteceu, ele foi vítima não só da cultura, mas também da situação e vizinhança onde vive(u).

Episodio 2x2 - Nota 9.5 2015-12-25 13:47:36

-Foi ótimo ver o desenvolvimento de Mickey e Ian, até porque eles têm que ser algo mais que ficantes, a série com certeza vai torná-los parceiros, como já sabemos, Shameless adora quebrar improbabilidades. O próprio fato do Mickey ser passivo e o Ian ativo, até o momento, é uma prova dessa desconstrução de aparências.
-Acho interessante como eles conseguem repetir as tentativas do Frank de conseguir dinheiro desonestamente e nunca parece tão clichê que dá raiva. É uma boa representação do que acontece na vida das pessoas alcoólatras, e na primeira temporada, quando ele sumiu, foi um ótimo retrato dos pequenos choques de realidade e risco que as pessoas que convivem com esses doentes têm, pois por mais absurdas que suas ações pareçam, com o tempo, elas se tornam comuns, e alguns adjetivos perdem o valor.
-“Well… beats watching Judge Judy and waiting for my brain to collapse on itself”
-Gente, que legal eles mostrarem os idosos novamente, e de uma forma tão singela e revigorante, com referências sexuais fofas e atos de esperança. Contudo, não sei se foi eu que não prestes atenção ou é furo no roteiro mesmo, mas não sabia que a V trabalhava na casa de repouso.
-Até agora não saquei qual é a dessa Jasmin(e). Não acho que ela seja apenas o que está sendo colocado explicitamente pra gente, tenho a impressão de que teremos algum tipo de flashback ou explicação.
OFF: Puts, nem o Lip se livrou da burrice e humilhação que o amor traz.

Episodio 2x2 - Nota 9.5 2015-12-26 10:29:32

Bem lembrado, sou tão paranoico que acho que voltarei só para ver isso.

Episodio 2x3 - Nota 9.5 2015-12-25 17:55:13

-Gente, para, por favor. Se o Frank não sofrer a altura por causa disso, eu não vou conseguir viver em paz com essa série.
-Lip tentando ajudar o irmão foi tão fofo. E quanto a inteligência dele: sambista mesmo, mas confesso que não entendo quase nada que ele fala em relação a essas invenções.
-Fiona toda garota, toda menina apaixonada, toda gente da gente sendo levada pelo crush. #Trouxa
-Achei “top” a forma como eles retrataram como muitos homens não vêem diferença entre colocar na vagina e no ânus da mulher. Acham que todo buraco é a mesma coisa.
-Debbie e sua fixação com morte: Tipo eu depois que meu irmão quebrou o braço e eu fiquei com medo de quebrar algo mais delicado.

Episodio 2x4 - Nota 9.5 2015-12-26 12:42:24

-Sobre a primeira cena de ação: WTF? Ainda bem que a Fiona ainda está em forma, correr realmente faz bem para ela.
-Nudez gratuita nunca foi tão bem-vinda. O que está acontecendo comigo? #VemJody
-“This is better than sex” Gente, que orgulho da Sheila, não há como esconder meu entusiasmo com cada passo dado pela nossa musa. Mal posso esperar pela hora em que ela verá quem o Frank realmente é. E só penso em dois plots após essa descoberta: Ela faz o que ele espera que ele faça, ou ela doma ele e suas vagabundagens. OU ELA SE TORNA VAGABUNDA. Kkkkk
-Lip tentando estragar o relacionamento da Karen: Espera mais de um gênio, lindo, maquiavélico que adora aprontar e burlar o sistema. MAS, como se trata de um amor que, de certa forma, o tirou do caminho ao qual ele estava tão acostumado, consigo entender essa desorientação e tiros em todas as direções. Em alguns aspectos, é quase a mesma coisa que o Frank tá tentando fazer para não perder a Sheila e, PRINCIPALMENTE, o que ela proporciona.
-Debbie sempre me passou uma imagem de adulta, não me lembro dela agir de forma imatura, até mesmo quando ela raptou o bebê, foi de uma sensibilidade tão grande. Não consigo enxergar a criança nela, a não ser pela aparência, mas as expressões não são exageradas ou fáceis de arrancar. O Carl também possui um pouco disso, mas quase não tivemos, até hoje, desenvolvimento dele.
- MELHOR FODA DO LIP ATÉ HOJE. SEM “MAS”.

Episodio 2x5 - Nota 9 2015-12-26 20:39:52

-Tanto o movimento de câmera quanto a dinâmica de expressão corporal dos atores é excelente. Cada dia vejo uma nova qualidade nessa série. Incrível.
-Os segmentos aleatórios são usados com tanta sabedoria. Eles não os colocam nem em momentos onde a estética é muito homogênea, nem onde ela é muito variada. Gosto de como elas não precisam de explicação, e às vezes, apenas pessoas de mentes bem sujas, ou maturas, podem entendê-las.
-Nem lembrei que o Frank tinha transado com a Karen quando ela disse que estava grávida, nem quando a Fiona questionou se poderia ser do Lip. Tá dando bug com a quantidade de informação que Shameless derruba a cada episódio.
-Impressionante como mesmo sendo forte, ajudando em casa e passando por diversas superações, a Debbie ainda é apenas uma menina passando pela famigerada transição. É tão lindo ver ela cheia de frustrações e dúvidas, indo em várias portas tentando achar a resposta que mais lhe conforte e acalme.
-Achei essa escapada do Frank BEM FORÇADA. Só vou dizer isso mesmo.
-Eu estava tão orgulho, E AINDA ESTOU, do Ian e sua postura de respeito e dedicação. Mas quando o cara falou que era pro Lip, gente, eu me emocionei ainda mais, porque me lembrei de como minha vida tem sido, e como a do meu primo é. A mãe dele tem condições, e ele está nas drogas, já engravidou uma menina e tals, eu quero muito me formar, mas estou aos trancos e barrancos, não quero desistir, mas meu pai não ganha muito e minha orientação sexual já me fez ser desclassificado de duas eliminatórias de empregos.

Episodio 2x6 - Nota 9 2015-12-28 11:51:47

-Frank e a mãe: Pela primeira vez vi um pouco de humanidade respeitável no Frank, e gostaria que os roteiristas trouxessem ainda mais evidência para a relação entre ele e a mãe. Foi ótimo ver alguém colocando ele no seu devido lugar e fazendo com que ele pare para pensar no que tem se tornado. A frase que ela disse pode ter sido um tanto vazia, mas foi forte, pois serve para o Frank parar de colocar a culpa de tudo nos outros, sendo que ele opta por não enxergar seus defeitos.
-Ian e Lip: Continuo sendo #TeamIan, até porque não tem como defender o Lip, não mais. Faz um bom tempo que esse menino está no fundo do poço, e até hoje ele não superou a perda da Karen. Quero que os roteiristas dêem um encerramento digno a essa fase chatíssima dele, que já deveria ter acabado há tempos.
-Fiona e Steve: Cansei.
-Ethel e Malik: Gente, até que enfim esse povo fugiram. Achei bem romântico e, considerando o que a série represente e retrata, foi até leve essa atitude da Ethel. Malik simplesmente sambou ao mandar matarem o marido pedófilo. Achei a cena deles segurando os bebes um do outro tão linda, foi sutil e emblemático ao mesmo tempo, funcionou com um selo da relação e amor dos dois.
OFF: Sheila, gata, tu arrasou demais nesse episódio. Mostrou que mesmo regredindo na questão da saúde, consegue defender sua casa e família. Finalmente ela viu quem o Frank realmente é e espero que essa decisão de colocá-lo para fora seja definitiva. Fiquei satisfeito com a cena, mas tenho medo da família dela perder o foco e até sair da série sem estar ligada ao Frank. Veremos...
OFF: Adorando o fato da namorada do Steve falar PORTUGUÊS e eles terem mostrado o erro que o Adam cometeu, e que muitos gringos cometem, de achar que nós, brasileiros, falamos espanhol, simplesmente por morarmos na América do Sul.

Episodio 2x7 - Nota 7.5 2015-12-28 16:53:08

Confesso que, pela primeira vez, me decepcionei com um episódio de Shameless. Tudo pareceu muito vazio e, de certa forma, jogado para o espectador engolir. Dos rodeios do Steve e burrice irreparável da Fiona à chatice instantânea colocada sobre Jody, o episódio foi constituído com elementos entediantes e contraditórios para a natureza dos personagens.
Sinto que este foi um episódio quase totalmente dispensável, sendo salvo apenas pela briga definitiva entre Ian e Lip e a volta às aulas, esta última foi feita de maneira sutil e plausível, ao contrário do resto dos outros momentos. Até mesmo a desenvoltura de Kevin e Veronica não funcionou bem neste episódio. Contudo, tivemos mais destaque para o Stan (acho que é esse o nome do velhinho que é dono do prédio onde o Alibi fica), sua condição e humor, é bem legal ter esse lado mais negro do humor pisando na trama sem desestruturá-la.

Episodio 2x8 - Nota 8.5 2015-12-29 14:21:37

Menina! Mas eu adorei as sutilezas nas falas da brasileira; o preconceito, as dúvidas sobre o football, e toda a percepção que ela tem daquilo.
Mickey ficou um gatinho de barba, por favor não a tire.
Sheila e Margareth são tão fofas juntas, adorei a forma como os roteiristas encontraram de manter a Sheils em foco, sem repetir plots com o Frank. Me emocionei muito com todas as cenas das duas, a química é inegável!
“School or leave” Achei digna essa frase, o Lip realmente passou dos limites da burrice que ele não tem. Por isso que não quero filho tão cedo, até porque mal posso me sustentar e me amar direito, imagina outro ser. Ele está tão desequilibrado que colocou uma carapuça que não serve na Fiona, a de interesseira.

Episodio 2x8 - Nota 8.5 2015-12-29 14:22:16

Eu também não, migo, eu também não.

Episodio 2x9 - Nota 9 2015-12-30 13:42:11

-Família "perfeita": Adorei a forma como o roteiro quis mostrar que essa família não foi feita para ser funcional, e que sempre haverá um desfalque em relação a um ou mais membros. Aquela festa no final foi meio que uma cano de espace, onde todos puderam simplesmente esquecer, pelo menos nos sorrisos, as falhas que os pais já cometeram. A Monica ainda me tira do sério, mas nada que a reação dos filhos dela quando ela tenta ajudar não resolva.
-Karen e Frank e dinheiro: Esses dois, sempre representando a sede por poder aquisitivo que todos temos. Minha raiva da Karen já passou, e até ri do Frank e Monica procurando o dinheiro na casa da Sheils. É... até que eles não me irritaram tanto, afinal tinha o Lip e a Monica para me estressar durante o episódio quase todo.
-Nove(Lip): Cada cena com esse menino só me traz mais nojo e ingnação, até agora não consegui engolir esse plot. Realmente... Não posso descartar o fato de que a série está fazendo um ótimo trabalho arrastando essa resolução, e mostrando, gradualmente, o fechamento do mundo que ele conhecia antes, quando mesmo com todas as dificuldades, ainda dava valor a sua inteligência e às poucas oportunidades que poderiam surgir se ele continuasse firme e forte.
-Sheila e Jody: Amiga, você me representou, ele realmente merece muito mais, merece tu, rapariga! Adorei essa transa que começou de uma maneira tão ingênua: Mãos dados, rezando. Sheils, mulher; tu não tá fazendo mais que tua obrigação como rainha suprema da série, além de simpática e gente boa, é super menosprezada por quem tu ama. Eu quero é love, eu quero é envolvimento e delícias.
-Ian e seu "segredo": Gente, eles mal dão espaço para o Ian na série, e ainda querem tornar esse relacionamento com a Mandy crível diante das pessoas, sendo que nunca vemos eles juntos no meio das pessoas. Consigo imaginar várias formas de arquitetar cenas com eles no colégio, que por sinal, saiu da vida das crianças, já que não tivemos mais nenhum plot em relação a isso envolvendo os pequenos. O Carl e seu esporte são algo que, como falei antes, só serviu, neste e em outros episódios, para escorar conversas e encontros que poderiam acontecer em outros locais. Stop trying to make Steve happen!

Episodio 2x10 - Nota 8.5 2015-12-30 18:11:36

-Monica: O furacão anunciado no episódio passado só foi percebido neste. Todo o trauma que adormeceu com a luz da esperança voltou a ganhar cor, e vida. Toda a alegria que começava a se levantar, caiu de novo. Monica, a mãe que os abandonou, com a ajuda do Pai, Frank, que mais atrapalha do que os ausentes conseguiram desestruturar a filha mais velha, a que ficou e cuidou dos irmãos, que foi a mãe e o solo dessa casa bagunçada, que foi fiel e forte, até que a oportunidade de se dar mais atenção bateu em sua porta. Não sei como reagir a isso, ainda estou muito impactado com tudo. Durante todos os momentos de loucura da Monica eu me colocava no lugar dos meninos e não sentia raiva, mas medo e pena. Agora estou muito apreensivo para o futuro sem a reserva do esquilo, não sei como prosseguir assistindo e, eventualmente, superar, assim como a Fiona tentou, a disfuncionalidade dos pais.

OFF>
-Ian: Pensei que iria sair do armário, fui trouxa.
-Jody: Que homem, meus amigos, que homem! Sério, estou esperando algo de ruim nele.
-Lip: Ei, gostei mais um pouco de ti, e até me emocionei com a cena final, pois te vi se colocando onde você merece e deve estar, junto a sua família, tomando as dores e os horrores. Muito bem.
-Sheila: Se entrega, gata, tu já sofreu demais mulher.

Episodio 2x11 - Nota 9 2015-12-30 19:32:12

-O furacão Monica, aquele que persávamos ter acertado a gente em cheio no episódio passado, finalmente mostrou do que é capaz, e por incrível que pareça, recebemos a dor como sabemos, sendo nós mesmos e sendo fortes, preparados para o pior.
-Falta de vergonha da série me dá tanto orgulho. Se é para mostrar um parto em Shameless, que seja um parto sem escrúpulos e com muito exagero e audiência. Amei tudo naquela cena. Todos os personagens tiveram suas essências moldadas para aquela ocasião e isso funcionou de uma forma explendorosa.
-SHEILA SAIU DE CASA, PORRA, ELA SAIU DE CASA. MUDOU SUA VIDA PARA TESTEMUNHAR O NASCIMENTO DE OUTRA.
-Fiona e Steve/Jimmy: Tédio, e esses presentinhos dele podem ater ser um evento para a família, mas para mim não. Vai ver eu não passei tanta necessidade quanto penso.
-Ian e o cara lá: BICHA BONITA não se recolhe, bicha bonita ganha apelido e amante rico. E ainda marquinha no pescoço. Se joga, viado.

Episodio 2x11 - Nota 9 2015-12-30 19:33:54

Ah, e finalmente parece que o Lip caiu na real. Ah, finalmente, né?

Episodio 2x11 - Nota 9 2015-12-30 19:35:00

Ah, e a Karen não me decepcionou, a bicha é diva mesmo, vai até o fim com suas decisões.

Episodio 2x12 - Nota 9.5 2015-12-31 12:03:40

-Olha, essa temporada começou, na minha humilde opinião, de forma espetacular, mas não sei o que aconteceu com os roteiristas para eles decaírem tanto assim, considerando a qualidade com que a série estava. Até agora, minhas notas estão condizentes com as médias gerais, ou seja, acho que a terceira será bem melhor. Não me arrependendo de ter dedicado meu tempo a série, até porque também podemos aprender com nossos erros. Foi bom ver a Mônica de novo, da outra vez ficou um tanto vazio e não vimos realmente do que ela é capaz. Foi ótimo eles terem tirado logo isso da frente, para que a história possa progredir. Se ela voltar, que seja de outra maneira, ou morta.
-Este último episódio da temporada foi bem equilibrado, e conseguiu entregar uma energia homogênea até mesmo nas cenas mais tensas.
>Fiona: Amiga, achei que a Estefania iria acabar com a tua alegria, mas finalmente parece que estou pronto para engolir esse relacionamento. Em águas claras, e até com jartarzinho com a família, tu vai conseguir. Ah, e parabéns pela aprovação no teste.
>Ian: Eita, meu querido, você agora está em uma situação um tanto delicada, mas nem sei por que tanto drama em cima disso, essa família faz cada coisa, e você mesmo já fodeu um pai de família (Kash, hello...). Mas enfim, torçamos para que os roteiristas não estraguem esse plot que ainda pode gerar vários babados. OS: Quero o Ian bem seguro na terceira temporada, pois já disse, bicha bonita não se esconde.
>Lip: Eu o julguei muito injustamente pois só quando ele voltou para casa pude perceber que grande parte desse sentimento acolhedor foi o que me faltou nesses últimos meses de minha vida. Mudei de curso e voltei para perto da minha família, aprendi coisas que eles nunca puderam me ensinar e finalmente me sinto completamente pronto para encarar o mundo e a realidade que sonho para mim. Lip foi, até o fim, persistente, amoroso e esperançoso em relação àquela menina mal agradecida. A beleza em suas ações finalmente voltou a ser percebida e isso é nítido quando ele a deixa ir embora, após a última tentativa de fazer com que ela não cometa o mesmo erro que ele.
>Sheila: Me emocionei e senti ainda mais orgulho dessa personagem linda, que tinha tudo para ser apenas um suporte do Frank, mas se revelou como uma das peças mais primorosas dessa série. Ela foi uma das poucas coisas que me agradou nesses 12 episódios do segundo ano de Shameless, principalmente quando tudo, ou quase tudo, parecia ir por água abaixo. Ela expulsou Frank de casa e ficou com o Jody, tudo no seu ritmo e do jeitinho dela. Amei o fato de não terem perdido a essência dessa diva. Quero mais performances dignas de aplausos na T3.
>Frank: Mereceu!
>Estefania: Sempre ri muito dela e acho que agora vou gostar mais ainda. Nunca a achei chata, só a via como um alívio cômico e um suporte para manter o Steve interessante. Mas parece que ela terá mais destaque. QUERO CENAS EM QUE ELA SE AVENTURA NO INGLÊS.

FOI BOM, PODERIA TER SIDO ÓTIMO, MAS FOI BOM. ADEUS E ATÉ MAIS.

Episodio 3x1 - Nota 8.5 2015-12-31 14:46:25

Sheila divando como sempre, não cala a boca mesmo. Diva não se acanha, grita mesmo.
Debbs, cresce, gata, ou pelo menos perde essa inocência em relação ao teu pai.
Frank colocou 18 pacotinhos... Bem que as fantasias da rainha Sheila serviram para algo além de seus prazeres muchos locos.
Lip tá bom, mas achei tudo muito rápido. Temporada passada ele não fez quase nada com essa inteligência. E achei esse carrinho dele bem fraco.
Ian virou puta mesmo. Gosto assim. Vai com tudo. Mas sai do armário ainda nesta temporada. Sei que estou batendo demais na tecla, mas quero esse destaque e quero pra hoje!

Episodio 3x2 - Nota 9 2016-01-02 19:41:14

-A construção da tensão do episódio foi bem irregular, mas mesmo assim, com seus ápices, ele conseguiu se sustentar muito bem, e as performances me impressionaram pela saída da zona de conforto, tanto nas expressões quanto na representatividade no comportamento de cada um. Também gostei da quantidade de segmentos, e tivemos muito mais informações lançadas de que no primeiro episódio, que foi mais amplo e homogêneo.
-Debbie finalmente viu quem pai é. Sabia que essa inocência tardia dela iria custar caro, e o fato disso ter acontecido no começo da temporada, de forma sutil, abre um leque de opções para serem trabalhadas no lado da Debbie. Ainda tinha medo das aventuras do Frank sem casa se tornarem monótonas, mas me surpreendi quando ele fez aquela ligação, e é realmente como a mulher do bar falou: A gente conhece quem ele é, mas ainda fica de queixo caído com a facilidade com que ele vai mais baixo.
-Gostei de vê-lo em outra posição, ajudando o filho da Sheila, mas não quero que ela se reaproxime dele. É muito tóxico para a relação.
-Não estou gostando da falta de foque que estão dando para a Sheila e o Jody, pois antes eles eram muito legais e agora parecem estorvos, sobras na série.
-O olhar da Fiona no início da festa foi tão lindo. Mesmo tendo trabalhado em várias festas, ela nunca foi responsável por um, e de repente, todas aquelas luzes cresceram e ganharam um significado diferente.
-Lip se preocupando com o dinheirinho da casa foi tão lindo de ver, mas o fato dele ignorar um futuro promissor ainda me deixa inquieto. Porém, julgando pelas minhas concepções sobre ele na temporada passada, nem vou me precipitar. Contudo, achei a atitude dele meio dura demais, pois nessa situação, o que eles mais merecem, é sonhar.
-Kev e Veronica: ?

OFF: Stefania lacrando no inglês.

Episodio 3x3 - Nota 10 2016-01-02 21:58:16

Esse episódio foi muito bom porque deu espaço para coisas que a série vinha esnobando, como: Aprofundamento/abordagem de Veronica e Kev; desenvolvimento/envolvimento de Ian e Mickey além das pegadas aleatórias; Carl no geral (mesmo ele tendo isso usado como instrumento do Frank, e a atução do menino totalmente passiva); Mandy e o poder de suas atitudes.
Realmente adorei a cena do Lip e da Blake, todas elas, e fiquei atento a cada experssão do Lip, foi muito hipnotizante. No final das contas, ele aprendeu algo.
Fiona se tornando mais esperta em alguns casos, e sempre cega em relação ao ETERNO Steve, que jamais para de mentir. Quero ver até quando esse plot sem sentido dos brasileiros irá se estender. Já deu o que tinha que dar, e o pico com certeza foi a morte do Marco.

Episodio 3x4 - Nota 9.5 2016-01-03 20:50:11

-A abrangência da série em temas polêmicos está sendo ótima, não só porque os personagens centrais estão se envolvendo e mostrando sua honra, mas também pela forma dinâmica como tudo é trabalhado. É fascinante e intrigante! Episódio passado foi a mulher pedófila, nesse foi o pervertido abusivo de poder do supermercado.
-As cenas do Carl foram tão refrescantes, tanto para o personagem quanto para série.
-GENTE, NÃO ME AGUENTEI. Tava todo caladinho, fim de episódio, mas quando o Lip "chutou" o coroa eu não consegui me segurar. Adorei mesmo esse foco no relacionamento do Ian com ele e essa revelação bem espontânea, também gostei como ele teve uma conversa honesta com o filho.
-Pela primeira vez gostei de uma conversa que o Frank teve com alguém, vai ver é porque era sobre sexo, ou melhor, eventos.

Episodio 3x4 - Nota 9.5 2016-01-03 20:50:44

E a média vai só subindo. uhuuu

Episodio 3x5 - Nota 10 2016-01-04 20:56:45

Estava pronto para chamar esse episódio de "Calmaria bem-vinda e bem feita", mas com esse final, nesse sei o que colocar como título, só sei que estou extremamente feliz com a consistência do ritmo e do nível de informações do episódio. Esta terceira temporada realmente está sendo a melhor até agora, porque está sabendo ponderar suas curvas e os personagens tem mais tempo, e ambiente, para se desenvolver.
O eterno Steve não para de ser egoísta, e esse episódio inteiro foi uma tentativa de mudar o papel do personagem na trama. Arrisco dizer que o único fruto bom dessa birra dele foi o diálogo lindo que ele teve com a Fiona, e é claro, o samba que ela deu, ao se descontrolar e deixar seu instinto falar mais alto.
Maior destaque para a V e suas aventuras é algo que também estou amando nesta temporada, não é bem pelo tempo de câmera, que ainda continua pouco para uma personagem tão digna, mas pelo desenvolvimento linear e envolvente dos anseios dessa mulher. Todas essas vulnerabilidades dela desmontam a faixada imponente, sem descartá-la, e nos faz perceber o quão linda essa pessoa é. Com seus sonhos, dribles do destino e manobras SEM VERGONHA.
Cada vez admiro mais o Lip e a Debbie, os dois estão se transformando em uma trajetória paralela, onde ambos estão descobrindo o que realmente são para si mesmos e para os outros. Um em busca de plenitude amorosa e a outra com desejos de inclusão pelos quais todos passamos, seja em teores mais elevados ou quase imperceptíveis.
Sheila continuando relevante, gosto assim. Ganhou até destaque no título do episódio.
Para terminar, gostaria de mencionar algumas das coisas mais lindas da sequência SUPER ÁGIL final.
-Beijo de Mickey e Ian
-Tiro (de novo) no Mickey (OBS: Foi na bunda, ai que sexy!)
-Ligação do fato do Ned ser médico com o incidente
-Clichê mais lindo das pessoas estarem ouvindo algo e não perceberem a confusão
-Cena mais linda da representação da disfuncionalidade da família, nem senti falta do Frank
-A direção e edição da série nunca foram tão eficientes. Finais de temporada e episódios fenomenais são fácies de nos tocar, mas são capítulos como este, com sua pureza e condensação, que nos fazem ver a verdadeira riqueza das séries.

