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Penny Dreadful By Paulo





Episodio 2x2 - Nota 9 2015-05-13 00:53:02

Definitivamente, o encontro entre Vanessa e Caliban reservou o melhor do episódio com aquele diálogo. No passado, ele reservou grandes episódios de sofrimentos, dor e rejeição pelo seu criador, mas aquele momento de conversa, evidenciou que ele aprendeu as coisas com o tempo. Agora é um homem profundo e sábio de palavras. Foi realmente uma cena de não piscar os olhos.

Brona de volta e não sei o que dizer. Ao meu ver, essa aproximação dela com Caliban pode soar forçado e não resultar em nada. No mais, vamos ver no que vai dar. Pra ponderar o lado dark, temos o Mr. Lyle, de senso de humor cômico e vívido. Gostei de sua aparição.

Velho, essa sequência final? Ansioso pra saber o que vem a seguir!

Episodio 2x2 - Nota 9 2015-05-13 00:57:53

Se eu aprendi Ofidioglossia com Harry Potter, por que não Verbis Diablo com Penny Dreadful ? Já é útil pra enviar shades e ninguém decifrar.

Episodio 2x3 - Nota 9 2015-05-20 01:41:08

Que episódio incrível. Essa passagem/flashback da vida de Vanessa foi muito triste. Mas deu um verdadeiro entendimento do arco do momento em que ela se encontrou com Mina na praia e quando ela foi solicitar ajuda a Sr. Malcolm, além do fato do porquê que ela tanto teme as Necromantes. Além disso, a situação mostrou mais uma vez o tanto quanto ela teme seus poderes, pois ao mesmo tempo que isso se torna uma virtude pra ela, é também uma maldição.

Sequência final incrível de Patti LuPone dando o papel de Joan Clayton, devo frisar. Foi bom ver conhecer a bruxa que guiou Vanessa no momento mais difícil de sua vida.

Episodio 2x4 - Nota 9 2015-05-27 22:02:12

Episódios de grandes diálogos, assim me permite dizer:

VICTOR E BRONA: mostrando sobre como o papel das mulheres naquela sociedade era restrito e limitado, e como essa restrição foi expressa através do aperto de um espartilho. Foi genial.

DORIAN E ANGELIQUE: discussão sobre como ser quem pretende ser e não quem realmente é. Achei bem dark e misterioso esse diálogo.

ETHAN E SEMBENE: aquela conversa me fez refletir o quão Sembene é um personagem intrigante e vemos que ele aparece desde o início da trama, porém, não sabemos nada a respeito de sua história e origem. Outro personagem que não sabemos quase nada a respeito é Mr. Lyle e sua relação com as Necromantes, principalmente com a Evelyn.

Episodio 2x5 - Nota 9 2015-06-04 00:05:57

(Caliban) "Eu sou, mas o que sou ninguém se importa ou conhece. Meus amigos desistiram de mim como uma memória perdida. Sou um consumidor das minhas próprias mágoas. Elas ascendem e aparecem no acolhimento alheio, como sombras em dores delirantes de um amor sufocado. E ainda sim eu sou, eu vivo. (Ambos) Como vapores arremessados. (Vanessa) Anseio por cenas onde o homem nunca trilhou. Um lugar onde as mulheres nunca sorriram ou choraram. Há um cumprir com o meu Criador, Deus. E dormir como eu dormia docemente na infância. Tranquilo e despreocupado onde repouso. (Ambos) A grama abaixo, acima, o céu abobadado."

Toda a maestria de um diálogo. Por que as cenas entre Vanessa e Caliban são as melhores ? Nem lembro de Ethan, Dorian, Victor ou qualquer que seja.

Episodio 2x8 - Nota 9 2015-06-24 01:21:34

Enquanto Eva Green e Josh Hartnett arrancaram spotlights em episódios passados, dessa vez foi a Billie Piper que marcou uma grande performance. Que discurso, hein? Eu fiquei boquiaberto com tamanha audácia. E olha que pra uma época como o século XIX, Lily peitou direitinho no que diz respeito ao patriarcalismo, quebrando quaisquer ideologia ponderada a supremacia do homem nas diversas relações sociais.

