Se tem algo que David Simon domina bem é construir um ambiente repleto de tramas e personagens e, ainda assim, conseguir desenvolver tudo sem soar confuso. Quer dizer, é natural não entender, à primeira vista, a função de algo ali, mas com o tempo tudo é esclarecido e conectado. Pelo menos foi assim nos dois seriados dele que eu já vi: The Wire e Show Me a Hero.

De fato, não há um plot principal. Está para mais um contexto, no qual a história se situa, no caso Treme. A princípio, o bairro não me parece oferecer uma variedade temática tão grande quanto Baltimore, por exemplo, ofereceu a The Wire. No entanto, em termos de personagens interessantes, Treme não deixa nada a desejar perante a "irmã mais velha".

Fiquei sem saber do que se trata a série ao certo. Na verdade não teve um foco (ou não deixou claro ). Não fiquei com aquela curiosidade de saber o que ocorre no próximo. Tenho que dizer que nem sei ao certo porque comecei a assistir esta série. Acredito que por ser HBO baixei de olhos fechados. A fotografia da série é muito boa, atores bons mas faltou história. Vou ver mais um e decido se continuo.

A primeira coisa que eu coloquei na minha cabeça antes de iniciar a maratona de Treme, é que ela não é uma The Wire. A saudade bate vendo Bunk e Lester no elenco, e provavelmente outros aparecerão, mas Simon nos trás aqui algo bem peculiar, sem ligação com seus antigos trabalhos.

Interessante que a série irá pegar a essência de New Orleans - com seu famoso Mardi Gras -, em meio ao caos instalado três meses antes da linha temporal. Jazz, reconstrução e oportunidades fazem parte do que Treme quer nos mostrar desde o seu primeiro frame. Impossível não curtir uma produção do melhor diretor da história da tevê!

Pqp que elencooo