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The Crown By Paulo





Episodio 1x2 - Nota 9.5 2017-01-22 03:47:17

Há quatro cenas foderosamente lindas e intensas neste capítulo que merecem ser dignas de menção honrosa. Primeira cena é quando a Elizabeth está escrevendo a carta com todo um sentimento de júbilo e alegria, porém, sem saber da notícia antecedente da morte do pai. Segunda cena é a cena após esta, quando ela descobre pela expressão facial do Philip sem a necessidade de nenhuma palavra a infortúnia notícia da morte do rei. Esta em especial é uma cena marcante pela composição da direção de arte que ela carrega, juntando elementos que modulam entre emoção, como o acréscimo dos batimentos do coração dela que são perceptíveis e a trilha sonora silenciada, que marca o pesar da noticia. Já a terceira cena marca o momento quando ela está em caminho para ver o corpo do pai.

O trabalho que esse chegar sintetiza é gracioso de ver porque essa é a primeira vez que ela chora de verdade, mesmo após de muito tempo em saber da lamentável notícia. Ela expressa dor ao vê-lo, mas em nenhum momento ela perde postura, como é perceptível quando ela entra no quarto e também ao sair deste. O maior sinal disso está na disposição de suas mãos como também no alinhar de sua cabeça. Eu acredito que ela estava intensamente triste naquele momento, mas o monólogo anterior da avó dela complementa de forma solene o dizer de força e postura, quando ela menciona que a Coroa sempre deve vencer. É incrível porque ela carrega isso a todo momento, até chegarmos na quarta e última cena final quando sua avó a reverencia. O contraste entre sua juventude e seu dever é fascinante no costurar disso tudo.

O Primeiro Ministro, em parte, merece destaque também porque ele foi responsável por um grande discurso na conjunção dessas últimas cenas. Na verdade, se a gente for parar pra ver, o capítulo inteiro é cheio desses grandes momentos, como por exemplo, a viagem que eles fazem a Africa, como mostrado em boa parte do capítulo, e quando ela está se despedindo do local e um dos residentes - ou líder - beija seus pés em sinal de respeito do que seria a futura Rainha Elizabeth. Estou encantado por está série que me arrependo de não ter visto logo quando saiu. Fascinado pela escolha dos atores que se parecem demais os membros da Família Real. Não é a toa que a série esbanja numa bela fotografia, riqueza de detalhes e fidelidade de história, já que seu orçamento é superior a cem milhões. Realmente, ainda estou muito longe do final mas é magnífico acompanhar uma releitura da jornada de vida da Rainha Elizabeth.

Episodio 1x5 - Nota 9 2017-01-24 05:02:52

Todas as questões burocráticas da Coroa perturbam Elizabeth de certa forma. É notável como o peso delas são bem maiores que o peso carregado pela coroa cintilada em ouro, e mesmo assim, ela embraça o dever como uma mulher de fibra. Quando o Churchill a questiona sobre quais são os papeis da Coroa, mesmo que retoricamente, a mesma rebate as questões, pois de fato, ela inda não consegue respondê-las. Fica claro que em certos momentos ela está insegura de si mesma - como ela recorre a conselhos -, e tentam a todo modo manipulá-la. E mesmo sendo tão jovem, ela se mostra que é paciente, e sabe controlar bem o jogo político e midiático. E ai tem o posicionamento do Philip que em parcela, como marido, é assolante, e é um ponto que queria abordar. Primeiro foi sobre a reivindicação do sobrenome dele estar atada na Família Real, depois agora, sobre a liderança na preparação da coroação.

