Destaque: 9-1-1 - 7x4 - Buck, Bothered and Bewildered

Escrito por: Amanda


Eu tive q me acalmar pra vir escrever aqui!!
BUCK BI É CANON! BUCK BI É CANON!!! Essa série mudou pra SEMPRE! EU TO CHOCADA
Vamos lá... São 7 temporadas de 9-1-1 sendo 6 de puro queerbaiting e queer coding. Quantas vezes Buck foi associado como sendo um personagem queer e nunca corrigiu? Aqui rapidinho dá pra citar o episódio de Natal quando aquela duende achou q Chris era filho do Buck e Eddie, e também teve a vez que Maddie disse q jamais tentaria juntar Josh e Buck, e Buck não se importou com o comentário. Depois de uma mudança de emissora e a promessa dos atores de q eles estariam "tentando dar tudo que os fãs querem" o episódio 7x04 entrou para a história. Pra quem não sabe, todo o roteiro precisa ser completamente aprovado por uma emissora. A ABC permitiu pegarem esse personagem tão fisicamente esterotipado e masculino como o Buck, mas ao mesmo tempo tão sensível, um golden mesmo, e depois de 7 temporadas explorar a sua sexualidade. Nas palavras recheadas de alívio do próprio personagem na última cena: "Im free". Buck está livre pra ser quem é aos 30 anos. Descobrir pq talvez tantos relacionamentos deram errado. Faltava algo. Ainda falta
Como Buddie shipper, eu fico muito feliz q o primeiro beijo, o primeiro encontro e a descoberta da bissexualidade não sejam com o Eddie. Esse tipo de plot merece tempo e cuidado. Buck precisa explorar até perceber q não é sobre o Tommy, nunca foi sobre ele, o que mais explicaria aquela cena pura vergonha alheia com os pesos e a bola de basquete no 118 enquanto Eddie estava ao telefone? E o que dizer sobre Buck falando do Eddie logo antes do beijo? O uso de "buddie" no diálogo? Tim Minear sabe das coisas. Nós só precisamos ter paciência.
Foi lindo, emocionante mesmo, ver os comentários no twitter e no perfil do Oliver (Buck) dizendo obrigado ao ator por trazer essa história à vida com tanto amor e cuidado. A cena em si foi tão delicada, Oliver entregou tanto! Buck ser bi é importante pra muita gente e vai muito além de Buddie ser canon no futuro.
Falando no resto do episódio, curti o crossover com The Bachelor, eu nunca tinha assistido, nem sabia como funcionada, espero q isso traga uma audiência legal. Harry acabou sendo completamente ofuscado depois de passar uns 2 anos sem aparecer e GENTE COMO ELE CRESCEU! Eu to muitooo velha!
Se eu fosse fazer uma crítica, considerando q esse é o 100º episódio da série, acho q a única coisa q faltou foi um dos casos ter sido mais "mão na massa" envolvendo todos do 118, algo maior. Porém, terem dedicado o centésimo episódio pra iniciar essa jornada do Buck também tem um peso muito grande.
Temos 7 episódios pela frente e to muitoooo animada pra ver onde isso vai dar. 911 reascendeu a minha vontade de acompanhar séries semanalmente. Eu havia perdido isso há quase 1 ano e q prazer é estar de volta!
E mais uma coisa: eu griteeeeei tanto!!! CHO-CA-DA!!! Completamente CHOCADA. Foi real mesmo? Alguém me belisca?