Vinha comentando isso em episódios passados, e sabia que alguma hora o personagem da Billie iria me surpreender. Ta aí, recebi esse buum! Aplausos, porque isso não é de se deixar em branco não.

Episodio 3x1 - Nota 9.5 2016-04-27 03:10:15

"Batam, estrelas felizes, junto com coisas de baixo. Batam com meu coração, mais abençoado do que posso dizer. Abençoado, mas influenciado por um sofrimento que parece se esvaiar mas não deve assim permanecer. Deixe tudo ficar bem, ficar bem." - IVES, Vanessa.

Que poesia meus caros, que poesia!

Episodio 3x1 - Nota 9.5 2016-04-27 03:10:47

Fortemente grato por essa premiere esplendorosa! Penny Dreadful até nos momentos mais cinzas, delicados e densos de sua história, reserva uma jornada cheia de emoções, tensões e descobertas inéditas. Vanessa Ives é uma mulher dotada de tamanho poder ao mesmo tempo que se torna amaldiçoada por suas habilidades. A continuidade da história da protagonista nos mostra como até mesmo com vitória sob o mal, as forças malignas ainda são responsáveis pela sua solidão individual, pelo seu isolamento, pela cor mórbida de sua pele refletida pela ausência do sol, pela sua incessante redenção de que ela é a precursora de todas as tragédias e perdas da sua vida, como concluíra Dra. Seward. Já nos primeiros minutos do capítulo presenciamos como a angústia lhe acerca, sendo apenas o que lhe resta e nada mais.

Cômodos destruídos, corredores escuros, num cataclisma de mobílias destruídas, isso reflete muito sobre o que Vanessa Ives é e sempre quis ser: ser atípica e indiferente de um magnetismo que atrai coisas terríveis às pessoas que ela ama ou que um dia amou. Ela se rende a isso, ao fato de que a solidão lhe conforta e lhe convém, porque não há feridas consideráveis e ninguém se machuca nas mais dolorosas formas de ser. Ela se sacrifica e ela se conforma com isso. Ives prefere sofrer à deixar que os outros sofram por sua causa. Vanessa não é culpada por nenhuma atrocidade como sempre notamos. Vanessa resumidamente foi afortunada por poderes que nunca pediu ou almejou.

E nesse embalo de acontecimentos, Eva Green entrega uma performance que, como comumente já sabemos, é divina, mas que sempre há alguma forma de nos surpreender e ficarmos atônitos de imensas formas. Seja por uma micro expressão facial, seja pelo seu balanço corporal, seja pelo o seu sorriso cativante, seja pelos seus diálogos, que unicamente e convenhamos, são poéticos, ricos e filosóficos, seja por Vanessa Ives. Eva Green é uma atriz imensa, me orgulho de dizer. Muitas outras podem ser habilidosas mas não há nenhuma outra como a Green. Não há como negar!

No mais, este sequenciamento final terrivelmente tenso com Drácula não há nem o que comentar. A temporada já nos mostra um pequeno fragmento de que tem uma história em potencial para entreter o espectador tal qual como foi em seus dois anos antecessores. Penny Dreadful com certeza absoluta é uma das melhores produções que temos da atualidade, em inúmeros parâmetros, não há como dizer ao contrário. Que série amigos, que série!

Episodio 3x1 - Nota 9.5 2016-04-28 17:00:16

Eu citaria tantos nomes da atualidade...Robin Wright, Ruth Wilson, Kevin Spacey, Claire Danes, Kirsten Dunst, Rami Malek, Regina King, Sarah Paulson...mas nenhum tem a peculiaridade da Eva Green.

Deus na Terra e Green na Terra. É coisa divina!

Episodio 3x1 - Nota 9.5 2017-01-27 18:50:54

Exato, o poema pertence a Alfred Tennyson, um dos seus mais marcantes antes de morrer. De qualquer forma, é a penas uma citação que engrandece o personagem Ives da série.