Como um alemão bem ambicioso, fica claro que ele busca que o nome dele seja prestigiado. É claro que, sem dúvida alguma não fica nenhuma brecha de questionamento sobre o amor que ele tem por ela, mas da pra perceber como ele procura se beneficiar das conquistas da jovem rainha que sobrepõem muitas vezes, ao valores da mulher que um dia ele se comprometeu em casar. É por isso que o Philip carrega essa imagem controladora onde assume de forma sutil um tom de antagonista em algumas cenas. Ele quer que o evento da coroação seja televisionado - o que é muito visionário - para que o povo possa estar mais próximo de um marco tão importante ditado numa nova era, numa uma nova geração, mas são posições como as que ele toma, como quando ele acha injusto o príncipe consorte se ajoelhar não diante da mulher, mas da responsabilidade que ela carrega para o povo britânico, que revela um gesto muito ultrajante da parte dele. Querendo ou não, ele está ignorando o simbolismo da coroação, até mesmo colocando em prova o casamento deles dois usando isso como descarte. Isso foi bem sexista da parte dele.

E eu, para finalizar esse comentário, simpatizo muito pela escolha do Edward. Ele não nega que queria ter embraçado o dever de ter se tornado rei, mas é muito vilanizado e visto com hostilidade por ter rejeitado tudo para escolher amar, amar uma mulher que com toda a sinceridade é do fundo do seu coração. É por isso que é muito triste aquela cena final, porque apesar de tudo, ele ainda sente falta do seu país de origem e da família dele. Menção honrosa, na qual quase eu ia me esquecendo, da cena que mostra toda a similaridade existente entre passado e presente do Rei George com a Rainha Elizabeth. Em ambos os casos, o significado está bem mais além do peso físico da coroa, e Elizabeth hoje, desempenha bravamente três papeis: de mulher, esposa e rainha. Estou muito encantado com toda delicadeza e direção de arte da série. É linda.

Episodio 1x7 - Nota 10 2017-01-25 02:58:20

Como eu me deleitei com esse capítulo, sinceramente. No meu ponto de vista é o melhor da temporada, superando o grande Hyde Park Corner. Ele ratifica exatamente o que os outros capítulos vem tratando de forma mais lenta, e eu acho que o ponto central deste é colocar em pauta de forma mais intensa o quão a jovem Elizabeth é uma mulher de fibra e força mesmo com muito para lidar. Fazendo parte da realeza ela aprendeu tão pouco. Sem conhecimentos básicos de matérias mais simples que um plebeu poderia aprender, Elizabeth em seus poucos anos de idade foi instruída apenas a aprender os elementos do Direito Constitucional. Seu tio, Edward, havia abdicado do trono anos atrás. Seu pai, assim, assumiu o dever por anos com tamanha bravura até sua infortuna morte. Sem um sucessor homem natural, então veio a Elizabeth em assumir a responsabilidade, uma mulher jovem normal que aceitaria, felizmente, como ela própria diz na série, viver uma vida como uma "camponesa inglesa comum".

O ponto extasiante deste capítulo é justamente notar o desenvolvimento dela como sucessora. Se torna muito interessante de ver como ela auto se julga alguém que não tem o mínimo de subsídios para exercer o seu cargo. Entre questões burocráticas da Corte, eventos que demandam sua presença, assuntos diplomáticos, Elizabeth se sente embaraçada por perceber que não é tão inteligente tanto quanto outros tão formidáveis e requintados de conhecimento, mas mal ela sabia que ela tinha apenas o necessário. Integridade e princípios, esse são os elementos. O notável da questão é ver a Elizabeth praticar a diligência, e bem diferente no que concerne ao poder absolutista, ela restabelece a harmonia mútua entre o governo e o monarca reprendendo o Churchill por quebrar o significado de confiança, que além de ser um ponto chave, é a problemática do capítulo.

Elizabeth como rainha, por fim, fez bem mais do que o seu dever. Sua avó antes de morrer diz que o papel do monarca é resumido a não fazer nada, mas também ao mesmo tempo naquela carta que ela recebe da mesma ela bem menciona que o seu dever é sempre provar lealdade ao ideal. Em suma, Elizabeth por não ter recebido nada como uma educação tradicional em sua infância traria, não a deixou menos inteligente, pelo contrário, recorrendo a conselhos como bem temos visto, ela tem se provado de sagacidade e perspicácia, e o mais importante, com essa recente experiência com o tutor, ela soube repreender o erro, que naquele ponto era gravíssimo, inconstitucional. Entre todas essas coisas, se a gente notar, Elizabeth está lutando diferentes batalhas, seja no exterior, no governo, na transição do seu novo secretário pessoal, até mesmo em sua vida pessoal, pelo simples fato de como isso lhe afeta. E aí capítulo é magnífico não só porque ela "puxa a orelha" do Churchill - e do Eden - com aquele extraordinário sermão, mas porque ao longo capítulo, bem como ela vai questionar a própria mãe, ela se permite avaliar suas próprias limitações. É magnífico, por isso, é digno de nota máxima.