Esta publicação faz parte dos comentários do episódio 7x4 de 9-1-1


9-1-1



Amanda - 2024-04-05 01:55:51 ( 191)
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Destaque: 3 Body Problem - 1x1 - Countdown

Escrito por: Allan Veríssimo


Contextualizando brevemente para quem não leu o livro: as cenas na China dos anos 60/70 são bastante fiéis ao livro, com algumas poucas diferenças. Já a trama do presente tem diferenças bastante drásticas: enquanto no livro ainda é situada na China, aqui mudamos para Londres. A maior parte dos eventos com os cientistas que vimos no presente nesse episódio ocorre com apenas um único protagonista, Wang Miao. Os eventos do presente que ocorrem nesse episódio e que são do livro:

- cientistas cometendo suicídio no mundo todo por causa de erros que estão acontecendo em suas pesquisas;
- um personagem vendo uma contagem regressiva para onde quer que vá;
- o vídeo game virtual.
- o final com as estrelas piscando em código morse para o protagonista.

Sobre a trama da China dos anos 60, uma diferença mínima é o fato de que no livro, a prisão de Ye Wenjie ocorreu em circunstâncias diferentes: o jornalista que ela conhece pede para ela transcrever uma carta para o governo, pedindo para que eles parem com o desmatamento. O governo fica furioso e num ato de covardia, o jornalista acusou Ye Wenjie de ter roubado o seu livro e ter escrito a carta. Ye Wenjie nega isso e conta a verdade, mas as autoridades não acreditam e ela é presa.

Esta publicação faz parte dos comentários do episódio 1x1 de 3 Body Problem


3 Body Problem



Allan Veríssimo - 2024-03-22 01:23:35 ( 367)
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Ola,
Seu pedido da serie "Zombie Hotel" foi procesado. Olhe na lista das últimas séries adicionadas no site para pegar o link

2024-04-14 09:27:41Denunciar spoilerDenunciar Abuso*
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Destaque: Love Is Blind - 6x12 - Meet Me at the Altar

Escrito por: Vera


Esse episódio foi desnecessariamente longo, não era preciso tanto tempo pro casamento da AD e Clay, por exemplo (e eu pessoalmente nem ligo pras despedidas de solteiro).

Já tinha assistido um vídeo com spoilers no TikTok e não sei como a moça soube toda a informação mas acertou em tudo.

Jimmy é um babaca mas quem diria que iria terminar a temporada do lado dele. Entendi o que ele falou, porque se ele confidenciou algo fora das câmeras é porque de fato não queria o assunto falado em frente a elas (independente de esse assunto ser certo ou errado, acho que a questão acaba por nem ser essa).

Clay foi maduro q.b., mas pelo amor de deus ele que vá fazer terapia. Tratar a traição do pai quase como um traço de personalidade, e ele me irritou tanto quando falou que "há uma área cinzenta no casamento que ninguém fala", como assim? Não há área cinzenta nenhuma, não vamos tentar normalizar traição em casamento (ou qualquer relacionamento, na verdade) tratando como um assunto problemático que apenas não é falado o suficiente.

Acredito que Amy e Johnny sejam dos casais que vão durar, se juntando a Lauren+Cameron, Alexa+Brennon e Tiffany+Brett.

Gostei dessa temporada, mas achei que arrastaram tanto o drama em detrimento de outras partes do programa que eu pessoalmente gosto de ver, como quando conhecem e se conectam com as famílias. Por exemplo, eu tinha esquecido por completo da situação do irmão da Amy, e gostaria muito de ter visto o Johnny conhecendo ele. Houve membros de outras famílias que nem lembro de aparecerem antes, ou pelo menos nas alturas de conhecer as famílias mesmo. E acho que esse arrastamento nem valeu a pena, porque algum drama ficou meio chatinho eventualmente.

Esta publicação faz parte dos comentários do episódio 6x12 de Love Is Blind


Love Is Blind



Vera - 2024-03-06 08:22:52 ( 593)
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Destaque: True Detective - 4x6 - Night Country: Part 6

Escrito por: LucaSP


Imagino que quem queria um desfecho que deixasse tudo às claras não vai gostar deste, afinal a temporada brincou com uma ambiguidade até o fim. O que aconteceu com a língua da Annie? Tanto o cientista quanto a faxineira mentiram e foram eles que mexeram nisso ou outra pessoa que realmente interviu? O mesmo policial que supostamente a arrancou, sentiu culpa e a colocou no laboratório para que os crimes fossem conectados e solucionados? Ou foi uma força sobrenatural? Por falar nisso, existia algo místico aqui ou era delírios causados pelo frio, noite ininterrupta e água contaminada?