Episodio 3x2 - Nota 9 2016-05-11 01:43:54

Renfield é a perfeita e verdadeira personificação de que, quando o diabo não vem, manda o secretário.

Episodio 3x2 - Nota 9 2016-05-11 01:59:31

É tão peculiar o cenário cinematográfico do século XIX, devo dizer que isso realmente me intriga. Como algo tão desprovido de pretensão numa sequência de imagens sem algum conceito artístico de aparatos modernos, podem compor detalhes que assim revelam muito enquanto ao mesmo tempo diz tão pouco. Digo, é claro que quando comparado com a modernidade de nossos tempos, onde temos inúmeros apetrechos de altíssima tecnologia, talvez isso signifique um resumido nada ou até mesmo uma grande evolução, no entanto, é tão curioso ver que nessa época um instrumento tão simples, porém, tão inovador havia algo para contar com tantas poucas imagens. É intrigante!

É nesse conceito de espaço que Dr. Sweet mais uma vez compartilha uma troca de ternura com Vanessa antes de revelar o seu verdadeiro "eu". Como um nome tão doce pode vir de uma pessoa tão diabólica de aspectos negros, desfaçado em sua zoologia de animais peçonhentos, venenosos e empalhados. Lhe é conveniente dar tantas saídas bruscas em diálogos e dispensar convites para tomar café para não estragar seu disfarce casual. A simpatia não deve ser confundida por um afeto muito maior e mais significante. Muitos vilões seguem caminhos romancistas para chegar em seus alvos, e todas as forças implacáveis ​​do submundo que Vanessa já enfrentou, talvez este não siga esta trilha ou talvez eu mesmo esteja enganado afirmando isso. No entanto, até aqui é mais inteligente afirmar que esta é a bússola que determina a melhor abordagem do Drácula, pois entre tanto abusivo conhecimento sobre espécies escorpianas que lhe permite tantas evasivas, esta lhe mostra a perfeita trilha a ser feita. Entre outras palavas, Dr. Sweet está tecendo o seu timing, nada deve ser apressado, nada deve atrasado, apenas numa espécie de descobertas inéditas e conversas sobre heróis poéticos, Drácula chegará em Vanessa Ives. Devo frisar, quando Vanessa termina mais uma de suas seções com Dr. Seward, e contemplamos sua expressão facial de compaixão e dor que esta sente após ouvir toda a história de dor e perda, vemos ai como Ives foi heroína de sua própria nublada história e não Joana d'Arc. Temo por ela, apesar de forte, isto é mais uma fatalidade obscura que lhe acerca.

Lily e Dorian despojam de casais esplendidos e sanguinários. Afirmar a trajetória deles tão cedo é muito brusca além daquela que podemos ver onde eles estão atados à uma vingança sobre uma garota por nome de Justine. Ouso em dizer que sua compaixão pela garota simples que um dia foi objeto sexual de muitos homens parece insuficiente. Isso vai muito além disso, muito além de ter oferecido uma moradia à ela. Será que Lily irá transforma-lá em sua máquina mortífera? Quais são seus planos? Victor, após ter quebrado as barreiras entre a vida e a morte, enfrenta o tráfico destino de que sua criação fatal (Lily) o deixou muito mais na solidão e angústia de quando ele estava antes. Nada parece trazê-la de volta, e sua paixão pela amada, irá fazer tomar decisões árduas.

Episodio 3x3 - Nota 9 2016-05-18 01:30:41

Como assim você nunca percebeu? Vanessa Ives tá te vendo, hein!