Episodio 3x6 - Nota 10 2016-01-05 14:14:00

Que metade de temporada louvável!
Um episódio que nasceu de um gancho catastrófico se tornou um marco nos métodos narrativos da série. Com uma dinâmica de personagens totalmente revigorante, conseguimos embarcar em mais um dos dramas da família Gallagher.
Fomos a lugares novos e vimos mais ultrajes da sociedade e as coisas que ela trata como entulho. Novas oportunidades de abordagem surgiram e assim, pudemos ver dramas bem interessantes, que não ficaram, em momento algum, inferiores ao desenvolvimento da trama central.
O relacionamento de Mickey e Ian finalmente ganhou a forma que tanto queríamos, finalmente os roteiristas decidiram torná-los tão picantes e afoitos quanto o resto dos núcleos da série. Após uma série de episódios sem acontecimentos inovadores, o casal demonstra um cumplicidade que ambos merecem. Mickey amolece aos poucos e Ian vê nele algo que jamais teve em suas escapadas: reciprocidade. Às vezes as cosias mais interessantes são aquelas que demoram mais a acontecer. Valeu muito a pena esperar. Com isso, como na vida, nem tudo é tão perfeitamente feliz, e o que aconteceu me fez ter ainda mais medo de sair do armário para as pessoas com que ainda não conversei: Meu pai e minha avó. Acho que os outros já ouviram falar, mas isso é o de menos, pois não devo explicações a eles. Senti muita pena do Mickey, principalmente quando ele teve que pôr a máscara de hétero novamente, "somente" para proteger seu amado, aquele à quem ele tinha acabado de se entregar verdadeiramente.
Assim como no episódio passado, a participação da Sheila foi essencial para trazer um tom de humor mais leve, que mesmo ao tocar em assuntos pesados (como a série faz desde sempre) não nos leva por um caminho escuro. O Frank foi um bom (ÓTIMO KKKKKKK) bônus para essa ressureição da bandeira sóbria que a Sheils levanta na série.
Veronica e suas ideias geniais. Acho que essa temporada foi feita sob medida, de acordo com minhas expectativas. Começando por esse destaque da V nos episódios recentes e por como os atores e as histórias conseguem se carregar sem ter nenhuma relação com a família protagonista. Eu acho isso incrível, e em certos momentos (todos eles) me entristeço quando o segmentos da nossa diva destruidora acabam.
Foi bom ver o Jimmy se mexendo um pouco. Foi tão bom e genuíno que pararei de chamá-lo de Eterno Steve, ele merece esse voto de respeito.
Fiona não trouxe surpresas, apenas mostrou que, independente do cenário, ela estará sempre pronta para desenvolver seu papel de mãe. Frank se iguala a ela, mas no seu caso, a atitude incontestável é a cara de pau mesmo.
Enfim, só tenho lágrimas derramar e palmas a bater.

Episodio 3x7 - Nota 9.5 2016-01-05 22:10:15

Se ainda existia alguma sombra de dúvida sobre o amor da Fiona por esses meninos, esse episódio foi um pelo de tapa na cara de quem ainda pensava assim. Mesmo não tendo o mesmo impacto que o anterior, esse capítulo serviu não só para manter a coerência narrativa da série, dar fôlego aos personagens e abrir uma nova aba de possibilidades, mas também mostrou que Shameless pode fazer algo onde o drama seja condensado e de qualidade, com tudo o que a série tem direito, sem ferir sua identidade. O discurso da Fiona foi na medida certa para me fazer chorar como nunca. A troca e posicionamento de câmera me fez absorver, nem que só um pouco, o que cada um deles estava sentindo em relação ao sacrifício da irmã, que é uma mãe.
Se o Ian foi o rei do desenvolvimento no episódio que passou, a Debbie mostrou que não esqueceu das lições aprendidas com a irmã mais velha e, sem temer as consequências, como uma boa Gallagher, fez o que todos nós precisávamos durante o episódio: Trouxe o humor simples, dinâmico e enraizado em mais questões sociais e comportamentais. Isso é o que nós esperamos de uma série que só vem evoluindo em seu terceiro ano no ar, e que sabe aonde pisa, e do que é capaz.
A volta da Karen não foi tão calorosa para mim quanto para a Sheila, por isso fiquei feliz, pois aprendi a apreciar a felicidade dos outros, mesmo quando ela não se encaixa nas minhas expectativas. A presença da filha, que aparentemente se redimiu, funcionou como um elixir de revigoramento para um avó que perdeu o neto, uma amante que arruinou a plenitude de um relacionamento e uma mulher que quase não sabe o que fazer para permanecer emocionalmente estável após superar uma condição psicológica.
O fato deles terem colocado o diálogo do Mickey e Ian tão seco e curto foi outro tapa... Na minha cara, porque eu sempre queria um desenvolvimento rápido para os dois. O diretor soube passar, de maneira sutil, o regresso no relacionamento deles e como o Ian está assustado e totalmente sem rumo nessa história. O Mickey pode até ser forte estar acostumado a sofrer, mas o Ian pensou que finalmente estava caminhando para algo mais concreto e real (e está, só que no ritmo que a série achar mais fiel a vida de milhares de jovens gays), com alguém que ele realmente se identifica, e daí veio um baque tão grande e traumatizante quanto aquele, que deixou marcas não só nos rostos dos meninos.
OFF: Steve egoísta como sempre. Vamos melhorar, né, meu querido? Juro que não consigo ver a posição dele por outros ângulos, até porque a série não dá muito espaço para que isso seja trabalhado, vai ver eles sabem que é algo sem futuro. Torço para que ele tenha um papel mais influente, pare de reclamar de tudo e de ficar no plano de fundo só representando um modelo de tristeza superficial. Sério mesmo, ele não provoca nenhuma sensação genuína em mim, é algo que não consigo controlar...

Episodio 3x8 - Nota 8.5 2016-01-06 21:42:31

Um episódio com gostinho de começo de temporada, após um par de episódios excepcionais. Essa reta final vem revigorante e inovadora, com a coragem de "resetar" a narrativa e ainda continuar com o que o ápice da temporada instalou.
A volta da Karen foi um belo de um pé no saco, um verdadeiro regresso tanto para a série como para o personagem do Lip. Agora, com mais aprofundamento das questões, posso ver que o intuito é mostrar a fraqueza do amor, mas acho que o Lip já aprendeu a lição, e como todos sabemos, se tem uma coisa que ele é capaz, é aprender uma lição.
A questão da casa foi muito bem trabalhada, e achei que não faltou muito, foi até mais agitada que o episódio passado e começou a restituir o clima e frenesi da série. Gostei de todas as tentativas e a dinâmica de família com um tom menos condensado, me lembrei da primeira temporada e do seu ar amador, cauteloso com as interações.
A V finalmente colocou um fim, e não poderia ter sido de maneira mais épica. Achei bem contundente e válida essa atitude dela, mesmo o plot ainda não estando desgastado, foi bom ver que eles já podem partir para outro rumo.
A causa de Down foi muito legal de ver sendo trabalhada na série, do jeitinho largado que Shameless sabe fazer. Adorei a cena da reunião, e o texto dos atores, pegando um assunto que não é só de pessoas com essa diferença genética, mas de muitas outras minorias.
Steve fazendo algo foi um humor tão óbvio, mas nem me incomodei, pois vê-lo sofrendo é algo tão refrescante. Assim como no caso desse estorvo, o Frank sofreu uns bocadinhos nesse episódio, mas o seu final me surpreendeu muito, não pensei que chegaríamos a tal cena. Só não gosto dele estar se aproveitando de outra pessoa para ter um teto, ele já fez isso com a Sheila, mais um de uma vez. Gosto do Christopher, mas se a série der as direções que eu suspeito sobre as ações do Frank, a fofura desse empalhador de animais não será suficiente para me fazer suportar a reutilização desse mecanismo narrativo.
-Debbie maquiavélica: Debbie continuando provando que é o membro da família mais promissora. Ela é fofa, esperta, ambiciosa, sagaz e talentosa. Só falta as pessoas perceberem isso nela. Prevejo um futuro bem lacrativo para essa diva. Já quero ela tocando o terror, administrando várias coisinhas na escola.
OFF: A derrota do Mickey e irmão foi essencial para quebrar essa dimensão de invencíveis que eles tinham até agora. Obrigado por esse pequeno choque de realidade, Shameless.

Episodio 3x9 - Nota 9 2016-01-07 21:39:41

> Juro que pensei que o Lip iria continuar esse episódio inteiro com aquelas mesmas burrices, mas a curva maravilhosa que ele e suas duas amadas tiveram durante a apresentam dos eventos. Foi bem compassado e integrado com o resto da narrativa geral. A Mandy finalmente recebeu o prestígio; cheguei até a pensar que aquela ligação clichê da Karen iria abalar a reconciliação dela com o Lip, mas a garota provou que é diva em mais um sentido e conseguiu se superar. Sei que o que ela fez está longe das besteiras da série, mas não tenho vergonha de dizer que vibrei com a cena. Ela limpando o carro foi espetacular. Para finalizar, gostaria de dizer que o Lip largando a Karen (de novo) daquela maneira tão fria foi a coisa mais legal que ele fez durante todo o episódio, perde até para a cena da redação, que foi legal, mas poderia ter sido mais icônica; vai ver eu não vi a relevância da cena porque ela foi projetada para ser simples mesmo, até porque a complexidade está na inteligência dele.
> Frank, a senhora é destruidora mesmo, ein? Foi a primeira vez que ele realmente se envolveu em algo, e se entregou, focando no seu benefício próprio. Foi tão bom eles terem estendido essa falcatrua dele e, principalmente, ter dado mais destaque para esses discursos lindos que o Frank solta de vez em quando e que, em parte, são bem interessantes e merecem ser analisados; levando em conta o contexto, é claro.
> Fiona arrasou de uma forma tão homogênea. A dinâmica dela foi corriqueira, mas para a série, foi uma forma de mostrar um lado mais comum da personagem que até agora, era mostrada como uma deusa que só pensava em sustentar os irmãos e não vivia para si. De certa forma, esse emprego está servindo como um hobbie, uma libertação, um lugar onde ela pode ser simplesmente ela, e ainda garantir o sustento de seus irmãos. O site com os pênis foi o toque Shameless que não está muito distante da nossa realidade.
> Me emocionei muito com o confronto (FINAL?) do Ian com o Mickey. É tão lindo ver que ele ainda tem esperança nessa relação, e que mesmo após tantos baques, desistir do elo é algo muito mais doloroso. A movimentação de câmera na cena externa foi muito boa, amei toda a estética desafiadora daquela sequência. Espero que algo muito bom aconteça com eles logo, pois não acho legal a série ficar sustentando os dois personagens com tantos acontecimentos ruins, afinal, com os outros também acontecem coisas boas. Mas acho que estou sendo influenciado por meu coração de fã, pois aquela noite na casa do Mickey deve ter sido MUITO BOA PARA CARALEO.
OFF: As aleatórias em português são tão legais de ouvir. É besteira, mas é realmente legal ouvi-las.

Episodio 3x10 - Nota 8.5 2016-01-08 19:10:25

A expressão da V ao abraçar o Kev foi muito emocionante, acho que nunca vi aquele sentimento estampado no rosto dela. Acho que os próximos estágios dessa treta serão muito complicados e envolveram emoções que redefiniram a afinidade dos dois e da mãe dela.
Ian tá amando, querido, ele não vai desistir não. Só tá faltando mais destaque, não entendo essa falta de vontade em dar tempo de tela para esse menino, espero que no futuro da série eles deixem o Lip de fora, porque essa história da Karen só me dá nojo.
E falando em Karen, eita menininha ruim, não morre mesmo. A Sheila não merece estar ali não, naquela situação, sem contar que não se passou muito tempo após ela ter seu relacionamento fraturado pelas circunstâncias do desejo.
Fiona no escritório continuou sendo legal, mas quase não teve progresso. O plot do Jimmy também dá lento. Quero ver se eles vão entupir os dois últimos episódios com coisas aleatórias e sem cuidado com a coerência.
Essa jogada do Frank foi, de verdade, a melhor de todas. Além dele continuar sendo um babaca, tivemos a chance de ver várias faces da atmosfera LGBT, do jeitinho que o Frank a entende, sem muito aprofundamento, sem muita vergonha.
No geral, foi um episódio bom, mas não tão consistente quanto o outro. Acho que a dinâmica da família tem que estar presente para a série se manter vívida.

Episodio 3x11 - Nota 9 2016-01-09 12:18:10

Primeiramente, quero demonstrar minha enorme surpresa com o fato do inferno ter congelado e o Frank ter feito algo digno do mínimo de respeito: se responsabilizar por seus atos. A cena foi de uma naturalidade tão linda, que me emocionei. Além de ter dado mais destaque (repito essa palavra em todo comentário, af) para o Carl, esse plot do patriarca serviu para engatá-lo em uma série de acontecimentos que, assim como no começo da segunda temporada, servirá para fazer ele rever seus conceitos e atualizar suas técnicas de vagabundagem, afinal, tolo é aquele que acredita que ele irá se redimir. Acho que se houver alguma redenção, será bem momentânea, a não ser que os roteiristas realmente queiram mostrar um lado do Frank que nunca vimos e que seria instigante para o personagem e para a série.
Fiona se mostrou gente da gente, e aquele diálogo entre ela e o Steve, se foi o último, não poderia ser melhor. Ela foi ao acampamento e quase fez algo do qual iria se arrepender, embora um sexo “selvagem” não fosse nada mal, feriria a integridade da personagem, e desconstruiria os vários minutos que provam que ela merece nossa consideração. A forma como o Steve se ferrou foi tão poética, foi ótimo ver o mafioso brasileiro sem aquele frenesi das sequências anteriores. Essa frieza toda deu um dom dramático (e cômico) para o segmento que também já estava desgastado. Eu vejo esse final de temporada como uma queima de arquivo, onde podemos ver uma renovação nos rumos da série e no ritmo que ela se apresenta; dentro dessa lógica, até mesmo essa situação da Karen se encaixa, e o fato dela estar nessa posição mais doce introduz um sentimento inédito para a série, que desperta o sentimentalismo da mesma em uma forma tão densa e representativa quanto todas as outras. Apesar de continuar não gostando da Karen, acho que essa nova fase pode provar que eu estava errado, e que ela ainda pode nos trazer bons momentos, caso não saia, completamente, do núcleo recorrente.
Lip, Karen e Mandy: Três inconsequentes que não sabem se amar, apenas se corroem. Se aprendemos alguma coisa depois dessa bagunça espetacular, é que o amor é realmente tóxico, principalmente quando jovem. O fato de nenhum dos três ter escrúpulos trouxe a possibilidade da narrativa elevar o quantidade de acontecimentos absurdos, tratando-se das manobras de cada um para permanecer no controle do relacionamento. Depois de tudo o que aconteceu, o sentimento que permanece é, com certeza, o de dúvida e questionamento sobre os limites da dedicação amorosa.
Querido, Ian, confesso que não sei o que dizer. Essa transa antes do casamento foi tão vazia... apenas uma escapada que já não tem o mesmo sabor de antes, já que os dois estão muito feridos para realmente aproveitar a situação. Tenho pena do Mickey e acho ótimo que finalmente deram a ele uma frase explícita sobre como ele se sente e se vê. Ainda bem que ele continua dando os beijos, acho que quanto mais eles normalizarem outros tipos de afeto (menos apressados e automáticos), mais eles se aproximaram do ponto em que precisam estar para os dois saírem para o mundo e mostrar como se sentem. Mais uma vez, admito que estava errado há alguns episódios, ao não ter paciência para ver as camadas desse relacionamento se revelarem. Obrigado, Shameless, por me mostrar que eu posso sim perceber meus erros e contemplar sua genialidade com o olhar correto.

Episodio 3x12 - Nota 9 2016-01-09 13:57:26

Eis que chegamos ao fim de uma temporada que foi, até o momento, a melhor de Shameless. Não só por ter redefinido a lógica da narrativa com sua divisão entrelinhas, mas por mostrar uma densidade sutil nos personagens, sem precisar colocá-los em situações ambíguas para suas naturezas. Além de trazer um mais maduro, a produção, em seu terceiro ano, me surpreendeu muito, e posso dizer que jamais me senti tão bem por estar errado em relação o futuro dos personagens. Esses 10 minutos finais foram realmente emocionantes, de uma forma na qual a série jamais havia apostado, e que é totalmente condizente com a proposta instalada desde o episódio 307. Assim, com esse ritmo mais lento após toda a loucura inicial, a T3 se consolidou com sua duplicidade incrível, que nos trouxe risadas e testas franzidas, sessões de choro, surpresa e repulsa. No final, essa temporada serviu para nos mostrar que, mesmo sendo inferior a estreante, a segunda temporada tem sim uma certa beleza, ela representou um passo mal dado na caminhada para a excelência que a terceira provou, do seu jeitinho, ser. Só tenho a agradecer e parabenizar a equipe de escritores e aos atores, que nos deram tantos momentos marcantes, que não precisaram ser exagerados para serem SEM VERGONHA.
- Sheila na casa dos Gallaghers foi lindo demais, isso e ela vendendo os brinquedos não precisou de muito tempo, nós já sabemos reconhecer sua realeza.
- Frank e sua jornada nessa segunda metade da temporada continuaram a me maravilhar. Consegui, pela primeira vez, ver e entender a poesia que tem por traz desse personagem. Antes eu colocava toda a culpa na dependência, mas ele tem sentimentos muito complexos e acho que isso nunca será mostrado explicitamente.
- Não precisamos ver o nome do envelope, a cara do Lip disse tudo que precisávamos saber sobre ele. O fato dele ter ido até a Mandy, só para contar, foi lindo e útil para provar que não é necessário sexo para os dois se completarem, apenas um sorriso tímido e meio dúzia de palavras já servem. Ela realmente gosta dele, e disso eu não consigo me desapegar.
- Mickey, mais uma vez, com aquele “Don’t” provou que eu estava certo ao dizer que eles se encontraram após pequenas e demoradas evoluções. Foi justamente por isso que, ao ver o Ian se planejar para a viagem, em nenhum momento, achei que iria acontecer um baita clichê, e ele iria ser surpreendido pela presença do amado. Fiquei triste, pensativo, satisfeito.
- Fiona arriscou tudo, e ao contrário da festa, conseguiu o queria. Só acho que aquilo não será sinônimo de felicidade por muito tempo, principalmente se ela começar a namorar com o “chefe”, pois acho que o Jimmy não morreu, e se morreu, não ligo; se essa foi a morte dele, que seja. Bye bye.

Episodio 4x1 - Nota 9.5 2016-01-09 17:48:23

Senti isso aqui. Vou colocar no meu comentário. Obrigado por me lembrar que sou solitário, migo.

Episodio 4x1 - Nota 9.5 2016-01-09 17:49:42

A transição da série não está só na voz do Carl, nem nas atitudes e amizades da Debbie, nem mesmo no tamanho do Liam. É como se esse episódio fosse um novo piloto, onde tivemos uma segunda apresentação dos personagens. A série mudou e está mais apta a utilizar elementos de som e montagens visuais que trazem um ar de jovialidade para a produção; a cena do Lip no parque foi algo clichê, feito propositalmente de forma tosca para mostrar o quão desajustado o garoto está com a dura percepção de uma realidade diferente da qual ele sempre viveu. Me identifiquei com ele, pois quando cheguei na universidade, vi que nada era tão fácil para mim como no ensino médio, e isso foi bom sim, porque aprendi a me conhecer melhor e a respeitar a inteligência alheia.
O fato de (quase) tudo estar perfeito é estranho demais para não notar, mas essa energia foi extremamente necessária para recolocar as peças em seus devidos lugares. Como já disse, esse recomeço representa algo ainda maior para a série, algo que foi plantado desde o final da segunda temporada, e agora, finalmente, teremos a consolidação do que Shameless veio fazer na televisão. Apesar de ser ignorada em questão de buzz e popularidade, a série cresce cada vez mais dentro de mim, e sem aquele gostinho Cult, mesmo com potencial para tal.
O Frank e todos os seus diálogos com o Carl serviram para nos deleitar com uma sensação totalmente divergente de tudo que havíamos pensado sobre o paizão Gallagher. Ele está com uma camada densa de doçura, uma que jamais vimos, nem quando ele tentava conseguir algo muito importante para seus vícios. Mesmo usando o garoto, sinto que ele está sendo mais honesto do que nunca, e isso é realmente bom para restaurar nossa esperança nele. A forma como o Carl se comportou e defendeu a permanência do pai na casa foi muito linda de se ver, principalmente porque é esse amor de filho que o retira da uni-dimensionalidade que seria se ele fosse apenas o pestinha da família, até mesmo após ter uma mudança tão nítida quanto a voz. PS: ahhhh, jerking off...
Mesmo estando bastante satisfeito com a felicidade da Fiona, a ruína do seu castelo de princesa aparece aos poucos, sempre que aquela expressão de espanto dela se faz real no escritório. Tanto o respeito exagerado do Mike quanto a forma complacente com a qual ela trata os irmãos atualmente (não há motivo para tanta hostilidade, não tanto quanto antes) geram uma insegurança constante sobre o que virá para desestruturá-la. Espero que estejamos prontos para o(s) baque(s).
Voltando ao Lip, não sei se essa retirada dele do plot familiar irá continuar me ensinando mais, só sei que até o momento, para a trama, foi uma oportunidade incrível, para o personagem e para o resto da família. A primeira queda do rapaz funcionou como um “choque de realidade” e trouxe algo novo para sua cabeça, que até o fim da temporada passada, estava voltada para as questões do desejo e coração. Por fim, a ausência dele e do Ian na casa serve para dar mais espaço para os outros irmãos, e o momento não poderia ser melhor, já que eles estão evoluindo de maneira corporal e comportamental.
Mickey e sua tentativa de tributo ao Ian me emocionou muito. Espero que com a falta do ruivo, possamos ver esse lado mais frágil do rapaz que, até agora, era bruto por fora e incógnita por dentro, apesar da gente saber que ele sentia e sente algo pelo aprendiz de soldado.
OFF: Tony demora a aparecer, e quando aparece, traz um presentinho e tanto, né? Vamos fazer assim, fica de fora e não mexe com quem está quieto, usando suas droguinhas, de boas, numa casa abandonada.
- A FUCKING BUNDA DO Jake McDorman
- Sheila, amiga, sei como se sente, e só te conheço porque estava solitário. Siga a dica de um amigo seriador e, de uma vez por todas, pare de ser escrava dos Gallaghers e venha para o lado lindo da vida depressiva, venha ver séries.

Episodio 4x2 - Nota 8.5 2016-01-09 19:05:51

Mais uma vez vimos o lado doce da V, e a revelação de que na verdade são três bebês veio de forma meio previsível. Estou gostando dessa evolução gradual nos plots dela, primeiro foi a mãe gostando cada vez mais do sexo com o Kevin, e agora é a complicação do quadro geral dos três e seus quatro bebês.
Assim como o desenvolvimento da V, o Lip está indo em direção à um poço BEM fundo. Há temos não me chocava com cena de sexo como fiquei com aquela mulher destruidora em cima do coitado. Adorando essa imersão dele no mundo das decepções, acho que com o ego que ele tinha, só assim mesmo para aprender a ser uma pessoa melhor. Ele vai chegar lá, mas antes teremos muito sofrência.
Entre Fiona e Frank e Carl, temos uma dualidade de plots que é algo inédito da série. Pela primeira vez está acontecendo isso e acho que está sendo bem legal. Acho que aquele monte de informação na série realmente era cansativo, embora proveitoso.
A Debbie desacelerou e chegou na velocidade que com certeza será essencial para que ela (e nós) goste do namoradinho. Foi muito fofo eles dando as mãos durante o jantar, pena que não posso dizer o mesmo sobre funcionalidade do ato.
OFF: Magic penis! I GOT A MAGIC PENIS
-Irmã mais velha??? Quero clareza na introdução dessa menina, senão terei certeza que foi uma jogada de roteiro muito sem noção.
-Apesar de ter admitido que essa simplicidade e condensação de plots é legal para o histórico da série, não posso negar que o fato do Ian não ter aparecido, nem por um segundo, no final, como o Carl, foi meio perturbador.