Mas, como diria Danvers, wrong questions. Não interessa para a história se a misticidade era real ou algo da cabeça das personagens. A temporada não foi sobre isso. Foi sobre a vulnerabilidade dos povos nativos frente a exploração antrópica no meio ambiente. Foi sobre como esses indivíduos são desamparados pela lei e só podem contar consigo mesmos no fim - mesmo os cientistas estavam ok em sacrificar aquelas vidas por um "bem maior". Foi sobre uma mãe que perdeu o marido e o filho e não sabia como lidar com a enteada. Foi sobre uma irmã que estava com medo de sucumbir a loucura como aconteceu com irmã mais nova e a mãe, porém ainda questionava se suas visões não seriam um dom e não uma maldição. Foi sobre um filho que não queria seguir o caminho do pai e ao mesmo tempo era relapso com a família tentando ajudar a única figura maternal na vida dele. Foi sobre uma noite interminável que deixava a fragilidade de cada uma dessas personagens expostas.

Cada um vai ter sua opinião sobre esse fim, mas não existe comparação entre essa temporada e as duas que a antecederam. Issa López entregou algo muito mais consistente, bem desenvolvido, intrigante e único que duas das três tentativas de Pizzolatto. Mesmo se você achou que ficaram pontas abertas, já é mais coisa a se discutir do que a segunda e terceira temporada juntas.

Por fim, Jodie Foster fez falta demais na frente das câmeras. Que atuação espetacular aqui. As cenas de Danvers e Navarro isoladas no laboratório no meio da tempestade, dignas de rapar premiações.

Esta publicação faz parte dos comentários do episódio 4x6 de True Detective


True Detective



LucaSP - 2024-02-19 12:54:19 ( 855)
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Destaque: Avatar: The Last Airbender (2024) - 1x8 - Legends

Escrito por: Gabriel


OBRIGADO POR TUDO NETFLIX!!!!!!!!!!!!
Finalmente uma série digna de Avatar! As mudanças que aconteceram não me incomodaram muito, mas eu fiquei um pouquinho triste de não ver o Aang apendendo a dobrar a água. Provavelmente na próxima temporada vai ter um salto temporal e a gente já vai ver ele dominando a água já no primeiro episódio, mas enfim... não tem como ter tudo né?
Eu achei os atores ótimos, principalmente a família da nação do fogo e o Sokka. Queria a Azula mais psicopata e maluca? Queria! Mas acho que a séria vai desenvolver um pouco mais ela até chegar nesse ponto de loucura extrema. O Aang foi ok e a Katara eu só senti um pouco de falta de ser mais decidida e imponente.... a atriz que faz ela mesmo nos momentos de tensão, tem uma expressão muito fofa e adorável, então ficou um pouco estranho para mim, mas eu tenho certeza que ela vai melhorar na próxima temporada.
Não vou mentir que eu queria um teaser da Toph no final, nem que fosse ela de longe ou só a sombra dela... só para dar aquele gostinho sabe?
Enfim, no final de tudo eu amei. Nunca vai ser 100% que nem o desenho, mas fiquei bastante satisfeito. Não vejo a hora da próxima temporada < 3

Esta publicação faz parte dos comentários do episódio 1x8 de Avatar: The Last Airbender (2024)


Avatar: The Last Airbender (2024)



Gabriel - 2024-02-22 17:33:30 ( 878)
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Review - Shōgun

Escrito por: Pedro Rubens


Provavelmente, em algum momento da vida, todos nós já lemos algo que nos fez adentrar as páginas da literatura e visualizar, quase que ao vivo, o que estava sendo lido. Isso poderia acontecer nos livros de História, enquanto estávamos na sala de aula, ou em casa, sentado na cama, enquanto líamos uma obra ficcional. Mas e quando uma série nos permite entrar em contato com o universo literário e assistir, com nossos próprios olhos, um espetáculo que saiu diretamente dos livros da História Oriental?


