Escrito por: Amanda
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Escrito por: Allan Veríssimo
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Ola,
Seu pedido da serie "Zombie Hotel" foi procesado. Olhe na lista das últimas séries adicionadas no site para pegar o link
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Escrito por: Vera
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Escrito por: LucaSP
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Escrito por: Gabriel
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Escrito por: Pedro Rubens
Provavelmente, em algum momento da vida, todos nós já lemos algo que nos fez adentrar as páginas da literatura e visualizar, quase que ao vivo, o que estava sendo lido. Isso poderia acontecer nos livros de História, enquanto estávamos na sala de aula, ou em casa, sentado na cama, enquanto líamos uma obra ficcional. Mas e quando uma série nos permite entrar em contato com o universo literário e assistir, com nossos próprios olhos, um espetáculo que saiu diretamente dos livros da História Oriental?
A convite do Star assistimos com antecedência os dois primeiros episódios de ‘Shogun’, ou ‘Xógun: A Gloriosa Saga do Japão’, como ficou a partir da tradução brasileira, que é uma história ambientada no Japão feudal. A série nos apresenta a colisão entre dois homens ambiciosos, de mundos diferentes, uma misteriosa samurai e debruça o espectador em uma narrativa ambiciosa sobre conquista, fé e vida.
Ambição talvez ainda não seja o melhor adjetivo para caracterizar tal produção. Antes de qualquer coisa: esqueça todos os trailers que você tenha visto. A nova produção do Hulu vai além de tudo o que apresentou em prévias e, em apenas dois episódios, já mostra que todas as cenas apresentadas anteriormente eram apenas 0,1% da grandiosidade que estava por vir.
O que parece ser uma história feudal vai sendo conduzido por uma narrativa que envolve catolicismo, protestantismo, colonização de países europeus, viagens marítimas, piratas, samurais e a rica cultura japonesa. Se logo nos primeiros minutos Shogun aparenta seguir sob a perspectiva de John Blackthorne, um “missionário protestante”, não dura muito até o Japão tomar as rédeas e liderar o enredo de tal forma que nada, ninguém ou nenhum outro núcleo parece ser capaz de preencher a tela.
Tudo se volta para uma reunião de 5 líderes de clãs que, a partir de uma traição, precisam seguir adiante com suas famílias e tribos, entregando assim uma progressão narrativa avassaladora. É assim que a série nos prende e propicia a incapacidade de fugir daquele ambiente…
Se o naufrágio está para acontecer, você se sente parte da embarcação. Se for necessário salvar alguém que caiu de um penhasco, nós estamos ali amarrando uma corda na cintura e descendo em busca do socorro.
‘Shogun’ emerge em meio às tantas séries que narram eventos históricos de qualquer maneira e nos mostra que sim, é possível produzir algo fiel, épico e sem ser arrastado, maçante. Pelo contrário! Até nos momentos de articulação política e religiosa, os diálogos são tão bem construídos que exercem a sua real função: são peças de um quebra-cabeça maior, que precisa ser milimetricamente respeitado e observado para a composição final.
Associado a isso, há uma ambientação de cair o queixo — e não estou usando metáforas aqui! A riqueza de detalhes se encontra em tudo: vestimentas, decorações, adereços, ornamentos, arquitetura, armamento e até nas paisagens naturais quando são apresentadas a flora e o horizonte japonês. À medida que esses elementos são apresentados, a série se aprofunda cada vez mais no que se propõe e cria uma atmosfera que beira a perfeição.
Mas de nada adiantaria uma produção grandiosa se não houvesse direção e atuação bem alocados em seus respectivos papéis. E adivinha só? Aqui nós temos tudo isso!
‘Shogun’ nos leva aos mais profundos livros da cultura oriental, prometendo ao espectador um arco épico, que nos levará a uma viagem rica em detalhes, pouco falada, mas que agora ganhará uma adaptação à altura. É sempre muito bom embarcar pelos mares da História e poder conhecer, com tanto cuidado, um pouco mais do que os livros nos contam.
Nota: 9,25
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Escrito por: Amanda Kassis
Os sons de tiros se misturando às máquinas de costura, os tecidos escarlates fazendo alusão ao sangue derramado... A nova série antológica da Apple TV+ estabelece o tom da sua produção desde a abertura. Esta não é apenas uma obra sobre os jogos de poder dentro da alta costura, mas retrata como figuras ilustres — incluindo Coco Chanel, Pierre Balmain, Cristóbal Balenciaga e, claro, Christian Dior — reviveram a paixão da sociedade pela moda e pelos prazeres da vida após vivenciarem os horrores da Segunda Guerra Mundial.
É imprescindível destacar que todos esses nomes responsáveis por construir a era de ouro da alta costura colaboraram, de uma forma ou de outra, com o regime nazista durante a ocupação de Paris. Entretanto, a série deixa claro que não tem a intenção de condenar os personagens pelos seus atos, mas de mostrar a complexidade vivida por eles durante o período e o que fizeram para sobreviver.
Intercalando entre 1943 e 1955 na capital mundial da moda, acompanhamos as diferentes realidades dos personagens. Dior (Ben Mendelsohn) começa como um tímido e anônimo designer trabalhando para o ateliê de Lucien Lelong (John Malkovich), aceitando criar trajes para as esposas dos soldados do alto escalão nazista, pois necessitava sustentar sua família, incluindo sua irmã Catherine (Maisie Williams) — uma condecorada heroína da resistência francesa.