Episodio 1x8 - Nota 9 2017-01-25 03:13:57

Eu posso dizer que sinto o mesmo, em partes. O Philip é bem incompreensível às vezes e por ter essa postura, sinto que ele não evoca empolgação ou simpatia. É como se ele fosse irrelevante de alguma forma, mesmo que aqui a gente esteja falando de uma bibliografia, porém, não ignorando a importância dele na vida de Elizabeth.

Episodio 1x9 - Nota 9.5 2017-01-27 16:43:19

Grande bottle capítulo, muito emblemático ele. Churchill Winston é um nome que realmente representou toda a Inglaterra e estará eternizado pelas suas contribuições na História. Embora a série tenha retrazido isso na decadência da sua carreira, este capítulo com o propósito de sintetizar sua essência, nos dá um olhar de otimismo e heroísmo pela força de vontade no oficio que marcou toda a sua vida. O capítulo é magnífico porque retrata sua dignidade, mas também sua fúria fútil com a irreversível destruição do tempo, sua crescente irrelevância num mundo ditado pela mudança e sua resignação com a ruína de sua idade. Todas essas coisas marcam ele como um retrato da monarquia, seu retrato físico, na verdade, é fascinante. Toda a obsessão de Churchill com a pintura da lagoa com os peixinhos - uma forma de ver como os outros nos vêem muito melhor do que nós - e seu pesar por sua filha - tanto Surtherland quanto Churchill perderam seus filhos, o que explica o tom escuro em suas pinturas - é magnífico, como também podemos ver na curta relação dele com o Mr. Sutherland, e o discurso da Rainha Elizabeth. Estes, são momentos memoráveis e marcantes.

Eu gosto também como o capítulo aborda a Elizabeth como uma pessoa humanizada, utilizando a amizade que ela tem com Porchey para trabalhar isso, que é uma releitura que foi pouca notada aqui. Lilibeth trata ele com um nível de intelectualidade e igualdade como qualquer pessoa normal, só que no entanto, isso revela por parte do Philip uma insegurança extremamente desagradável e grotesca, o que nos leva a cena final, quando ela regurgita que Porchey é um amigo, que talvez o casamento com ele poderia ter sido mais fácil, e que embora ninguém quisesse que ela tivesse casado com Philip, ele foi o único que ela amou. E ai a cena é forte, pois ela pergunta se ele pode dizer o mesmo sobre ela, entretanto, ele sequer expressa resposta. Em suma, o capítulo é riquíssimo, cada parte dele expressa um prazer visual, seja na história ou na fotografia.

Episodio 1x10 - Nota 9 2017-01-27 18:40:12

O que mais me fascina nessa biografia sobre a Família Real é a escolha da Claire Foy para interpretar a Rainha Elizabeth II. Eu acho que não haveria atriz melhor para fazer o retrato de uma das mulheres mais influentes do mundo, uma mulher que, em seus poucos anos de idade, em sua jovialidade, herdou o peso da coroa, a mídia e sua família. Herdou o dever. E Claire Foy é extremamente carismática, mas seu personagem não precisa esboçar isso constantemente ao longo da série para ficarmos encantados e fascinados, porque o prazer da mesma reside na dureza da sua postura, no levantar dos questionamentos sobre suas limitações, nas incertezas mediante aos dilemas pessoais ou não, na busca de conselhos, nas batalhas internas, e no dever de sempre se a atentar que a Coroa sempre deve prevalecer, não importa o quê. Então, quando nós reunimos isso, é impossível não concordar que parte da magnificência desta série se dá ao esforço da Claire Foy que foi extraordinário, modulando entre o delicado e arrebatador. Eu fico estupefato e às vezes sinto que não há elogiáveis para descrevê-la. Fantástico!