Episodio 4x3 - Nota 9 2016-01-09 20:46:17

Acho que meu medo é o mesmo da Fiona, ela se viu no pai e isso é um horror, em todos os ângulos. Isso quer dizer que ela também não tem controle sobre algo muito crucial em sua vida; isso também significa que ela não pode julgá-lo, pelo menos não tão bruscamente quanto antes, caso continue a endossar tal vício; isso também significa que ela irá rever seus conceitos sobre como a família funciona e como ela se encaixa como responsável. O fato dela estar se ausentando toda hora só prova que ela está perdendo esse controle todo do qual falei, que não se estende apenas em um dos aspectos da vida dela. Infelizmente dói mais na gente ver ela se tornar uma viciada de que com o Frank, porque ele a gente sabe que é dependente desde o início da série, quando começamos com ele falando conosco, e uma bebida qualquer na mão. Agora é só esperar pelo pior, já que o caminho nebuloso da temporada acabou de ser confirmado com esse final de episódio. No geral, foi mais uma confirmação de que a curva criativa foi muito importante para a coerência e senso de frescor da série. Tenho a impressão de que jamais vimos um drama tão bem trabalhado na série. Estou muito orgulhoso de Shameless.
Frank e filha superaram minhas expectativas. A rapidez para ela se oferecer não me incomodou, pois aprendi a apreciar os detalhes dos personagens, e nesse caso, é claro que ela já passou por muita coisa (física e psicológica), por isso ela é mais suscetível ao aparecimento de alguém que haja com o mínimo de decência. O neto do Frank é bem legal, embora não fale muito, ele traz um peso muito grande para as cenas, serve como âncora, instala a sensação de perdição; enfim, ele é um lembrete vivo de que nada estará bem, e se estiver, é melhor averiguar bem, pois não vai durar muito. É CLICHÊ, MAS VOU DIZER: Ela parece mesmo com ele, impressionante como encontraram alguém tão similar e que atua bem.
Lip chegou, parcialmente, ao fundo do poço à que me referi no episódio passado. A poesia daquela cena onde ele descarrega a tensão foi no ponto, na ferida, no confronto entre juventude e vida adulta, onde priorizamos a sensatez, ao invés de fazer o que nos vem na cabeça. Ao recolher o avental do chão, Lip abraçou a responsabilidade que ele merece, o posto pelo qual trabalhou tanto, a honra que poucos reconhecem. Estou, assim como em relação ao período atual da produção, orgulhoso desse personagem, que veio para mostrar um lado ainda mais sonhado dos Gallaghers. PS: Juro que no episódio passado não me liguei que era um flashmod, por isso disse que o efeito ficou tosco. Rsrs
Não aguento mais a fofura da relação da Debbie e seu parceiro. Ele tem uma sensibilidde incrível e ela merece muito tudo isso; espero que os roteiristas não o “transformem” em uma pessoa má, como alguém com algum distúrbio, por exemplo; isso seria horrível para a menina e para meu coração de shipper.
Na falta de Ian, as cenas deprimentes do Mickey não decepcionam. Confesso que fico extasiado com essa fase dele, e me identifico muito. Antes eu não daria a mínima e até acharia esses segmentos curtíssimos insignificantes, mas passei a ser mais cuidadoso com meus julgamentos, e assim, posso ver o que os personagens estão sentindo e por quê eles estão nessas condições.
OFF: Sheila, TU MERECE, SE JOGA, SE JOGA NO ÍNDIO, BOTA ELE PRA TOCAR TODAS, MONAMOUR.

Episodio 4x4 - Nota 9 2016-01-10 13:15:46

Continuei tendo pena da Fiona e colocando a mão na frente dos olhos após cada ação dela nesse episódio. Sei que ela assumiu que está errando e sabe o quão perdida está em suas próprias atitudes, mas não consigo engolir isso, ainda parece muito repentino e insano para mim, mesmo considerando tudo que a série já nos mostrou, ainda encontro dificuldade para assimilar essa nova “fase” da personagem da qual mais me orgulhava, temporada após temporada. Descontruir verdades faz parte da natureza humana, e nesse quesito, a curva tomada pela Fiona está tendo notas melhores que as do Lip. PS: A sequência no metro, que dá nome ao episódio, foi espetacular e estranha demais para minhas sobrancelhas não se manisfestarem. *CLAP CLAP CLAP*
Falando do irmão mais velho, parece que o episódio passado foi realmente o palco do fundo do poço, e nesse apenas tivemos a presença da Mandy e o Alibi para reafirmar isso. Agora, com direito a cena final, ele começa a se moldar em um caminho que parece promissor e eloquente para seu personagem. A destruição dos carros foi apenas mais uma gota no fundo do poço... E eu adorei aquela perseguição, que de certa forma representou a corrida dele contra as possibilidades de se tornar alguém como o pai. Pela primeira vez, o fantasma do Frank cresce com mais rapidez, e isso parece ser o tema oculto da temporada.
O Carl mais uma vez fazendo algo pelo pai. Não há mais como negar, esse menino achou o destaque que estava precisando, e disso não podemos reclamar. Enquanto o Frank estiver tentando se dar bem e o filho estiver disposto a machucar, furtar e mentir, tudo estará em trilhos perigosos e malucos... do jeitinho que nós gostamos. Quanto a filha do Frank, tenho minhas dúvidas sobre esse retorno dele, assim, tão instantâneo. Isso, na minha opinião, nos leva a pensar que há coisas mais nebulosas sobre ela, que nos surpreenderá ainda mais. PS: Ela escorraçando o pai foi simplesmente maravilhoso, me lembrei de quando o pessoal colocou ele no quintal. Só não gostei muito deles terem esquecido a dor na perna, que também foi outra cena digna.
O plot da Debbie foi até onde eu suspeitava que ele chegaria, e a cena no banheiro foi cômica de uma forma que só Shameless sabe fazer. A duplicidade e confidência na cena em que a Fiona admite que também não sabe o que fazer foi essencial para selar essa parte do roteiro. O Matt também não saiu do meu perímetro de expectativas e continuou sendo o cavalheiro que eu amo, espero que ele não saia da série logo. PS: Quanto aos comentários falando sobre ele ser gay de forma pejorativa, só lamento a atitude dessas pessoas que já chegaram até aqui nessa série e ainda possuem mentalidades tão nojentas, pelo visto a produção é apenas um entretenimento engolido de qualquer jeito, sem o menor nível de absorção e entendimento.
OFF: Sheila?

Episodio 4x5 - Nota 9 2016-01-11 20:46:41

“Doritos are like crack”
Me orgulhei da Fiona quando ela não entrou no motel; tive dó da Fiona quando o Mike descobriu; senti a honestidade da Fiona na cena do escritório; adorei quando a Fiona expulsou o Robbie de dentro da casa dela; mas aí a Fiona pegou a cocaína e assim não tem como defendê-la. Gente, o que é que tá acontecendo com essa menina? Não a reconheço mais, e tenho medo do que está por vir. O Liam finalmente fazendo alguma diferença na série, já que nos últimos episódios, ele era um mero suporte para fazer pequenas gracinhas em momentos aleatórios, tipo quando ele disse Doggy doggy no episódio (passado?). Ah e falando disso, o que aconteceu com todos aqueles cachorros? Simplesmente sumiram?
Frank mais um vez me agradou, e olhe que esse episódio teve mais foco na filha e na interação dela com o Carl e do próprio Carl com o sobrinho dele, o Frank foi só uma ponte mesmo, e tá muito bom assim, temos que ser justos, mais espaço para os outros é algo interessante. O plot do índio funcionou muito para juntar todo mundo e ainda trazer relevância para a Sheila (meu xodó); no final foi um núcleo meio estranho, mas não menos cômico.
Mickey e seu desenvolvimento... Achando esse envolvimento dele com o Kev cada vez mais legal de se ver. A mulher dele é aquele típico estereótipo, mas funciona muito bem como o pingo da cereja nesses plots muito loucos. Se o pessoal esqueceu dos gatos, não esqueceram do(a) filho(a) do Stan, e isso é mais que digno. No final, sem precisar mostrar a casa das prostitutas em ação, a dinâmica do bar foi bem legal, mesmo com falas clichês e sacadas previsíveis. Nada demais, mas é um plot aceitável, principalmente para a arquitetura na qual a temporada está se baseando; criar coisas novas e se arriscar é sinônimo de profissionalismo.
Ian, querido, que busca implacável foi esse, ein? Achei a duplinha Debbie e Lip tão legal, pena que o diálogo no metro foi sem sal, e não passou tanto sentimento quanto eu gostaria, mas o defeito deve estar em mim, pois as reações do Lip foram bem condizentes com as condições do personagem e da família como um todo. Ainda falando sobre o nosso menino universitário, achei a sequência introdutória dele muito legal, mostrando as frustrações desse novo degrau na jornada acadêmica sem a presença chata daquele colega de quarto dele.

OFF: V rainha, coloquei a frase dela no início porque SIM.
- Sheila sendo mamãe como sempre. Adorando essa coerência nas ações dela. Não mexam mais.
- Ian bicha loca toda jogada nos drinks, o que é que uma Monica não faz, né manos? Ainda bem que ela não apareceu, seria um porre ter que aguentar aquela maluca novamente, foi uma decisão sábia deixá-la de fora. Não digo que não a quero novamente, na série, mas nesse exato momento, não seria proveitoso.

Episodio 4x6 - Nota 9.5 2016-01-12 20:52:21

Esse episódio foi simplesmente divino. Mais uma vez os produtores provaram que, quando querem fazer um episódio quase completamente no drama, conseguem. Isso é que é uma série híbrida, minha gente; que além de ser excelente em sua rotina normal, não perde a qualidade, e até a eleva, quando decide inovar nos trilhos narrativos da temporada.
Me emocionei com a delicadeza das cenas da Fiona, que até nos clichês da revista e no refeitório não perderam a graciosidade da montagem genial. Os momentos mais lindos dela ficam por conta da demora na hora de responder o juiz, e o close-up assim que ela acorda, com aquele olhar trêmulo de sempre, bem de pertinho, só para a gente sentir ainda mais como ela estava se sentindo. Enfim, me arrepiei mesmo, e essa atriz merece todo o reconhecimento. Fiquei sabendo que na série que inspirou essa, do RU, a Fiona não tem muito destaque, esse é um dos maiores motivos pelo qual não quero começar ela, ainda...
Quanto a frieza do Lip, não o culpo, porque para todo esse episódio ter coerência, alguém iria ter que vestir essa cara e atitude. Nada mais justo que ser o irmão mais velho, o que já deu lição de moral lá quando ela gastou o dinheiro na promoção da festa na boate. Ele foi maravilhoso na sequência do telefone, até ofuscou o choro silencioso da Fiona, diga-se de passagem. Além disso, a cena em que ele fala com o Liam foi super simples e intensa, trazendo o personagem para um lado mais humano, mostrando que ele ainda é parte da família e se importa com cada um deles. A reação inicial do Lip foi tão representativa para o ritmo com o qual o episódio começou!

OFF:
-Mike, o senhor é realmente um cavalheiro. Afe, nem essa série, nem a Fiona tem merecem.
-Debbie e Matt, por favor, shipparei até o amanhecer. Não, gente, não tô falando de sexo, nem de namoro não, CALMA! Tô shippando só essa relação linda que eles têm atualmente mesmo.
-As cenas da Sheila, como sempre, muito expressivas e discrepantes diante do resto dos núcleos. A maneira exagerado com a qual ela trata as crianças é um reflexo claro do quanto ela se sente sozinha, e sente falta de cuidar de alguém.
-Não sei para quê colocaram o pai do Mickey ali, todo aleatório, todo chatinho como sempre. Espero que nos próximos episódios tenhamos um aproveitamento melhor disto, e que esse segmento se revele decisivo para o destino de Ian e Mickey. Por falar neles, nem senti falta da abordagem, afinal, esse episódio mais centrado em uma coisa só funcionou muito bem, né, manas?
-Por fim, mas não menos importante, temos o Frank. Vê-lo assim me agrada muito, não porque eu tô achando bom ele sofrendo, mas porque precisamos disso, para recuperarmos nosso fôlego, e voltar a odiá-lo com todas as nossas forças. Todos sabemos que ele sairá dessa e retornará aos maus e velhos costumes que fazem dele quem ele é.

Episodio 4x7 - Nota 8.5 2016-01-13 13:41:37

Se pudéssemos nomear o episódio mais ponderado de Shameless, até hoje, este seria ele. Da continuidade rítmica condizente ao equilíbrio de atenção aos outros irmãos e personagens secundários, tivemos um capítulo que nos acalma depois da tempestade foi o anterior, enquanto nos apresenta uma nova onda de possíveis acontecimentos aterrorizantes. Não há como dizer o que foi mais satisfatório, já que tudo se encaixou perfeitamente, e o drama que se concentrou na Fiona antes foi devidamente dividido entre ela, Frank e Lip.
Assim, sem deixar cair a peteca, tivemos uma imensa cautela na hora da edição do episódio. Que pareceu, mais do que nunca, um bom filme. Não precisamos de sequências muito longas, ou razões exuberantes para os segmentos de efeito. O Ian na cama do Mickey, a tornozeleira na Fiona, o Lip estudando no metrô, a V preocupada com o bebê que "sumiu"...
Não há mais nada a ser dito, afinal, o que nos resta é apreciar a beleza de algo bem escrito, com a calma e o capricho necessários. Esse episódio foi uma bela de um ponte, e com a sua conclusão, podemos ter certeza que temos tenebrosos virão.



-Ian fazendo dancinha em cima do Mickey >>>

-O neto do Frank finalmente falando >>>

-Debbie vendo que a burrice, para pessoas sensatas, custa caro >>>

-Lip falando o que tem que ser falado, até mesmo quando a situação é delicada demais >>>

-Fiona, ainda firme e forte >>>

-Frank mais frágil e, consequentemente, mais humano >>>

Episodio 4x8 - Nota 9 2016-01-13 18:11:42

Nem de longe esse episódio apresentou o mal que eu previ de acordo com os acontecimentos do anterior. Sim, as coisas pioraram e tivemos segmentos bem complexos, que só aumentaram nossa apreensão sobre o que já havia sido colocado na mesa de problemas. O aparecimento do Robbie foi essencial para fechar esse arco (acredito que fechamos aqui, né?), até porque apenas citar ele e deixa-lo em segundo plano seria um tanto injusto para a narrativa como um todo. A conversa ali, na porta, não foi tão intensa quanto eu queria, mas quando me vejo na posição da FIona, não sei se teria forças para agir como a leoa que sempre defendia a família. Vai ver é como ela disse no episódio passado, ela só cuidava dos outros até esse momento, e agora não sabe como cuidar de si mesma, não sabe nem o que quer fazer com o tempo livre. A frustração não é só em relação ao desmoronamento do respeito da família para com ela, mas também interna, profunda.
A visão que a Fiona teve após ficar com o Robbie pela primeira vez foi bastante extremista, e eu até fiquei meio receoso de escrever com tanta firmeza sobre ela se ver no pai, pois não queria acreditar que isso aconteceria. Contudo, como eles todos já falaram, os Gallaghers não conseguem ficar longe do perigo; certo ou tarde, algo trágico irá acontecer. Depois de várias camadas de podridão, finalmente podemos ver a luz no fim do túnel, que se manifesta através do amor do Lip pela irmã e por si mesmo.
Falando no Lip, só tenho elogios para as atitudes dele, que além de nos levarem por um caminho seco e imparcial, nos mostra o que um trauma pode fazer com uma pessoa. Ele, que episódios atrás estava querendo dar um chute na bunda da faculdade, agora se vira para entregar os trabalhos e faz isso com muito mais complacência; é como se ele tivesse amadurecido em outro setor comportamental, é como se ele estivesse totalmente pronto para exercer o papel que ocupa na bagunça familiar.
Ian e Mickey: casal confuso do ano. Ian me assustando e Mickey me causando sorrisos bobos. Gente, o jogo realmente virou, e os roteiristas só precisaram de alguns episódios ignorando os dois para fazer essa mudança ser coerente. Só quero que, no futuro, haja alguma cena onde o Ian realmente conta o que aconteceu com ele, e o que ele passou, senão me sentirei traído. Ver o Mickey fazer algo só para ter o Ian foi lindo, se considerarmos a forma como ele tratava o ruivinho, entretanto, vê-lo se entregar e beijar o “namorado” numa boate gay foi simplesmente maravilhoso. Sei que não teremos mais nada assim, afinal, isso já foi bom demais. Imagina se eles tivesse acordado de conchinha? KERO.
OFF: Frank, mesmo doente, conseguiu entregar mais um de seus famigerados discursos.
- V sendo fofa mais uma vez, enquanto Kev perde mais um bebê e se mostra bastante promissor em suas cenas de comédia emocional.
- Sammy realmente é filha do Frank, que mulherzinha maquiavélica, na maior cara de pau vendendo as coisas da Sheila.
- Ian dançando quase nu >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

Episodio 4x9 - Nota 9.5 2016-01-15 13:30:37

Ah se pudéssemos dizer que essa queda de autoestima e otimismo na série é só no núcleo da Fiona...

A gente está acostumado a ver muita merda acontecendo em Shameless, mas por mais insanas e inacreditáveis que as sequências de fossem, acho que nunca chegamos à algo tão condensado e bem trabalhado assim. Confesso que, quanto mais perto chegamos da season finale, mais fodido os personagens ficam, mais tentativas frustradas aparecem e mais medo que está por vir eu tenho. Mas se pararmos para pensar melhor, tudo de ruim servirá como lição, que nos caso dos Gallaghers, não será aprendida. Então, ficamos em cima do muro, sim! Não é pecado, não.

Com alguns segmentos cômicos e trágicos, vamos criando fôlego e disposição para aguentar tantos acontecimentos pesados. Não estou reclamando, até acho bom a série varias na sua escolha de dilemas. Espero que no futuro tenhamos um vibe mais descontraída, mais idealista, digamos assim.

Adorando o desenvolvimento de pessoas como:

MICKEY, que está mais envolvido do que nunca com o Ian e até toma algumas decisões proveitosas para a geração de capital. Embora esteja feliz com esse destaque, não posso ignorar o fato de que ele ainda agindo na defensiva com todo mundo é muito escroto; se é para ficar no armário, que seja só com os desconhecidos, não maltrate as pessoas que também sofrem. O Ian tá muito aleatório, ainda ponho a culpa disso na Monica. #mejulguem #brincadeiragente PS: Cada vez mais vejo ele com "cara de passiva".

CARL, que está seguindo suas aptidões e tocando o terror na vizinhança, e de quebra, levando um beijo e se apaixonando. Quem diria que esse pequeno demônio seria capaz de amar alguém assim, como a gente ama?

OFF:

-"Namorada" do Lip muito doidona, já quero mais presença dela na série, e mal posso esperar pela visita do moço na casa dos pais dela.

-Sheila super desesperada para ter quem cuidar, nem se importou com as coisas terem sumido da casa dela. Tenho pena e orgulho, mais orgulho do que pena, pois eles estão fazendo um ótimo trabalho mantendo a essencial da personagem.

-Debbie, menina, tu tá indo pelas instruções da Mandy, tu vai se dar mal. Eita, que amor é esse ein? Preferiria que ela agisse com o Matt da mesma forma que age no resto das ocasiões, o amor é realmente cego E INSENSATO.

-Falando na Mandy... coitada. Plantou o que não devia, colheu o que não merecia (não do namorado). Embora muito loka da vida e sempre fazendo coisas questionáveis, adoro essa musa dos Milkoviches e sua visão sobre o que as mulheres podem fazer com os homens. Se ele traiu ela, ela pode trair ele, ué #direitosiguais

-Frank tendo o bar em casa só serve para mostrar que ele não merece aquilo...

Episodio 4x10 - Nota 9.5 2016-01-15 21:15:49

Parei. Parei. Parei.
Vou ser irracional, só agora, para me expressar como me senti assim que vi a cena de abertura. Gente, não tem como eu reviver tudo que disse para defender a Fiona, é como se ela realmente tivesse se tornado uma fusão do Frank e da Monica, ou seja, apenas os lados que mais vimos dos dois, os lados ruins, podres, autodestrutivos, corrosivos, disseminadores de preocupação e problemas. Confesso que tenho que parabenizar os roteiristas por me deixaram sem chão diante de uma personagem, juro que nunca me senti assim em relação à ninguém, em nenhuma série. É como as pessoas dizem, “vivendo e aprendendo”. Neste caso, aprendendo o ruim e pior.
Do começo ao fim, não ouve um momento em que eu pudesse encontrar a empatia que vinha semeando para com a mulher que reverenciava desde a primeira temporada, e isso se construiu tão esplendorosamente que não tenho argumentos para reclamar do que está acontecendo. Apesar de ter amadurecido quanto à minha percepção dos personagens e da mensagem que a série passa, não obtive sucesso na explanação dessa visão mais analítica (não durante esse episódio), pois me deixei levar pela emoção, pelo carinho e envolvimento que criei com essa história que não chega perto da minha realidade, mas me toca muito.
Enfim, acredito que teremos um redenção, e que ela não será fácil. Acredito também que a mulher que surgirá após todas essas quedas será alguém muito mais capaz de levar uma família, já que seus pais jamais fora fortes o suficiente para colocar os filhos na frente dos vícios. Por fim, quero entregar minha esperança e meus aplausos para essa arte bem construída, que além de em entreter, me inspira e me faz pensar nas coisas da vida. Obrigado.

PS 1: V e suas meninas não tiveram a relevância que eu esperava no hospital, mas aquele tiro dentro de casa parou meu coração. Tanto o silêncio quanto a aflição do Kevin contribuíram genialmente para a consolidação daquela sequência.
PS 2: Ian e Mickey cada vez mais confusos em seu relacionamento, porém, está tudo relativamente bem, um se preocupando com o outro e controlando as crises. Como já disse antes, quando está tudo bem, tudo está prestes a ficar bem ruim.
PS 3: Carl e Bonnie me surpreenderam demais, me senti em uma série totalmente diferente, até lembrei da música “Criminal”, da Britney. A abordagem da família dela, mesmo sendo algo “normal” para a temática da série, foi muito legal.
PS 4: Essa “namorada” do Lip me intriga e me anima, não sei como explicar direito, só quero que ela fique por muito tempo.
PS 5: Esse episódio foi bem equilibrado, pois perdeu um pouco da ambientação soturna dos anteriores, mas preservou a energia negativa. Parabéns, mais uma vez.

Episodio 4x11 - Nota 10 2016-01-16 13:58:04

Quem diria, né manas? Que aquela ausência do Ian no começo da temporada iria compensar tanto. A saído do Mickey do armário veio de uma forma tão natural, em um ambiente tão tóxico, cercado por pessoas tão intolerantes. Desde o momento em que o Ian fala que ele tem vergonha de ser ele mesmo, sabia que algo grande estava para acontecer, e quando falamos algo grande em Shameless, queremos dizer baixaria, então, se uma baixaria iria acontecer, que fosse por uma boa causa.
Já não era sem tempo. Nesse dia, não foi apenas o filho do Mickey que renasceu, mas ele também. Vimos, não só no momento onde apenas sua voz reinou com um “I’m FUCKING gay”, mas no confronto direto onde ele esfrega na cara do pai o quanto ama estar com um homem. As cicatrizes deixadas por aquela humilhação na casa dela fizeram com que o Ian fosse para longe, bagunçasse sua vida e se tornasse outra pessoa, tudo em prol da superação de um amor, até então, perdido. Nada mais justo que depois de viverem o sossego que tanto mereciam, depois de se considerarem um casal, depois de estarem em paz consigo mesmos, abrirem, dos dois lados, os corações para o mundo.
Estou bastante feliz com esse encerramento de capítulo, e sinto que agora, com os dois fora do cubo dos segredos, podemos seguir em frente, e viver coisas não tão exclusivas dos homossexuais. Não é que de um dia para outro tudo ficará legal, afinal, sabemos em que vizinhança eles moram; mas o fato é que nas circunstâncias atuais, com quadris doloridos e dentes aos pedaços, podemos ir sem o medo com o qual eles tinham que lidar até agora. O sufoco primordial finalmente acabou.
-Fiona não precisou falar muito, até que enfim teve a perda de tempo de câmera, mas mesmo assim transmitiu todo o peso de estar ali. Gostei da atitude dela de abraçar a situação e simplesmente viver o que tem que ser vivido para uma nova mulher surgir dali.
-Lip me assustou quando entrou na sala com a comida roubada, mas depois me deu orgulho, me senti na primeira temporada, com essas cenas super estúpidas e marcantes. Na hora da assistente social, por exemplo, eu gelei e pensei que as coisas iriam por água abaixo, como na outra vez, mas me surpreendi com a reação conclusiva da moça, adorei ver a série mostrando que nem todas as pessoas são iguais, e que elas podem sim ceder para o seu lado sentimental. PS: Também vimos isso no policial deixando o Mickey ir, vai ver a assistente social foi acolhida por alguém, e hoje trabalha com isso. PS 2: Você, senhor Lip, está cada dia mais charmoso com essas suas manobras da vida.
-Nem lembrava mais da namorada do Matt, mas a bicha veio com uma vingança e tanto. Eu estava meio desconfiado da bondade do garoto, mas quando ele tentou sexo, soube que algo fucked up estava prestes a acontecer. Que bom que a metade do melhor shipp voltou e a convidou para ir ao baile. Achei bem novelesco esse “final” da Debbie, mas não foi menos satisfatório por causa disso.
-Frank, mas uma vez, mostrando que é um ser humano e que TEM SENTIMENTOS NÃO TÃO EGOÍSTAS. Tá vendo, gente? Todas aquelas cenas cheias de lentidão e closes melancólicos funcionaram para nos fazer sentir algo mais agradável pelo patriarca Gallagher. Me emocionei de uma forma estranha quando ele confundia a menina com a Fiona e “confessava” os erros que cometeu com a louca da Monica.
OFF: Namorada do Lip, melhor pessoa... E quando digo melhor, quero dizer pior, o que, neste caso, dá no mesmo.

