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Borgen By





Episodio 1x1 2015-08-18 10:55:47

No meio de um jogo político e suas típicas características, Birgitte conseguiu transmitir, logo no começo, uma decência e coerência com os ideais que está representando de forma tão espontânea que achei o piloto mais que instigante, ele me seduziu imediatamente.

Curiosa pra saber mais sobre a trajetória dela, o caráter que a forma, o que ela teve que ceder pra estar ali - embora ela tenha me parecido coerente demais pra relativizar suas noções éticas - e, sobre o futuro, como ela lidará com as negociações político-partidárias, praticando o que afirma com tanta veemência, trabalhar para a renovação da Dinamarca.

E que fala linda, honesta e esperta no final do debate *-*

A forma como os conflitos pessoais foram apresentados fala bastante sobre os criadores da série. Não precisamos de diálogos comoventes pra captar a sensibilidade que existe para com as fragilidades de cada personagem e como eles devem lidar com isso suficientemente lúcidos para encarar uma constante competição, essa constante vigilância sobre seus atos. Os plots da jornalista e, mais ainda, do primeiro-ministro foram excelentes nisso. E até a família da própria Birgitte, aparentemente tão estável e unida, também deve guardar suas inquietações ou manifestá-las mais à frente.



Episodio 1x2 2015-08-21 14:12:08

Satisfeita pela vitória de Birgitte, embora desconfie desse tom em que as coisas estão fluindo. Suas convicções, até quando elas vão durar e o quanto vão se modificar em prol da manutenção de seu poder é uma questão que me acompanha em cada minuto desse episódio... As visões se relativizam rápido demais quando se está no topo e essa citação de Maquiavel no começo só me fez duvidar ainda mais dessa montagem toda... E como foram bem ilustradas as negociações, apesar desse ritmo rápido em que elas aconteceram... Muita reviravolta em dois dias, mas tudo bem desenhado e exemplificando como há problemas universais nas formas de fazer política, rs.

Gostei bastante da forma como retrataram essa certa decadência jornalística que se preocupa mais com escândalos do que com investigações e com a preocupação de trazer à luz informações que não devem ficar escondidas (apesar de que, as duas jornalistas em questão esperem reconhecimento sobre seu trabalho, tendo o mesmo objetivo pessoal, portanto. Nada é aleatório ou gratuito em um meio onde as ambições existem com essa intensidade). Mesmo assim, sinto que Katrine está disposta ao amadurecimento e provavelmente nos mostrará esse bom jornalismo (assim espero).

Não pode deixar de ser notado como a série escreve as mulheres galgando os espaços diante de todas as concepções machistas que estão sutis até aqui, apesar dessas ironias para com a máxima de "assuma a cabeceira da mesa". 50% dos ministérios não deve ser apenas uma questão numérico-simbólica, mas prática: é um começo bom, mas há muito para se manter e conquistar. É um amadurecimento nas relações de gênero que eu adoraria ver na série, já que os perfis apresentados vão por esse caminho.

Episodio 1x4 2015-08-23 09:20:51

Gosto muito desse paradoxo sutil entre Birgitte e Katrine, que acaba revelando mais aproximações entre as duas personalidades do que se poderia esperar, diante de vidas e mundos tão diferentes, distantes até. As duas privilegiam o trabalho, sendo que a primeira sente por sua vida familiar ser abalada, embora não cogite deixar de cumprir o que lhe cabe; a segunda enxerga no trabalho justamente uma espécie de tábua de salvação para não ser engolida pelas angústias pessoais. As duas conseguem sucesso e tropeçam em frustrações, desafios que se colocam imensos, cada um em sua proporção. Como elas se parecem e como se distanciam ao mesmo tempo: para além dos possíveis lugares-comuns, misturam ambição e senso de justiça, sem grandes conflitos dentro de si, mas com inevitáveis consequências para aqueles que estão em seu redor. Vê-las juntas foi como contemplar uma versão mais madura de Katrine e uma mais enérgica de Birgitte. Irônico é que dá pra imaginar que, uma no lugar da outra, seguiria por atalhos muito parecidos.

Em outro ponto, é ótimo ver essa aproximação entre Katrine e Hanne, mesmo após tudo. Espero que seja o início de uma relação de coleguismo e camaradagem, que as duas consigam mais espaço para esse modo de fazer jornalismo, em um meio de tantas normatizações e com as salvaguardas necessárias. Elas têm um fôlego ótimo ali e foi bonito ver a interação das duas frente ao editor.