Episodio 3x3 - Nota 9 2016-05-18 02:02:52

Quando eu digo que Penny Dreadful é uma das melhores produções da atualidade, é porque é mesmo. Não há somente poesia e reflexão nos textos e diálogos, há também um destaque muito maior na expressão dos personagens que diz muito mais do que simples palavras poderiam dizer. Podemos perceber como fragmento disso na expressão de contentamento que John sublinha ao ver Vannesa com Dr. Sweet, na qual partir desse momento, podemos contemplar todo um retrospecto da relação deles em temporadas passadas, como vemos e podemos sentir inclusive, como a amizade deles foi tão profunda e verdadeira. Já o outro aspecto da série é usar a cor vibrante e vermelha do sangue para imprimir uma sensação e uma ideia muito mais intensa e fatal, como o momento da "dança de corpos" entre a Lily, Dorian e Justine. É uma cena forte, violenta, acentuada ao mesmo tempo ousada, e que diz muito sobre o que Lily disse a respeito de impérios, soldados, poder, revolução e liberdade. Domínio. Inclusive, essa cena exerce um grande contraste significativo e contrário às mulheres sufragistas e sua luta.

A forma como a temporada está meticulosamente dissecando o passado ao longo de novas histórias já com precedentes dos anos anteriores, está numa maestria impecável. Estou realmente intrigado para saber porque o John e a Vanessa, conhecidos da clínica Banning, nunca se lembraram de fato um do outro. Isto inclui também o passado do John, e todos aqueles momentos em que foram mostrados sua antiga casa é algo que merece também ser descoberto.

Enfim, só queria dizer mesmo que Penny Dreadful é a única série dos últimos tempos (e da atualidade) que me faz sentir tensão, emoção e excitação ao mesmo tempo. Muitas deveriam aprender com ela. Que obra prima, não me canso de elogiar!

Episodio 3x4 - Nota 10 2016-05-26 01:13:57

"A Blade of Grass" é basicamente devastador e pessoal. É uma verdadeira e crua viagem ao passado de Vanessa Ives, na experiência de descoberta de uma das páginas mais sombrias, íntimas e dolorosas de sua vida, desenhadas por linhas de irreconhecimento, sofrimento e dores. Não há como eu ou você sair imune depois de uma dose dessa, é uma avalanche de sentimentos que nos atinge numa rajada só, de desespero, solidão, sufocamento, angústia, isso tudo embalado nos sentimentos da Vanessa e do John, em apenas um quarto de quatro paredes, em apenas uma onda de perspectiva, em apenas diálogos e expressões que nos dizem muito, e que nos deixa atônitos e congelados por sequenciamentos tão intensos e que nem sequer vemos o tempo passar com eles. Patti LuPone não fica totalmente de fora do contexto, o personagem da atriz é totalmente relevante, ela basicamente faz toda a mediação de Vanessa durante o capítulo, e isso é totalmente interessante porque ela de todos os outros dois passou menos tempo, e mesmo assim, Dr. Seward não fica ofuscada de nenhum modo. Foram apenas três personagens e todos os três conseguiram culminar talvez o maior momento da série, dentre tantos outros ápices de Penny Dreadful. Esse capítulo veio com o propósito de dar a resposta do porquê John e Vanessa possuem rostos tão familiares um para o outro, embora vagamente ainda não se lembrem desse fragmento do passado.

Qual momento favorito? Difícil. Existem duas cenas que me deixaram totalmente boquiabertos, uma quando Lúcifer e Drácula faz uma "dança" de persuasão em cima de Vanessa e ela começa a entrar no sobrenatural e no Verbis Diablo ao mesmo tempo, e a outra é uma cena do John quando ele começa a colocar maquiagem nela. A primeira cena é terrivelmente intensa, mas essa segunda é muito genuína, crua e a maquiagem e o espelho tem toda uma simbologia por trás do sofrimento da Ives, é o momento de reconhecimento de seu verdadeiro "eu", sua única identidade, Vanessa Ives, aquela que sua simpatia e seu interior sobrepõe qualquer habilidade sobrenatural que ela possa ter, e que não lhe define. Essas duas cenas são estritamente um contraste do outro, basicamente mostra os dois lados da personagem, a enigmática impulsionada por poderes do submundo x a humana, o seu verdadeiro brilho, sua verdadeira alma.

