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Por esses dois episódios, a série me passa uma vibe de Rosemary's Baby com The Omen, com menos foco no ocultismo e mais em mostrar o quanto a maternidade pode ser uma experiência assustadora - inclusive diria que ela vem sendo a grande vilã da série e não o bebê propriamente dito.
Pelo que foi mostrado até o momento, o bebê pula de mulher em mulher, causando acidentes por onde passa até o ponto que a "mãe" enlouquece, acredita que vai ser a próxima e acaba perdendo a própria vida. O mais fascinante disso é que, mesmo elas tendo medo da criança, elas não conseguem simplesmente abandoná-la e seguir a vida. Há um certo instinto que segura elas - que também pode ser apenas a racionalidade dizendo "e se for apenas um bebê?"
Essa sequência no fim mostra bem isso. Natasha não é a mãe dele. Ela tentou fazer o certo e o entregar para as autoridades. Não funcionou e ela acabou testemunhando cinco mortes com o dito cujo indiretamente envolvido. Tudo leva a crer que, pela segurança dela e dos demais, o melhor era se livrar dele longe de todos. Mesmo assim, foi só a criança começar a chorar naquele campo que ela volta atrás arrependida. Novamente, há uma força que faz a protagonista priorizar mais a segurança do bebê do que a dela - maternidade. E é justamente essa força que se coloca contra Natasha e não o bebê em si.
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