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Matt Murdock e Wilson Fisk são homens presos à dualidade, oscilando entre a promessa de mudança e a própria natureza. Ambos tentaram redefinir suas existências, mas a verdade é que certos caminhos não se desfazem, apenas se dobram momentaneamente. No fim, quando o novo falha ou se revela ilusório, eles retornam ao que sempre foram: Demolidor e Rei do Crime. A mudança é possível, mas a essência sempre ressurge.
De qualquer forma, é gratificante ver o Demolidor retornar ao telhado, enquanto Fisk pondera sobre o perdão para Adam, reforçando um paralelo tão evidente quanto sempre. Matt não pode ser o Demolidor sem atrair a atenção de Fisk, assim como Fisk não pode ser o Rei do Crime sem atrair a atenção de Matt. São dois homens presos a seus alter egos, incapazes de deixá-los para trás, e esses alter egos sempre estarão em desacordo.
Também é ótimo ver Frank Castle retornar, trazendo consigo a mesma fúria implacável e a moral brutal que o define. Em um mundo onde Matt e Fisk travam sua guerra interminável, a presença do Justiceiro é um lembrete de que há aqueles que não jogam pelos mesmos códigos, mas cujas batalhas inevitavelmente se cruzam.
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