Não é nenhum pouco cansativo dizer que Penny Dreadful está em um outro nível, a qualidade de atuação aqui é calibre de cinema. O Emmy comete muitas injustiças, até o Globo de Ouro esse ano não dando a tão merecida estatueta para à Kirsten Dunst foi terrível, eu mesmo achei um insulto. Se eles não derem o tal reconhecimento para Eva Green vai ser o maior crime do mundo, e nem tô falando isso de boca para fora, todo mundo também sabe disso. "A Blade of Grass" é o Emmy Tape que irá expandir a oportunidade de reconhecimento da atriz, e só um cego para não ver isso. Enfim, eu nem sei o que dizer mais, ainda tô extasiado com tamanha obra-prima.

Episodio 3x4 - Nota 10 2016-05-26 14:26:09

Olha, vou te dizer, nesse ano temos muitas atrizes fenomenais, cheias de habilidades e poderes de atuação. Não vou mencioná-las pois a lista seria grande, mas se tem três atrizes que eu posso fazer menção honrosa são a Caitriona Balfe (Outlander) e a Keri Russell (The Americans). Eva Green entra como uma terceira, e dentre tantas provas de performance, ela demonstra mais uma vez que é digna de total reconhecimento e é uma atriz foderosa em todas as maneiras.

De um modo geral, é difícil escolher entre uma delas, todas me atingem de uma maneira muito específica, devo dizer, no entanto, depois de "A Blade of Grass" eu não exito em dizer que já temos a maior atriz do ano, e esse alguém é nada menos que à Green, que acaba de nos dar uma atuação não só tocante, mas cheia de camadas e descobertas da personagem. Oh Good, definitivamente ela sempre entrega uma atuação muito mais que completa. É divino!

Episodio 3x5 - Nota 9 2016-05-31 23:25:57

Com a trajetória de Ethan em exploração, não achei esse capítulo nenhum pouco monótono, mas não é tão estimulante quanto a jornada da Vanessa. A dela é mais marcante, mais intensa, mais obscura, mas isso não anula de nenhuma maneira a importância do núcleo do Ethan, uma vez que a temporada está dedicando em mostrar qual o seu verdadeiro "eu", qual caminho ele deve seguir, e posteriormente, qual mestre ele deve embraçar.

Não acho nada legal as pessoas dizerem que ele não tem importância nesse ponto da história, portanto deve esquece-lo. Nas primeiras duas temporadas vimos como ele foi de suma importância para Vanessa, em inúmeros momentos Ethan foi essencial, desde a procura de Mina até a derrota de Evelyn, na temporada passada. Foi nesse meio tempo que as habilidades obscuras e escondidas de Ethan ressurgiram e assim se revelou a sua "besta" maior. Essa é a real razão da temporada atual focando no individual dele e ela não faz nada de errado, inclusive, enquanto ela manusear seus personagens de forma exponenciada, Penny Dreadful estará fazendo um enorme trabalho de qualidade. Quantas séries atuais fazem isso, se dedicam dessa maneira? Se no capítulo passado tivemos Vanessa como ponto de análise, não vejo nenhum problema agora focarem no Ethan. Vanessa Ives é o grande spotlight da série, mas sozinha ela não faz todo o universo que é trabalhado em Penny Dreadful. Isso se chama diversidade, e essa diversidade é coerente porque é o que justamente vimos na premiere desse ano, todos seguiram seus caminhos e agora se encontram neles, porque nestes estão seus dilemas.

Numa análise pessoal minha, devo dizer que prefiro que ele embrace o lado obscuro dele. Ethan e Vanessa é uma dupla poderosa pelo o que foram nos anos anteriores, mas seria imensamente interessante se houvesse um embate entre os dois, bem versus mal, aliás, tanto Ethan quanto Vanessa não escolheram seus poderes e suas habilidades, mas ambos seguem o que lhes foram destinados e dados, e portanto, o que acreditam. Penny Dreadful é muito mais sobre fé do que se imagina. No embalo final de revelações sobre o seu pai e mortes tão próximas e sentidas, por se tratar de sua família, Ethan percebe que não deve mais esconder-se do seu verdadeiro "eu" e portanto, deve encarar aquilo que é seu destino, a escuridão.

