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Master of None By Paulo





Episodio 1x1 - Nota 8 2015-11-10 14:53:03

Há séries que você assiste simplesmente pela sinopse ser interessante, ou talvez pelo trailer que te cativa, além de que, comentários possuem valor e reforçam o peso na decisão de ver ou não uma produção. No meu caso, este último explica ô porque de eu ter decidido ver Master of None.

Quando decidi ver o trailer, absolutamente a série não me convenceu de nada, mas quando me deparei com as críticas especializadas, decidi ver o potencial e o conteúdo que concretizava MoN como a quarta maior produção do ano, com nota 91 de acordo com o Metacritic. Master of None não é exatamente aquela Modern Family da Nextflix, MoN é uma dramedia (prefiro configurá-la assim), que foca mais na sutileza dos diálogos juntamente com situações inusitadas (me lembrou muito Veep na estrutura narrativa do roteiro), entretanto, verossímeis e que possuem alto teor de reflexão dos problemas cotidianos de nossa sociedade atual.

Em Plan B foi focada em duas coisas. O valor do uso de preservativos e de pílulas anticoncepcionais contra a gravidez indesejada. Essa é uma situação em que a maioria dos jovens em sua fase de puberdade encaram e não sabem como proceder em relação ao sexo, ou seja, uma imaturidade sexual chega a esse ponto. Portanto, apesar do momento ser bem inusitado, achei bem sutíl como Dev e Rachel chegaram ao momento de discutir sobre o fluido pré-ejaculatório até a decisão dela tomar a pílula. Já a outra crítica, mostra uma consequência do primeiro ato dos fatos supracitados acima. Filhos. Como ao mesmo tempo eles podem gerar momentos delicados e graciosos, como por exemplo, Kyle citando a experiência que teve com o filho no quarto, e como eles podem se tornar indesejados, como quando o próprio Dev decide que por enquanto ele não gosta de tê-los.

Foram 28min de duração mas o capítulo foi eficiente e mostrou qual era o charme da produção. Não foi frenético mas mostrou um história convidativa em frente a tela. Os diálogos precisos assim como seu conteúdo, mostram qual é a maior característica da série. A Netflix definitivamente acertou em cheio. No mais, não vejo razões para não continuar. Até baixei a temporada completa!

Episodio 1x2 - Nota 8.5 2015-11-10 15:15:55

Segundo episódio bem melhor que seu antecessor, na minha opinião. Talvez pela estrutura narrativa de sua história que foi bem carismática, e pelo capítulo ter sido mais dinâmico e leve em seu conteúdo. O interessante do episódio foi ver como ele deixou explícito a disparidade de gerações entre pais e filhos, à acessibilidade de produtos, a tecnologia que atualmente alcança fronteiras de forma mais fácil, e a questão de migração. Foi uma crítica muito bacana e juntos funcionaram perfeitamente.

Achei bem legal como Dev e Brian discutiram como suas vidas inteiras são do jeito que são porque os seus pais imigrantes sacrificaram tudo para partirem pra América em busca de melhores condições de vida. Assim como eles agradecendo-os, levando-os para jantar, e portanto, ao descobrirem a dureza das vidas que passaram. Dev é um personagem ingênio na espera de que tudo isso vai ajudar seus pais serem mais próximos a ele. Foi bem bacana o momento do jantar.

No mais, realmente Master of None não apresentou continuidade entre o primeiro e segundo episódio. Querendo saber se a 1st temporada será fragmentada em questões distintas. O que na verdade não acho problema nisso.

Episodio 1x3 - Nota 8 2015-11-11 15:21:13

De longe, esse capítulo foi o mais arrastado, mas nada que tirasse o charme de Master of None. Teve muita dinâmica nos três atos, primeiro com Dev e seus amigos numa seção louca de Sherlock embolada numa discussão sobre relacionamentos e como responder as mensagens enviadas por texto, por segundo, tendo que lidar com desenganos e insatisfações por ter marcado com uma garota agressiva e surtada, e por ultimo, acaba que o protagonista reencontra Rachel e ambos compartilham um bom jogo de diálogo. O que parecia ser clichê termina sendo uma imprevisível e inédita descoberta de que Rachel agora tem namorado.

A trilha sonora da série é uma delicia. Menção honrosa a True de Spandau Ballet.

Episodio 1x4 - Nota 8.5 2015-11-11 15:35:20

Quando se trata de comédia, nem sempre o ato de fazer situações engraçadas acaba configurando um ótimo capítulo (como também em várias outras séries de seguimentos diferentes), por exemplo, e isso eu venho recitando em vários outros comentários de várias outras séries que acompanho. É questão é que, quando se tem uma boa soma de conteúdo, um drama sincero e cru, temos em frente a tela um assunto realista e delicado de nossa sociedade atual. Isso é Master of None. E em virtude disso, Indians on TV de forma crítica mas sutil abordou o racismo e como ocorre a fórmula de esteriótipos. Podemos ver que o episódio em si de 30min não rendeu absolutamente nada de risadas, mas quando estamos mediante a um tema como esse de extrema verossimilidade, o capítulo vale por si só, e todo o sequenciamento dos eventos exerce e reforça um alto teor de reflexão.

