Mesmo com a última temporada (que ainda é uma temporada acima da média) sendo mais fraca que as anteriores, Flying Circus é uma série que vai deixar um buraco na vida. Esses cinco doentes criaram uma coisa extremamente única, e eu realmente duvido que algo consiga se equivaler.

Não diria que foi apenas a ausência de John Cleese que atrapalhou a temporada, apesar que, com certeza, foi uma perda sentida, uma vez que os personagens que ele costumava interpretar geralmente acrescentavam um algo a mais nas esquetes. Por outro lado, sem ele, achei que Eric Idle e Graham Chapman acabaram com mais espaço para se destacarem.

O problema, ao meu ver, é que nas duas últimas temporadas a série perdeu a sagacidade das primeiras. Esquetes com péssimo timing, se estendendo demais até perderem a graça. Outras, soavam apenas absurdas e com um senso de humor duvidoso. Além disso, os episódios perderam boa parte da coesão que tinham, especialmente no uso de piadas recorrentes entre cada segmento. Parecia que a série vinha definhando aos poucos.

Essa temporada realmente destoa das outras. Esse foi o melhorzinho dela, mas Cleese faz muita falta assim como qualquer um que tivesse saído faria, já que a química entre os cinco sempre foi o ponto forte da programa, mesmo assim vale cada minuto!