Nessa soma de histórias pessoais, segue-se a vida de Victor que pretende trazer Lily de volta utilizando seus métodos inortodoxos. Por ser sua criatura humana, ele acredita que deve possuí-la e dominá-la, e uma vez que se criou um sentimento de afeição à ela mais do que ele poderia imaginar, isso se torna um motivo suficiente para tê-la, porque no final de tudo, ele a ama e isso é o que importa. O que Victor não sabe é que ele fez da Lily uma máquina mortífera, e esse seu incessante desejo mortal por ela pode talvez trazer sua inesperada morte.

Episodio 3x6 - Nota 9 2016-06-07 22:25:15

E hoje de tarde lembrei desse erro, haha, mas não deixa de ser 6 do mesmo jeito.

Episodio 3x6 - Nota 9 2016-06-07 22:36:31

Imagina só o que vai ser quando à Vanessa descobrir que tremeu na base com a besta nefasta, quer dizer, o Drácula. Isso não vai dar nada bem não!

Episodio 3x7 - Nota 9 2016-06-16 12:08:53

No momento em que Lily se encontra, de forma alguma concordo em afirmar que os ideais dela de revolução são puramente nobres (no passado pode até ter sido). Lily quer usar os homens como objeto de colisão, a luta dela já não passa a ser por uma causa, passa a ser um discurso de ódio, de repugnação, caracterização e de esteriótipos. Usando de suas experiências próprias do passado, ela quer fomentar que todos os homens são meramente iguais e devem sofrer por isso. Não me abstenho a dizer que minha espécie é uma raça de homens trogloditas e brutos de atos esdrúxulos e deploráveis, isso não é menos verdade quando vemos as notícias diárias de mulheres sendo violentadas e brutalmente estupradas, mas Lily está completamente fora de controle e não está menos errada que o Dorian e Victor (com seus métodos nada ortodoxos) por querer moldá-la, não numa mulher ideal, mas por querer trazer de volta aquela mulher que um dia foi sã na qual atualmente se encontra fora suas faculdades mentais. Isso também não exclui a posição de Victor, esse incessante desejo mortal dele para ela é deplorável e só mostra cada vez mais como ele quer usa-la como seu objeto de desejo e nada mais. Reconheço isso.

Eu entendo a perspectiva da personagem, em algum ponto da história eu até entendia as razões dela, mas Lily não quer nada menos que destruir, e violência não se paga com violência, nem muito menos ódio com ódio, o que Lily está fazendo não é chamado de revolução, ela está sendo apenas uma máquina mortífera que quer se saciar com sangue e corpos de homens mutilados. Entre todos os pesares do que Dorian é e disse, ela cada vez mais parece uma domadora de leões num circo. Isso é pretensioso para a série, não porque os homens que construíram os favorecem, mas porque é conveniente para a estrutura de Penny Dreadful. Lily quer revolução, quer que os homens que lhe massacraram no passado paguem pelo o que fez, mas no momento em que ela transforma isso em extermínio em massa, não posso chamar de revolução alguma.

Num último instante, devo concordar com seu ponto final. Não existe nada de saudável nessa relação entre Vanessa e Drácula, isso chega a ser o cúmulo do inaceitável e desprezível, alguns espectadores parecem desnorteados em nutrir isso, quando esquecem por um momento que ele foi responsável por todos os tormentos, perdas e sofrimentos passados por ela. Lamentável!

Episodio 3x7 - Nota 9 2016-06-19 01:51:58

Exato Levi, e muito bem lembrado seu ponto trazendo as Sufragistas como exemplo. Essa cena surgiu justamente para causar esse efeito de constaste, com o que estas queriam e lutavam (igualdade) e com o que a Lily almejava, que é justamente o domínio das coisas, e se me recordo, a própria Lily deixa bem claro isso.

Lily trás terror, massacre, destruição, e isso não é nada sinônimo de revolução ou qualquer luta por opressão que ela tenha passado anteriormente. Ninguém deve concordar com o que ela está fazendo.

Episodio 3x7 - Nota 9 2016-06-25 16:14:51

Se você se prende a esse discurso de ódio dela então você acha que isso não é misandria? Ok.