Episodio 1x4 - Nota 8.5 2015-11-12 13:03:03

Quando eu frisei sutil eu quis dizer que o tema abordado foi de forma simples e sem arrodeios. Sem complicação, facilmente entendível. Um tema como esse é bastante delicado, mas a sutileza do tema permeia na forma como ela foi escancarada, tal como você disse. Ela insere humor na situação e a crítica se torna mais apalpável e claramente mastigável. Isso é MoN.

Quanto a ser fato dela ser considerada comédia, realmente é uma configuração não adequada. Desde o piloto você percebe que ela mixa situações inusitadas com assuntos importantes (partindo pro drama), portanto, dramédia é termo mais adequado a série.

Episodio 1x5 - Nota 8 2015-11-16 17:28:05

Uau, primeira vez que vejo a Claire sem um ruivo ou tendo um break-jazz freakout moment.

Episodio 1x8 - Nota 9 2015-11-28 02:16:08

Que capítulo singelo, simples e tocante! Embora ele tenha dado mais destaque na relação rápida e dinâmica entre Carol e Dev, evidenciando como criamos uma maior conexão de simpatia e sentimentalismo com as pessoas idosas, carinhosamente chamadas de velhinhos, a mensagem exponenciada e transparecida nas atitudes de Arnold após perder seu avô, foi mais clara e resumiu todo o capítulo. No entanto é claro, sem perder a estreita linha de conexão com o primeiro ato de Dev e Carol (sem deixar de mencionar na Rachel) e toda a relação que eles criaram juntos em tão pouco tempo e em tão pouco espaço.

É interessante ver como Arnold poderia estar em estado de luto mais profundo, em seu choro calado ou gritante, talvez em tão somente silêncio interno, ou apenas seguir em frente, no entanto, o bacana é presenciar como ele se apega as coisas pessoais de seu avô como forma de laço mais próximo que ele poderia conseguir chegar perto dele, mesmo após encarar sua triste partida, como quando ele acolhe e brinca na maioria do tempo com o foca bebê de seu avô. Isso me leva a pensar como nada disso se difere de nossa realidade, e muitas vezes nos pegamos olhando fotos, objetos pessoais e relembrando antigos costumes de nossos entes queridos que se foram. E isso na verdade é bem singelo quando digo.

Em algum ponto de nossa história, essa certa apreensão e medo de perder as pessoas que mais amamos, que uma forte necessidade de estar mais próximo daqueles que nos cercam, é inabalável. Criamos laços, desapontamos, compartilhamos, regozijamos, discutimos, relações são feitas, destruídas, mais tarde refeitas, talvez não, talvez sim...são tão somente histórias aleatórias dessa minha louca escrita da meia noite, que porventura, soam serem jogadas, mas que a soma destas palavras fazem muito sentido pra mim. Não conheci meu avô, talvez tenha sido parte do destino não o ter conhecido, mas que gostaria. No entanto, Old People me fez relembrar a relação que tinha com a minha avô, que embora às vezes estivera doente, nunca perdeu o fôlego de vida que permitia criar aquele sorriso maroto e jovial que me abraçava sempre quando a via. Ela se foi, mas uma imensa saudade dela ainda permeia em meio peito. Isso pode soar meio meloso e desabafador de minha parte, mas esse capítulo me fez refletir o quão eu daria tudo pra vê-la novamente e reviver nossos bons e únicos momentos com ela.

Episodio 2x1 - Nota 9 2017-05-13 02:13:51

Parece que estive esperando essa temporada pela minha vida inteira.

Episodio 2x2 - Nota 9 2017-07-25 12:49:16

Foi uma clara referência. Não tem como não ter sido.

Episodio 2x2 - Nota 9 2017-07-25 12:52:02

O que é ainda mais engraçado sobre a cena em que Dev e Arnold estão presos no carro, é que o próprio Aziz numa entrevista para Jimmy Fallon disse que isso aconteceu realmente com ele e Arnold na vida real.

Episodio 2x3 - Nota 9 2017-07-25 12:57:37

Impossível não amar os pais do Dev, especialmente seu pai. Engraçado sem medidas mensuráveis a cena em que ele acha que o iPad está "morrendo", daí vem o Dev e o explica dizendo que é só uma questão de luminosidade. Que ingênio o pai dele. Impossível não se render a isso. Que episódio gostoso de assistir.