Episodio 4x12 - Nota 10 2016-01-16 15:10:58

Quando disse que eles estariam livres para viver coisas não tão exclusivas dos homossexuais, jamais pensei que seria algo tão pesado, e tão rápido. Não sei como reagir ainda, só posso dizer que estou extremamente satisfeito com o que foi abordado nesse episódio; é como se estivéssemos vendo a ponta do icerberg, e a próxima temporada irá revelar o que eles (e a gente) sabem que está por vir. Ao longo dessas quatro temporadas, as ditas melhores da série, me senti muito ligado à tudo que aconteceu, e creio que essa série só acrescentou coisa boa à minha vidinha. Não me arrependo de ter pausado no final da quarta temporada de Mad Men só para maratonar essa delícia, até porque aquele drama incrível me toca, mas não tanto quanto essa drama familiar promíscuo e caótico.
Pensei que a Fiona iria pegar a pílula, mas felizmente, ela provou que está pronta ser a mulher que jamais foi, está pronta para cuidar da família de um jeito que nunca vimos, principalmente agora. Se pararmos para pensar, bem ligeiramente, perceberemos que eles mudaram muito durante essa crise dela, e que essa transformação conjunta e individual não seria possível se ela ainda estivesse dentro de casa, desenvolvendo o papel de sempre. O fato da Fiona ter caído nas armadilhas do Robbie não foi completamente culpa dele, mas sim da necessidade que ela tinha de extrapolar, viver fora da rotina que dependia exclusivamente do bem estar dos irmãos. Essa decadência toda serviu como uma alívio, um tipo de férias doloroso e corrosivo, que além de sabedoria, trouxe consigo muitos tapas na cara.
-Mickey se importando com o Ian daquela forma foi simplesmente maravilhoso, e mostrou que ele realmente está no lugar onde sempre quis estar.
-O discurso e as atitudes da Russa me impressionaram positivamente, pois ela, até o momento, era somente um suporte para o desenvolvimento do jovem delinquente e suas desventuras amorosas. O cabelo ruivo, mesmo artificial, caiu muito bem nela. Adorei as comparações e as metáforas com a terra da liberdade, da escolha, do conforto e da abundância... um momento filosófico que o Frank jamais conseguiu entregar.
-Debbie muito mais mulher, mais sensata, mais ativa, mais direta em suas estratégias e anseios. Tenho orgulho dessa menina, muito orgulho mesmo.
-Lip falando o que a gente sempre sentiu sobre ele na faculdade: Você realmente tem que se dedicar. Eita!!! Neste jogo chamado vida, um dia você pisa, no outro é pisado. Não tem como ir na janelinha sempre, né, galerinha?
-Carl provando um dos tipos de amor mais cruéis: o não correspondido, foi lindo, e me deu medo quando juntei essa cena dele da Bonnie com ele bebendo com o pai. Por favor, não transformem o menino em um pequeno Frank, ele tem potencial, mas não para isso.
-O caminho da Sheila não chegou nem perto de onde eu pensei que iria, mas isso foi admirável, porque mais uma vez, a série me deu uma rasteira e não me deixou prever seus acontecimentos. Espero que a Sheila continue com suas atitudes precipitadas e intenções louváveis na próxima temporada. AMÉN, IRMÃOS?
-Frank, por fim, pode ficar com aquele meme: “DISAPOINTED, BUT NOT SURPRISED...”
OFFFFFFF: Sobre o Jimmy/Steve/JACK voltar: Tu tá de brincadeira, né, produção? Gente, por que esse menino não morreu daquela forma tão vazia e linda (Do jeito que ele merecia)?

Episodio 5x1 - Nota 9 2016-01-16 22:08:02

Esse início foi meio estranho e desconfortante se compararmos com o episódio anterior. Mais uma vez, um inquietamente involuntário nasce em minha cabeça ao ver cada cena feliz, cada representação de normalidade e funcionalidade. Não tem como negar a sensação de impotência ao ver eles se dando bem e saber que isso é apenas a raiz para algo ruim. Mas é justamente por isso que Shameless é tão importante na imitação da vida, porque não para de nos entregar mistérios que podem sim fazer parte do cotidiano de pessoas que não tem tudo na mão, todos os dias. Embora esses começos de temporada sejam sempre promissores, esse, em especial, teve um teor de agradabilidade maior, vai ver é por causa do peso que quatro temporadas tem no nosso cérebro de seriador. Mas enfim, vamos que vamos, chegaremos lá, sãos e salvos?
-Frank sendo Frank, em um nível mais elevado de loucura e pretensiosidade. Pensei que eles iriam demorar mais para relevar o projeto secreto, mas foi bem coerente a forma como tudo foi coloca às claras logo agora, no primeiro capítulo desta nova jornada. Ainda hipócrita, o nojento do Frank também sofreu com as influências da boa vontade que impregnaram a narrativa introdutória; MESMO ASSIM, ainda continuou insuportável. Sinto que, desde o primeiro episódio, aguentar o Frank tem sido uma imensa prova de fogo e aprendizado para mim, ou seja, estou crescendo acompanhando a decadência poética.
-Fiona lindíssima, magérrima, super feliz no trabalho e com um chefe tão atraente quanto o ator que fazia o outro. E falando sobre o chefe, gostei dela estar interessado nele, pois um companheiro mais velho trará um tempero mais diferente para a moça que já sofreu tanto, né?
-Ian me assustou desde que estava na boate, com aquela atitude toda maluca. Agora, ele ainda me assusta, desde suas aventuras sexuais à qualquer ato que ele tenha com qualquer pessoa, tudo virou motivo de tensão quando se trata desse menino. Ele o Mickey estão negando a doença, não sei quem está mais perdido na felicidade momentânea, só sei que não estou pronto para o baque.
-Debbie toda nômade agitadinha me trouxe uma energia tão boa, adorei muito essa entrada digna dela. Veio sem muitas falas, mais esbanjando uma segurança e maturidade admiráveis. Mesmo envolvida no drama escolar, ela tá mais mulher, mais capaz, mais dona de si.
-Veronica e Kev provando tudo o que esperavam dessas duas meninas. Ele sendo o pai dedicado que sempre quis ser, amando e tratando as crianças de maneira tão fofa. Ela sendo tão intolerante e honesta como com todo mundo no mundo. Mas a verdade é que os dois sabiam no que estavam entrando, portanto, tô feliz.
OFF: Sheila arrasando e sendo arrasada, nada mudou, mas eu ainda a amo.
OFF 2: Sammy tu é uma biscate mesmo, não tinha mais que está aí. TCHAU.
OFF 3: Lip não tá se encaixando mais nos costumes antigos, acho que ele está com medo disso, mas a relação com a namorada está mais forte. Tudo muito lindo na faculdade, e quando chega em casa, tem que lidar com a saudade e com as expectativas hostis daquele lugar.
OFF 4: Carl, volte a ser relevante, você não fez nada de novo, ao contrário da rainha Debbie.
OFF 5: Aquele mandante do Jack já me irritou, nem aquele sex appeal maravilhoso foi capaz de me cativar.
OFF 6: A ambientação e fluidez do restaurante formam o melhor emblema da beleza desse episódio.

Episodio 5x2 - Nota 9.5 2016-01-17 15:05:08

-Todas as cenas da Fiona com o Chefe (Não sei se o nome é John ou Shawn) foram de uma delicadeza imensa, pois além de trazer esse lado mais compassado para as emoções da moça, a cenografia e o texto foram capazes de fazer algo interessantíssimo para a personagem, no geral. Gostei tanto dos momentos extremos como o da briga na rua, e depois no jogo de conquista dentro da sala de reuniões. A confissão dele foi essencial para mostrá-la, de uma vez por todas, que ela pode sim ser alguém melhor, já que mesmo após tudo que passou, a imprudência ainda faz parte da sua rotina, e nesse caso, é mais do que tóxica, é quase fatal. O relato detalhado e profundo não foi exagerado em nenhum momento, e o ator soube carregar a emoção majestosamente, do tom de voz às pausas. Enfim, nesse núcleo mais intimista, uma doçura aleatória foi a chave mais sensata para encerrar essa fase de mistério do que aconteceria entre os dois; além de fugir da obviedade, tivemos diálogos e interações memoráveis.
-A Russa se mostrou necessária mais uma vez, trouxe inovação e transformações que só poderiam acontecer tão rapidamente, e de forma natural, com a sua presença. O Kev finalmente viu que ser tão passivo na relação não é nada vantajoso, e a Debbie finalmente conseguiu a transição que queria, e de bônus uma atenção da irmã, que a viu como a mulher que ela tão desesperadamente quer se tornar. Falando nessas aventuras da Debbs, ainda não sei como me sinto com o fato de ela querer se envolver com qualquer menino para provar seu valor, até porque ela já deve várias sessões de honestidade com o Matt e aquela amizade entre os dois é muito mais valiosa do que qualquer rapazinho que ela venha a encontrar na rua, só estou esperando ela perceber isso.
-Me surpreendi muito com o plano elaborado pelo Mickey. Não só foi sagaz, fluido e menos agressivo, mas também ajudou a empurrar o problema do Ian com mais complacência. A cena do cemitério foi, sem sombra de dúvida, muito poderosa; ao passar um tensão espetacular sem nenhum teor de irrelevância nas falas e atos da mesma. Mandy se mostrando amiga já foi maravilhosa, e aquela conversa casual com o Lip foi ainda mais digna de aplausos.
OFF 1: Sheila esfregando as verdades que a Sammi estava precisando. Contudo, se pararmos para pensar, a lição dada pela mulher solitária na filha solitária foi um tanto cruel, e serviu para abrir nossos olhos sobre o maior problema da moça, que desde que o Frank apareceu em sua vida, até mesmo quando ela não sabia que ele era seu pai, o recebeu com todo o carinho, denotando a carência que a assombra, se que ela a aceite.
OFF 2: Lip provando mais um pouco de uma nova realidade, em que novas responsabilidades são apresentadas da forma mais ordinária possível. Vemos, em poucas palavras e muitos gestos, que ele está passando por uma experiência não só física, mas psicológica, que envolve suas visões do futuro e prioridades; assim como sua interpretação dos dilemas alheios. Antes totalmente agressivo com a Fiona, percebemos que ele não voltou a ser como era antes, mas está com uma atitude muito mais agradável, que é certamente um fruto das quedas que ele viveu após sair de casa para a faculdade. É importante lembrarmos que ele nem queria ir para o ensino superior. E se ele não tivesse ído? O que seria dele?
OFF 3: Frank e suas filosofias... Ele é sábio em relação à tudo, mas escolhe usar essa inteligência para sua própria saúde. Sim, sei que é uma doença, mas parte dessa negação vem da arrogância que vem junto com a sabedoria, ou seja, se fosse menos cheio de si, talvez não seria tão autodestrutivo. Mas aí não seria uma representação do egoísmo e prepotência das pessoas. Então, basta-nos perceber as possibilidades e assimilar as soluções.
OFF 4: Carl, veja meu comentário do episódio passado sobre você, querido!

Episodio 5x3 - Nota 8.5 2016-01-17 20:24:49


-Debbie usando o Matt, Frank usando a Sammi: Nos dois casos, ambos os manipuladores estão querendo superar algum obstáculo em seus planos; os dois não veem o verdadeiro mal que estão fazendo às vítimas, pois, do ponto de percepção deles, a única coisa que importa nesse contexto é o sucesso de suas expectativas. Na Debbie, a cegueira fica por conta do desejo incontrolável de se tornar uma mulher, e esse conceito de mulher foi assimilado graças às companhias que ela tinha e ainda almeja manter. No Frank, a falta de sensibilidade para com os outros já é normal, e quando se trata da Sammi, ele encontra mais facilidade para executar suas falcatruas, pois a moça além de ter entrado na vida dele recentemente, possuiu um vazio de presença masculina digna na sua existência. Não consegui conter minha raiva nos dois momentos, até quando penso na Debbie, que é manipuladora de primeira viagem, não encontro razões suficientes para perdoá-la assim, rapidamente. O Frank nem passa mais pelo meu radar de perdão, já não vale a pena depositar esperança nesse ser desprezível.
-Lip sentiu os efeitos não tão eficazes de seus talentos persuasivos mais uma vez. Isso foi bom, pois mesmo não significando muito para o desenvolvimento geral do personagem no episódio, teve um peso imenso para a Mandy, que foi embora como a incógnita que sempre esperávamos decifrar. Entre traumas oriundos principalmente do pai, atitudes forçadas pelas circunstância da vizinhança e medo de se mostrar vulnerável até para o melhor amigo, a menina que conhecemos dezenas de episódios atrás entrou na trama como uma mera garota má e promíscua, e sem precisar de revelação estrondosas, se construiu de maneira até mais complexa do que seu irmão. Infelizmente, se ela não retornar, talvez não teremos a oportunidade de ver o que havia por baixo de tanta dor e rejeição de carinho.

OFF 1: Fiona quebrou a cara, mas não se deixou abalar como nas outras vezes. BOA GAROTA. De bônus, levou um rapaz mais charmoso e, pelo que já vimos, mais confiável. Tenho medo porque, assim como o querido Mike, ele parece ser certinho demais. Será que ela está pronta para conviver com contrastes, sem sabotar a relação achando que não merece vivê-la.
OFF 2: Carl levou uma esnobada estonteante das divas que deram nome ao episódio. Não me contive e ri muito quando ela falou que não é fácil assustá-las. Achei foi pouco. Vamos ver se agora, ele para de ser apenas um fantoche do Frank e engata de uma vez na vida de brinquedinho sexual. Até me iludi pensando que ele realmente não iria aceitar o “pedid” do pai, mas fui trouxa, como quase sempre.
OFF 3: V e Kev em um drama previsível, mas bom de assistir. Continuem assim, mas não por muito tempo. Beijos.
OFF 4: Ian sendo sensato? Vem bomba por aí. O forninho irá cair.
OFF 5: Cena da Fiona e Debbie no quintal foi de uma simplicidade tremenda, deixou gostinho de quero mais, mas não precisava de mais nada.
OFF 6: Sheila, não se vá, não abandone, por favor, sem você vou ficar louco!!!

Episodio 5x4 - Nota 9.5 2016-01-19 13:08:45

O plot do Frank trouxe uma dinâmica aventureira muito interessante para o episódio, algo que vemos com raridade na série e ainda por cima sem muitas cenas absurdas, afinal, a vida pode ser fodida em aspectos não tão saturados. Essa textura caiu bem tanto para a proposta da temporada quanto para a idade da série, que está sabendo continuar relevante apesar do desgaste geral.

É uma pena que não possamos dizer o mesmo sobre a naturalidade nas ações dos personagens, já que aquela briga da Debbie surgiu de uma causa bem vaga e sem precedentes; tipo, quem contou para aquela garota que ela havia estuprado o Matt? ou melhor, como as pessoas ficaram sabendo? Outra coisa muito exagerada e apelativa foi esse casamento da Fiona.

Pelo que vimos, ela não estava drogada à ponto de cometer tal ato, mesmo assim, foi lá e pronto, se casou. Embora as cenas tenham sido legais, emotivas e bem feitas, a base delas nunca foi construída coerentemente. Com esse final meio depressivo, me veio o medo desse casamento ser apenas mais uma desculpa para a Fiona cair no poço novamente; espero estar errado.

Se por um lado a Debbie a irmã mais velha tiveram transições questionáveis, o Lip conseguiu se locomover pela família e deu veracidade à nova interação com o pai da namorada. Sim, concordo que essa aproximação foi mais uma mudança relâmpago do episódio, mas ela ocorreu em proporções menores, e não jogou elementos aleatórios apenas para tornar a história mais insana. Às vezes, o mais ordinário é o mais atraente.

Ian infelizmente foi o único que continuou nos trilhos determinados anteriormente, já que não podemos simplesmente ignorar esse distúrbio dele. Estou adorando as formas diferentes que os roteiristas estão encontrando para agravar o caso do moço e mostrar que algo grande está por vir. No geral, mesmo com um tempo de câmera inferior aos outros (semelhante ao do Carl), ele conseguiu passar uma verdade bem dura e eloquente, ou seja, valeu a pena.

OFF 1: Carl quebrando a cara achando que para se dar bem na vida é só colocar a cara no sol sem nenhum preparo ou noção do território.

OFF 2: V na casa noturna também foi outro absurdo do episódio, mas se tratando dela a gente até releva, afinal, a mulher já fez um monte de coisa maluca e tá sentindo falta do marido. No universo da série, quando estamos falando dessa rainha das soluções estonteantes, quase nada é questionável.

OFF 3: Sheila?

OFF 4: Novo interesse amoroso da Debbie parece ser legal.

OFF 5: Tive esperança com o Gus antes do casamento, encontrando buracos no ato apressado, até pensei que ele seria sensato. Desde o começo dessa história de se casar eu desconfiei que há algo de errado nele, não descartei essa opção, mas com essa cara da Fiona no final, estou achando que ela será a morte da relação (isso séria meio óbvio).

Episodio 5x5 - Nota 8.5 2016-01-20 16:26:58

-Plot do Ian foi se construindo como uma torne, pouco a pouco vimos absurdos se empilhando, agora é hora da queda. Achei meio cedo para a temporada, para se pensarmos bem, isso significa que teremos outro período longo sem ele ou o que está por vir será bem legal, e por legal, quero dizer tenso.
-Debbie dando uma surra nas meninas foi ótimo e serviu para mostrar que, se a gente se dedica e tem um foco, a gente consegue. Como estamos em Shameless, ela brigando não é lá essas coisas, mas brigando para arranjar dinheiro pra comprar esteróides é.
-Lip, não sei o que aconteceu, parece que ele está tentando se encontrar novamente. Não entendo como alguém tão inteligente ainda se deixa levar pelas expectativas tão mesquinhas dessa vizinhança. Querendo ou não, ele cresceu ali, e de alguma forma, quer se manter parte do ambiente.
-Fiona só atrasando o anúncio é meio chato e sem noção. Ela faz as coisas e depois fica assim, omitindo. Aposto que teremos uma pequena saída dos trilhos, principalmente agora que o Steve/Jimmy/Jack voltou.
-Frank se aproveitando de uma pessoa com uma carência parecida com a da Sheila... Não me agüentei de raiva quando ele chegou lá. Mexer com a dor dos outros já é repugnante, imagine usá-la para seu benefício, ou melhor, falta de vergonha na cara.
-V parece que percebeu, de uma vez por todas, que o mundo não gira em torno dela. Já passei por isso, pois fui criado em um âmbito onde tudo era só para mim, daí quando meu irmão nasceu, perdi muitos dos privilégios de antes, e ainda era consideravelmente pequeno (10). Sofri, sofri, mas hoje estou aqui; espero que o mesmo aconteça com a nossa diva. E que assim como eu, ela se torne uma pessoa capaz de canalizar seu amor próprio em prol da felicidade e bem estar de seus filhos.

Episodio 5x6 - Nota 9 2016-01-20 17:50:53

-Essa desventura do Ian foi similar àquela do Frank em busca do dinheiro. Sabíamos que esse desfecho chegaria antes mesmo dele acontecer, mas confesso que chorei muito, porque só acreditei que ele teria essa paz momentânea quando ela se concretizou. Mesmo ficando longe do amado, da família e de tudo que ele conquistou; nosso cabecinha vermelha precisa de ajuda, e a hora é agora.
-Senti um enorme orgulho Mickey dando vários sinônimos para o que ele e o Ian são um para o outro. Assim como essa, a cena dele pegando o bebê revelou uma doçura que ele estava refutando durante todo o tempo que o conhecemos. Finalmente, por causa da dureza do destino, o amor trouxe a verdade, a felicidade, e a tristeza. O amor fez o Mickey mudar, ser o a pessoa que habitava a pele do crime absoluto e ver que a vida pode ser mais proveitosa quando a gente está de bem consigo mesmo.
-Fiona: Disappointed but not surprised.
-Debbie: Arrasando no ensino médio. PS: O boy estuda lá!!!
-Carl: Vai se ferrar, e eu acho que não vai demorar muito não.
-Steve/Jimmy/Jack: Que historinha legal sobre você na Amazônia, pena que eu não tenho pena. Vai embora de uma vez por todas, please.
-Sammi: Tu tá querendo seguir os passos [gosta do Frank; se decepciona; volta a ter carência; começa a cuidar das pessoas] da Sheila é, mulher? Se sim, pode parar, ninguém chega aos pés da nossa rainha.
-V e Kev: Gente, parem com isso, eu não vou aguentar se vocês terminarem, o melhor casal da série, o que era mais estável, está ruindo? O que será de nós, oh pai.


Episodio 5x6 - Nota 9 2016-01-20 17:51:21

A (maior) praga da série. rsrs haha -_-

Episodio 5x7 - Nota 9 2016-01-21 09:45:54

-Que lindo o Frank finalmente tendo a filha que ele merece. Sempre disse que as crianças não o valorizavam, agora vai ter que comer o pão que a filha doida amassar. Pensei que ela não iria atirar naquela cena super tensa, mas aí a desequilibrada provou que minha atenção nela não é um desperdício.
-Ian negando a doença não é nada extraordinário, mas o ator é realmente muito bom e traz uma vivacidade incrível para as cenas dele. Quanto ao Mickey, prefiro entender essa vulnerabilidade exposta dele como algo bom, é melhor do que ele sair por aí fazendo besteira.
-Debbie fez uma coisa que jamais havia feito: Falou a verdade nua e crua, sem adiar. Mesmo tendo cometido erros do passado ao pedir conselhos aquela garota e ao irmão, senti um imenso orgulho dela, que a esta altura do campeonato, está se saindo melhor que a Fiona no quesito discernimento e autoestima.
-Gus mostrando que mesmo sendo super do bem, não engole sapo e não vai ser mais trouxa. Adorei o soco no Steve/Jimmy/Jack. A Fiona percebendo, MAIS UMA VEZ, que ele é apenas um pilantra foi algo tão insatisfatório, a personagem tá bem chatinha nessa temporada.
-Lip fez besteira, mas eu teria feito o mesmo. Aquela cena dele reivindicando a dignidade dentro de casa poderia não ser plausível nas três primeiras temporadas, tanto para o conceito do personagem naquela época quanto para o estágio da história; mas agora funcionou maravilhosamente. Ele indo ao correio para ter sua correspondência mandada para um caixa particular foi meio que um ato sensato para recompensar o que ele fez na faculdade.
-Carl e Chuckie: Gente, achei digno, até que enfim colocaram os dois em um plot, e até que ficou interessante.

Episodio 5x8 - Nota 9 2016-01-21 17:30:48

O episódio foi um pouco lento, sem muita coerência no ritmo e deixando a desejar na relevância dos eventos, mas como não podemos ter tudo que queremos, ele serviu muito bem explanar mais os plots introduzidos anteriormente a ainda deixou pequenas pontas soltas para serem engatadas em, um futuro capítulo melhor estruturado.

Carl vendendo substâncias: Foi legal ver o Chucky sendo usado pelo tio novamente, e o fato da ideia mais mirabolante ser parte do plano do Frank foi ainda mais legal, até porque todos nós sabemos que o Carl pode não ser maluco, mas burro ele é; o menino não sabe a diferença entre "niece" e "nephew"!!!
Ian e sua negação do problema: Ainda continuo naquele dilema de, não saber se odeio esse desenvolvimento por ser clichê, ou adoro porque o ator está carregando o peso do momento tão majestosamente. Quanto ao Mickey, o amor que ele esbanjou no episódio passado para que desapareceu ao longo da noite, ele voltou para a caverna e quase não conseguiu sair; resumindo, se não tivésse um pouco de relação com as atitudes antigas do personagem, essa coisa toda seria inaceitável. A cena final, sem dúvidas, suplantou a enrolação.