Sobre essa questão com a Groenlândia, o episódio foi tão eficiente em ilustrar como essas negociações político-diplomáticas podem ferir e provocar impactos profundos e longevos em um povo. É triste saber que a ambição por grandeza ocasiona tanto sofrimento em outrem, tanto em âmbito mais largo, no caso das nações envolvidas, como em escala individual. Inevitável não pensar nas armadilhas que a sede pelo poder, em suas diversas intenções, traz. Consequências que, por mais que se escondam, acabam por emergir, como os fantasmas do provérbio groenlandês.

Episodio 1x5 2015-09-08 11:21:39

Gostei bastante da forma como abordaram essa questão tão delicada ali, sobre os direitos das mulheres e de todas as problematizações que isso poderia causar diante das oposições políticas que o governo enfrenta, com os ataques à ministra tendo esse caráter de plausibilidade. Mais ainda quando se manifesta, com a revelação sobre a ministra, que nesse jogo, toda vitória tem um custo.

Mas quem me deixou mais inquieta foi Kasper. Aliás, é irônico quando notamos, em um episódio com essa temática, como ele se desequilibrou, como ele pode ser frágil, em uma desconstrução hábil dos estereótipos. Conduziu mal a questão com a ministra, com uma ação imoral, deixando em risco o bom andamento daquele processo (tudo que ele comumente não faria). Ele remói um arrependimento, uma amargura por toda a sua história com Katrine, pelo que optou fazer.

Que bonito ver a consciência de Birgitte sobre a vitória no caso com Crohne. Ela percebe o quanto está amadurecendo politicamente e sente todo esse processo de forma muito equilibrada. Pela primeira vez ficou claro o quanto isso pode lhe custar na vida pessoal, em um paradoxo manifestado através do que ela conseguiu dominar na vida pública, ao mesmo tempo em que desponta o incômodo na família, quando o marido a desautoriza de forma muito sutil perante o filho e quando ele simplesmente continua a dormir, sem dar muito cartaz à vitória dela. Por causa disso mesmo, o episódio conseguiu ser mais concreto, pra mim.

Episodio 1x6 2015-09-08 22:10:20

Como esse papel de Birgitte pode experimentar bocados amargos! Essa situação com o militante da Turgisia, que tem um impacto direto sobre sua imagem e sobre sua inspiração ideológica, em paralelo com as alianças econômicas tão importantes com o presidente... Ao mesmo tempo, os conflitos familiares que vieram em cheio nesse momento... Muita coisa mesmo pra dar conta.

A presença do pai, lembrando-a do que é mais importante, tanto na vida, quanto na conduta política, trouxe certo pesar porque, ao mesmo tempo em que se nota o que é mais bonito e o que deveria ter mais valor pra todas as pessoas, a realidade pode revelar um choque, pode exigir sacrifícios, pode fazer pensar que as responsabilidades públicas superam o próprio bem-estar, a vontade de estar com os seus. Penso que em algum momento Birgitte vai ser atingida pelas escolhas que fez de forma mais estridente. Certamente ela se perguntaria como poderia fazer diferente, ou como o discurso bonito do pai pode enfrentar essa realidade tão tumultuada.

Kasper provando a lealdade para com Katrine, entregando a pergunta foi uma aposta alta, diante desse momento de conflito entre os dois... E ela não decepciona profissionalmente, nessa consciência de amadurecimento. Sempre gosto quando encontra com Birgitte. As duas têm uma comunicação quase cúmplice e eu fico me perguntando como seriam, se convivessem.

Episodio 2x3 2015-09-26 21:13:31

Como é dolorido pra Birgitte enfrentar essa situação com a família, ver-se sendo substituída de uma forma que parece inevitável. Sinto muita pena dela, por todas essas agonias, dentro do governo, dentro de casa. Dá pra sentir como ela vem sacrificando muito pela governabilidade, tanto as preciosas horas junto à família, que poderia ser seu esteio, quanto as conversas com Bent, que foram escasseando à medida em que ela se envolvia com as questões mais práticas, menos idealistas.

Nesse passo, ela se aproxima muito mais da visão de Kasper sobre todo aquele universo político, dar conta do que deve, de maneira eficaz, sem pestanejar. É impressionante como os dois estão mais entrelaçados. Não dá pra evitar pensar na alternância dos papéis entre eles e Bent, ou na ideia de que um dia Birgitte poderá ser considerada antiquada. Algo parecido acontece com Bjorn, que fundou uma lutam representa uma categoria da qual fez parte, mas é substituído de forma tão humilhante por parte de políticos que empreendem uma prática vazia de ideais coletivos, ingratos para com aqueles que sustentaram a construção de um modelo que hoje os serve.

Para demonstrar que nem sempre podemos controlar nossas vontades, os desejos mais genuínos, Kasper, depois de tanto tentar se distanciar de Katrine, cede, desmonta a farsa que edificou pra tentar dispor de uma estabilidade. Fico me perguntando se isso acontecerá a Birgitte alguma hora.