Episodio 3x8 - Nota 9 2016-06-19 15:08:39

É bom ser renovada logo, hein Showtime, porque se Penny Dreadful existe, por que existe?

Episodio 3x8 - Nota 9 2016-06-19 17:56:37

A única que foi renovada para mais duas temporadas em meu conhecimento foi The Americans, mas ela é da FX. Agora, Penny Dreadful ainda não foi renovada, isso ainda está pendente. Eu tô otimista com a série, e se falarmos em números, a segunda temporada teve uma queda de 20-30% em relação a primeira e mesmo assim foi renovada. Tomara que independentemente disso, venha por aí um quarto ano. A série tem muita qualidade pra ser cancelada assim.

Episodio 3x8 - Nota 9 2016-06-20 00:50:43

Depois de Hannibal, eu acho que não tô com estruturas pra ver Penny Dreadful cancelada. Seria um double headshot na minha vida.

Episodio 3x8 - Nota 9 2016-06-20 13:07:31

Sem problemas. Nem tinha lembrado que Outlander tinha sido renovada para mais duas temporadas também.

Episodio 3x8 - Nota 9 2016-06-20 17:10:19

"I had you see, a daughter. Love is too small a word for what I felt for my little girl. All words fail. Holding her was like feeling the sun from both sides. We lived in this room, in Spitalfields, a hovel. I still had to whore or there'd be no food, I'd lay her by the fire, pile the coal up high. It broke my heart to go.

One night it was so cold even the whores weren't out. Can you imagine? She was crying when I left. They weren't cries of teething, they were cries of loneliness. I cannot forget them. I found a john. This rough bastard, just crushing me against the bricks, but I didn't care, I wanted it over. When he was done, he didn't want to pay, he struck me. And I'd been hit before, but him, he knew how to aim. I felt this sting across my temple, I saw the world fall on its side. I can see myself lying there in the street, too weak to get up, not weak enough to die. Why didn't I just get up? That was all I had to do. Just get up! Get fucking up!

It was light when I woke, it had snowed. The whole world was white. I ran home, the fire was...The coal was dust. She was cold when I lifted her, cold as ice. She died alone. Her name was Sarah. Please, don't take her from me." - Lily

Embora eu não tenha concordado com as atitudes da Lily, devo dizer, que devastador, que íntimo. Eu basicamente chorei nesse desabafo dela.

Episodio 3x9 - Nota 10 2016-06-20 15:31:53

Hannibal e agora Penny Dreadful? Jesus, que coisa mais horrível é esse mundo de seriador onde a gente só sofre.

Episodio 3x9 - Nota 10 2016-06-21 00:06:55

No meu interior, eu sinto que esse era o destino de Ives e me perdoe quem discorda desse meu momento pragmático, mas quando estamos diante de situações conflitantes ou quando a vida nos impõe dilemas a serem resolvidos, temos que fazer nossas próprias decisões, e estas, muitas vezes, ditam nossa trajetória de vida, nosso espírito individual, e acima de tudo, como isso interfere o meio em que vivemos, assim como as pessoas que mais amamos, seja feito isso pela forma de sacrifícios ou não.

A vida ela nos dá esses desafios, sabe. Nem sempre estamos preparados para enfrentar aquilo que ela nos reserva, aquilo que ela nos dá de dadiva ou de fatalidade, e esta é a trajetória de Vanessa Ives, uma mulher que foi afortunada por poderes que nunca almejou ou pediu, e mesmo assim, sempre foi amaldiçoada, sofreu das piores formas, lutou, perdeu e se reergueu, que nunca negou que a solidão era um conforto peculiar, uma velha amiga que poderia reencontrar a muito distante dalí, longe daqueles que ela amava, pois este era um sacrifício necessário a ser feito, e ela se importava com estes com toda sua genuína alma, a ponto de não os deixaram sofrer pelo o seu magnetismo que sempre atraia coisas terríveis às pessoas.