Episodio 2x5 - Nota 9 2017-07-25 13:05:56

Que puta bela cena final. O modo como ela foi dirigida, a trilha sonora, o silêncio longíquo mas também regurgitante com os olhos do Dev descrevendo as legendas de seu pensamento e sua expressão...Sua inquietação, seu humor indiferente...caramba! Incrível. Aziz Ansari merece todos os prêmios.

Episodio 2x6 - Nota 10 2017-07-25 13:15:37

Essa temporada tá recheada de Emmy Tapes dignos de estatuetas. Digo isso porque já vi a temporada e aprovo com certeza.

Episodio 2x6 - Nota 10 2017-07-25 13:21:23

Sabe uma matrioska? Pronto. São episódios como esse que me dizem que Master of None tem que ser protegida. Em que outro programa de televisão você vê, em primeira perspectiva, as minorias sendo valorizadas, classes trabalhadoras sendo reconhecidas, imigrantes e personagens secundários sendo retratados de forma tão intimista? Honestamente, é por isso que amo muito Master of None. Esse é um momento para enaltecer também o formato do capítulo onde fomos convidados a experimentarmos a realidade de pessoas surdas. O áudio desabilitado foi uma forma incrível de sentirmos o dilema que essas pessoas passam, seus desafios, mas também suas vitórias. Eu nunca tinha visto isso em nenhuma outra produção. É realmente inovador, tocante, sensível e contudo, forte. Aziz Ansari mais uma vez merece reconhecimento!

Episodio 2x8 - Nota 10 2017-07-25 13:29:26

Tô achando que Veep esse ano terá um forte concorrente, assim como a invicta Julia Louis-Dreyfuss. E olha, eu não tô achando ruim não. MoN merece reconhecimento por esse ano incrível.

Episodio 2x8 - Nota 10 2017-07-25 13:39:54

Não dá pra mensurar a importância deste capítulo. É simplesmente gratificante ver numa personagem negra e secundária, uma releitura das lutas sociais enraizadas como problemáticas na nossa realidade atual. É muito legal ver a forma como introduziram a aceitação da homossexualidade da Denise em um ambiente totalmente cristão e negro. As pessoas vão se acostumando e se desprendendo do que a sociedade impõe e vão aceitando as pessoas como elas são, como evidenciado na cena em que a mãe de Denise pega a mão dela. E tudo isso retratado ficou mais intimo de se ver graças ao cenário da temática. O ambiente familiar aparentemente é composto pelas primeiras pessoas a serem contra a suas escolhas. O que Denise enfrentou dentro de casa é só um reflexo ou um pequeno fragmento do preconceito que ela recebe afora. Não sabia que Dev era um amigo de longa data dela. Isso caiu como uma luva, pois mostra como é importante e embraçador termos pessoas compreensíveis e acima de tudo amigas, que nos apoiem nos momentos mais difíceis de nossa vida. Que obra-prima este capítulo!

Episodio 2x9 - Nota 9.5 2017-07-25 14:00:42

Perfeita sua interpretação, Rafael.

Episodio 2x10 - Nota 9 2017-07-25 14:16:40

Só tenho a agradecer ao Aziz Ansari por uma temporada tão madura, tão criativa, mas também tão real. Eu só tenho também que discordar, o que não foi um caso aqui, de algumas pessoas que acabei encontrando por redes sociais que afirmaram que esse foi um ano completamente inconsistente para a série. Ou foi um caso de piada ou essas pessoas não compreendem dramédia de modo algum. Nesse ano de Master of None tivemos a oportunidade de ver referências ao Neorrealismo do cinema italiano. Ele trabalhou com personagens secundários, lidou com temáticas referentes ao racismo, a homossexualidade, abriu portas para muçulmanos praticantes e não praticantes serem bem representados em programas de televisão, e deu uma profundidade imensa na vida privada e amorosa do Dev. Eu digo, tudo foi feito com a maior seriedade, delicadeza e carinho. O que mais poderíamos esperar?

Eu geralmente nunca dou crédito ao que a crítica especializada diz pois, o que eles criticam arduamente, eu posso gostar ou ovacionar e assim vice-versa. Mas essa temporada de Master of None foi muito gloriosa. Soube mixar muito bem o drama e a parte cômica numa mesma síntese (ou melhor) usada na primeira temporada. Foi bem redondinha e madura, tudo numa harmoniosa sintonia entre direção, roteiro e fotografia, fazendo Master of None conseguir mais uma vez ser uma jornada recheada de piadas inofensivas sem perder sua proposta de temáticas verossímeis e cruas. Veep em todos os anos entrega a melhor comédia da atualidade e não sai do Emmy sem suas estatuetas. Mas se MoN ganhar, digo de antemão, não vou reclamar não. Uma salva de palmas a todos os envolvidos nesse ano da série, em especial ao brilhante Aziz Ansari que fez tudo acontecer. Sem mais a acrescentar, fantástico!


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Paulo

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