Rides Upon the Storm- 1x2 - Episode 2 | 8.83 |
1x1 | |
Exibido em: 01-Out-2017
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Novamente, o episódio aproxima as experiências de Johannes e August, como se os dois seguissem em provação espiritual, cada um de acordo com suas tentações e sendo obrigados a se adequarem a convenções ou deveres morais, mesmo que em conflito com o que acreditam. Sua fé é testada, assim como sua oferta. Até aqui, Deus parece muito distante de ouvir seus pedidos... é a face impiedosa da divindade que lhes orienta para ser amado sobre todas as coisas, para não tolerarem outros deuses e, mais, para não ter o nome usado em vão.
Esse uso em vão do nome de Deus é algo que os cristãos praticantes levam rigorosamente em conta. Um sacerdote entregue a vícios e ao mesmo tempo tão moralista, assim como um que tolera idolatrias e alimenta superstições ofendem esse princípio. A linha entre honrar a Deus e a si mesmo, como se fosse necessariamente um instrumento divino, escorregando na vaidade, é muito tênue de acordo com a palavra que seguem. Mas enquanto Johannes se entrega a alucinações, inconformado pelos novos rumos que a Igreja toma, com a tolerância religiosa e o feminismo, e magoado por supostamente uma "falsa profeta" tomar seu lugar, August é confrontado pela tentação/pressão a cometer um dos maiores pecados para sua fé, o de tirar a vida que acredita ter sido concedida pela divindade à qual se entrega. Se sua vida foi poupada, sua oração não foi atendida e a decepção alargou o caminho para a desobediência. Agora, a culpa a ser expurgada é dolorosa, mesmo que busque se consolar pela interpretação menos incômoda, de que aquela guerra não é somente uma causa política, mas também religiosa. Diante do muçulmano de quem se aproximou e de quem conheceu o lado amoroso e paciente de outro Deus, parece que não restarão alternativas a não ser buscar o arrependimento, mesmo que os fatores aos quais está exposto não facilitem isso. Essa aproximação com o "outro" islâmico deve fazer com que passe a pregar, em seu retorno, a tolerância e a união entre os povos, seguindo os princípios de Monica, ainda que não pelas mesmas razões que ela. Como um conservador, Johannes enxerga nesse movimento, a desobediência aos mandamentos de Deus. Talvez isso leve os dois a deixarem discordâncias mais marcadas. No mais, a conexão entre a mãe e o filho, no momento do perigo e da tentação é tocante. Espero que a personagem de Elizabeth receba mais atenção na série. Ainda não sinto empatia por Christian porque não o vejo ainda como um Caim. Talvez isso passe a ser melhor trabalhado diante de uma suposta desavença entre Johannes e August. Vejamos.
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