Eu vejo muito desse desfecho de Vanessa na trajetória de vida de Dexter, pode parecer loucura esta comparação, mas ambas, são histórias sobre "monstros" que fizeram sacrifícios ao longo de suas vidas ou no final destas (não há spoilers aqui). Dexter tinha um código moral que colocava a auto preservação acima de tudo, Vanessa não estava condicionada a fazer o mesmo, não por ser considerada fraca por não querer lutar contra todos os demônios que lhe afligia, mas por que o sacrifício pelo bem maior estava também em si mesmo, e este sacrifício estava na redenção de sua morte. Infelizmente, com todo o pesar, Ives não iria encontrar descanso enquanto respirasse, ela mesma reconfirma e reconhece que as páginas de sua vida seriam ditadas com linhas de sofrimento, dores e possíveis eventuais perdas, e mesmo tendo tantos amigos queridos que lhe ajudaram nessa caminhada mais dolorosa de sua vida, que estavam novamente dispostos a lutar lado a lado com ela, ela se absteve disso, se sacrificou, por amor à todos aqueles que eram lhe mais que próximos, por amor a família que lhe acolheu sabendo dos males que seu nome carregava, lhe acolheu por ser Vanessa Ives. Agora ela encontrou finalmente a paz e a fé, ela encontrou a Deus, e todos eles ao mesmo tempo também encontraram. Afinal, sua luta foi seu sacrifício.

Eu embraço o destino como ele tenha sido, eu embraço a morte de Vanessa como reconfortante, no pior ou no melhor das situações. É uma morte simbólica e sobretudo, poética, na mais estética dos sentimentos dela. Num último instante, "The Blessed Dark" nos atenta a história sobre Vanessa Ives e ela foi heroína de sua própria história e não Joana d'Arc ou outro poeta qualquer. Entre tantos terrores que Penny Dreadful tenha nos apresentado, ela é, acima de tudo, delicadamente religiosa, sobre uma mulher na batalha com a fé, entre Deus e o diabo, com seus conflitos pessoais e a fatalidade de sua "dádiva". Não sou assim tão religioso, mas se eu acredito que Jesus se sacrificou por todos nós, certamente o que Ives fez não foi em vão.

Concluindo assim, devo dizer que Penny Dreadful é uma das séries mais sofisticadas e delicadas que já vi em toda minha vida. Os diálogos riquíssimos, as atuações, os cenários e o clima tenebroso, sempre me cativaram, e o maior charme de tudo então, nem se fala, Eva Green, maravilhosa e cheia de facetas, uma verdadeira atriz que sempre me emocionou pela sua trajetória. É desolador vê-la chegando ao seu final, mas nada é mais reconfortante que vermos uma conclusão mais que apropriada. Muitos podem achar que os outros personagens tenham sido deixados na deriva da história, mas a morte de Ives como eu disse, é simbólica, e isso revela um prenúncio de novos destinos que tendem a ser incertos para todos eles, e eu como espectador, imprime nada além de questionamentos sobre a história de vida deles (além do Dorian ter terminado sozinho com suas pinturas, a auto reflexão de Lily, Malcolm encontrando sua família no Ethan e este o pai que sempre quis) e isso é o que me incita, me intriga, me faz querer um gostinho a mais. É agridoce, é perfeito!

Episodio 3x9 - Nota 10 2016-06-21 02:17:02

Um dos momentos mais peculiares e tocantes para mim é quando John leva seu filho até o rio. John é um dos personagens que mais lutou na série, que enfrentou fragmentos do seu passado e sofreu pelos que ele amava. Ele é tão complexo, tão frágil mas ao mesmo tempo tao forte. Ele se permitiu deixar seu filho ir ao invés dele tornar-se um monstro, um monstro na qual ele pensa que é.

Ele escolheu a solidão como acolhedora em vez de estar como um fantasma em sua família. No final, era o que ele era, quando ele estava se esgueirando no funeral de Vanessa, nas sombras, onde monstros espreitam, como um escuro e inquietante ser da noite.

Ainda estou devastado pela forma sublime como essa série terminou


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Paulo

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