Episodio 2x5 2015-09-28 21:12:18

Como foi bom ver o arco com Laura chamar Birgitte às suas antigas preocupações, deixando-a visivelmente mais sensível ao viés ideológico que a marca, trazendo de volta o brilho da convicção de que não se iguala aos secos e interesseiros políticos que a cercam maciçamente. Vê-la demitir a secretária que espelhava sua própria face nova (que estava se envolvendo completamente pela governabilidade, pela sede de poder) e mandar chamar Sanne (para "ser relembrada dos primeiros tempos neste gabinete", indicando um retorno à política sobretudo franca, com ideais genuínos e diferenciados), por um motivo tão justificável, foi mesmo uma ilustração de uma troca de vestes.
E que atriz fantástica! Como ela transita entre os universos em que está inserida, convencendo em cada momento...

Esse episódio soou como uma homenagem velada a Bent e à própria Birgitte, lembrando-a que é possível construir seu poder sem ferir tão profundamente seus princípios. O plot com Amir ilustrou bem do que ela se torna capaz em prol do que julga ser o melhor, bebendo demais dos modos de Kasper, aliás. Interessante notar que é justamente quando ele se entrega a atitudes tão duvidosas com a sua namorada. É como se os dois começassem a se sujar até que ocorre o ataque de pânico de Laura, que também é um pouco nosso, como um apelo para reconduzir Birgitte ao caminho honesto que sempre percorreu.

Por falar em Kasper, ele podia ter mais coragem pra lidar com a situação de seu romance. Fica agindo de forma tão estúpida sabendo que, por mais que tenha tentado, não conseguiu expulsar seus sentimentos por Katrine. Aliás, que sugestão fantástica sobre como eles podem ser diferentes: enquanto Katrine age tão bem, sem pestanejar ao recusar se amarrar a algo que não quer (o emprego no "lado direito da trincheira"), Kasper continua se enganando e à namorada.

Notar como Katrine se portou em meio aos políticos que abomina, tentando ser imparcial enquanto profissional e notando como não poderia se entregar a um emprego que talvez a fizesse perder o respeito por si; e depois, como é empurrada a uma lição de humildade; ou ainda quando se mantém leal a Hanne, só me faz gostar mais dela, admirá-la por essa determinação toda. Cresceu mais do que eu pensava e detestaria vê-la de um lado tão oposto a Birgitte.

Episodio 3x3 2015-10-25 01:13:41

ahaha... Mas, nesse caso, Birgitte definitivamente não é Marina. Se fosse assim, o acordo com o banqueiro teria sido aceito e que se danassem as ideologias.
Gostei dela ter enxugado o partido. A sensação era de sufocamento.

Episodio 3x5 2015-11-29 21:57:46

Birgitte entende muito bem o papel de um governante... é por demais instigante esse senso de agir pelo bem coletivo e, ao mesmo tempo, procurar se beneficiar politicamente. Ela sempre tenta aliar as duas coisas sem ferir a ética e os seus princípios ideológicos. Sabe que o moralismo deve se distanciar dessas questões sociais, principalmente em temas tão polêmicos e que atingem diretamente a opinião do eleitorado.

Não deixa de me impressionar como há códigos e compromissos éticos no meio de todas essas dissidências políticas. Mesmo as mais ferrenhas oposições tentam se comprometer com os fatos e preferem não fazer uso de manipulações (com as exceções, como vimos em Saltun, principalmente; e com Laugesen, mais diretamente). Talvez por nossa realidade aqui no Brasil ser tão distinta (e essas exceções serem as regras), é empolgante ver algo como o universo de Borgen, claro, guardados os limites entre realidade e ficção.

Gosto muito do amadurecimento da relação entre Birgitte e Philip. Eles conseguiram manter uma honestidade e uma cumplicidade que também me impressionam. São muito abertos um com o outro, mas sempre tenho a impressão que algo está para terminar ali... é como se houvesse uma pendência entre eles.

Enquanto isso, temos uma relação entre Kasper e Katrine muito truncada. Como é triste não perceber uma saída para Kasper curar suas dores e seu trauma. Quando ele confessa a Katrine suas razões para o fim do casamento, deixando entrever todo um quase desesperado ressentimento, é impossível não se comover, não se solidarizar.