OFF 1: Fiona muito sem noção, com essas conversinhas de que vai mudar, querendo ser o centro das atenções, sem paciência, sem entender o lado dos outros; ela pensa que todo mundo faz as coisas na cara dura e passa para o próximo assim como ela, é? Além disso, se mostrou ainda mais egoísta, colocando a felicidade do Kev e da V como elemento primordial do seu "equilíbrio".
OFF 2: Falando na V, a Russa mais uma vez se provou uma filósofa e tanto, arrasando nas questões domésticas e nos conselhos eficazes. Só ela mesmo para colocar um pouco de claridade no que a V estava sentindo.
OFF 3: Sammi surpreendendo novamente, sendo a rainha da porra toda e ferrando com quem precisa. Retiro parte do que disse anteriormente, e acho que ela chega a ser até mais marcante que a Sheila, visto que ela não tem escrúpulos quando se trata de machucar quem merece.
OFF 4: Lip me emocionou na cena do escritório, mas ele é dos plots que se desenvolver futuramente, e temos certeza de que esse negócio dará merda. PS: A namorada dele é uma ótima coadjuvante aleatória, todas as cenas dela são interessantes e nem um pouco cansativa, arrogância e prepotência, desejo e vício. #adoro

Episodio 5x8 - Nota 9 2016-01-21 17:31:44

Me identifiquei, pois tive que mudar de cidade por causa das condições financeiras, deixei um monte de amigos que transformaram minha vida.

Episodio 5x9 - Nota 9 2016-01-21 21:34:17

E NÃO É QUE UM EPISÓDIO EM TORNO DO CARL NÃO FOI CHATISSÍMO!
-Lip duvidando da bondade das pessoas: Eu desde sempre no mundo. Teve o empréstimo na honestidade e ainda ganhou uma professora gostosa de brinde. MEU GAROTO.
-Mickey sabendo cuidar do Ian, do jeito dele, é claro; e ainda se oferecendo para ajudar em casa. MEU GAROTO
-Fiona servindo para apoio o Shawn, mostrando que não é só ele que tem algo a oferecer. MINHA GAROTA
-Kev protagonizando um drama familiar na forma mais sem vergonha possível, considerando o local onde ele está e o que ele já fazia na vizinhança. MEU SEGURANÇA ANTI ESTUPRO
-Frank e Bianca sendo o professor e a aprendiz mais lindos desta série, sem mas. Ainda por cima incluíram referências do tempo que o Frank estava com o fígado todo fodido. MEUS DROGADOS
-Sammi linda louca e cada vez mais assustadora, fazendo de tudo para manter seu filho longe do perigo. A Sheila se foi, mas outra leoa surgiu em seu lugar; por isso, repito, queimei minha língua ao criticá-la tão levianamente. MINHA PSICOPATA
-Carl mesmo com uma roupinha que dava nojo nele, não traiu suas tendências e conquistou o respeito que tanto queria. Acho digno, já que construíram o personagem dessa forma, desde o começo da série, nada mais jsuto que ele sofrer com as consequências, afinal, nessa vida ninguém, raramente, sai impune. MEU CRIMINOSO CONVENCIDO E IMBECIL
-Debbie ignorada completamente, achei ofensivo, apaga. MINHA RAINHA DA PAIXÃO E DESENVOLVIMENTO MAIS OU MENOS NORMATIVO.

Episodio 5x9 - Nota 9 2016-01-21 21:38:34

Isso se chama desgaste, comecei a ver sabendo que a qualidade cairia com o tempo por causa dos comentários do pessoal, mas achei que até a quarta foi bem legal, só a segunda que teve alguns deslizes na sua primeira metade.
Com a renovação, não fico totalmente triste com mais desgaste, principalmente porque, até agora, eles não deturparam a essência dos personagens. A série é de canal premium e vem se consolidando na audiência, mas o que acho mais interessante é o fato de ela ter uma representatividade tão única dos demônios que as pessoas carregam, e tratando-se de pessoas menos caricatas, a qualidade é ainda maior.
Shameless, para mim, é não um ícone e referência de arte televisiva, mas um símbolo de entretenimento genuíno, que mesmo tropeçando em sua 5ª temporada, ainda consegue ser esplendorosa.

Episodio 5x10 - Nota 9 2016-01-22 12:35:20

-Shawn falou uma coisa que todo mundo pensa desde sempre: A Fiona foca nos problemas alheios porque não tem coragem de encarar os dela, e quando decidi cuidar de si, acaba fazendo besteira. PS: Esse drama com o Gus já perdeu o gás, nem me importei quando ela beijou o Shawn porque o relacionamento com o músico já está condenado.
-Lip finalmente se encaixando onde a gente torcia para ele estar. Mesmo com essa relacionamento estranho com a professora, minhas esperanças estão bem lá no alto.
-V caiu na real no episódio passado, desta vez foi hora do Kev assumir o papel que ele nunca deveria ter abandonado, afinal, ele era o mais corajoso e compreensivo dos dois.
-Ian e Mickey neste relacionamento corrosivo, adoro e odeio, sinto pena e bato palma. Tô bem bipolar quando vou julgar, tô bem perdido. (Não, não quis fazer piada com a doença)
-Debbie bem louca, fazendo loucuras sem a menor necessidade, o menino é legal e até tinha a camisinha no bolso, MAS ELA TEM QUE FERRAR as coisas mantenho esse ego inflado que não tinha que tá ali. Não entendo, tudo tá tão bem e essa menina faz isso.
-Não entendo o pessoal com raiva da Sammi. Sejamos honestos, o pessoal de boas com as atitudes do Carl é mais do que escroto, e embora eu ame o Ian, o que ela fez foi mais do que merecido, não para ele, mas para a família em si. Quem sabe eles aprendem a impor limites, por mais insanos que sejam, nos trilhos desse pequeno demônio.

Episodio 5x11 - Nota 9.5 2016-01-22 16:31:55

-Lip já havia se instabilizado em um local longe da atmosfera original, mas agora vai entrar nesta nova configuração social que traz ambas vantagens para o seu futuro e altas expectativas sobre seu comportamento. O terreno é bastante duvidoso, mas por enquanto, a desconfiança dele é a única coisa negativa que temos para nos guiar por esse caminho. Vamos lá.
-Sinceramente, não entendo o posicionamento da Fiona, ela não termina com o Gus e pede o divórcio e fica alimentado os desejos do Shawn. Acho isso cruel e egoísta. Mesmo não estando nem perto do fundo da fossa de antes, mas ainda assim representa um enorme perigo para as pessoas ao seu redor.
OFF 1: Kev e V parece que finalmente acabaram com o drama que eles nunca precisaram. Espero que a Russa fique com eles, ela é realmente muito instigante e sábia.
OFF 2: Ainda bem que esqueceram do Carl. AMÉM!
OFF 3: Debbie não ficou em foco com risco de gravidez, mas seu momento de surto foi épico. A calma do Mickey ao perceber que a Sammi estava morta não tem preço.
OFF 4: Ainda bem que a Sammi não tá morta, tragam-na de volta. AMÉM!
OFF 5: Essa Monica saiu do quinto dos infernos para atrapalhar a vida do filho. Já não bastava ser tóxica com os sãos, agora vai mexer com o doente. Sei que é parte da condição dela, mas sou humano, não consigo relevar tanto quanto deveria.
OFF 6: Shawn, o que está acontecendo com você, amigo? Pare com essas ameaças de recaída, caia logo ou se levante de uma vez!
A série passou, de novo, por causa do desgaste, por um processo de testes em sua narrativa. Não fiquei satisfeito, pois foi uma mudança muito drástica na temática geral da série. A temporada mal teve picos de ação e o drama ficou meio jogado, sem muita intensidade ou efeitos que se propagam. A comédia também ficou meio fraca, dependendo de ocasiões aleatórias e sem muita conexão com a realidade dos personagens. MESMO ASSIM, EU GOSTEI DE VIVER ESSA QUEDA, espero que a próxima temporada tenha uma ascensão considerável.
OFF 7: Bianca e Frank protagonizando uma história linda; cheia de drogas, eventos malucos e propostas mais que insanas. Confesso que nunca pensaria que um plot do Frank honraria o estilo da série, mas é exatamente isso que está acontecendo. Quero coisas extraordinariamente fora de controle no último episódio.
OFF 8: Não é o episódio 12, mas já fiz minha despedida, o que vier a seguir, como disso acima, é lucro.

Episodio 5x12 - Nota 8.5 2016-01-22 17:50:11

Eeeeeeeeeee foi isso?
-Incrível como a Fiona só se apaixona por alguém quando ela tá com outra pessoa. Quem será o próximo da fila?
-Frank sendo uma pessoa digna até na cena extra. Bianca era linda e super simpática, mas ela tinha que ir agora, neste fim de temporada.
-Ian desfez uma merda que ninguém esperava (ir com a mãe) e fez um que todos temiam, mas já estavam esperando (terminar com o Mickey).
-Sammi voltou em grande estilo para fechar a temporada com uma atitude tão louca quanto as outras. Foi impactante e desmontou o clima melancólico ligeirinho. “MICKEY, MICKEY, MICKEY...”
-Que bicho mordeu a Debbie? A menina perde totalmente a sagacidade quando se trata de amor e sexo.
-V toda linda fantasiada para satisfazer o Kev. Ele, pela primeira vez, deixou as meninas chorarem. AMÉM, IRMÃOS.

Foi mediano? Foi!
Há esperança? Sim!
Foi inútil? De certa forma.
Foi esquecível? De certa forma.
Vamos que vamos!

Episodio 5x12 - Nota 8.5 2016-01-22 17:51:26

CARL E CHUCKY?????????? WHAT?

Episodio 6x1 - Nota 9 2016-01-23 22:26:42

-Lip todo lindo ensinando, ajudando o professor, e ainda sendo sensato na correção e disciplina do estudante; quer orgulho. Torço muito para que, assim como eu, ele veja a beleza de ensinar e passe a priorizar a felicidade em vez das condições financeiras luxuosas. Eu, assim como ele, não tenho muito, mas começarei a cursar letras, e tô bem feliz com a decisão. Quanto a burrice que ele tem quando fica apaixonado, aí já é outra história... não tem como reagir a não ser com a mão na cara e expressão de questionamento. Foi bem cômico e vergonhoso ele ir até a casa dela, porque que eu me lembre, ela nunca havia falado que eles eram exclusivos. No final, o mal caráter dela falou mais alto, e acho que vai ficar tudo bem, se não serviu para acabar com essas sessões de sexo ótimas, pelo menos após esse episódio a confiança entre os dois fica mais sólida. Ele tá se envolvendo tanto que, uma simples suposição sobre ela já o faz perdeu o controle sob suas atitudes. Eu hein.
-Debbie, seguindo os passos do irmão, sendo maluquinha quando se trata do relacionamento. Só consegui rir das tentativas dela de viver nessa realidade perfeita onde tudo daria certo, tudo iria nos trilhos dos contos de fadas. Acho ainda mais incoerente, porque ela tem noção de como as coisas funcionam, até mesmo a médica já estava iniciando uma conversa sobre aborto, mas ela não queria escutar ninguém, além do seu coração; Debbs não foi capaz de perceber nem o afastamento do Derek, quiçá as proporções e consequências de suas escolhas. O pior é que, na vida, tem adolescente deste jeitinho, ou até “pior”.
-Fiona bem de boas, nada do Gus, acho que vem bomba por aí. Ela tá muito risonha, com uma vida amorosa fluida... Ou o Gus vai surtar, ou alguém do passado do SEAN (estava escrevendo Shawn até o episódio 5x12), ou ela vai ter algum problema de saúde.
-Carl mais estranho do que nunca, essa voz acrescentou muito para o personagem e o momento de transição dele. Mesmo estando um tantinho forçado, estou gostando desse desenvolvimento criminoso, espero que não tenhamos plots muito insanos e cheios de improbabilidade, afinal, Shameless ainda é sobre a realidade em esteroides, não a realidade em outro universo.
-Ian + Svetlana (APRENDI O NOME DELA, AMÉM, IRMÃOS!) + Mickey = Melhor trio ever, melhor triângulo amoroso, melhores problemáticos.
-Por incrível que pareça, esse drama do Frank não ficou cansativo, achei até bem legal para ele, pois trouxe, novamente, um lado mais sensível do alcoólatra (que nem bebeu tanto no episódio, AMÉM, IRMÃOS!). Arrisco dizer que, não me importaria se ele ficasse assim a temporada toda, fazendo coisas que não envolvem enrolar as pessoas ou atos inescrupulosos, queria vê-lo, nestes 11 episódios que estão por vir, sendo miserável e engraçado de uma outra maneira; não sei como, só sei que queria.
OFF 1: Bar de Kev tá bem interessante, achei o pessoal do pau de selfie bem estranhos. O Kev interagindo com as lésbicas foi bom porque a série tinha esquecido delas, e ainda trouxe aquele personagem DEUS GREGO QUE NINGUÉM REJEITA para atormentar os seriadores que usam fones de ouvido.
OFF 2: Pode mandar mais destaque para a lanchonete. #foimara

Episodio 6x2 - Nota 9 2016-01-23 23:19:23

Não há, não há, não há...

Episodio 6x2 - Nota 9 2016-01-23 23:32:09

-Sean bem abusivo ali no começo, né? Ainda bem que o roteiro tratou de explicar depois. Mesmo assim, não senti compaixão por ele porque a doença e a obsessão nela fizeram com que ele agisse de maneira hostil com a Fiona. Ela, por sua vez, só recebe notícia ruim, e mesmo tentando fazer o melhor pela irmã, só leva patada de todos.
-É muito bom ver a Debbie ser esse furação dentro da família, nem mesmo o Lip, o irmão mais carinhoso, conseguiu convencê-la (nem teve chance, né?). Só quero que esse plot dela tenha um final digno, até porque toda esse desdobrando de atitudes e momentos não será nada se não tivermos um desfecho tão significativo quanto essa fase.
-Não sei o que o Ian tá querendo, esses momentos deles estão muito sem nexo, só vemos ele reclamando da vida sem dar uma oportunidade à coitada. Sim, o Mickey tá preso, mas sem contar que foi ele mesmo que terminou com o garoto, a vida de uma pessoa não se resumi à um relacionamento amoroso... convenhamos. Há a questão do transtorno bipolar, mas não consigo engolir a culpa totalmente na doença sem que haja um desenvolvimento mais claro sore isso.
OFF 1: Lip inseguro naquela família que, de certa forma, é tão doida quanto a dele.
OFF 2: Fiona provando o gostinho da merda com o qual os chefes sofrem, como se ela já não tivesse merda suficiente em sua rotina.
OFF 3: Svetlana rainha do #BestShittiestBard lotado de hipsters.
OFF 4: Carl na vida de assaltante passivo foi bem normal, mas vendedor de armas na escola foi outro nível. Sobre eu não querer que esses plots deles sejam surreais, fiquei em cima do muro quanto as cenas do banheiro, mas no geral, gostei muito.
OFF 5: Fiona grávida? Eu meio que previ um problema de saúde, isso se encaixaria? :p
OFF 6: V e Kev tão cômicos e caricatos, ainda mais com a colaboração do traje de dormir do Kev, altas emoções ali, ein, gente?! As sequências deles soaram tão sitcom, acho que não seria ruim ter um spin-off dos dois para ir ao ar no verão.
OFF 7: Frank voltando a usar as pessoas kkkkkkkkkkkkkkk morri, berrei, aspirei e não expirei!!!

Episodio 6x2 - Nota 9 2016-01-23 23:34:40

Ian tá um bostinha mesmo, eu fico com tanta raiva que até esqueço que ele tem problemas. Mas como falei no meu comentário, não dá para botar tudo no transtorno, se não houver uma abordagem apropriada para o mesmo.
Sim, já tivemos um foco quando ele surtou, mas queria algo objetivo e breve, só para dar coerência mesmo.

Episodio 6x3 - Nota 8.5 2016-01-25 21:59:50

E eu que pensei que meus comentários grandes e irrelevantes incomodavam...
Desci para ver e me surpreendi com a futilidade dos comentários, parece mesmo o Twitter, socorr achei ofensivo

Episodio 6x3 - Nota 8.5 2016-01-25 22:04:19

Embora morno em vários momentos, o episódio tratou de questões mais externas ao aborto, como o Ian e como ele se sente e os anseios bobos de criança que o Carl não consegue controlar, mesmo se considerando alguém mais evoluído.
A doçura do Kev foi trabalhada de maneira inovadora, já que não o vimos dentro da casa com as garotas, nem no Alibi. Isso é muito bom para dar mais textura ao personagem, e ainda por cima, trazer algo de novo para ele sem deturpar sua essência. PS: “NAYBOR”
Fiona e Debbie estão cada vez mais enroladas em suas concepções. Entre amor, destino e valores, ninguém sabe quem realmente é, e neste jogo de decisões, a opinião alheia é repleta de farpas.
Já reconheci que esta atitude da Debbie é bem típica de algumas adolescentes, mas dar razão ao pai dela foi o fundo do poço; fechar os olhos para o interesse dele foi um cúmulo ainda maior.

OFF 1: Meu lado sensato sabe que 50 minutos não dá para desenvolver todo mundo coerentemente, mas meu lado de fã queria algo mais interessante para o Lip, vê-lo em segundo plano é meio estranho.
OFF 2: V também foi outra que não teve nenhum momento digno de sua potência. Aquela espontaneidade na hora da Interbortion salvou, um pouco, o que espera-se dessa rainha.
OFF 3: Música do Gus foi tão linda e tocante, senti vergonha alheia e fiquei com a boca aberta. DICA: Vão até a página do Facebook da série e vejam o clipe que eles montaram cheios de recortes e fofuras, achei super válido e emblemático. PS: Só faltou a Fiona contar sobre a gravidez e ele ir lamber a bunda dela.
OFF 4: Shawn tão relevante quanto o professor do Lip.
OFF 5: IAN IA SE MATAR, MAS AÍ OS ROTEIRISTAS DERAM UMA ROMANTIZADA ÓTIMA NO PLOT. Achei novelesco, achei revigorante, achei meio clichê, mas vamos lá.
OFF 6: A cena em que a Fiona expressa o que pareceu ser o último artificio para ela desistir de ter o bebê foi de uma intensidade incrível; tanto na construção, quanto no encerramento, só não prestou mais porque o Shawn chegou.
OFF 7: Falando do Shawn, mais uma vez, só queria dizer que esse vício dele ainda vai trazer muitas dores de cabeça. O sarcasmo dele não é inteligente e ele não acrescenta nada demais à nenhum plot. Pode ir, tchau!
OFF 8: Frank quase me convenceu com esse amor de avô, estava mal acostumado com as atitudes dos dois episódios anteriores. Repito o que falei sobre o Lip, faltaram cenas desastrosas do Frank aprontando.

Episodio 6x4 - Nota 8.5 2016-02-02 13:28:58

Começamos a temporada numa configuração bem doméstica, como se estivéssemos vendo uma versão censurada. Mas esse episódio foi um dos “fillers” mais deprimentes da série, só perde para o 2x7. Houve muita redundância na primeira metade do episódio, coisas que poderia ser desenvolvidas de maneiras mais intensas e significativas. No final, a esperança na série voltou e por isso a nota subiu, foi uma das redenções mais lindas que já vi na série.
-Carl e Debbie estão no mesmo bonde, querendo coisas que poderia lhe pertencer, mas utilizando métodos questionáveis para isso. Enquanto tivemos aquela cena super simples com o amigo que o Carl abrigou, o ponto alto do plot da Debbs foi ela embarcar de vez nas estratégias do pai.
-As atitudes do Frank ainda me deixam com a pulga atrás da orelha, pois não sei se ele realmente se importa com a filha e o futuro neto, ou se está apenas alimentado a melhor possibilidade dele se dar bem. Desde que a Bianca morreu e a série voltou do hiatus, tivemos um personagem mais humano e simpático, talvez essa transformação tenha sido a mais expressiva em todos os anos da produção. Agora, com a abordagem mais suave da gravidez da Debbie, ele tem um papel menos marcante, mas não menos influente. Espero muitas coisas boas, e quando digo boas, quero dizer catastróficas.
-Kev fechou um dos arcos mais interessantes de sua jornada, e por mais incrível que pareça, foi de uma forma boba e satisfatória. O episódio, assim como o anterior, acabou em fogo; desta vez, ao invés de abrir uma possibilidade, as chamas enterraram um dilema. O “Yannes” era tão caricato e inacreditável, mas não trouxe incoerência para a série, pois serviu muito bem como amigo do Kev, que sempre foi meio doidinho. Quero que agora tenhamos mais destaque para Jemma e Amy, quem sabe elas podem ser perdidas em algum lugar ou ficarem doentes, quero desenvolvimento para essas meninas que têm sido ignoradas desde o começo da atual temporada.
OFF 1: Veronica no bar continuando sua aventura de proprietária efetiva e governadora do Alibi foi muito bom para distorcer a atmosfera de imponência na qual a personagem sempre esteve,
OFF 2: Shawn ajuda demais, estou vendo a hora dele atrapalhar demais. Não só a gente, como a Fiona, inclusive após esse episódio, sabemos o quão perigoso e instável ele é. Quando o baque vir, se vir, não será de se admirar; mas choraremos e sofreremos, porque amamos a Fifi.
OFF 3: Lip e a professora vivendo uma história de amor nada convencional, mas isso não os privou dos vexames íntimos e arrependimentos que assombram até os mais conservadores dos casais. Aquela palestra dela teve um peso enorme na série, tanto por trazer “discussões” que não têm espaço no gueto, quanto para mostrar que ela não é tão dona de si quanto pensávamos até então. A cereja do bolo foi ela, quando sóbria, pedir para ele esquecer toda a viagem, confirmando que ela se ama acima de tudo, e só não descarta o Lip porque, como falou no cão do banheiro, ele se tornou algo a mais. Para ele, esse amor inesperado é um fantasma e uma dádiva ao mesmo tempo.
OFF 4: EITA A CASA CAIU, QUER DIZER, FOI VENDIDA. No olhar da Fiona, lembrei de quando ela estava na corte lutando para conseguir os meninos. O cara falando rápido foi a gota d´água.
OFF 5: O que foi aquele velho que o Frank trouxe para a Debbie se casar?!!! Sem or...
OFF 6: Que estética maravilhosa aquela do Ian no Corpo de Bombeiros. Achei o trabalho de câmera MARAVILHOSO. Rsrs cof cof

Episodio 6x4 - Nota 8.5 2016-02-04 18:15:47

Miga, eu sou do tipo que torce para eles ficarem bem, mas quando estão bem eu quero que se fodam. Eterno loop da vida.

Episodio 6x5 - Nota 9.5 2016-02-08 19:19:16

“Oh my shit!”
Isso, gente, isso! Era disso que eu estava sentindo falta nesta temporada. A mudança brusca no quadro emocional da série veio no fim do episódio passado, e esse foi, sem dúvidas, um bom exemplo de como Shameless pode fazer um drama bem pensado sem ferir o que já foi executado até o momento.
Para deixar as coisas ainda mais claras, tivemos aquela cena incrível da Fiona se despedindo da casa e, como uma licença para clichê, acariciando as medidas dos meninos na parede. Foi fofo e eloquente, pois abordou o lado mais sutil da moça e teve o nível sentimental apropriado para a ocasião. Nada demais, apenas uma fotografia automática em relação ao resto do episódio, uma movimentação de câmera tímida e uma trilha sonora genérica. Foi uma cena expressiva, representativa e, mesmo assim, difícil de engolir, pois quando a mesma acabou, foi oficializada o fim de um dos personagens mais icônicos da série; a casa.
De todos os desenvolvimento após a perda da casa, o da Fiona foi o mais imediato, os outros ficaram apenas na zona de conforto, criando alicerce para os próximos episódios. A conclusão, com ela chegando na casa do Shawn e, posteriormente, numa guerra de travesseiros, foi vitalizante em todos os sentidos. Contudo, como já estamos cansados de saber, e até eu tenho medo de escrever, quando temos algo muito bom, quer dizer que algo muito ruim está por vir; temo não só a chegada desse evento, mas como os roteiristas o projetaram e se ele terá o efeito pretendido.
Sem-vergonhice 1: Plot do Ian me surpreendeu por dois grandes fatores; não foi no caminho trágico óbvio que a maioria de nós estava pensando (Ian seduzindo o bombeiro que o salvou, um homem casado e com filhos) e a adição de um traço de normalidade na vida do menino. Embora a explosão no jogo tenha sido um exemplo da disposição a violência dele, ainda espero que tenhamos mais destaque para a doença do mesmo; quem sabe esse possível relacionamento sirva como palco para isso.
Sem-vergonhice 2: Amanda voltando para fechar sua presença na série com chave de ouro e provar que sua raiva ainda estava guardadinha. Esse ressentimento domina muita gente. Até nos momentos mais cômicos e absurdos, a série consegue abordar questões pscicológicas interessantíssima. P.S.: A atriz é muito versátil, ela é uma dos integrantes da nova série da NBC, “Supertore”; lá ela faz uma adolescente super boba e infantil. Vale a pena ver, é bem rasa, mas como entretenimento barato, enche bem a barriga.
Sem-vergonhice 4: Todos os envolvimentos do Lip com pessoas na sua faixa etária foram tóxicos, daí quando o garoto encontra alguém por quem realmente se apaixona sem ter que lidar com os aspectos corrosivos da relação, acontece isso. Lamento muito, mas a vida tem dessas.
Sem-vergonhice 5: Debbie também fugiu da obviedade e acabou entregando um discurso breve, sensato e harmonioso, três adjetivos que estavam em falta nas atitudes dela. Não acredito que irão mesmo em frente com essa “história” de bebê. Escolho não acreditar na possibilidade de matarem-na ao longo da gravidez ou no parto.
Sem-vergonhice 6: Relação do Frank com a mulher doente foi menos intrigante do que os anteriores, mas mesmo assim não decepcionou. Aquela cena em que ele é chamado de “dad” pela Debbie não poderia ter sido mais esperançoso, tanto para ele quanto para ela.
Sem-vergonhice 7: V SUPER FOFA COM AS CRIANÇAS. NÃO ESPERAVA MENOS DA MULHER QUE APRENDEU A AMAR, MAS NÃO DEIXOU DE SER DURA. Ficou na defensiva, mas cedeu...