Do outro lado, vemos Coco Chanel (Juliette Binoche), eleita a vilã da trama, que inicialmente se recusou a trabalhar para os nazistas, mas, ao precisar resgatar seu sobrinho que havia sido feito prisioneiro, ela acaba se envolvendo com o inimigo. De fato, a rainha da alta costura foi uma espiã nazista devido à sua relação com Winston Churchill, ex-primeiro-ministro do Reino Unido, e é brilhantemente interpretada por Binoche, que mostra as diversas faces de uma mulher poderosa e, ao mesmo tempo, sem poder algum.
Em meio aos cenários extravagantes de Paris que são manchados pela bandeira nazista e aos belos trajes produzidos por figuras eternizadas da moda, a audiência assiste ao desenrolar dessa produção cinematográfica com um olhar diferente. A visão de Todd A. Kessler — criador, roteirista e também diretor dos dois primeiros episódios — coloca os horrores do período não como um personagem principal, por assim dizer, mas um antagonista que tenta disputar tempo de tela com as belas criações de Dior, além dos conflitos morais e familiares vividos pelo protagonista ao longo de sua jornada. Ou seja, não é apenas mais uma produção que retrata esse gênero francamente ultrapassado sobre a Segunda Guerra Mundial. Na verdade, ultrapassado é o último adjetivo que poderia ser escolhido para referir-se a uma obra protagonizada pelos maiores nomes da alta costura.
'The New Look' — homônima à primeira coleção de Dior, em 1947, que destacava a opulência do corpo feminino — acaba de estrear e já mostra para que veio. Levando em conta seu elenco de peso, alta qualidade técnica, excelência nos figurinos e no design de produção, essa série será uma das queridinhas das premiações. Agora, se ela será capaz de transformar indicações em vitórias durante um ano repleto de novidades que estavam atrasadas devido às greves de Hollywood… Bom, essa é uma outra história.
Para quem quiser saber mais sobre o período mais conturbado e sombrio da humanidade sob a perspectiva da alta costura, 3 dos 10 episódios estão disponíveis na Apple TV+. O restante será lançado semanalmente, às quartas-feiras, e a produção já está renovada para a 2ª temporada.
Nota: 7.5
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Escrito por: Pedro Rubens
Na aula mais simples sobre Narrativa, é possível aprender que enredo é a sequência de fatos que compõem a ação da história e que, em sua trajetória linear, segue com a introdução, conflito, clímax e desfecho. Algumas obras audiovisuais aparentam, por vezes, esquecer dessa regra básica e investir em caminhos tortuosos que podem ser benéficos, mas nem sempre é esse o resultado.
A terceira, e última temporada, de Bom Dia, Verônica chegou ao catálogo da Netflix prometendo ser a caçada final. O novo ano começa exatamente de onde parou, com a protagonista pegando a estrada e seguindo as pistas que lhe levarão ao misterioso e cruel Doúm. Mas é nesse limiar que as coisas se complicam…
Diante da quantidade de conflitos que a série apresenta, arcos importantes que precisam ser fechados e núcleos que necessitam de desenvolvimento, a “caçada final” dura apenas 3 episódios e precisa ser no modo acelerado. Personagens entram já no primeiro episódio e caem de paraquedas, arrastando a história para um ponto que mais parece o meio de uma temporada com 8 ou 10 episódios.
Isso acontece com os personagens de Rodrigo Santoro e Maitê Proença, respectivamente Jerônimo/Doúm e Diana. A relação maternal que existe entre os dois não tem tempo de ser bem construída e é apresentada ao público inicialmente como algo romântico, conjugal, até que em dado momento fica evidente que isso não passa de uma obsessão. A pressa para falar sobre tais personagens é tão grande que mais parece uma releitura do Mito de Édipo.
Por outro lado, a série deixa completamente de lado a família da protagonista e apresenta um novo dilema familiar, colocando Verônica Torres no olho de um novo furacão: ela agora passa a ser filha biológica do chefe de toda a máfia que envolve o tráfico de mulheres, crianças e, agora, o leilão de jovens. Como isso é explicado? Em uma simples cena de flashback, sem o mínimo de intenção de preencher as lacunas.
Ainda que o tom mude no episódio final e transforme a protagonista vivida brilhantemente por Tainá Müller em uma espécie de anti-heroína, a sensação é de que tudo foi desenvolvido de maneira absolutamente apressada. Uma narrativa acelerada, que inicia seu terceiro ato faltando desenvolvimento e com muitas lacunas a preencher.
Tendo em vista toda a pressa e inconsistências do roteiro, Bom Dia, Verônica entende que seu papel vai além de ser uma série fictícia. Sua narrativa pode ter sofrido com a decisão de finalização em 3 episódios, mas em momento algum a produção deixou de lado a mensagem principal: abuso feminino.
Essa é a base que fundamenta a série e que leva o público a refletir, ao fim de cada episódio, sobre algo necessário: se você foi vítima de abuso ou conhece alguém que tenha sido, denuncie! A mensagem da série se faz evidente a cada momento e a cena final, talvez, seja a mais emblemática quanto a isso por proporcionar ao público uma aura de Bela Vingança, filme de 2021 da diretora Emerald Fennell.
Por mais que os desvios de caminho tenham acontecido e algumas decisões tenham sido convenientes para acelerar a história, Bom Dia, Verônica torna-se uma daquelas séries emblemáticas por seu apelo. Se assim o for, o desfecho da personagem abre as portas para que muitas outras Verônicas Torres saiam do anonimato e escancarem a realidade dolorosa das quais são sobrepujadas.
Nota: 7,83
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Escrito por: polly
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Escrito por: Bernardo G.S.
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