GLOW by Gustavo Marques

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Episodio 1x1 - Nota 8 2018-08-15 01:15:02

Eu esperava algo bem diferente e me surpreendi positivamente com esse piloto. Alison Brie maravilhosa, as usual, e a Ruth é uma ótima protagonista.

Eu só acho que seria bem mais interessante se a série focasse mais na vida de atriz da Ruth, na busca dela por papeis na TV e no teatro, enfim, no seu dia-a-dia. Não sei se eu gosto muito desse ambiente da luta livre, muito menos dessa espetacularização. Mas a showrunner Carly Mensch já colaborou com séries como Weeds e Orange Is the New Black, então pode ser que saia algo bom daí.

E eu vejo a cena final por um outro ângulo: Ruth passou o episódio inteiro buscando uma motivação, um pano de fundo para a luta, e finalmente achou. Há um quê de dark comedy ali, e eu gostei disso. Eu espero que os próximos episódios explorem melhor as rugas emocionais desse rompimento com a amiga, mas foi um bom episódio de estreia.

Episodio 1x2 - Nota 8 2018-08-20 22:42:14

Já amo a Cherry.

Episodio 1x5 - Nota 8 2018-08-21 23:39:56

A Debbie toda pedante sendo que só conseguiu o papel principal porque participou de uma NOVELA (!). Que preguiça.

Por outro lado, a Ruth é tão esforçada. Ela é uma atriz de verdade, talentosa, com uma ótima bagagem cultural, alguém que obviamente não faz parte daquele mundo. Mas mesmo assim tá sempre tentando melhorar a personagem, aprendendo novos golpes. Desculpa, mas não consigo entender como alguém não gosta dela mas gosta da Debbie.

E o que dizer daquela performance da Ruth na inauguração da loja? Simplesmente o grande momento cômico do programa até aqui. Adorei a personagem comunista.

Episodio 1x6 - Nota 8 2018-08-22 10:49:57

"You think you're so great, with your decadent fast food and your disgusting football, which is wrong name for this sport, because football is soccer. Can't even name your sports right."

GO ZOYA

Episodio 1x8 - Nota 9.5 2018-08-23 22:14:21

"Maybe It's All the Disco" é um clássico episódio divisor de águas, e eu também fiquei impressionado com a sensibilidade do roteiro. O centro emocional do capítulo obviamente é a Ruth (já vou chegar lá), mas acho que pela primeira vez eu gostei do núcleo da Debbie: por mais que esse plot tenha sido algo meio básico, a tentativa de reconciliação foi um momento surpreendentemente convincente (eu gosto particularmente da parte em que o Mark fala do tempo que eles ficaram sem conversar/se tocar mas que isso não justifica o que ele fez). Foi uma cena bem honesta, e íntima, que trouxe todo um peso dramático para uma das personagens menos interessantes da série (principalmente se considerarmos todo o tempo de tela que ela ganhou até aqui), e eu realmente apreciei isso.

No outro núcleo, a cena da Sheila andando de patins foi tão adorável - um momento mais leve, mas tão intimista e sensível quanto a cena final. Eu gostei também da sinceridade da Rhonda na hora de terminar com o Sam. Esse plot do diretor dormindo com a atriz parecia ser algo bem lugar comum, mas esse foi outro momento poderoso dessa meia-hora sublime de televisão.

Mas o que mais me fascinou em "Maybe It's All the Disco" foi mesmo Sam & Ruth, que na hora me lembrou bastante a relação do Don com a Peggy em Mad Men. O Sam é um cara bem babaca, principalmente com as mulheres, e eu nem sei se dá pra chamá-lo de anti-herói. Mas foi crescendo um respeito profissional ali, e foi bem legal aquela cena em que ele pede a opinião da Ruth. Tudo isso serviu de "escada" para o final do episódio, é claro, mas é uma cena que também funciona muito bem isoladamente. A Ruth é tão esforçada, e é bacana ver que ela está sendo "notada" pelo diretor, num sentido artístico.

E além da sensibilidade do roteiro, outra coisa que faz a cena da "clínica" funcionar tão bem é que tanto o Sam quanto a Ruth estão "sozinhos". O Sam não consegue se relacionar intimamente com ninguém, e acabou de estragar um relacionamento com alguém que realmente gostava dele; a Ruth dormiu com o marido da única pessoa em que ela poderia confiar para uma situação desse tipo, e eu acho ótimo que os roteiristas não tentaram transformar isso em um relacionamento carnal/conjugal (e novamente, isso tudo é bem Mad Men).

Episodio 1x9 - Nota 8.5 2018-08-24 20:30:02

Eu achei que o Sam evoluiria um pouco depois do último episódio, mas lá vai ele estragar mais um relacionamento e ser babaca com outra pessoa que gosta dele. Essa cena final deu até vergonha alheia.

Mas faz sentido esse twist. Só isso explica ela ser tão fã dos filmes dele, e eles realmente são parecidos. As cenas da Justine sempre me pareceram meio... aleatórias, mas essa é uma daquelas revelações que fazem você reavaliar os episódios anteriores.

E mais uma Emmy Tape da Alison Brie (que lamentavelmente foi ignorada na sua categoria).

Episodio 1x10 - Nota 9 2018-09-06 10:27:48

GLOW cresceu muito comigo após essa finale. Foi uma temporada bem redondinha, que mostrou a dificuldade que é produzir um programa como esse. E eu gosto dessa ideia de superação, desse grupo de profissionais fracassados e/ou marginalizados pela sociedade que juntos conseguiram colocar o show no ar.