Episodio 3x6 2015-11-29 22:28:03

"A lei nos obriga a agir rápido. Você a instituiu quando Primeira-Ministra"... Ver Birgitte lidar, na vida pessoal, com suas heranças políticas para a sociedade dinamarquesa, mais ainda sendo uma coisa tão positiva, como a saúde da mulher, é nostálgico (embora pra ela tenha soado mais como uma ironia). Interessante notar como ela não é acostumada a se ver fragilizada de alguma forma... é como se sentisse a necessidade de controlar tudo porque geralmente dá conta disso, mas então se vê à mercê de uma doença, tendo que esperar determinações biológicas, médicas, que escapam totalmente de suas mãos. Ali, ela só pode fazer o que lhe recomendam, para então extirpar os riscos. É compreensível se tiver mesmo escolhido passar por isso sozinha. Mas se alguém estiver à sua espera no final da cirurgia, espero que seja Philip.

Personagem bastante interessante, Ravn. Ele trouxe um aspecto de muita lucidez a esse relacionamento que a política dinamarquesa tem com o comunismo soviético e com a esquerda revolucionária. Foi bom ver essa problemática na série, de modo mais direto, embora já tivéssemos uma menção aos radicalismos à esquerda, com os episódios focados no militante da Turgisia e na sua antiga pupila. Este, serviu para demonstrar um aspecto bastante positivo nas alianças e nas apostas que Birgitte faz, caracterizando seu caráter perspicaz. Seu talento me agrada muito.

Katrine, com a aproximação aos Novos Democratas, está numa constante revisitação de seus pilares morais, de si mesma. A série evidencia esse aprofundamento desde que ela tentou trabalhar pra Hesselboe e não conseguiu se adequar a um ambiente e a ideais que despreza. Como disse Ravn, ela tem a capacidade rara de reconhecer suas fraquezas, seus erros, de se desculpar por eles. O amadurecimento dela é trabalhoso demais porque parece carregar um mundo nas costas, diante dos aspectos de sua vida pessoal, principalmente. Ela não tem medo de descobrir outras visões de mundo, de tentar enxergar novas formas de encarar seus problemas, de aprender isso com seu trabalho. Teve mais uma oportunidade disso, com Ravn e, coincidentemente, tendo ele uma tragédia pessoal perturbadora, assim como Kasper.

Episodio 3x8 2015-11-30 22:27:09

Mais do que um episódio sobre a mudança de ideias, foi sobre as fraquezas de caráter, ou momentos de fraqueza, que atingem a todos, independente das variáveis e guardadas as distinções nas formas de cada um lidar com isso. Katrine, por exemplo, assim como Birgitte, não se conforma com momentos de fragilidade, simplesmente não consegue ceder a eles ou desculpá-los. Apesar de sua inexperiência no atual papel (é inevitável compararmos com Kasper, que era mestre nessa função), ela consegue visualizar muito bem os vácuos de onde está inserida, sem hesitar em tomar as decisões que lhe são inconvenientes de alguma forma. Tendo a gostar da relação dela com Ravn e de como ocorre a comunicação entre eles, quase instintivamente.

Então temos as faces de três fraquezas, tão distintas entre si, a de Torben, a de Nete e a de Birgitte. Torben está perturbado pelo fim de um casamento no qual ele nunca pareceu investir ou se empenhar e pelo cerceamento com o qual vem lidando na redação, o que certamente pesa mais para aquele desmonte no final. Não tem como não achá-lo frágil demais, vide todo o seu comportamento até aqui: sempre em cima do muro, temeroso por se fazer uma voz firme, mesmo nos áureos tempos da TV1, meio que acomodado à sua posição (acho que toda essa polêmica pela audiência dessa temporada foi um plot que não está à altura da série, um dos motivos para esta temporada ter decaído um pouco em relação às anteriores).

Nete foi uma decepção, dessas traições que trazem certo desengano. O que lhe falhou foi o caráter em um momento em que todos passavam pela mesma dificuldade. A desculpa que deu a Birgitte, dizendo que ela se acovardara na coletiva, chega a ser acintosa, desprovida de qualquer companheirismo, que ela sem dúvida deveria à mulher que liderou a fundação de um partido em um contexto político notavelmente desfavorável. Birgitte tinha lhe dado a chance de um destaque, da relevância que tanto desejava, mas quando as dificuldades se aprofundaram, seu primeiro passo é não apenas abandonar o partido, mas traí-lo.

A fraqueza de Birgitte é algo contextual e não tem como atribuir qualquer tipo de condenação. Há um buraco na série que deixa muito a desejar, referente ao intervalo da derrota de Birgitte nas eleições pra Premier e seu retorno para a política. Sou bastante curiosa sobre os fatores que a levaram a se distanciar desse universo. Nesse momento tão desgastante, ela consegue montar uma reviravolta que faz da fraqueza momentânea uma vaga lembrança e, ao mesmo tempo, um firme aprendizado. Esse final revela toda a sua capacidade de ressurgimento... é fantástica :3


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