Não acredito que ela já falou pro boy que foi pra NY por causa dele, eu jurei que iriam enrolar anos pra falar isso

Uau, esse foi um tremendo piloto e soube muito bem apresentar os personagens principais. Felicity é mesmo uma personagem peculiar. A primeira impressão que temos dela no começo é um pouco unidimensional. É surpreendente a impulsividade com que ela toma uma decisão importante da vida, como mudar todos seus planos sobre a faculdade, para seguir um cara com quem ela nem teve um contato até o dia da formatura. É de se entender a revolta dos pais quando recebem a notícia de que a filha única decidiu mudar todos os planos de futuro que foram traçados para ela. Mas, é justamente quando o piloto adentra na relação entre Felicity e seus pais é que percebemos que sua decisão não foi tão "banal" assim. Ela veio de uma vontade dentro de Felicity, de tomar uma decisão por ela própria, uma vontade dela mesma de ser independente e de se sentir responsável pelo seu próprio futuro e pelas suas próprias escolhas. Foi impulsivo? Sim, foi, e bem arriscado para dizer a verdade, mas eu aprecio a coragem que ela teve, porque não sei se teria essa mesma coragem.Ben, assim como ela própria admite, foi apenas uma desculpa que ela encontrou para ter a coragem de tomar uma decisão sobre seu futuro, meio que o estopim desse desejo de independência.
Eu meio que fiquei constrangido pela Felicity nesse piloto, a coitada além de dar a louca e seguir uma cara que ela trocou três palavras ainda vai e me conta pra ele o real motivo dela ter ido para NY. Tipo, garota, calma, para de passar vergonha! Ele vai achar que você é uma stalker!!!!
Gostei bastante do Noel, mas achei essa paixão dele por Felicity muito rápida, afinal, eles acabaram de se conhecer.
Sempre que Julie aparecer eu vou lembrar dela como a power ranger rosa, hehehe.
Talvez uma das características mais bacanas que eu gostei nessa série, são as gravações que Felicity faz para sua amiga Sally. Achei bem mais legal que usarem, por exemplo, algo como um diário para expressar os pensamentos da protagonista. E fica ainda mais legal quando mostram também a fita de resposta de Sally para Felicity. O legal, é que muito provavelmente não chegaremos a ver Sally fisicamente, mas já amei a personagem e a ideia de conhece-la apenas pela interação delas por meio das fitas me agradou. Aliás, o roteiro dessa série me agradou muito e foi em uma das falas de Sally que se traduziu a mensagem da caminhada de Felicity nesse episódio e do que eu acho que se trata a série: "I guess, I’l learning little by little that we decide what our lives are going to be. Things happen to us. But it’s our reactions that matter. – Sally".

"If I made a mistake, then at least it was mine." (Felicity)

:)

A ideia da série surgiu durante a lua-de-mel de J.J. Abrams em Bali, no ano de 1996. Estranhamente, o produtor lembrou de uma antiga colega de classe que se chamava Felicity durante a sua viagem, o que mais tarde originou a série.

Piloto muito melhor do que eu me lembrava. Impressionante como esse episódio consegue dissecar toda a impulsividade do ato da protagonista de correr atrás de um cara que mal conhecia e transformar isso em algo extremamente palpável, que gera identificação com o público. Felicity nada mais é que alguém cansada de ter a vida toda controlada, previsível, e que quis arriscar tudo.

Aliás, a minha cena favorita aqui foi justamente quando ela aperta o botão "panic" após ouvir todos os planos que os pais dela fizeram pelas suas costas.

Os diálogos são muito maduros. A trilha sonora se encaixa muito bem. E Keri Russell desde muito nova demonstra um monstruoso talento.