Gloriana reúne o que a temporada vem pincelando sobre o personagem dela, construindo a decisão de Elizabeth sobre Margaret como uma crise real, algo profundamente doloroso e difícil de lidar. Ela decide que é melhor decepcionar sua irmã do que ir contra as forças coletivas do conservadorismo cultural e governamental, evitando assim uma tremenda súbita crise internacional. E esse retrato quase sutil ou não, essa complexidade de mulher presa em diferentes batalhas, inclusive, nas batalhas de sua própria vida pessoal, a torna enigmática, pois entre uma quietude e uma resistência, alí está uma jovem mulher num momento de transição ditado pela nova passagem de um mundo mais novo e o deixar de um antigo. Lá está ela de forma emblemática, orgulhosa e sozinha no final da temporada, numa reunião entre a Rainha Elizabeth, a Monarca, a Coroa que jurou solemente agir em nome de Deus e Lilibeth, a jovem humana, que jurou amor a sua família e que está em constante batalha para se adaptar ao seu novo mundo.

Sem muito delongar mais do que já foi dito, e impossível não dizer que The Crown é realmente um prazer visual. Com ela, tive o prazer de conhecer aspectos que jamais tive a oportunidade de aprender sobre a Família Real. Foi basicamente uma jornada aos bastidores de um dos momentos mais marcantes da História Britânica. Inclusive, vale salientar o como a série convida a mergulhar mais sobre esse momento, então foi realmente satisfatório fazer buscas e procurar detalhes escondidos de mim, na internet. Esbanjadora de uma fotografia belíssima, fidelidade de história, detalhes riquíssimos, e atuações que só incrementam no poder bibliográfico da série - menção honrosa a Jared Harris e John Lithgow -, The Crown entra no roll de uma das melhores séries do ano junto a Westworld e The OA. Obrigado Netflix, agora só estou na espera da série ser reconhecida no Emmy, porque no Golden Globe ela já foi. Que venha a segunda temporada.

Episodio 2x1 - Nota 9 2017-12-21 12:54:37

Claire Foy elevou o conceito de atuação à um novo patamar.

Episodio 2x1 - Nota 9 2017-12-21 12:56:25

Claire Foy, proprietária da atuação suprema. Nada novo sob o Sol!

Episodio 2x1 - Nota 9 2017-12-21 13:04:33

"Always remember you have a family" - Elizabeth II

Discreta, classuda, nada boba, apenas ciente das coisas que acontece a sua volta. Enfim, poucas palavras que disseram um recado extremamente necessário pra o Philip. É coisa pra venerar o descontamento da Elizabeth em relação a possível e abusada traição do seu marido.

Episodio 2x3 - Nota 9 2017-12-23 14:22:16

Felizmente ainda acho a Foy muito superior a ela. Não nego que a Moss é muito talentosa, mas só controle respiratório da Claire e o detalhe das mãos deixa a Elizabeth no chinelo. Claire é monstruosa demonstrando com tão pouco.

Eu adorei o shade à Handmaids!

Episodio 2x4 - Nota 9.5 2017-12-23 14:24:35

Joia lapidada. Que linda!

Episodio 2x5 - Nota 10 2017-12-23 14:32:07

A semelhança entre elas é absurda. Claire deve ter estudado muito ela pra interpretá-la com tamanha graciosidade.

Episodio 2x10 - Nota 9.5 2017-12-28 12:10:36

Se esse mundo for justo, Claire Foy sai do Globo de Ouro com mais uma estatueta.

Episodio 2x10 - Nota 9.5 2017-12-28 12:11:06

Eu gosto de tretar por isso eu digo que a Elizabeth Moss foi pisada pela Claire Foy com muita classe. Tu quer ser atriz, @aia? Quer ter peculiaridade no controle respiratório e na postura das mãos (speech in britain accent)?

Episodio 2x10 - Nota 9.5 2017-12-28 12:15:13

Se Deus quiser a Claire Foy leva a sua segunda estatueta do GG.


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Paulo

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