Os corvos tentaram nos avisar a temporada inteira e a gente é que não quis perceber.

Chocada que a sonsa me enganou direitinho. O clima, a fotografia, a trilha da série me lembrou um pouco o estilo de Les Témoins, Les Revenants. Mesmo assim, sinto que os roteiristas poderiam ter dado mais espaço a esse plot sobrenatural da floresta, o que tem ali. É muito tempo de tela gasto com histórias paralelas, a maioria com desfechos até clichês, e que me parecem que estão ali sendo contadas pra reforçar que se trata de um lugar isolado onde crimes com um certo grau de morbidez, acontecem. A cena que a major e o policial entram na caverna e chegam a ter alucinações foi a melhor parte da série na minha opinião, e por isso mesmo, deveria ter sido mais explorada. Esse final deixou uma brecha pra uma possível segunda temporada.

Pelo visto a sonsa enganou todo mundo...
Todo episódio eu achava que tinha algo sobrenatural e no final eu era só o Pica Pau: "fui tapeado!". Mas agora não tem como dizer que não. Esse roteirista quer me deixar doido!

Uma curiosidade pra vocês: aquela imagem que a major vê na delegacia de um deus de chifres, que um dos policiais menciona habitar a floresta, é do deus celta Cernunnos. É o deus cornífero das florestas semelhante ao deus Pã dos gregos, que controla a natureza e o ciclo de vida e morte. Isso explicaria sua presença no final.
Os corvos que são presença constante na série também remetem à mitologia celta: eles acompanham a deusa Morrigan, ligada à guerra e à morte, que leva os mortos para o outro mundo.

que sangue frio o jeito que atirou na delegada...