Talvez esse seja o meu maior problema com a Debbie: ela não precisa tanto disso quanto os outros. Ainda assim, a cena em que ela sai da plateia e entra no ringue foi surpreendentemente poderosa. Eu só espero que a próxima temporada não gaste mais tempo com esse draminha dela com a Ruth.

E que pesada a cena da Beirut. Aquilo foi tão real, um dos momentos mais fortes da temporada, e é ótimo ver os roteiristas usando os estereótipos pra fazer um social commentary (ao invés de apenas reforçar o "rótulo").

E tão bacana ver a Ruth dirigindo o episódio-piloto. Lembrei na hora da personagem da Maggie Gyllenhaal em The Deuce.

Episodio 2x1 - Nota 7 2018-11-29 00:15:31

O Sam é muito babaca, puta merda. Além de tudo é um diretor medíocre.
Debbie continua sendo a personagem intragável da primeira temporada ("hur dur, fiz uma participação numa soap opera", que preguiça).
E a Ruth, coitada, tão talentosa mas só se fode.

Episodio 2x6 - Nota 7 2018-12-13 19:35:31

Desculpa, mas eu não acho a Debbie uma personagem complexa. Ela é praticamente uma vilã de novela (uma espécie de Gemma Teller sem carisma), e a escrita da personagem tá me incomodando ainda mais do que na 1T.

OK, ela é uma atriz egoísta que só se importa com sua carreira. Ela também é hipócrita, porque acusou a Ruth de 'não pensar nas outras garotas' (asco), mas o que foi esse final? no mínimo, totalmente anti-profissional (ué, não era ela que era uma atriz super profissional? de renome nacional?). Mas beleza, são traços típicos de uma personagem anti-heroína de uma série ambientada nos anos 80.

Mas mesmo os personagens anti-heróis mais desprezíveis possuem seus momentos mais... afáveis. Digo, até o Sam mostrou mais empatia e sensibilidade com a situação da Ruth (duas vezes, aliás, no episódio do aborto e agora). OK, ela foi traída pela 'melhor amiga' e está enfrentando um divórcio. É uma situação difícil (bem rich people problems, se compararmos com o drama das outras garotas, mas beleza), mas nada justifica toda essa frieza com uma pessoa que ela conhece intimamente há anos. Por mais que tenha havido uma ruptura, uma quebra de confiança, por mais que haja uma mágoa difícil de ser superada... não é possível que não tenha restado nada, nenhuma consideração, de todos esses anos de companheirismo. Desculpa, mas eu não compro isso.

Outra coisa também: mesmo com tudo que a Debbie vem fazendo, a Ruth faz de tudo para agradar a colega, muitas vezes se sacrificando por uma relação que não tem mais como ser salva. E também não é como se a produtora Debbie estivesse sendo 'útil' num sentido artístico (nem pra ela, nem para as outras garotas). Tem momentos em que o roteiro de GLOW me parece quase tão caricato quanto o programa que dá nome à série. Menos mal que aqui a protagonista é a Ruth.

Episodio 2x7 - Nota 8.5 2018-12-15 15:43:19

Demorou, mas finalmente a Ruth jogou umas verdades na cara da Debbie. Ela precisava disso.

Mas é aquilo né: em um show mais bem escrito, o telespectador conseguiria entender o lado da Debbie naquela discussão (tô lembrando aqui de uma cena da Issa com a Molly na 1T de Insecure, só pra citar uma dramédia). Não foi o que aconteceu. Digo, ela precisou quebrar a perna da 'ex-amiga' pra completar sua vingança. Que se foda se ela pode ter acabado com a carreira de uma colega (ela nem parece se sentir mal sobre isso - "foi um acidente", "a Ruth sabia dos riscos"). Só o que importa pra ela é a catarse.

E não sei se gostei desse final com um tom de reconciliação. A Ruth precisa urgentemente se livrar desse relacionamento tóxico. Que essa briga seja o encerramento que as duas precisavam (não um recomeço). E quem sabe agora a Debbie deixe de ser uma vilã de novela.

E que GLOW volte a dar mais espaço para as personagens secundárias (os episódios centrados na "Rainha da Previdência" e no Bash [no bar gay] foram tão bons).

Episodio 2x8 - Nota 9.5 2018-12-15 19:37:17

O episódio ficou mesmo cansativo na metade final, mas eu acho que a ideia era justamente essa (ele tem a estrutura todinha de uma soap opera - os vários núcleos, a 'enrolação' - ainda que possua um formato inventivo dentro da estrutura do programa).

Melhor episódio da temporada até aqui (amei a estrutura episódica, amei o conceito, amei a metalinguagem, amei as referências, amei tudo). GLOW é uma ótima série quando deixa o draminha da Debbie de lado.

E a música do sequestro é um dos grandes momentos cômicos da TV em 2018.

Episodio 3x3 - Nota 7.5 2019-08-25 17:28:34

finalmente um plot bom para a Debbie

Episodio 3x3 - Nota 7.5 2019-08-31 19:16:18

hahahaha, falou a pessoa que não gosta da quinta temporada de the americans

Episodio 3x7 - Nota 8 2019-10-21 00:55:35

Debbie xingando o Bash: NUNCA CRITIQUEI.

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Gustavo Marques