Episodio 6x5 - Nota 9.5 2016-02-16 10:17:04

Obrigado, seus lindos!

Episodio 6x6 - Nota 9 2016-02-15 20:42:32

Esse episódio foi uma grande lição sobre encarar o momento de se livrar de algo.
-Ian abriu mão do pensamento agressivo sob o qual foi criado. Pelo menos em parte, foi clara e sutil a mudança na percepção de relacionamento do garoto. A maneira como o bombeiro vê a arte é tão poética é compatível com os dilemas do Ian que não ficou forçada de nenhum ângulo.
-Fiona teve duas despedidas, uma passiva: dispensou o filho que nunca quis (acho que algo de grave vai vir desse procedimento); e uma dura demais para engolir de uma vez: Gus voltou e foi mais um capitão da honestidade que ancorou no coração da família Gallagher. É sempre muito bom/ruim testemunhar os membros dessa família sendo pisoteados pelas consequências dos seus atos; por mais que eles caguem com a vida, não tem como não sentir empatia pelo sofrimento que, não importa o que aconteça, mais cedo ou mais tarde, chega.
-Carl foi obrigado a dar adeus a essa mentalidade que tomou conta dele desde a entrada no centro de detenção. O sentimento de irmão e a parceria foram bons não só como tripé para o desenvolvimento do garoto, mas agora, com esse acontecimento, se provaram ótimos impulsos de choque de realidade. Quem já foi imprudente, continuará sendo, mas talvez o nível e a aplicação dessa imprudência sejam diferentes, uma vez que o trauma veio de um ato super violento.
-Lip não se desfez por bem, mas parece que foi por mal. Isso me anima por dois grandes motivos: Mostra a coragem dos roteiristas em tirar os personagens da zona de conforto literalmente no meio da temporada; abre um leque imprevisível de opções para o futuro do universitário mais fofo, apaixonante e fiel aos seus princípios da série.

>Por outro lado, no território dos oportunistas, tivemos uma diminuição assustadora na atratividade da história da Debbie. Na verdade, nesse episódio, ela foi quase uma coadjuvante, mas se julgarmos a partir de uma lógica mais ampla, veremos que o capítulo dessa semana é meio que um tapete para o que está por vir nessa jornada. Ela escolheu ficar com o bebê, e agora, com a ajuda da indução do pai, terá que se mexer para garantir um lar, já que sua irmã, de forma alguma, apoia essa trajetória.

Sem-vergonhice 1: Plot "fechado" do Chuckie graças a Inês Brasil, obrigado!
Sem-vergonhice 2: Plot "fechado" dos hipsters graças a Inês Brasil, obrigado!
Sem-vergonhice 3: V sendo mamãe não tem como não achar legal, embora a permanência dela nessa posição é uma curva discrepante para a personagem.
Sem-vergonhice 4: Shawn, tu tá metido com figuração?!!!
Sem-vergonhice 5: Se pro um lado tem coragem no plot do Lip, por outro tem covardia na possibilidade na casa retornar para os Gallaghers. Convenhamos, não há nada de interessante no desfecho feliz desse plot, principalmente por causa saborosos da série... seria/será algo muito prazeroso, mas decepcionante.

Episodio 6x7 - Nota 8 2016-02-22 15:09:51

Acho que sei qual é o maior problema de Shameless, o que começou a se mostrar na temporada passada, mas está ganhando ainda mais presença nesta. O fato é que, por causa da sua proposta tão desafiadora e intrigante, a série se manteve fiel ao seu título, até mesmo nos episódios mais encharcados no drama. Sempre, sem sombra de dúvida, eu me colocava a frente da excelência dos episódios, desde o roteiro impecável até as atuações que, ainda atualmente, passam longe de incoerentes.

Mas aí vem um negócio que já citei aqui antes, um tal de tempo, que se tratando de uma produção televisiva, acaba estragando a mesma quando ela não tem mais para onde correr e a sua maior dificuldade não é ser renovada, mas permanecer sem vergonha, sem escrúpulos e contundente como nos seus primeiros quatro anos no ar. Shameless está passado por uma fase estranha, onde as cenas nas quais ficávamos desconfortáveis estão cada vez mais escassas; neste episódio, por exemplo, os únicos momentos mais, digamos, perturbadores foram o Ian dançando quase sem camisa na festa e o Lip indo atrás da Helene. Até a abordagem dos problemas sociais está mais amena, mais apagada.

A série está, graças a sua ambição bem sucedida nas primeiras temporadas, se aproximando de uma configuração familiar mais “normal”. É claro que percebemos a influência da identidade da produção interferindo nos acontecimentos, por exemplo, um simples jantar se torna uma sessão inapropriada de interação sexual; uma atendente de bar faz procedimentos médicos nos clientes; uma garçonete pula encima de um cliente que tenta sair sem pagar, e assim prosseguimos.

Tenho fé, e não paro de achar que a série tem fôlego. Minha maior reclamação não está na falta de acontecimentos esdrúxulos, mas na ausência de elementos menos usuais. Eu realmente quero um episódio, ainda na sexta temporada, onde os diálogos soem menos engessados para os personagens, onde tenhamos referências (como a que o Ian fez sobre o casamento do Mickey com a Svetlana) de momentos icônicos. Não sou besta, e espero que meus amiguinhos aqui do Banco de Séries também não sejam; jamais teremos a antiga Shameless, nem na intensidade, nem na densidade dos assuntos. O que nos resta é torcer por uma redenção sólida, que não nos decepcione. PLEASE.

Sem-vergonhice 1: Entrou e, quase, saiu da faculdade por causa de suas namoradas. Interessante...

Sem-vergonhice 2: Ian aprendendo a fazer devagarinho está sendo muito bom, é a hora dele, que já passou por tanto e ainda tem que lidar com a condição mental, conhecer uma atmosfera onde a hostilidade das pessoas não seja tão física.

Sem-vergonhice 3: Shawn pela primeira vez teve uma atitude representativa em relação ao seu carinho pela Fiona. Até agora nós só tínhamos suposições e favores, coisas que ficavam mais no nível de amizade levada a passos de tartaruga. Sem pensarmos bem, foi justamente isso que faltou no relacionamento dela com o Gus. Para alguém que entrou na vida adulta em um ritmo frenético, aprender a ter calma deve ser bem difícil.

Sem-vergonhice 4: O plot da Debbie aventureira terminou, mas ela continua grávida, na verdade nem sei se ainda dá para abortar. Mas e aí? O que o futuro dela resguarda? Será que o Derek vai voltar? E o Matt? Sexta, no Globo Repórter.

Sem-vergonhice 5: Frank e suas tentativas para fazer a mãe da Sammi ficar ainda são frutos da morte da Bianca? Eu sinceramente não estou me sentindo atraído por esse plot, parece coisa reciclada. Ninguém que o Frank foda jamais superará a superioridade da Sheila, nem em termos de sensualidade, nem na inteligência do desenvolvimento. Sheils tinha substâncias que se desdobravam em novas substâncias.

Sem-vergonhice 6: Carl, assim como a Fiona, tomando seu tempo na assimilação das coisas. Shawn, naquele diálogo breve e simples, foi muito eficaz.

Sem-vergonhice 7: ROTEIRISTAS VÃO TOMAR BEM LÁ. EU QUERIA UMA CURVA NO ENREDO DA SÉRIE. NÃO QUERIA A CASA DE VOLTA NÃO!!!

Episodio 6x7 - Nota 8 2016-02-25 12:58:06

Vício...

Episodio 6x7 - Nota 8 2016-02-28 09:50:33

Eu fico muito feliz das pessoas lerem e gostarem, assim a gente prova que assistir não é só engolir 50 minutos de áudio e vídeo.

Episodio 6x8 - Nota 9 2016-03-07 11:09:39

Shameless 608

Carl: Finalmente tivemos a redenção de que tanto precisávamos para continuar torcendo por ele. O que começou com a despedida trágica e emblemática do Nick findou neste episódio, com uma construção linear e compassada, envolvendo núcleos e personagens que precisavam desse plot de criminalidade e provação para se mostrarem merecedores do nosso respeito.
Shawn: Sempre estive com um pé atrás quando falava dele. Quando ficamos sabendo dos seus vícios e autocontrole inconsistente, minha apreensão cresceu mais ainda, deixando o personagem na zona da dúvida negativa. Hoje, depois de cada momento de paciência, atitudes mais do que louváveis e conselhos sensatos, tirar a roupa foi como se livrar de qualquer questionamento que os telespectadores que, assim como eu, estavam desconfiando da verdadeira face do cara. É bom estar seguro sobre alguém, é bom ter paz, pelo menos por enquanto.
Fiona: Não virou as costas em momento nenhum, mesmo sendo ignorada e colocada como mero objeto de alegoria na visão dos irmãos. Não são dias, nem semanas; são anos cuidando deles e aprendendo a ser uma pessoa mais responsável antes da hora, além de ter que lidar com acontecimentos e elementos extraordinários, que só a família Gallagher e a zona de Sul de Chicago podem proporcionar.
Ian: Assim como no caso do Shawn, também estava na defensiva quanto a esse relacionamento relativamente normal dele, mas esse episódio também funcionou como um tapa na minha cara. Os roteiristas estão interrompendo, parcialmente, a lógica de que tudo tem que dar errado, sempre. Prefiro não pensar no que virá para que esse núcleo dos dois apaixonados sejam chacoalhado daqui para o final da temporada, mas sinceramente espero que não seja nada muito grandioso, pois tanto o Ian quanto a gente merecemos um final consideravelmente feliz.
Sem-vergonhice 1: Debbie, tu só se dá mal, né amiga? Trazendo desventuras através de coisas que eu nem sabia que existiam. #voupesquisar
Sem-vergonhice 2: Essa avó está sendo mais útil e interessante do que eu imaginava, apesar do Chuckie ser um personagem que já teve relevância, mas hoje em dia é só um figurante mesmo. PS: Quero Sheila, gente. #NeverForget
Sem-vergonhice 3: Lip e seus dilemas nos banhando com a falta de vergonha equilibrada, que não chega a ser tão épica quanto a cena protagonizada pelo pai neste mesmo episódio, mas é importante para um desenvolvimento básico, que não precisa de tanta profundidade, já que o foco do episódio era em outras pessoas. PS: Ganhar o título do episódio é uma baita honra.
Sem-vergonhice 4: Frank está de volta, meu povo. Aquela cena nos fundos do salão foi simplesmente MARAVILHOSA, ESTONTEANTE, MARCANTE. Só tenho isso a dizer, já quero ele envolvido com essas ações criminosas e um pouco mais longe da Grandma, pois o personagem tem um enorme potencial, grande demais para estar apoiado em um ícone feminino em todos os seus ciclos. #SóAcho

Episodio 6x9 - Nota 9 2016-03-14 11:27:02

Então, finalmente tivemos um episódio com a cara cômica insana de Shameless, este, talvez, seja o episódio mais equilibrado da temporada, em que os extremos foram contundentes, logo, não se perderam em suas próprias grandezas.
Lip: Migo, me conta, esse poço tem fundo? Desde o fim emblemático da relação com a professora gostosa, o Lip vem se apoiando em coisas muito superficiais que, de certa forma, remetem à sua vida antes de entrar para o ensino superior. Agora, assim, sem rumo, nem eira, nem beira, fica a dúvida sobre como e onde ele pode encontrar um motivo para se erguer. A Mandy é linda e possui alguns demônios bem pesados, não sei se torço para eles reatarem porque o relacionamento dos dois sempre foi bem incerto, mas gosto de pensar que o tempo os transformou de um modo que eles estejam mais preparados para lidar com os empecilhos que vêm no pacote.
Fiona: Como irmã que cuidava nos irmãos, a Fiona sempre foi inquestionável, afinal, ela fazia o que podia e o que não podia para garantir a fluidez no andamento da vida da família que estava sob sua atenção. Entretanto, meu povo, quando se trata de relacionamentos amorosos, ela exige muito de seus parceiros, muita rapidez, muita exatidão, muita coisa explicita, na hora que ela bate o pé, por isso é que o casamento com o Gus deu certo no começo, porque ele foi um personagem totalmente sem fundamento colocado como tripé para um arco interessantíssimo da mulher mais forte da série.
Shawn: Já vinha elogiando-o desde o começo da temporada, mas foi no anterior que eu consagrei minhas crenças sobre esse cara. Hoje, depois desse pedido de casamento digno de novela (se houvesse novelas com a densidade de Shameless), fico feliz e nem ponho meu pé para trás, quero mais é que tudo dê certo, e que as próximas loucuras não sejam oriundas dos tropeços que ele já teve com a atual amada. Achei bem honesto da parte dele dizer que ainda está bravo e que levará tempo para a ferida sarar, isso é muito bom de ver... diálogos complacentes não passarão!
Sem-vergonhice 1: Ei, Ian, tu para com isso de duvidar do teu potencial, gata, essa fase de autoquestionamento já passou. Vai em frente, faz tuas provas e vive um comercial de margarina. Mentira, a gente sabe que a série representa um estilo de vida, e seguindo essa lógica, não há como ninguém terminar bem. Ficar animado é ser trouxa, mas é bom pra caramba.
Sem-vergonhice 2: Se a Mandy apareceu, a Sheila também pode né, gente? Só não gostei da maneira como o retorno dela foi introduzido, a dinâmica dela com o Ian é tão valiosa para ser utilizada em um segmento tão clichê e unilateral.
Sem-vergonhice 3: Svetlana e V? Seria meu sonho? Kev para de fofo e recalcado? Já tô querendo cenas picantes?
Sem-vergonhice 4: Debbie mais desinteressante do que a namorada do Gus.
Sem-vergonhice 5: A redenção do Carl está sendo simplesmente maravilhosa, embora melosa. Estou amando todo esse desenvolvimento normalzinho e sutil, só tenho uma condição: Não engravidem essa menina, os plots de gravidez já deram o que tinham que dar. Essa história dele é basicamente sobre quando as pessoas quebram a cara em algo e percebem que o que a mamãe falava não era baboseira, mas sabedoria. É claro, gente, que alguns conselhos não se aplicam à determinadas situações, isso vai depender muito da idade da mãe e de como ela foi criada, resumindo, na maioria das vezes, a mãe tá certa e o infeliz se acha o dono da verdade e do sucesso. No melhor dos casos, a pessoa consegue um empreguinho e uma vida “mais ou menos”, é como o Shawn disse: “NOT DEAD, NOT IN JAIL”.
Sem-vergonhice 6: Frank é tão preguiçoso que até numa configuração social harmônica ele não se encaixa nem aprende a lidar (“cope”) com a situação e se afastar das rotinas suicidas.

Episodio 6x10 - Nota 9 2016-04-10 12:30:52

Lip: Quando a gente pensa que a ladeira já acabou, vem Shameless e nos mostra que o buraco é bem mais embaixo. Sinto-me muito tocado por essa trajetória mais recente do Lip porque, nos últimos meses, tenho lidado com esse problema de alcoolismo na minha família e, para quem está doente o mundo é outro. Para a gente ajudar, tem que ter paciência e se colocar, ao máximo, à disposição de quem precisa, usando os métodos menos agressivos. Mais uma vez, não sei por qual caminho eles vão colocar o personagem mais promissor da série, que de longe é também o que se diferente dos outros em seu julgamento da vida que leva e no seu comportamento para com o mesmo. Sabíamos, desde quando a Mandy mandou os papéis dele, que esse negócio de faculdade estava muito bom para ser verdade. Agora é só se segurar e descer mais ainda.
Debbie: Nem acredito que finalmente oficializamos esse drama da gravidez. Finalmente nos colocamos em uma situação mais leve e fácil de lidar, sem tantas opções absurdas ou intrigas exacerbadas. O fato de usar as palavras da Fiona para ataca-la mostra que a personagem está mais madura do que nós pensamos, basta esperar e ver o que essa nova fase da sua vida (como mãe) resguarda para a mesma. Acredito que a Debbie pode fazer tudo sozinha sim, acredito que isso será um grande salto no repertório da personagem.
Ian: Mais uma vez o Ian aprende a colocar um pouquinho do pé fora do trem da baixa autoestima, mais uma vez eu me identifico com ele quando assumo que as coisas não darão certo simplesmente porque eu sou o protagonista; mais uma vez temos a prova de que esse relacionamento é o melhor que ele já teve. Sem segredos, sem falsidade, sem fingimento, sem dramas desnecessários e brigas para atiçar o sexo. O Mickey era charmoso e tal, mas não era nem um pouco aceitável para o bem dos dois personagens.
Sem-vergonhice 1: V e Svetlana casadas é o ship que você nutria sem nenhuma pretensão e agora está dividido quanto o que pensa desse fato. Será que vai ser só um papel mesmo ou o Kev tem razão com essa paranoia toda? Sexta, no Globo Repórter.
Sem-vergonhice 2: Fiona tá muito feliz para o gosto da vida real que a série sempre pinta, acho que vem baque bem bonito daqui para a season finale, ou seja, aceite, pois vamos bater, e não será nada gracioso.
Sem-vergonhice 3: Carl simplesmente sentiu vontade de se tornar um policial após prender um garoto com um saco de lixo? Não, para de forçar que só o passeio com o pai da menina já dava para passar a mensagem. Achei tudo, menos isso, bem orgânico no plot dele.
Sem-vergonhice 4: Frank. O que falar de uma pessoa que só decai e mesmo assim consegue ser tal gentil para com sua filha gestante? Só nos resta uma coisa, torcer contra ele sempre que estiver longe da Debbie. Mentira, reconheço que ele é bem importante para a menina que agora virou mulher e deu à luz a uma menina.

Episodio 6x10 - Nota 9 2016-04-10 12:31:38

PS: Coitada da menina, ganhou o nome Francis em homenagem a pessoa mais desprezível da série.

Episodio 6x11 - Nota 9 2016-04-10 13:40:38

Sem-vergonhice 1: Quando você não sabe o que pode vir para diminuir sua fé na bondade oculta do Frank, a narrativa usa uma pessoa que só é honesta quando o problema não é diretamente dele para desamarrar a ilusão que foi construída após o Frank pulou da Debbie para a Fiona. Parece que o patriarca está sempre querendo suprir sua ausência de formas bem descartáveis, que qualquer pessoa poderia fazer, mas a verdade é que a turma não precisa de qualquer pessoa, eles precisam do pai deles. Que pena, não há previsão de mudanças positivas.
Sem-vergonhice 2: Lip apenas confirmou o que havia sido plantado no episódio passado, e ainda por cima intensificou o nível de merda que estava deixando nos seus rastros. Agora, mais do que nunca, uma ajuda é necessária e apenas alguém em delírio seria capaz de empurrar isso com a barriga.
Sem-vergonhice 3: Vejo a relação entre V, Svetlana e Kev como o símbolo da falta de vergonha descontraída que a série já teve. Hoje em dia Shameless se resume em um drama familiar bem fucked up que só nos contagia porque a carga dos personagens é imensa e o que eles estão fazendo não fere a estrutura feita até aqui.
Sem-vergonhice 4: Debbie sofrendo de uma depressão pós parto tardia e julgando ela como uma simples menina mimada. Bati na minha cara e pedi perdão a rainha Inês Brasil por esse meu erro.
Sem-vergonhice 5: Fiona não precisa de defesa, mas o Shawn não está errado em achar que ela precisa. Pelo que vimos até aqui, ele gosta dela e não tem medo de provar isso, ou seja, esse confronto, chuva de verdade e briga foram apenas uma demonstração do afeto e dedicação para com a moça. P.S.: Ela dançando na igreja foi muito bom.
Sem-vergonhice 6: E eu aqui pensando que enquanto o Lip se fodia o Ian estava só subindo. Se quisermos uma analogia, é tipo a casinha do filme Up; no começo a ascensão é bastante lúdica e nos retira da realidade, mas aí vem o vento inevitável e nos mostra que ignorar os problemas não é tão fácil quanto pensávamos.

Episodio 6x12 - Nota 9.5 2016-04-10 16:10:18

E é assim que Shameless faz uma season finale onde cenas intensas não precisam ser novelescas e em tom de pregação.
Ian protagonizou um dos momentos mais lindos de toda a temporada, principalmente porque vomitou a sua pena de si mesmo e lutei por aquilo que merece depois de ter sofrido e trabalhado tanto. Por favor, roteiristas, não acabem com o relacionamento atual do Ian de maneira trágica.
Lip: Simplesmente morri de orgulho e tô com os dedos cruzados até janeiro.


PS: Maratonei as 5 primeiras temporada em novembro e dezembro, me apaixonei loucamente e essa sexta temporada foi bem diferente do que eu, como alguém com overdose da série, esperava, mas sinto que isso é só mais um problema de julgamento e percepção. Eu estou satisfeito por demais. Beijos, galera.

Episodio 6x12 - Nota 9.5 2016-04-10 16:11:49

Frank foi chato, mas honesto o cara é. Isso se chama falta de vergonha na cara, acho que o grande mascote da série é o Frank. Nesse quesito, tá de parabéns, no resto, vai tomar no c*.

Episodio 6x12 - Nota 9.5 2016-04-10 21:06:25

A 2ª e 6ª estão empatadas segundo minhas notas.

Episodio 7x1 - Nota 9 2016-09-25 19:08:05

Uma das minhas séries favoritas voltou e os textões que eu aprendi a fazer aqui nos comentários também vão reaparecer.
Gostei desse começo. Pronto, estou aliviado. Estava bem apreensivo porque a estreia foi adiantada e eu não sabia o que esperar quanto à qualidade desses primeiros episódios. Felizmente, minhas expectativas fora superadas como raramente são!

Ian: Eu já estava ensaiando a revirada de olho para quando ele fosse pego pelo Caleb e o relacionamento acabasse, propiciando o retorno das crises de bipolaridade dele, e com isso mais um monte de episódios onde nosso ruivinho seria apenas uma alegoria melancólica da série. Enfim, estou mais do que satisfeito de ele ter essa amiga e de ela não ter sido apenas um mecanismo de sabotagem barato. Confesso que não quero extremos para o Ian nesta temporada, uns plots bem leves seriam ótimos sim!

Fiona: Mesmo com um destaque bem unilateral, é compreensível que essa fase da personagem seja assim, até porque não seria plausível colocar um cara super interessante na frente dela agora ou simplesmente escrever ela normalzinha lá no restaurante trabalho de boas como se nada tivesse acontecido.

Frank: Com uma cena introdutória digna das viagens do personagem mais odiado da minha grade, não me contive, aplaudi a poesia e o simbolismo sim, amei as referências ao passado e ao presente da narrativa. Ri com o momento da geladeira, da Fiona arrastando ele para fora de casa e principalmente dele no hospital, porque aquela foi uma demonstração clara de quem o Frank é, independentemente da situação.

Lip: Estou com um, dois, três pés e meio atrás em relação a isso de ele poder sair por aí bebendo. Monitoramento nenhum vai impedir um Gallagher de fazer besteira. Por enquanto, é torcer pelo melhor rumo criativo do personagem, que na temporada passada sofreu quase tanto quanto a irmã mais velha.

Deb: Mãe e mais louca do que nunca, quero ver quem é que vai segurar essa MULHER. Fiquei de queixo caído com o cinismo da garota dizendo que tinha ganho aquele carrinho super caro em um chá de bebê. Ela e o Carl são os mais, digamos, inocentes da série, pois as ações deles são meio que desprovidas de uma noção dos riscos. A naturalidade com a qual eles fazem as coisas é assustadora, o que não a deixa menos cômica, muito pelo contrário.

