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Wanderlust By





Episodio 1x1 2018-11-05 12:07:22

A crise da meia idade chegou para o casal que vai tentar resolvê-la com um relacionamento aberto. Talvez Joy tenha muitas vezes querido sugerir isso aos casais que vão consultá-la, mas geralmente há uma resistência grande a esse tipo de relação e, principalmente em uma sociedade como essa, tende a ser mais por conta dos olhares externos e seus julgamentos do que por si mesmos. Talvez a série aborde essa questão de modo mais aprofundado, a partir dessa discussão honesta depois das traições confessadas. Eu acho muito forçado os dois traírem ao mesmo tempo, assim como passarem por isso ao mesmo tempo em que os vizinhos, dando a impressão de que ninguém vive bem, ninguém consegue mais se satisfazer nesse tipo de relacionamento. De todo modo, é uma discussão que vem se fazendo necessária e constante. Lembrei de Doctor Foster, em certa medida, apesar de Wanderlust prometer ser mais realista e cotidiana, por assim dizer. Vou pra regra dos três episódios.

Episodio 1x2 2018-11-05 21:34:04

Provocadora essa reação dos novos parceiros à revelação sobre o relacionamento aberto: a de Claire é descabida porque não poderia ter esperado nada além de sexo, sabendo que Alan é casado e nunca prometeu nada além disso; e o parceiro de Joy foi completamente incoerente, mais ainda quando sabemos que seu casamento acabou por infidelidade. Ele sabia que estava com uma mulher casada e aceitava isso, mas se sente no direito de apontar erro por causa do acordo com o marido? Há algo de muito errado numa sociedade que vê normalidade em traição e horror em um acordo como esse. O estranhamento seria compreensível, mas esse tipo de condenação não passa de um conservadorismo hipócrita (e isso é quase um pleonasmo, não é mesmo?).

Sobre Tom e Michelle, fico pensando o que leva um amigo a propor um absurdo daqueles para alguém tão próximo, pedindo licença para usá-la com um fim tão específico, de modo tão invasivo, sem nenhuma empatia e sensibilidade... o pior é a possibilidade dela ceder por ter uma paixão reprimida.

Essa novidade sobre o acidente é algo muito bem vindo e eu espero que trabalhem direitinho as possibilidades que nos fizeram imaginar acerca da personagem da igreja, que estava também no episódio do acidente. Não consigo apostar se era um caso de Joy ou se aquele casal fazia terapia com ela. No mais, esse final traz conveniências que me desagradam um pouco, há certo excesso de coincidências.

Episodio 1x3 2018-11-05 23:56:03

Eu gostaria de ter visto, ainda é possível, um casal maduro que conseguisse sustentar o relacionamento aberto, mesmo porque fugiria da realista tendência do fracasso desse tipo de acordo. Mas é muito difícil manter uma relação tão íntima com alguém, ter alguma convivência, misturar isso ao sexo e não se envolver emocionalmente, não desenvolver esse apego, alguma paixão. Mais ainda tendo Claire desde o início demonstrado certa decepção com o fato de Alan não ter lhe dado esperanças de uma relação menos casual. Algo assim planta perspectivas, do mesmo modo como Joy relembrar o namoro com o ex a faz imaginar o que poderia ter sido, justamente alguns dias depois do próprio Alan tocar no assunto (outra conveniência difícil de perdoar, aliás).

Episodio 1x4 2018-11-06 13:03:44

Eis a tragédia e é Joy que sente o impacto imediato de um relacionamento que se abriu para um fim provável. Injusto Alan dizer que aceitou por ela, como se fosse passivo e não tivesse adorado a possibilidade de um caso paralelo com Claire, sem culpas. Foi se apaixonando ao mesmo tempo em que cobrava de Joy não se envolver com Lawrence porque o ex poderia vir a significar algo mais especial e agora diz à esposa aquilo que ninguém gostaria de ouvir, algo que os priva de um elemento central para se manterem bem, a cumplicidade singular construída ao compartilharem décadas de casamento.

Há algo sutil no modo como construíram a história de Tom e Michelle. Parece que estamos revendo a juventude de Joy e Lawrence (ou de Joy e Alan) em pequenas cenas, como o compartilhamento de uma mesa para um lanche e as palavras que se semeiam ali. E quando paramos pra pensar em como eventos tão rápidos, tão cotidianos podem ser decisivos, as reações em cadeia que acabam por determinar às vezes toda a vida, suas presenças e suas ausências, é natural sentir um pouco de pânico. No mais, a questão do episódio, pra mim, é essa dúvida entre racionalizar cada passo que damos ou nos deixarmos guiar pelo instinto, pela vontade tantas vezes efêmera. No caso de Joy, nesse episódio, colheu infelicidades ao seguir seus desejos (mas não segui-los resultaria em frustração, uma tristeza menor - ainda assim tristeza -, talvez?). Para Naomi e Rita, a promessa é o contrário.

Episodio 1x5 2018-11-06 14:34:44

Quem dera todos tivéssemos a oportunidade de nos encararmos de modo tão honesto para confrontar quem nos tornamos e o porquê disso. Aqui, a responsabilização aparece como um excesso, afinal ninguém pode controlar tudo, resolver todos os problemas. Nem os próprios nem os de outros. Definitivamente, temos um divisor de águas para Joy e o modo como ela encara tudo que faz, desde o trauma do luto que se viu forçada a disfarçar, revivido por um segundo luto que não se achava no direito de manter, por se culpar, tomando para si uma responsabilidade exagerada. No final, um novo paralelo em relação a ela, dessa vez com Jason, ao conseguir aliviar, se despedir de uma carga, ser forte o suficiente para enfrentar a dor maior, resultante da incapacidade de intervir. O problema imediato agora é lidar com os efeitos das dores menores, causadas – aceleradas, nesse caso - como disfarce, como escape.

Episodio 1x6 2018-11-06 15:59:19

É incerto que Joy aceite Alan de volta, mas não seria surpresa. Depois de tudo, a solidão pesa para ela e a falta de rotina e organização é demais para ele. Alan certamente abriria mão desse “desejo por descobrir” (que o título da série sugere) algo que concretamente o deixe realizado para manter seu conforto, mas talvez Joy tenha rompido essa lógica e não seja mais capaz de se anular ou abrir mão da plenitude ou pelo menos da busca por ela. É certo que se Claire e Lawrence tivessem afirmado compromissos, o retorno do casamento seria algo descartado e tudo isso faz com que saibamos que Joy e Alan foram o que sobrou um para o outro, pelo menos por enquanto. É triste, mas honesto e realista e muitas pessoas conseguem lidar com isso porque as alternativas, entre elas a ausência de um companheiro/cúmplice, tantas vezes desenganam.


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