A convite do Star assistimos com antecedência os dois primeiros episódios de ‘Shogun’, ou ‘Xógun: A Gloriosa Saga do Japão’, como ficou a partir da tradução brasileira, que é uma história ambientada no Japão feudal. A série nos apresenta a colisão entre dois homens ambiciosos, de mundos diferentes, uma misteriosa samurai e debruça o espectador em uma narrativa ambiciosa sobre conquista, fé e vida.


Ambição talvez ainda não seja o melhor adjetivo para caracterizar tal produção. Antes de qualquer coisa: esqueça todos os trailers que você tenha visto. A nova produção do Hulu vai além de tudo o que apresentou em prévias e, em apenas dois episódios, já mostra que todas as cenas apresentadas anteriormente eram apenas 0,1% da grandiosidade que estava por vir.


O que parece ser uma história feudal vai sendo conduzido por uma narrativa que envolve catolicismo, protestantismo, colonização de países europeus, viagens marítimas, piratas, samurais e a rica cultura japonesa. Se logo nos primeiros minutos Shogun aparenta seguir sob a perspectiva de John Blackthorne, um “missionário protestante”, não dura muito até o Japão tomar as rédeas e liderar o enredo de tal forma que nada, ninguém ou nenhum outro núcleo parece ser capaz de preencher a tela.


Tudo se volta para uma reunião de 5 líderes de clãs que, a partir de uma traição, precisam seguir adiante com suas famílias e tribos, entregando assim uma progressão narrativa avassaladora. É assim que a série nos prende e propicia a incapacidade de fugir daquele ambiente…


Se o naufrágio está para acontecer, você se sente parte da embarcação. Se for necessário salvar alguém que caiu de um penhasco, nós estamos ali amarrando uma corda na cintura e descendo em busca do socorro.


‘Shogun’ emerge em meio às tantas séries que narram eventos históricos de qualquer maneira e nos mostra que sim, é possível produzir algo fiel, épico e sem ser arrastado, maçante. Pelo contrário! Até nos momentos de articulação política e religiosa, os diálogos são tão bem construídos que exercem a sua real função: são peças de um quebra-cabeça maior, que precisa ser milimetricamente respeitado e observado para a composição final.


Associado a isso, há uma ambientação de cair o queixo — e não estou usando metáforas aqui! A riqueza de detalhes se encontra em tudo: vestimentas, decorações, adereços, ornamentos, arquitetura, armamento e até nas paisagens naturais quando são apresentadas a flora e o horizonte japonês. À medida que esses elementos são apresentados, a série se aprofunda cada vez mais no que se propõe e cria uma atmosfera que beira a perfeição.


Mas de nada adiantaria uma produção grandiosa se não houvesse direção e atuação bem alocados em seus respectivos papéis. E adivinha só? Aqui nós temos tudo isso!


‘Shogun’ nos leva aos mais profundos livros da cultura oriental, prometendo ao espectador um arco épico, que nos levará a uma viagem rica em detalhes, pouco falada, mas que agora ganhará uma adaptação à altura. É sempre muito bom embarcar pelos mares da História e poder conhecer, com tanto cuidado, um pouco mais do que os livros nos contam.


Nota: 9,25



Shōgun



eirubinho - 2024-02-27 19:13:04 ( 1151)
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Piloto Comentado - The New Look

Escrito por: Amanda Kassis


Os sons de tiros se misturando às máquinas de costura, os tecidos escarlates fazendo alusão ao sangue derramado... A nova série antológica da Apple TV+ estabelece o tom da sua produção desde a abertura. Esta não é apenas uma obra sobre os jogos de poder dentro da alta costura, mas retrata como figuras ilustres — incluindo Coco Chanel, Pierre Balmain, Cristóbal Balenciaga e, claro, Christian Dior — reviveram a paixão da sociedade pela moda e pelos prazeres da vida após vivenciarem os horrores da Segunda Guerra Mundial.