Carl: Amei esse plot da circuncisão? Pelo já vi de série e filme, parece que lá nos EUA fazer esse procedimento é muito muito comum mesmo. Eu acho esquisito o pênis sem o chapeuzinho, mas não tem como negar que esse pontapé para o núcleo do menino foi bem interessante, porque segue o que o último episódio da sexta temporada firmou para ele: uma redenção e uma leva de ações menos utópicas. O ápice foi o médico mostrando o pedaço de carne que havia acabado de cortar. Acho que, em Shameless, se mutilar é o mínimo que uma pessoa faz por um boquete.

Svetlana, V. e Kev: RELATIONSHIP GOALS MOTHERFUCKER!!! Não tem para ninguém. V. e Kev já eram um ícone maravilhoso desde o início, mas juntar esses três foi uma das melhores decisões que os roteiristas puderam fazer. Eles não são coadjuvantes medíocres, eles realmente importam, instigam e elevam o tom sem vergonha e gritante da série. O que me deixa mais satisfeito é ver que, pelo que foi deixado implícito, a relação do trio só vai aumentar com essa história das finanças. Mal posso esperar para ver o que eles vão aprontar para conseguir dinheiro.

UFA. Gente, a série está de volta, bem vívida e animadora. Neste ponto, o que vale nem é a inovação, mas a consistência, e é o que temos tido, então vamos celebrar mais 12 episódios e quem sabe uma renovação.

Até o próximo ep...

Episodio 7x2 - Nota 8.5 2016-10-10 20:24:23

Fiona: Tomara que fique só nesses carinhas aleatórios mesmo, porque não estou pronto para ver minha linda se decepcionando novamente.
Lip: Não estou acreditando que essa garota vai ser um apenas um condutor de atitudes corrosivas na vida dele, não quero aceitar, não vou!
Ian: Eita, achei o desenvolvimento muito legal e instigante, orgânica, muito mais simples e honesto do que eu pensei que seria. Ele transando com uma mulher foi tipo uma das cenas mais cômicas do personagens. PS: Bunda e corpo do Cameron... Foi a gente que pediu, pode mandar mais sim!
Debbie: Ai, tomara que coloquem a garota em coisas bem mais criativas do que esse roubo de carrinhos de bebê, até porque isso só funcionado como alívio de transição, e não como plot central.
Carl: Estava torcendo para o negócio dele ficar tão estranho que a Domique não quisesse mais fazer nada com o pinto do garoto, mas felizmente deu tudo bem.
Frank e Liam: A interação que restou. Vejo o Liam como a Debbie que defendia o pai, só que bem menos choramingam e bem mais descolado, ele sendo preconceituoso e misógino junto com o pai seria engraçado se não fosse trágico.
V, Svetlana e Kev: Podemos dizer que esse plot e o da Fiona foram os que mais se desenvolveram de forma significativa, sem contar o do Ian, é claro, que nos deixou totalmente sem nenhuma noção do que vir a seguir. Kev mucho doido é o melhor pai de família que você respeita, principalmente porque sabe observar as aberturas de empreendedorismo e ainda oferece emprego para o pessoal da terceira idade. Olha aí, minha gente...!

Episodio 7x3 - Nota 9.5 2016-10-17 20:31:10

Adoro como o pessoal da série encontra maneiras de enaltecer a força da Fiona e ao mesmo tempo mostrar que o Lip ainda tem muito a aprender, até porque a imagem que tinamos dele até a temporada passada é que era o mais perfeitinho de todos, inteligente, descolado e sexy, mas a casa cai para todos os Gallaghers. Estou extremamente feliz pela Fiona, por como ela se espelhou na dona da rede de restaurantes para colocar um eixo na sua vida e se valorizar, sem a ajuda de nenhum macho e sem ser a mãe dos irmãos, porque desde o começo da série eu me dividia entre sentir orgulho e pena dela, coitada vivia para os outros e toda vez que tentou ser feliz com um companheiro acabou se decepcionando e saindo muito mais machucada do que antes. Vida a longa à nova fase de Fiona EX Gallagher.

Lip e Ian: Melhores irmãos, melhores diálogos, já podem ter um spin-off sim, senhor. Lip muito mais ciente, aos poucos, do quanto tem que batalhar para ser um ser humano melhor. Estou gostando deles não estarem repetindo o negócio do alcoolismo e jogando-o na sarjeta. Ian, renovando a periculosidade da bipolaridade e tendo um plot inédito da doença ao mesmo tempo, que orgulho do personagem e do que estão fazendo com ele.

Carl: Achei foi pouco o que ele fez com a Dominique, eita que menina ingrata, tomara que ele, assim como a Fiona, encontre felicidade (temporária, né?) em algo que não tenha a ver com relacionamento. O menino cortou o pênis pela garota e ela vai lá e trai ele.

Debbie: Encerramento broxante, mas válido para o plot da ladra, quero só ver que tipo de trabalho ela vai arrumar, de longe é a personagem que está mais distante do meu agrado atualmente, mas também não estou odiando, sinto um total de vários nadas nas cenas delas, nem acrescenta nem diminui minha satisfação ao assistir a série. Enfim, torçamos por melhoria...

Frank: Eu ri e vou continuar rindo da elevação das falcatruas do Frank, da habilidade dele de se apossar das coisas alheias e de iludir quem tem boas intenções. A única pessoa que faltava ser corrompida por ele, e que até chegou a ser cogitado como filho bastardo, o Liam, já está indo pelo caminho podre ditado pelo pai.

Kev, V e Svetlana: Não sei o que esperar desse pai, mas só pelo fato de manterem a coerente da Rainha Russa em relação a postura dela para com ele já me sinto muito alegre. V e Kev ícones da série, com a Svet eu também queria um spin-off. ALÔ SHOWTIME, A GENTE QUER SIM, PODE INVESTIR.

Episodio 7x3 - Nota 9.5 2016-10-17 20:32:23

Eu dei um gritinho no estilo TURN DOWN FOR WHAT dentro do quarto, daí minha mãe veio bater na porta para perguntar o que era.

Episodio 7x3 - Nota 9.5 2016-10-17 20:33:55

A nova Fiona oferecendo um boquete de boa noite: URREI.

Episodio 7x4 - Nota 9 2016-10-24 21:21:59

Mas migo, eu prefiro ver pelo lado da representatividade, pelo menos eles estão trazendo um ator trans para fazer um homem trans. Acho que seria ideal outros atores trans terem a oportunidade e ele ir interpretar homens cis, mas aí é uma utopia para a situação atual, acho.

Episodio 7x4 - Nota 9 2016-10-24 21:23:23

Fiona: Continuação sólida da curva que tivemos no episódio passado, com a integração fluida dos novos planos da rainha da série. Ela tendo que provar em vários momentos que tem todo o direito de se priorizar é um dos pontos mais interessantes dessa temporada, porque funciona não só como uma nova rota para a personagem, como também instala um senso de autovalorização que os Gallagher’s raramente tiveram sem a ajuda de algum parceiro.
Ian: Muito legal ver a abordagem da série desse universo LGBTQ, foi como ver o lado mais popular dessa “minoria” e um lado mais oculto também, porque muitas pessoas, até mesmo do meio, não sabem metade das coisas que o pessoal ali naquela mesa falou, tipo, eu, até ano passado não sabia o que era cis. A série é uma plataforma muito válida para tratar desses e outros tipos de assunto, sem deixar de ser fiel a quem ela está desenvolvendo enquanto membro do elenco principal.
Debbie: Queria sentir bem mais pena dela do que estou sentindo, pois por um lado percebo que ela está nessa situação porque tinha uma visão glamourizada sobre ser mãe, e agora percebe que, principalmente por não ter o auxílio do pai da menina, tem bem mais dificuldade do que os outros. Temporada passada passamos bons longos episódios moendo esse assunto do aborto, ela findou tendo o bebê, a série representou a magia de ser mãe e agora está mostrando o inevitável horror que viria para a Debbie. Espero que, no fim, ela consiga ser uma mulher forte, que se erga como a irmã e que consiga se organizar, se ver menos dependente dos outros e mais responsável sobre a boa criação da criança.
Lip: Fiquei meio tonto com essas várias reviravoltas que o plot dele teve, porque quando pensava que ele iria fazer uma coisa, o roteiro ia lá e jogava um acontecimento totalmente inesperado. Pensei que aquela garota iria chegar e ser a nova amiguinha dele, porque não quero interesse amoroso, não. Enfim, estamos meio no vácuo, só espero que os roteiristas não tragam algo muito fora do baralho, porque até aceito umas discrepâncias exorbitantes, mas só se elas forem temporárias, e não influências gerais da temporada.
V, Kev, Svetlana e Vovô Russo: Assim como o plot da Fiona, tivemos um desenvolvimento consistente e saboroso desses quatro, não foi algo surpreendente, mas também não caiu no poço das irrelevâncias.
Frank: Ainda hoje fico impressionado como o Frank consegue elevar o seu nível de sandices na hora de defender sua autoafirmação em qualquer contexto. Quero só ver a treta que esse ato dele vai gerar, já quero altas piadas políticas aí e muito sadismo com autoridades.
PS: Carl, segue no caminho do bem, vai lá, moleque! (Nem sei por que torço, já sabemos que vai vir queda brusca por aí. Só falta ele ter um surto psicológico, não duvido muito, pois ele está muito estável com tudo que está acontecendo, e a impossibilidade de ele ir estudar na escolar militar vai ser a gota d’água. Esperemos...)

Episodio 7x4 - Nota 9 2016-10-24 21:25:24

PS: Vamos shippar Ian e Mickey? VAMOS! Mas vamos querer mais variedade e multilateralidade para a história do Ian? Vamos sim! Sentem o rabo e apreciem que tá bonito ver a transição sim, episódio passado mesmo tivemos um lembrete de que merda pode vir a qualquer momento. Nesse vimos que ele não é mais tão ignorante quanto antes, pois ninguém merecia aquele Ian meio homofóbico, quase tanto quanto o Mickey.

Beijos de luz!

Episodio 7x5 - Nota 8.5 2016-10-31 21:00:30

O pessoal tão acostumado a ter a Fiona sempre que precisava lá do lado e dando toda a assistência em vários setores e formas, agora estão todos sentidíssimos porque a bonita finalmente acordou para a ambição e a autossuficiência que nunca foi uma prioridade ou sempre dependeu de um homem qualquer. Continuando com as novidades, Ian me surpreendeu na festa, mas depois deu aquela típica recuada que depois só gera mais dúvida, acho que isso é mais do que verossímil, lamentei o diálogo que eles tiveram na manhã seguinte, mas aprecio a sensatez da série na hora de tratar de algo tão delicado e digno de uma abordagem assim, difícil e compassada, porque embora eu seja do Vale dos homossexuais e entenda do assunto, muitas pessoas, por mais que tenham a mente aberta, ainda estão no escuro, mesmo quando não pretendem, ferem os sentimentos de pessoas que já sofrem com o preconceito proposital.
Não vou mentir, estou achando esse plot do Frank o mais desinteressante de todos, porque não há aquela típica chama das aventuras anteriores dele, parece tudo muito controlado e positivo, muito fluido e rápido. Ele quer, ele consegue, ele vence, ele bebe, ele lucra, ele se droga. Assim não tem graça, porque até assim as cenas que são escritas para serem cômicas e exageradas se tornam excessos insossos na trama geral, já que o que ele está fazendo não tem um efeito na família dele e o pessoal que morava no abrigo tá se sentindo bem normal lá na casa invadida. Seria legal termos um ou dois desabrigados multilaterais, que trouxessem algo a mais para a série e permanecessem como regulares mesmo depois dessa história acabar. Enfim, torçamos pelo fim dessa fase ruim.
Debbie me surpreendeu muito durante aquela briga, porque ela não está realmente sendo uma mãe muito boa, aquela troca de agressões inconsequentes foi a gota d'água, a última prova que precisava para ver que ela não se importa com a menina em si, mas em ficar em casa e provar para a Fiona que consegue se impor, seja lá de que jeito for. Estou triste por causa de onde tivemos que chegar para ela se tocar, mas também estou feliz pelo desenvolvimento da personagem e aonde aquela confusão toda de gravidez na adolescência a levou. Tenho certeza que a atriz será capaz de entregar cenas dramáticas emotivas muito tocantes, assim como já tivemos da Emmy, espero que os roteiristas tenham preparado isso para daqui para o fim da temporada, talvez antes do último episódio, considerando que ainda nem chegamos à metade.
Surpreendentemente, o plot do Carl foi bem mais interessante do que eu pensei que seria, não muito complexo, mas muito interessante, instigante o suficiente para nos fazer querer ver mais dessa interação e torcer pelo sucesso dos planos do garoto. Fiquei meio tenso quando ele saiu da entrevista xingando e todo nervoso, pensei que iria ir por água abaixo e se tornar o delinquente de novo, só que desta vez muito mais avulso e perigoso para ele e para os outros. Adorei quando ele bateu lá na porta, foi uma luz de esperança bem simples e bem-feita.
Lip, Lip... Não sei se me orgulho ou se fico puto, porque isso não é o melhor que tu consegue fazer. Já passei do ponto de aplaudir certas atitudes, mesmo considerando o título da série e o histórico dos personagens, mas estamos na 7ª temporada e ver esse tipo de comportamento sendo tomado com tanta naturalidade é preocupante, principalmente quando lembramos do declínio que ele teve na 6ª. Preocupado estou.

KEV, V E Svet: Quase empataram com o Frank na irrelevância e mesmice, essa conversa de vacina é muito clichê para os três, eles não merecem essa abordagem embora ela seja muito coerente para o contexto de família deles. Só não os rebaixei para o fundo do pódio junto ao patriarca mais mal caráter porque tivemos mais uma cutucada na ferida da V com a Fiona. Vi muitos fãs reclamando disso, brasileiros e gringos, até entendo a afetividade, só não suporto as justificativas de algumas pessoas não curtirem esse atrito, muitas dizem que elas sempre foram amigas e que os roteiristas estão loucos. MAS GENTE, esse pessoal vive de extremos, a Fiona está no melhor e mais saudável extremo que ela já teve, nada mais adequado do que termos um choque como esse como consequência da curva de conduta. Relaxem, como vocês mesmos dizem, a amizade é verdadeira, então acredito que ela sobreviverá, senão, pegarei os ancinhos e farei bagunça nas redes sociais de Shameless também.

Episodio 7x6 - Nota 9 2016-11-07 20:25:19

Morro de orgulho da série que consegue tocar nos pontos fracos que eu ressaltei na semana passada (Frank e sua trajetória APENAS de sucesso na temporada) e ainda me surpreende (Svetlana e o marido que eu já estava começando a aceitar como pai estranho), como bônus, uma distorção incrível no meu pensamento sobre Fiona (que agora se provou tão Gallagher quanto não quer ser. Se ela não se arrepender disso e ressarcir a velhinha, eu ficarei muito puto) e sobre a Debbie também (não imaginava que esse novo momento dela iria me agradar tanto, sendo tão sensato e válido. O Neil é tão fofinho, e a irmã dele não fica atrás na relevância e imponência, realmente não é só mais um corpinho para o Lip foder. Roteiristas e diretores de elenco arrasaram nas escolhas.)
Carl e esse novo rumo é algo bom, bem coerente se considerarmos os passos mais recentes dele. Quero que a queda que virá seja coesa e tenha um peso considerável na história geral do personagem, que isso não seja apenas mais uma ramificação insossa da série, até porque, gratuita elas nunca são.
Ian finalmente descomplicou a situação, só achei clichê esse negócio de ver a morte de perto e tentar recuperar o tempo perdido, mas não sei criticar muito porque achei super interessante para tirar ele daquela zona de pisar em ovos toda vez que ia descrever os sentimentos pelo Trevor e até quando ia interagir com o garoto. Melhor momento foi os dois serem ativos e rirem disso.

Shameless me arrasando com um episódio consistente desses, eu tô é no chão.

Episodio 7x6 - Nota 9 2016-11-08 07:10:22

É né... Eu ainda tô meio... Vamos esperar pelo melhor, ou menos pior. Se bem que acho que a treta vai vir é do empréstimo.

Episodio 7x7 - Nota 9.5 2016-11-14 20:51:38

Nossa, não tô conseguindo nem pensar direito depois do festival de momentos maravilhosos que esse episódio foi.

Fiona: Perseverança, insegurança, superação! Nossa, quem já passou essas coisas ou está na fase da insegurança enquanto luta por algo muito significativo sabe o quão angustiante é querer atingir um objetivo e essa coisa parecer tão distante. A Emmy realmente incorpora a Fiona e traz as nuances mais atraentes para a personagem, deixando a gente sem opção a não ser nos afogarmos nessa jornada infame e inspiradora.
Lip: Se superando, assumindo relacionamento sério e sem perder parte da infantilidade. Queria que ele fosse lá na reunião que o professora arranjou, só para que tudo ficasse bem direitinho pro lado dele, afinal, só ficou essa ponta solta me incomodando. Mas como se trata de Shameless, deveria estar mais do que satisfeito.
Ian: Socorrooooooooooo! Mais uma transformação incrível, mais uma ramificação super válida desse plot de descobrimento e aprendizado do Ian. Ver ele provando coisas novas, desconstruindo preconceitos que são tão comuns mesmo no vale dos homossexuais é algo tão prazeroso para mim, me dá um orgulho da série e do que ela está passando para os expectadores mais ignorantes (no melhor sentido da palavra). Sinceramente??? Não sei nem para quê que vão colocar o Mickey nesse negócio, af, só para mexer na ferida e possivelmente colocar o ruivinho numa bad daquelas. Nossa... roteiristas, nossa....


PS: Debbie, bicha, a senhora já doce, já foi idiota, já foi chata e agora já está assim, rabugenta, nojenta, ingrata. Eu ein, não sei se tenho esperança contigo mais não, mulher. Se toca!
PS 2: Kev, V e Svetlana esfriaram um pouquinho mas voltaram foi com tudo mesmo, diálogos interessantíssimos e atuações dignas do texto que pudemos absorver nessa segunda metade de temporada. Nossa, foi uma revitalização e tanto, eu tava até com o pé atrás pensando que esse plot do Ivan ia se estender de maneira monótona, mas felizmente fui surpreendido com a manobra muito válida e coerente que os roteiristas deram na história, dando mais destaque para o Kev. Contudo, confesso que sinto falta da V em foco, ela antigamente rendia bons queixos indo ao chão.
PS 3: Eu já ia elogiar o Frank, dizer que estava admirado com a atitude dele, mas aí lembrei que ele não fez nada não, só espalhou aquele senso de superioridade absurdo por todo lado (pode ser que ele esteja mais ou menos certo na questão social, mas continua sendo majoritariamente apenas escroto). Me deu uma raiva tão grande quando ele não fez nada para ajudar o menino que tava sendo todo destrinchado antes mesmo de passar pelo detector de metais. Af, que dó.
PS 4: Quero só ver até onde vão dar destaque para o Liam, não quero acreditar que foi só desta vez. Com a saída do Carl de cena, nada mais justo do que dá a oportunidade para ver se ator consegue segurar a barra de mais algumas falas e cenas onde ele não seja apenas um acessório.

Episodio 7x8 - Nota 9.5 2016-11-21 17:43:18

A situação da Kev, V e Svetlana nem chega perto do que a Fiona disse, e até entendo o posicionamento dela, que desde o começo da série era a melhor amiga da Veronica e dividia risadas, choros, sem-vergonhices e dramas com ela. O problema com o trio está na confiança que o Kev não tem (e tem razão por isso) e na maneira como a Svetlana sempre se comportou com as pessoas para conseguir o que quer. Não a vejo, e a série não deu nenhum indício, de que ela queira dar um golpe na Veronica e no Kev; muito pelo contrário, ela está sendo uma ótima mãe, colocando a família e os filhos em primeiro lugar, mesmo que os métodos utilizados tão naturalmente não sejam os mais usuais. Voltando ao ponto de vista da Fiona, é completamente compreensível, mas não agradável, ver ela com essa atitude tão agressiva, que com certeza estava guardada no peito como uma bolsa de agulhas esse tempo todo. Daí, nada mais coerente do que o Kev finalmente deixar de ter uma participação tão passiva no trio e ainda ajudar a Fiona, a pessoa que a Svetlana, vamos dizer, substitui na vida da V. Complicadíssimo, ótimo desenvolvimento, roteiristas sambando mais do que nunca, extraindo muito mais do que alívio cômico dos três.
Fiona de novo representando algo tão importante para mim: a perseverança. Chorei, acho que pela primeira nessa temporada, quando ela começou a rir, e já esperava ela desmoronar. Essa trajetória é necessária, porque se valorizar e acreditar em si mesmo não é nada fácil, principalmente no caso da família Gallagher, que desde sempre só acaba na merda. Aí você tem a filha mais velha, que sempre fez das tripas coração para manter os irmãos com o máximo de estabilidade possível e agora, depois de seis temporadas de 12 episódios cada, depois de várias desilusões amorosas, ela deixou os homens e os irmãos de lado, resolveu ser mais por ela, e o retrato das consequências para quem ousa se amar está sendo gloriosamente pintado. Morro de orgulho a cada episódio, não tenho palavras para medir minha satisfação com o rumo desse plot tão maravilhoso.
Lip começou arrasando ao admitir o que todos nós sabemos, mas admitimos com o coração na mão: o Frank é muito inteligente. (Foi muito massa ver esse monólogo do Lip e ao mesmo tempo o Frank provando que, quando quer, pode ser bem útil, pode ser pelo menos um dos vários lados que um bom pai tem de ser.) A bebida e a briga não foram surpresas, mas também não surgiram do nada, já que tanto o carinho com a garota quanto a inconveniência do pai do garotinho foram intensificados nos últimos dois episódios. O que diferencia uma série pop de uma boa série é que, mesmo a cena não sendo chocante porque já vimos coisa mais grave vinda do alcoolismo do Lip, toda a sequência, desde que ele avistou o cara no restaurante, foi muito honesta, crua, imediata, prova de que, mesmo sendo, de certa forma, o mais inteligente da família, ele também tem uma das vulnerabilidades mais expressivas. Dói vê-lo sendo rejeitado, mas esse é mais um degrau na longa escadaria de sofrência que já aprendemos a aceitar e apreciar como um dos pontos fortes de Shameless.
Olha, não adianta, realmente, a vida é assim, a gente pode até fazer merda com os outros e se arrepender, mas quando tenta mudar, tem quem faça merda com a gente. Coisa mais absurda e verdadeira foi essa atitude da ABUELA da Frannie. Tiro isso por conta da minha mãe biológica, que não me quis a princípio, mas depois foi fazer cabaré na justiça, quando teve guarda provisória, eu com 8 anos de idade tinha que trocar frauda de minha irmãzinha e ficar em casa sozinho enquanto ela saia com meu padrasto. Essas duas coisas são só a ponta do iceberg. Mas enfim, menos de mim, mas da Debbie. Ela já se complicou gritando pela janela enquanto a tia nojenta da Frannie filmava, mas isso também é um toque que pode irritar algumas pessoas, mas é só a gente parar para pensar no tanto de coisa idiota que a gente fez no calor do momento e depois ficou imaginando como suposta seria fácil ter se controlado.

QUE EPISÓDIO! QUE EPISÓDIO!

P.S.: Ian feliz? Eu feliz! Alô graças a Inês Brasil.

Episodio 7x8 - Nota 9.5 2016-11-21 17:45:20

Como disse no episódio passado, eu queria ir para um universo no qual Mickey não voltasse. Vejo muita gente animada só porque SHIPPA. Minha gente, me poupe, é preciso evoluir. Se a presença dele não trouxer uma carga dramática realmente interessante para a série, eu vou descer o pau.

Episodio 7x8 - Nota 9.5 2016-11-21 17:48:18

Gente, se não mudaram a partir da segunda, não acho interessante mudar mais não. É melhor deixar assim mesmo, para a gente olhar e lembrar de como eles eram lá no comecinho. Eu acho muito melhor ser algo nostálgico e que reafirma a evolução da produção como um tom. Porque se formos para pensar, a série já teve altos, baixos e agora está bem nivelada.

