O barulho incômodo de Ali não é por causa das crianças que agora pulam e brincam onde ela e seus irmãos pularam e brincaram. Nem por causa da família que agora se reúne pra falar da quantidade de comida, dos assuntos triviais de cada um, de lembranças saudosas e perspectivas simples pra um futuro que está logo aí. O barulho incômodo é a memória que insiste em permanecer sobre coisas e detalhes que a moldaram e que, ao invés de preferir esquecer, enfrenta a dura necessidade de lembrar. Os gatilhos pra ela são a informação de que Leslie se relacionara com uma aluna bem mais nova, o pai que quer andar nu sem se importar com a presença das filhas, a colcha que a avó costurou e que encobria seu corpo quando o tio que não quis abraçar chegou ("se uma criança se recusar a abraçar um adulto, não insista"... é um conselho que todos nós deveríamos levar adiante).

Ali sabe que a libertação advém da consciência sobre as próprias experiências e sentimentos, o que todas aquelas pessoas procuram na reunião para viciados em sexo. E de certa forma, não parece certo que se apeguem à oração pra se conter... porque quando se coloca uma religião, todo um sistema tradicional à frente, não parece haver uma libertação genuína de nada, mas um controle individual estabelecido pelo medo e pela vergonha (sim, é uma via menos difícil pra evitar a continuidade de algo prejudicial e é preferível que esse algo deixe de acontecer, mas não deixam de ser motivos questionáveis que muitas vezes encaminham condutas hipócritas e intolerâncias).

No mais é sempre bom ver Maura feliz. Mas a Shelly ainda é legado muito menos do que ela merece, agora preenchendo uma função pra Josh, já que tudo que ele não quer é ficar só.

se foi resultado de teste no buzzfeed então é verdade

o que mais gosto nessa série são os flashbacks. eles dizem muitas coisas que a gente só entende depois.

não é de hoje que temos que exaltar essa atriz jovem que interpreta a ali nos flashbacks

que agonia daquela falação