É imprescindível destacar que todos esses nomes responsáveis por construir a era de ouro da alta costura colaboraram, de uma forma ou de outra, com o regime nazista durante a ocupação de Paris. Entretanto, a série deixa claro que não tem a intenção de condenar os personagens pelos seus atos, mas de mostrar a complexidade vivida por eles durante o período e o que fizeram para sobreviver.


Intercalando entre 1943 e 1955 na capital mundial da moda, acompanhamos as diferentes realidades dos personagens. Dior (Ben Mendelsohn) começa como um tímido e anônimo designer trabalhando para o ateliê de Lucien Lelong (John Malkovich), aceitando criar trajes para as esposas dos soldados do alto escalão nazista, pois necessitava sustentar sua família, incluindo sua irmã Catherine (Maisie Williams) — uma condecorada heroína da resistência francesa.


Do outro lado, vemos Coco Chanel (Juliette Binoche), eleita a vilã da trama, que inicialmente se recusou a trabalhar para os nazistas, mas, ao precisar resgatar seu sobrinho que havia sido feito prisioneiro, ela acaba se envolvendo com o inimigo. De fato, a rainha da alta costura foi uma espiã nazista devido à sua relação com Winston Churchill, ex-primeiro-ministro do Reino Unido, e é brilhantemente interpretada por Binoche, que mostra as diversas faces de uma mulher poderosa e, ao mesmo tempo, sem poder algum. 


Em meio aos cenários extravagantes de Paris que são manchados pela bandeira nazista e aos belos trajes produzidos por figuras eternizadas da moda, a audiência assiste ao desenrolar dessa produção cinematográfica com um olhar diferente. A visão de Todd A. Kessler — criador, roteirista e também diretor dos dois primeiros episódios — coloca os horrores do período não como um personagem principal, por assim dizer, mas um antagonista que tenta disputar tempo de tela com as belas criações de Dior, além dos conflitos morais e familiares vividos pelo protagonista ao longo de sua jornada. Ou seja, não é apenas mais uma produção que retrata esse gênero francamente ultrapassado sobre a Segunda Guerra Mundial. Na verdade, ultrapassado é o último adjetivo que poderia ser escolhido para referir-se a uma obra protagonizada pelos maiores nomes da alta costura.


'The New Look' — homônima à primeira coleção de Dior, em 1947, que destacava a opulência do corpo feminino — acaba de estrear e já mostra para que veio. Levando em conta seu elenco de peso, alta qualidade técnica, excelência nos figurinos e no design de produção, essa série será uma das queridinhas das premiações. Agora, se ela será capaz de transformar indicações em vitórias durante um ano repleto de novidades que estavam atrasadas devido às greves de Hollywood… Bom, essa é uma outra história. 


Para quem quiser saber mais sobre o período mais conturbado e sombrio da humanidade sob a perspectiva da alta costura, 3 dos 10 episódios estão disponíveis na Apple TV+. O restante será lançado semanalmente, às quartas-feiras, e a produção já está renovada para a 2ª temporada.


Nota: 7.5



The New Look



eirubinho - 2024-02-15 19:23:04 ( 1257)
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Crítica - Bom Dia, Verônica 3ªT

Escrito por: Pedro Rubens


Na aula mais simples sobre Narrativa, é possível aprender que enredo é a sequência de fatos que compõem a ação da história e que, em sua trajetória linear, segue com a introdução, conflito, clímax e desfecho. Algumas obras audiovisuais aparentam, por vezes, esquecer dessa regra básica e investir em caminhos tortuosos que podem ser benéficos, mas nem sempre é esse o resultado.