Episodio 7x8 - Nota 9.5 2016-11-23 07:57:58

Pela sua foto, pequena, por causa desse detalhe branco, imaginei um padre respondendo ao meu comentário. Socorro digo eu

Episodio 7x9 - Nota 9 2016-11-28 19:09:02

Não queria ter previsto a volta da Monica, porque quando aquelas botas apareceram eu já comecei a ficar sem fôlego de tanta raiva. Por um lado menos passional, é muito interessante ver como o retorno de um personagem tão tóxico e relevante tem esse feito disruptivo na narrativa de cada personagem. Mesmo que o Frank e a Debbie sejam os mais influenciados por ela, é notável como até o Liam, que nem lembrava da própria mãe, tem sua rotina alterada de uma maneira que só a Monica conseguiria. Testemunhar a reação do Frank foi algo muito bom, porque os roteiristas consideraram toda a evolução do personagem, a fase na qual ele acabara de entrar com a velhinha da lavanderia e como ele estava tentando ser uma presença menos corrosiva na vida dos filhos, até arrumou uma vaga para o caçula numa escola privada. Vê-lo frágil, tentando evitá-la e no final caindo no que provavelmente vai ser mais um golpe da matriarca mais ausente e famigerada que eu já vi no mundo das séries foi de um primor incrível, porque à esta altura do campeonato eu não imaginaria que Shameless conseguisse fazer com que eu sentisse empatia pelo infeliz do Frankie.
Depois de alguns acontecimentos bastante intensos, tiramos o foco da Fiona para voltarmos nosso olhar para o #trouple mais alucinante que você respeita. Enquanto a irmã mais velha ficou lá tentando (e fracassando da maneira mais orgânica possível) ignorar o ressurgimento da mãe que só suga qualquer possibilidade de estabilidade, Kev, V e Svetlana protagonizaram algo que eu defendi não ser um rumo óbvio da série, mas que fiquei meio satisfeito e meio temeroso com o pode vir a seguir. Do meu ponto de vista, vejo das duas uma, ou a Svetlana vai ser realmente a trambiqueira que a Fiona fez a propaganda para o Kev e o casal original vai ter que comer na mão dela; ou ela simplesmente vai tomar tudo deles e expulsá-los de tudo que eles construíram. Nos dois casos, ficarei bem triste sim! Essa parte da série que começou como alívio cômico tinha tudo para ser uma das pilastras da trama que mais davam certo, mas estamos falando de Shameless, a Lana pode ser apenas uma empreendedora mesmo e fazer com que eles fiquem ricos, mas tudo no nome dela, é claro. kkkkkk
E lá vai o Lip na montanha-russa descarrilada de novo, minha gente. Dói fazer essa analogia, mas estamos aqui para isso. Mais uma vez, mais verdades jogadas na cara dele naquela cena no cafofo da garota (gente, não lembro o nome dela, sorry), de forma muito impactante e gloriosa, a atriz entregou, mais uma vez, as falas com a dignidade e o peso delas. Fiquei o episódio inteiro esperando alguém pegar aquele copo nojento que ele colocava a bebida junto com o café (não bebo álcool, mas queria pedir a quem bebe para fazer essa mistura e ver se é bom mesmo ou se é apenas coisa de alcoólatra). Enfim, não sei o que esperar, muito menos o que vai fazer ele subir de novo. Estamos cada vez mais perto do fim da temporada, então não acho muito palpável ele começar a se dar bem logo antes do episódio 12 ou até mesmo nele, acho que terminaremos essa jornada com um belo de um fundo mais fundo do poço mais fundo que nunca vimos.
Achei que faltou coragem no plot da Debbie para ir além, para dar consequências realmente catastróficas para a interferência caótica da Monica na recuperação da Franny. Queria dizer que consegui ser ludibriado pelo bebê ficar com a mãe e esqueci do fato da avó maluca ter quebrado as janelas da casa da outra avó maluca, mas simplesmente não consegui largar o osso e por isso não dei 10.
Por fim, toda aquela sequência entre a Monica, o Trevor e o Ian no meio da rua me emocionou muito, porque novamente vimos um extremo emocional no relacionamento dos dois, trazendo à tona tanto mais um elemento delicado da vida de trans do Trevor quanto algo que podemos considerar uma faísca da bipolaridade do Ian. Nesse caso, a Monica ali foi o fósforo, o Trevor a palha e o Ian a gasolina. Poderia ter acabado pior, mas não acabou, esse final feliz me agradou muito mais do que o da Debbie, porque a desordem não foi lá tão irreversível, o Trevor é bem compreensível, o Ian, para um Gallagher, tem muita sorte de ter ele. Mas aí vem a fuga do Mickey e fode tudo. Eu tô bem? Não tô. Mas tô amando o percurso de uma das minhas séries favoritas. Beijos e até segunda-feira que vem!

Episodio 7x9 - Nota 9 2016-11-28 19:12:35

Eu tô sozinho em casa, se fosse a Sheila, quem iria me ressuscitar? Seria a maior bênção de um ano tão trevoso.

Episodio 7x10 - Nota 9 2016-12-05 08:33:26

LIP NÃO NÃO NÃO! Estou sem chão. Velho, não esperava que eles iriam trazer a professora de novo, mas aquela cena foi de cortar o coração. Esse ator fode com força com esses olhos brilhando com as lágrimas prestes a caírem e essa expressão corporal toda desorganizada, como se fosse um robô sem graxa. Foi seca, crua, nua. Não tenho como descrever o que foi um dos maiores pontos do episódio, está lá em cima com a dança que a Fiona fez com a Edda.
Falando em Fiona, essa decisão dela foi previsível, mas isso não tirou o peso dramático da situação de forma alguma, porque embora todas as visitas da compradora tendo sido frias e apáticas, ela com a V e com a Edda foi de um primor só. Eu queria mais daquela cena com a V, mas como não ficariam palpável uma "chorumela" apoteótica, ficamos com a simplicidade e ansiemos por momentos de restituição fluida da amizade das duas. Achei extremamente significativo a Fiona incluir a Debbie nos discursos de indecisão dela, mostra que ela realmente cresceu muito, sofreu muito e percebeu que guardar magoas e desejar o mal para a própria família não vale a pena, nunca. Até porque, os Gallaghers sempre precisaram e sempre precisarão de ajuda, e já que o mundo não tem mãos para estender a eles, mesmo todos tendo dificuldades com suas próprias vidas, um ombro, mesmo encharcado com bebida ou coberto de lágrimas, é um ombro.
Nos virando para a Debbie, confesso que já estava começando a revirar meus olhos quando o Frank apareceu lá dentro da casa do Neal e já previ que aquela casinha tão bonitinha iria se transformar numa cracolândia. Mas aí o roteiro fez questão, mais de uma vez, de reafirmar que o que ela sente pelo Neal é real, é algo muito mais forte e, certamente, mais onipresente do que o que ela sentia pelo Derek. Aí temos outro aprendizado, o de que a atração é passageira, mas o amor, o companheirismo, a sensação de segurança, quando são reais, são para sempre. Como ela falou, eles não precisam de paixão, principalmente essa paixão do Frank com a Monica, até porque eles tem um o outro. A honestidade do Neal é um ponto positivíssimo na relação.
De todos os absurdos que o Frank fala sempre, dizer que ele e a sua companheira master de sandices e sem-vergonhices são pessoas que sabem realmente "viver" por serem viciados egocêntricos foi uma das alfinetadas mais sutis do roteiro. Eu adoro como o texto do Frank é sempre muito ácido e irônico, como ele se faz de bom cidadão para se manter por cima dos julgamentos alheios. Ele não chega a negar o que todo mundo aponta nele, apenas cita algo, aleatório ou plausível, que soe, na cabeça dele, no momento da conversa, mais grave do que, por exemplo, o fato de ele estar tentando assaltar um estabelecimento.
Mickey sim, esse conseguiu assaltar, o coração do Ian... Puta que pariu, eu queria ficar bravo com ele, mas o fato da bipolaridade torna a compreensão das decisões muito mais nítida. Aposto que, se ele não tivesse essa condição psicológica, eu demoraria muito mais para circular os motivos pelos quais ele iria com o "namorado" fugitivo. Mas enfim, se ele não fosse bipolar, não seria esse personagem que a gente conhece hoje, que acompanhamos por tantos baques. Ver ele jogando tudo para o ar, para mim, é mais fácil de entender, porque tenho problemas com ansiedade. Tipo, fico pensando no que escrever assim que o episódio começa. Daí, quando chego aqui, escrevo numa boa, sem nenhum problema, mas antes era pior, eu ficava pausando o episódio para anotar pontos no word e no voltar. Hoje em dia, depois de consultas e dicas, escrevo logo aqui no BS mesmo, com o que surge na minha cabeça, o que lembro e sinto sobre o episódio. Não analiso muito em termos técnicos, gosto de ver a trajetória dos personagens. Voltando ao Ian, não sei o que esperar a não ser uma bela de uma enrascada. Não vou julgar ainda os efeitos desse retorno do Mickey porque não foi suficiente nesse episódio para ver se foi apenas um fã-service ou tem algo realmente robusto nessa interação deles. Na minha opinião, o que seria ótimo mesmo... é ver o Mickey reconhecendo que o Ian, para ser realmente feliz, não pode estar com ele ou ele se entregando e declarando o amor e FICANDO NA CADEIA, TEM QUE PAGAR PELOS ERROS. Desculpa, mas não tenho como shippar um relacionamento tóxico desses, é tanto que fiquei indiferente àquela recaída do Ian... beija não beija, beija fode dorme liga pro TREVOR E DIZ QUE TÁ COM SAUDADE....

P.S.: Esses roteiristas permanecem deixando as intenções da Svetlana o mais ambíguas possível, quero só ver se vão decepcionar a gente (no caso, eu) com ela sendo vilã mesmo ou se vão nos desafiar a confiar nela como uma líder alternativa e extremamente proativa de família.

Episodio 7x11 - Nota 8 2016-12-12 13:43:33

A ironia do título desse episódio é de um nível satânico. Morto junto com a Monica, que por sinal, veio só para ter uma overdose depois de uma festa que estava muito estranha para ser apenas aquilo, afinal, estamos falando de Shameless.
Esse não foi um dos episódios mais atrativos para mim, principalmente porque passamos a temporada inteira reafirmando a Fiona como strong independent woman e aí me vem esse macho como condutor de uma nova oportunidade, mas antes disso ela teve ficar com ele, assim, no dia que o conheceu.........
Lip e esse senso de superioridade é de perder o chão, ele ficou durante a conversa toda querendo dar uma razão para dizer que poderia parar caso quisesse e que até agora ele só perder o controle por um triz. Eu ein... O ser humano é muito lixoso!
Fiquei feliz com esse fim do Mickey, mas assim como a Monica, acho que foram sacadas muito preguiçosas do roteiro, que voltaram só porque lembraram que ainda tinha esses dois personagens pelo mundo e aí quiseram dar essas conclusões bem meia-boca para eles. Enquanto a Monica não fez mais do que se esperava dela (quero ver que plano foi esse para deixar algo para os filhos para poder julgar com mais certeza), o Mickey também ficou na zona de segurança em todas as cenas, tornando-as apenas versões levemente diferentes de si mesmas. Não teve nenhum momento a não ser o do Ian e da Fiona comparando o Mickey com o Steve. Shameless é capaz de entregar cenas para lá de dramáticas, mas ficou faltando.

PS: Esse plot do Kev poderia ter sido um alívio cômico mais competente, mas mais uma vez foi apenas um apelo sexual barato da série que, com o tempo, deveria ter aprendido que "piadas" desse tipo não tem efeito tão válido quando a maturidade e a evolução são elementos obrigatórios para a produção se manter relevante. A falta de vergonha de três temporadas atrás não tem o mesmo peso cômico agora, não!!!

Episodio 7x12 - Nota 9 2016-12-19 18:17:09

Kev e V esquecem gêmeas em churrasco.
Adorei o episódio por motivos de:
1: Trataram a morte da Mônica de maneira coerente, realista, sem torná-la um ícone de inspiração, sem esquecer de tudo que ela representou na vida deles e na trajetória que acompanhamos desde o início das aparições dela na série. Achei digníssimo a Fiona colocar os pacotes que ficaram sob poder dela no caixão, mostrou que ela realmente quer mudar e crescer, mas que guardar magoas não faz parte dessa mudança e crescimento. É tanto que ela aceitou o pedido do Frank para dançar, mas antes disso, depois de tudo que ele fez, ela limpou o vômito, fez um travesseiro com a toalha, e antes disso, se dispôs a ir lá e contar a tão fatídica notícia.
2: Não fizeram um final apoteótico para os personagens, apenas deram esperança a todos eles. Lip finalmente abraçou a humildade e teve aquele diálogo tão singelo com ex para perceber ainda mais que ele tem potencial, não precisa impressionar ninguém, provar nada para ninguém, só tem que se dar o braço a torcer e reconhecer que errou, que foi fraco, que precisa se reerguer, e para se reerguer do fundo do poço, é preciso começar de lá, do fundo do poço.
Ian terminou sem estar comprometido com ninguém, mas honesto com o Mickey e com o Trevor, não foi um final utópico, nem novelesco. Ele tem um propósito agora: salvar pessoas; e por enquanto, isso basta, ele não está coberto de ansiedade, não tem frustração sexual guardada para si, não tem ex na cadeia esperando por ele, não tem verdades acumuladas dentro. A felicidade, às vezes, é assim, ordinária.
Fiona me vem, também, com essa continuidade extramente condizente com o que foi construído ao longo da temporada, também com sutileza, uma característica que reinou nesse episódio. Amém, John Wells, escreveu e dirigiu.
Debbie indo atrás de qualificação também é muito animador, refrescante. Não acho que aquele olhar para o instrutor foi de entusiasmo, ficou parecendo atração sexual, torçamos para que não seja... Ela e o Neil são tão legais juntos, representam um possibilidade linda para a vida dela, algo que ninguém esperava da menina explosiva das últimas temporadas.
Carl voltou e sua conduta está melhor, apesar de em momentos termos pistas de que ele ainda não abandonou as veias das ruas, afinal, não é uma série mágica. Espero que ele não descarrile, ele também tem potencial, todo mundo nesta família tem, só que eles são apenas uma alegoria da sociedade que não está disposta a dar uma chance a pessoas que moram na periferia. Fiona, cresça, mas não desapareça!
3: Tivemos um grande e ramificado acesso às principais magoas que temos conservado durante essas sete temporadas. A Fiona com o Frank no quintal foi muito tocante, assim como a briga deles com o pai. Não tenho palavras, acho que esse foi um dos fins de temporada que a série mais se voltou para seu núcleo, as emoções centrais, as dores primordiais. Acertou muito nisso, na reafirmação das transformações e das sequelas que decepção atrás de decepção traz.

Só não gostei mesmo desse momento cômico forçado do Frank e os meninos indo naquele depósito. Achei meio discrepante o Carl estar no colégio militar e invadir o negócio lá... Também achei escroto o Frank saber que o número na chave seria o código para o portão, mas... OK.

É essa mensagem de esperança e superação pessoal que eu quero ver no fim da série, quando ela realmente acabar. Quero que, mesmo após rirmos com todas as maluquices, nos voltemos para os personagens e como eles se veem, como se percebem no mundo, na sociedade. Quero ver como eles imagem sua felicidade e que caminhos traçam, mesmo depois de tantas quedas, para alcançá-la. Até ano que vem, vão se foder!

Episodio 8x1 - Nota 8.5 2017-11-06 22:04:31

Uma estreia bem fria, na qual os momentos mais interessantes foram os da Debbie e os mais previsíveis foram os do Frank...
Bem válido eles colocarem um câncer no Kevin para desconstruir essa identidade de machão alívio cômico dele. Quero ver se vão cuidar disso com dignidade.

Episodio 8x2 - Nota 9 2017-11-26 22:11:52

Estendido na passarela com como os roteiristas fizeram a Debbie ficar tão nojentinha em tão pouco tempo. Eu tava gostando tanto dela, mas não tem como defender esse tipo de atitude, não. Ela, por ter sido abandonada, devia saber que pessoas genuinamente merecedoras de atenção são difíceis de encontrar. Quero só ver quando ela der de cara no chão...
Finalmente um plot interessante para o Frank depois de umas três temporadas tendo ele sendo empurrado com as mesmas arcas narrativas de sempre: Ele querendo ser o espertinho e sempre se dando bem. Desta vez, mesmo que seja algo com intenções questionáveis por trás, tá bem crível essa onda meio fênix dele.
Fiona maravilhosamente não perdendo tempo e nem se martirizando, com uma amiga honesta do lado e um senso de autoconfiança e empatia no equilíbrio. ADORON
Ian mais passional e apegado à mãe é de se esperar. Noss. dói vê-lo sem conseguir superar. É o irmão que tá mais fora da zona de conforto, junto com o Lip, claro.
Falando em Lip, que retrocesso foi esse? Se no episódio passado tivemos a sua ressurreição, aqui foi uma bela de uma caída de cara no chão, né?

Episodio 8x3 - Nota 9 2017-12-03 20:28:52

Interessante como o Ian, sendo o mais frágil psicologicamente, está passando por essa fase bem ambígua de interpretação da morte da Monica. É até um tanto frustrante ver o plot se arrastar sem um desenvolvimento palpável.

Fiona lindíssima arrasando com a loira chatina, botando para foder sem sair no tapa e fazendo uma ameaça minimamente engenhosa. Gostei. Ela pensa que não evoluiu, mas tá bem diferente nas atitudes, hein.

Menino, e não é que eu tô gostando dessa fase Francis do Frank? Gostando realmente de como ele tá humorístico sem ser forçado e como o tom do humor é diferente de tudo que já vimos nele. Não há gritos, é tudo tão estranho de um jeito suave que eu não consigo não pôr um sorriso no meu rosto.

Lip e essa relação maravilhosa dele com a reabilitação e, agora, ajudando o professor como pode. É muito gratificante ver que um personagem não precisa ser perfeito para ajudar outro. Na vida, muitas vezes, por não pode ajudar a nós mesmos, achamos que não servimos para a vida alheia quando, na verdade, às vezes, é justamente como a série colocou (no jeito todo direto e sem censura dela ou rodeios dela), a gente pode se ajudar ao não ignorar a dor do outro, a se entregar a algum projeto.

P.S.: A cena do cemitério: KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK como que o Carl aprende a mexer naquele negócio do nada? E como é que aquele caixão se segurou na pá da máquina daquele jeito? kkkkkkkkk vamos manter o ceticismo suspenso e rir

Episodio 8x4 - Nota 9 2017-12-14 12:23:07

Nossa, que episódio agradável, cheio de humor bem ágil e leve, sem muita dramaticidade e desenvolvimento simples dos plots que, por sinal, estão todos muito frios nessa temporada.

Episodio 8x5 - Nota 9 2017-12-15 17:03:26

hahaha eu sabia que uma hora esse negócio de a Fiona querer ficar transformando a vizinhança nessa veia toda empreendedora iria bater no fato de que ela veio da pobreza. Lindamente, achei também formidável o fato de não resumirem o Ian a um interesseiro que só queria pegar o boy de novo.

Kev, V e Svetlana tão numa sessão de repetição de plot, né? Kev e sua família não renderam mais do que um episódio e Svetlana e V só fazem coisas esperadas.

Episodio 8x6 - Nota 8.5 2017-12-15 18:06:11

Puta que pariu. Lip cheio de confiança é muito inspirador para caralho, hein?
Debbie grávida de novo eu não quero crer, mas se vier, ó lá lá mais bagunça.

Episodio 8x7 - Nota 9 2017-12-18 15:30:47

Eu acho que, desde o começo, uma das coisas que mais me atraiu em Shameless foi o fato de os finais infelizes serem tão palpáveis. Não é uma estória fantástica, com seres mitológicos ou em uma época alheia a atualidade. É sobre gente que, como a Debbie, não consegue se controlar e perde o emprego com sangue nos olhos de ter saído por cima de alguma maneira. É sobre gente como o professor do Lip que, apesar de todas as tentativas do moço, findou onde a maioria das pessoas findam... Há aquelas que findam em lugares piores, né?
É por essa e outras conclusões, pequenas e grandes, que eu admiro a série. Seja no cunho cômico ou no dramático, há uma certa originalidade preservada na linguagem despojada e, muitas vezes, condensada que a produção traz. Ainda que os fatores surpreendentes não sejam mais, naturalmente, parte do que se recebe ao dar play em um episódio de Shameless, não se pode negar que a posição na qual o Lip se encontra é um fruto maravilhoso da jornada que temos acompanhado.

Episodio 8x8 - Nota 9 2017-12-31 16:49:07

Um episódio bem vida boa, sem muita tensa e cheio de alegria para dar. Fiona se descobrindo cada vez mais isolada da família, Ian no seu rumo ativista maravilhoso (ainda que com diversos traços tóxicos que com certeza o levaram a um lugar infeliz) e Lip também mergulhando, ainda que devagar, no autoconhecimento.

Fico feliz de os três mais velhos estarem em lugares tão bons.
Liam nunca esteve tão em alta, e esse plot do Frank não foi uma total reviravolta em relação ao que estava acontecendo até então na temporada, então continua sendo algo menos corrosivo e mais originalmente cômico da parte do personagem.

Episodio 8x9 - Nota 9.5 2018-01-12 21:28:19

Há um tempinho que eu não me sinto tão bem com um episódio de Shameless em todos os sentidos. Me sinto realmente orgulhoso da série que acompanho desde o comecinho e adoro vê-la manter-se sólida mesmo sem ascender na megalomania que um dia a definiu. Atualmente, ela pode até ficar mais controlada em seu roteiro, mas é inegável que os atores ainda dão muito de si mesmo que o texto não peça isso deles nas cenas mais rotineiras. Enquanto Debbie tem um plot desenvolvido com o mínimo de complexidade, mas com toda a comicidade empregada e bem atuada, Carl tem um desenvolvimento coerente e que não precisa necessariamente ser genial para surpreender e entreter em um nível acima do banal.
Um dos pontos mais felizes da temporada é dar ao Ian esse cargo de embaixador de uma causa LGBT na série, e não é gratuito ou falso, começou como uma manobra para reconquistar o Trevor, mas logo revelou-se uma fonte bem frutífera de momentos que distanciaram o personagem de sua profissão oficial pela qual ele tanto lutou para, agora, vermos um outro lado do personagem. Ele não é só o gostoso que sai por ai comendo outros gostosos, ele é um Gallagher defendo o que acha certo da maneira que lhe dá na telha kkkkkkkkk
Fiona continua numa interessante jornada de autodescobrimento coberta em experiências intrigantes (olha a palavrinha aí...) que não são tão engenhosas mas também não são tão apáticas assim... Meu veredito vai ser dado quando esse momento dela chegar naquela famosa curva definitiva, seja ela positiva ou, mais provavelmente, negativa.
Lip fazendo tudo bem certinho e no fim conseguindo algo que queria mas que soube relaxar para não se machucar e não machucar a Sierra é um dos maiores exemplos de masculinidade não-tóxica que eu já vi nessa série.

Svetlana finalmente parece que vai reaver alguma da sua dignidade na série. E em pensar que ela era apenas a mulher que o pai do Mickey arrumou para ele e ainda hoje está na série... Se está, vamos melhorar... Porque ela é rainha e a gente sabe do potencial dela. Dá mais lenha para ela queimar ou joga água na fogueira de uma vez por todas, não aguento mais essa decadência... APESAR DE QUE seria bem legal a V e o Kev perceberem o quanto a trataram mal e o quanto a Svetlana queria ajudar esse tempo todo, crescendo juntos na putaria e no dinheiro.

Episodio 8x10 - Nota 8.5 2018-01-15 19:18:00

Sinceramente esperava mais de um episódio com esse nome, ainda estou achando essa percepção que o Ian tá tendo das coisas muito ambígua e a relação dele com o Trevor também tá sendo muito negligenciada pelos roteiristas.
Fiona fazendo coisa boa e se dando mal é condizente com quem ela sempre foi que dá orgulho ver o pessoal dando um texto desse a ela ao mesmo tempo que é ruim para a gente que torce por ela.

Episodio 8x11 - Nota 8.5 2018-01-23 21:37:13

Única parte do episódio que realmente me fez ficar colado na tela foi o plot da Fiona, porque o resto, eu vou te dizer, nada instigante e, no caso do Ian, até frustrante.

Episodio 8x12 - Nota 8.5 2018-01-29 22:03:49

Um fim mediano para uma temporada mediana, nada demais. Todos os plots deixando a desejar, até o da Fiona, que carrega a série nas costas. Senti uma preguiça enorme do roteirista e um monte de conclusão fácil...

P.S.: A atriz que faz a Svetlana se despediu da série, e eu não acredito que acabou daquele jeito...

Episodio 8x12 - Nota 8.5 2018-01-30 08:20:16

A atriz postou no instagram dela, que o arroba é isidora_goreshter
Eu vi o post antes de assistir ao episódio, e aí fui com muita expectativa, mas então caí do cavalo lindamente com esse desfecho

Episodio 9x1 - Nota 8 2019-01-08 19:42:25

Eu tô me arrastando tanto para continuar a série... nossa, tá muito desgastada.


Obs:Precisa de mais de 5 comentarios para aparecer o icone de livro no seu perfil. Colaboradores tem infinitos icones de livrinhos, nao colaboradores tem 5 icones de livrinho do perfil



Copyright© 2023 Banco de Séries - Todos os direitos reservados
Índice de Séries A-Z | Contatos: | DMCA | Privacy Policy
Pedidos de Novas Séries