A terceira, e última temporada, de Bom Dia, Verônica chegou ao catálogo da Netflix prometendo ser a caçada final. O novo ano começa exatamente de onde parou, com a protagonista pegando a estrada e seguindo as pistas que lhe levarão ao misterioso e cruel Doúm. Mas é nesse limiar que as coisas se complicam…


Diante da quantidade de conflitos que a série apresenta, arcos importantes que precisam ser fechados e núcleos que necessitam de desenvolvimento, a “caçada final” dura apenas 3 episódios e precisa ser no modo acelerado. Personagens entram já no primeiro episódio e caem de paraquedas, arrastando a história para um ponto que mais parece o meio de uma temporada com 8 ou 10 episódios.


Isso acontece com os personagens de Rodrigo Santoro e Maitê Proença, respectivamente Jerônimo/Doúm e Diana. A relação maternal que existe entre os dois não tem tempo de ser bem construída e é apresentada ao público inicialmente como algo romântico, conjugal, até que em dado momento fica evidente que isso não passa de uma obsessão. A pressa para falar sobre tais personagens é tão grande que mais parece uma releitura do Mito de Édipo.


Por outro lado, a série deixa completamente de lado a família da protagonista e apresenta um novo dilema familiar, colocando Verônica Torres no olho de um novo furacão: ela agora passa a ser filha biológica do chefe de toda a máfia que envolve o tráfico de mulheres, crianças e, agora, o leilão de jovens. Como isso é explicado? Em uma simples cena de flashback, sem o mínimo de intenção de preencher as lacunas.


Ainda que o tom mude no episódio final e transforme a protagonista vivida brilhantemente por Tainá Müller em uma espécie de anti-heroína, a sensação é de que tudo foi desenvolvido de maneira absolutamente apressada. Uma narrativa acelerada, que inicia seu terceiro ato faltando desenvolvimento e com muitas lacunas a preencher.


Tendo em vista toda a pressa e inconsistências do roteiro, Bom Dia, Verônica entende que seu papel vai além de ser uma série fictícia. Sua narrativa pode ter sofrido com a decisão de finalização em 3 episódios, mas em momento algum a produção deixou de lado a mensagem principal: abuso feminino.


Essa é a base que fundamenta a série e que leva o público a refletir, ao fim de cada episódio, sobre algo necessário: se você foi vítima de abuso ou conhece alguém que tenha sido, denuncie! A mensagem da série se faz evidente a cada momento e a cena final, talvez, seja a mais emblemática quanto a isso por proporcionar ao público uma aura de Bela Vingança, filme de 2021 da diretora Emerald Fennell.


Por mais que os desvios de caminho tenham acontecido e algumas decisões tenham sido convenientes para acelerar a história, Bom Dia, Verônica torna-se uma daquelas séries emblemáticas por seu apelo. Se assim o for, o desfecho da personagem abre as portas para que muitas outras Verônicas Torres saiam do anonimato e escancarem a realidade dolorosa das quais são sobrepujadas.


Nota: 7,83



Bom Dia, Verônica



eirubinho - 2024-02-14 11:03:06 ( 1308)
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Destaque: Percy Jackson and the Olympians - 1x7 - We Find Out the Truth, Sort Of

Escrito por: polly


Caramba esse episódio... não foi legal. Não foi ruim, mas algumas coisas me decepcionaram muito ao ponto de arruinar a imersão. O que eu vou falar é diferente do que outras milhares de pessoas já disseram na internet? Provavelmente não.

Mas de qualquer forma, vamos lá.

Que diálogo HORRÍVEL com o Crosta! Qual é a necessidade de ser TÃO expositivo? Qual é a dificuldade de construir um diálogo de verdade entre os personagens e não fazê-los ser uma simulação da Wikipedia da mitologia grega? Até a atuação do Walker ficou sofrível nessa cena. Entendo que é uma série infantil, mas espero que na próxima temporada os produtores entendam que o público não é estúpido e é capaz de compreender quem são os personagens que estão na tela sem ter que abrir a cena com "Ah sim! Você é o Crosta".

Ironicamente, construíram muito bem o diálogo da Sally com o Poseidon. Em nenhum momento ela o chama de Poseidon, e ainda assim, SABEMOS quem ele é. Esse tipo de interação também deve ser entregue pelas crianças! Por que os produtores de Percy Jackson tratam elas como se fossem bobas? É um insulto.

E o que foi essa cena do Cérbero? A ação acontecendo off-screen? A Annabeth escalando a pedra na velocidade da luz e surgindo perto dos meninos, milagrosamente salva do perigo. Qual é dessas decisões de deixar cenas que deveriam passar tensão acontecendo FORA da tela? Não acredito que o problema seja orçamento, né? É uma decisão do diretor? Na próxima temporada, talvez seja interessante não vê-lo mais a frente da direção da série.

As cenas com o Hades foram boas, apesar do diálogo ainda parecer meio estranho. Ótimas cenas de flashback com a Sally e Percy, boa introdução de Poseidon.

(SPOILER PRA QUEM NÃO LEU OS LIVROS)

Além disso, gostei da decisão de colocar a Annabeth no campo do arrependimento. Deve ser algo relacionado ao pai, mas pro público que não conhece a história criou uma dúvida de que talvez ela possa ser a ladra do raio! Visto que o próprio Hades menciona a invisibilidade como um truque que foi usado pelo ladrão.

Ainda acredito muito no potencial da série e espero que a segunda temporada consiga corrigir esses erros grotescos.

Esta publicação faz parte dos comentários do episódio 1x7 de Percy Jackson and the Olympians


Percy Jackson and the Olympians



polly - 2024-01-24 02:52:20 ( 1302)
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Destaque: Fargo - 5x8 - Blanket

Escrito por: Bernardo G.S.


O que mais gostava no Danish Graves era o próprio nome dele (em segundo lugar o tapa olho). Apesar de ele e a Lorraine terem começados como vilões, essa reta final cômica fez o personagem crescer em mim. Pena que, em meio a tanta inteligência demonstrada, morreu ao subestimar um cidadão de bem.

Enfim, sobre isso, gostei da forma como essa temporada no começo trouxe dois antagonistas para a Dot (Lorraine e Roy) e hoje centralizou o antagonismo em um só deles. Por que? Pela temática da temporada de machismo (Lars, o agora ex-marido da Indira), violência doméstica e masculinidade tóxica, mas também sororidade (presente na forma como as mulheres da série aos poucos começam a se apoiar, mesmo ao tempo todo estando sendo colocadas umas contra as outras pelas estruturas ao seu redor).

Lorraine é uma megera assumida, gananciosa, louca por poder, elitista ao extremo. Roy Tillman se apresenta como um homem devoto, um "cidadão de bem", temente a Deus, suposto último bastião dos bons valores. Uma internou a nora num hospício, outro bateu nela em todos os lugares possíveis e abusou sexualmente dela tanto na adolescência quanto na idade adulta.

Aí destaco a atuação perfeita da Juno Temple, pois dá pra ver nos olhos da Dot o pavor que ela tem do Roy, medo do qual ela não tem da sogra. O verdadeiro antagonista é o Roy, não a Lorraine (que não hesitou em ir salvar a nora). Ao ter colocado ambos em pé de igualdade nos primeiros episódios a série brincou com o próprio machismo da audiência (meu incluso). Quantos de nós não sentimos mais raiva da Lorraine do que do Roy no início da temporada?

Episódio excelente! De novo.

Esta publicação faz parte dos comentários do episódio 5x8 de Fargo


Fargo



Bernardo G.S. - 2024-01-04 10:01:21 ( 1362)
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